O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, declarou hoje que a crise financeira mundial afectará mais a esfera do gás do que a do petróleo, sublinhando que a era do gás barato acabou.
“A crise financeira e económica, originada pela primeira, são uma dura prova para o ramo mundial de hidrocarbonetos”, afirmou Putin ao intervir na sétima reunião ministerial do Forum dos Países Exportadores de Gás (FPEG), que está a realizar-se em Moscovo.
“Entre Agosto e Novembro de 2008, os preços do petróleo desceram cerca de 75 pc, o que não pode deixar de reflectir-se na situação no mercado do gás, onde os preços se ajustam aos do petróleo”, precisou o primeiro-ministro russo.
Segundo ele, “dado o carácter mais inerte do mercado de gás, pode-se prognosticar que a crise lhe desferiu um maior golpe do que ao do petróleo e que o seu restabelecimento exigirá mais tempo”.
Putin assinalou que os jazigos de gás explorados estão a esgotar-se, enquanto que os novos se encontram, na sua maioria, longe dos principais centros de consumo.
“As despesas com a prospecção, a extracção e o transporte do produto aumentam”, afirmou ele, acrescentando que a Rússia investe no sector do gás dezenas de milhares de milhões de dólares.
“Isto significa que os gastos com o desenvolvimento do ramo dispararam e que, apesar dos problemas financeiros de todos conhecidos, a era dos agentes energéticos baratos e do gás barato chega ao fim”, concluiu.
A fim de acalmar os receios da União Europeia e Estados Unidos, que considera que o FPEG poderá transformar-se num cartel para ditar preços nos mercados mundiais, Putin declarou que “as relações entre os fornecedores, transportadores e compradores de gás devem ser transparentes, respeitar as leis do mercado e serem estabelecidas a longo prazo”.
Além disso, acrescentou que “a aproximação dos exportadores de gás ajudará a tornar o mercado mais previsível e a diminuir o nível dos riscos existentes, não sendo de forma alguma um meio de pressão”.
Porém, sem citar nomes concretos, Putin acusou “alguns países que não têm reservas próprias de hodrocarbonetos ou reservam-nas para o futuro” de pretenderem a “um estatuto especial, preferencial aos recursos alheios”.
A sétima reunião ministerial do FPEG conta com a presença de representantes de 14 países, que detêm 73 pc das reservas de gás conhecidas: Argélia, Bolívia, Bronéu, Indonésia, Malásia, Venezuela, Egipto, Irão, Qatar, Nigéria, Trindade e Tobago, Guiné Equatorial e Noruega (na qualidade de observadores), e Cazaquestão (na qualidade de convidado).
A Argélia e a Nigéria são os dois principais fornecedores de gás à Península Ibérica.
Segundo os estatutos da nova organização, os encontros ao nível de ministros da Energia serão o órgão máximo, enquanto que o Comité Executivo se ocupará dos assuntos correntes. O Secretariado dedicar-se-à a administrar os assuntos técnicos e organizativos do FPEG. Vladimir Putin propôs que a sede da nova organização seja São Petersburgo, prometendo custear a sua manutenção e conceder estatuto diplomático aos funcionários, mas o Qatar quer vê-la em Doha, sua capital.
“A crise financeira e económica, originada pela primeira, são uma dura prova para o ramo mundial de hidrocarbonetos”, afirmou Putin ao intervir na sétima reunião ministerial do Forum dos Países Exportadores de Gás (FPEG), que está a realizar-se em Moscovo.
“Entre Agosto e Novembro de 2008, os preços do petróleo desceram cerca de 75 pc, o que não pode deixar de reflectir-se na situação no mercado do gás, onde os preços se ajustam aos do petróleo”, precisou o primeiro-ministro russo.
Segundo ele, “dado o carácter mais inerte do mercado de gás, pode-se prognosticar que a crise lhe desferiu um maior golpe do que ao do petróleo e que o seu restabelecimento exigirá mais tempo”.
Putin assinalou que os jazigos de gás explorados estão a esgotar-se, enquanto que os novos se encontram, na sua maioria, longe dos principais centros de consumo.
