A Segunda Semana da Língua Portuguesa em Moscovo, realizada entre 24 e 28 de Novembro pelas embaixadas de Portugal e do Brasil na capital russa, ficou, este ano, marcada pela baixa afluência de participantes.
Este evento cultural, apoiado pelo Instituto Camões e o Departamento Cultural do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, está virado para os mais de duzentos professores e alunos que se dedicam ao estudo da língua portuguesa em vários institutos e universidades de Moscovo, bem como cidadãos de países de expressão portuguesa residentes na capital russa, mas os organizadores não conseguiram captar as suas atenções.
Na cerimónia de abertura do evento, realizada na passada segunda-feira com a presença de cerca de trinta pessoas na Biblioteca de Literaturas Estrangeiras, Manuel Marcelo Curto, Embaixador de Portugal na Rússia, discursou em russo para agradecer à direcção da biblioteca pela hospitalidade e lembrar o bom momento que atravessam as relações russo-portuguesas.
A intervenção mais marcante foi feita por Guilherme d’Oliveira Martins, Presidente do Tribunal de Contas e Presidente do Centro Nacional de Cultura, dedicada ao tema “Criação Contemporânea e Culturas de Língua Portuguesa”.
“O Dr. Oliveira Martins falou de um tema complexo, mas num português claro, acessível à maioria dos alunos presentes. Destacou a importância da língua portuguesa como plataforma de união entre os países lusófonos”, declarou uma das alunas presentes.
No primeiro dia, usaram também da palavra, Luis Felipe Silvério Fortuna, conselheiro da Embaixada do Brasil, que dedicou a sua comunicação à obra do escritos Machado Assis, e Dmitri Gurevitch, professor da Universidade de Moscovo, que se debruçou sobre o tema: “O Brasil e a Rússia: Encontro de Culturas e Descoberta Mútua”.
No segundo dia do evento, que juntou cerca de vinte pessoas, o Dr. Rui Coimbra, da Universidade do Porto, dissertou sobre o tema: “Vieira, os gentios e o Brasil”; o Maestro João Santos, do Conservatório de São Petersburgo, debruçou-se sobre “Relações musicais luso-russas” e a Dra. Arlete Cavaliere, da Universidade de São Paulo, falou de “Meyerhold e a cena brasileira: territórios e fronteiras”.
Hoje, último dia da semana da língua portuguesa, também marcada por uma presença reduzida de ouvintes, Pedro Patrício, representante da AICEP em Moscovo, abordou o tema: “Relacionamento entre Portugal e a Rússia: investimentos, comércio e turismo”, e a Dra. Ludmila Okuneva, do Instituto da América Latina, falou dos “Questões chave da política brasileira contemporânea”.
A Embaixada brasileira na Rússia aproveitou o evento para distribuir livros em língua russa sobre o Brasil: “Paladares do Brasil”, “Música Clássica Brasileira”, bem como obras bilingues do clássico brasileiro Machado de Assis e do maior poeta russo Alexandr Pushkin.
Este evento cultural, apoiado pelo Instituto Camões e o Departamento Cultural do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, está virado para os mais de duzentos professores e alunos que se dedicam ao estudo da língua portuguesa em vários institutos e universidades de Moscovo, bem como cidadãos de países de expressão portuguesa residentes na capital russa, mas os organizadores não conseguiram captar as suas atenções.
Na cerimónia de abertura do evento, realizada na passada segunda-feira com a presença de cerca de trinta pessoas na Biblioteca de Literaturas Estrangeiras, Manuel Marcelo Curto, Embaixador de Portugal na Rússia, discursou em russo para agradecer à direcção da biblioteca pela hospitalidade e lembrar o bom momento que atravessam as relações russo-portuguesas.
A intervenção mais marcante foi feita por Guilherme d’Oliveira Martins, Presidente do Tribunal de Contas e Presidente do Centro Nacional de Cultura, dedicada ao tema “Criação Contemporânea e Culturas de Língua Portuguesa”.
“O Dr. Oliveira Martins falou de um tema complexo, mas num português claro, acessível à maioria dos alunos presentes. Destacou a importância da língua portuguesa como plataforma de união entre os países lusófonos”, declarou uma das alunas presentes.
No primeiro dia, usaram também da palavra, Luis Felipe Silvério Fortuna, conselheiro da Embaixada do Brasil, que dedicou a sua comunicação à obra do escritos Machado Assis, e Dmitri Gurevitch, professor da Universidade de Moscovo, que se debruçou sobre o tema: “O Brasil e a Rússia: Encontro de Culturas e Descoberta Mútua”.
No segundo dia do evento, que juntou cerca de vinte pessoas, o Dr. Rui Coimbra, da Universidade do Porto, dissertou sobre o tema: “Vieira, os gentios e o Brasil”; o Maestro João Santos, do Conservatório de São Petersburgo, debruçou-se sobre “Relações musicais luso-russas” e a Dra. Arlete Cavaliere, da Universidade de São Paulo, falou de “Meyerhold e a cena brasileira: territórios e fronteiras”.
Hoje, último dia da semana da língua portuguesa, também marcada por uma presença reduzida de ouvintes, Pedro Patrício, representante da AICEP em Moscovo, abordou o tema: “Relacionamento entre Portugal e a Rússia: investimentos, comércio e turismo”, e a Dra. Ludmila Okuneva, do Instituto da América Latina, falou dos “Questões chave da política brasileira contemporânea”.
A Embaixada brasileira na Rússia aproveitou o evento para distribuir livros em língua russa sobre o Brasil: “Paladares do Brasil”, “Música Clássica Brasileira”, bem como obras bilingues do clássico brasileiro Machado de Assis e do maior poeta russo Alexandr Pushkin.
P.S. Talvez, acho eu, seja bom repensar a forma como realizar eventos do gênero para que neles participem mais pessoas. Por exemplo, alguns dos oradores falavam num português tão rebuscado e tão rápido que penso que os poucos estudantes presentes tiveram dificuldade em compreender as comunicações, embora pudessem colocar uns auriculares e ouvir a tradução russa.
Nesse sentido, como já escrevi acima, o discurso do Dr. Oliveira Martins é um exemplo a ser seguido.
Esperemos que as coisas corram melhor para o ano.
5 comentários:
Infelizmente, por falta de tempo, não tive como comparecer.
Mas -- sobre organização de eventos -- tudo que tanje os burocrátas da embaixada do Brasil está fadado ao fracasso. São péssimos em divulgação e organização.
De vez em quando fazem uns eventos que ninguém fica sabendo, as vezes recebo ligações, de alguns conhecidos da embaixada, em cima da hora.
Eu mesmo, só fiquei sabendo desse evento na segunda ou terça-feira, já com minha semana toda programada, e só pude avisar aos meus alunos de portugues na quarta. Acho que eles nem comparaceram.
Há várias escolas de idiomas que possuem turmas de portugues. Por que nenhuma foi contactada por gente de embaixada? BAstar procurar na internet "curso de portugues em Moscou/Moscovo" e pronto. Algumas ligações ou uns e-mails -- se tiverem preguiça de ir lá -- e pronto! Não custa absolutamente nada fazer isso!!!
É, realmente, uma vergonha, um evento que seria interessante para divulgar o país, ser tratado com tamanho descaso, mentalidade burocrática, com tão poucas idéias.
Acredito que a melhor forma de divulgar um país -- e a mais lucrativa -- é através de sua língua. Se um russo estuda portugues, ele vai se interessar pelo país(Brasil e/ou Portugal), vai passar no supermercado e tender comprar produtos brasileiros(ou portugueses) vai se interesar por sua literatura, e fatalmente irá viajar até lá, deixando, feliz da vida, seu dinherio de turista, movimentando a economia local.
Mas parece que esses despresíveis burocrátas(falo dos da embaixada do Brasil, pois conheço de perto) não pensam dessa maneira, só estão interessados em aparecer para seus superiores, almejando promoções. Em vez de deixar algo bem feito, substancial, que de bons resultados práticos.
Nunca ví nada de útil feito por essa gente.
E desculpem o desabafo.
Raios... não estava a par, em vez de andar perdido entre o metro e as neves de Moscovo nos dias 25, 26 e 27 podia ter ido a este evento.
A maior parte dos russos com que convivi nem sabiam que existem portugueses em Moscovo, sempre lhes teria feito bem ir ao evento.
Comentário enviado por um leitor via mail: "A participação fraca deveu-se ao conservantismo português de realizar, esta actividade sempre em Moscovo. Quando temos outras regiões da Rússia com fome da lingua portuguesa, onde a adoram, aqui sim haveria grande participação.
Exemplo S.Petersburgo, Samara, Toglati; nestes e outras a embaixada de Angola tem apresentado muitas actividades culturais com um numero enorme de participantes,.
Conclusão procuremos sair um pouco fora de Moscovo,e verá os resultados.Filipe Samba"
1. информация о неделе появилась лишь в понедельник. более того, даже на сайте библиотеки иностранной литературы, которая всегда информирует о всех проводимых мероприятиях, про португальскую неделю ничего не говорилось.
2. программа недели оказалась хуже, чем в прошлом году, когда после лекций показывали португальские и бразильские фильмы
мне кажется, вам, как журналисту, стоило выяснить, почему это мероприятие было так плохо и поспешно организовано.
даже интересно, почему вы этого не сделали, а просто написали новость, ох, как мало людей, ох, какой шанс мы упустили. почему?
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