“As despesas com a prospecção, a extracção e o transporte do produto aumentam”, afirmou ele, acrescentando que a Rússia investe no sector do gás dezenas de milhares de milhões de dólares.
“Isto significa que os gastos com o desenvolvimento do ramo dispararam e que, apesar dos problemas financeiros de todos conhecidos, a era dos agentes energéticos baratos e do gás barato chega ao fim”, concluiu.
A fim de acalmar os receios da União Europeia e Estados Unidos, que considera que o FPEG poderá transformar-se num cartel para ditar preços nos mercados mundiais, Putin declarou que “as relações entre os fornecedores, transportadores e compradores de gás devem ser transparentes, respeitar as leis do mercado e serem estabelecidas a longo prazo”.
Além disso, acrescentou que “a aproximação dos exportadores de gás ajudará a tornar o mercado mais previsível e a diminuir o nível dos riscos existentes, não sendo de forma alguma um meio de pressão”.
Porém, sem citar nomes concretos, Putin acusou “alguns países que não têm reservas próprias de hodrocarbonetos ou reservam-nas para o futuro” de pretenderem a “um estatuto especial, preferencial aos recursos alheios”.
A sétima reunião ministerial do FPEG conta com a presença de representantes de 14 países, que detêm 73 pc das reservas de gás conhecidas: Argélia, Bolívia, Bronéu, Indonésia, Malásia, Venezuela, Egipto, Irão, Qatar, Nigéria, Trindade e Tobago, Guiné Equatorial e Noruega (na qualidade de observadores), e Cazaquestão (na qualidade de convidado).
A Argélia e a Nigéria são os dois principais fornecedores de gás à Península Ibérica.
Segundo os estatutos da nova organização, os encontros ao nível de ministros da Energia serão o órgão máximo, enquanto que o Comité Executivo se ocupará dos assuntos correntes. O Secretariado dedicar-se-à a administrar os assuntos técnicos e organizativos do FPEG. Vladimir Putin propôs que a sede da nova organização seja São Petersburgo, prometendo custear a sua manutenção e conceder estatuto diplomático aos funcionários, mas o Qatar quer vê-la em Doha, sua capital.
5 comentários:
Estas histórias que metem gás lembram-me sempre o sketch do Herman José, do rapazinho do gás a quem a matrona pedia para ir lá a casa aconchegar-lhe a bilha, e o rapaz ia direito às juntas do fogão para ver se não tinham fugas...
(Vá lá, riam-se!)
Estou mesmo a ver que, depois da campanha "comprem gás natural que é mais limpo e mais barato" o Zé povinho vai levar com um aumento nos queixos, a ver de deixa de acreditar em milagres!
Mas como pode ele dizer q o gás tem de aumentar porque o petroleo baixou. O petroleo ja teve a 20 dolares e o gás nao era mais caro na altura. A desculpa do esgotamento de reservas e aumento do custo de produçao do gás no me convence. A mim parece-me que houve muita gente que ficou mal habituada com o lucro do petroleo a 140 dolares e agora como acabou querem manter o mesmo lucro mas com outra matéria. Só o futuro dirá quais as consequencias deste novo cartel do gás, eu acho que a europa central irá sofrer mais do que nós pois no caso Portugês é preciso nao esquecer que mantemos excelentes relaçoes comerciais com a Argélia, o nosso maior fornecedor de gás.
Lei da oferta e da procura: quem quer comprar, sujeita-se aos preços dos vendedores. Quem tem maior poder negocial fica a ganhar mais.
Simples.
É muito "engraçado" quererem todos ser independentes,( hostilizar o vizinho,) mas depois terem as benesses de como se ainda houvesse a URSS e dela fizessem parte. Nunca entendi, e parece-me que esta medida logicamente peca 20 anos por tardia.
O gás natural é *sempre* mais limpo, agora *mais barato* é derivado da conjuntura.
Quem quiser e puder, compra.
Ou então encontra formas alternativas.
Conhecem a energia solar? Com tanta tecnologia que têm, aproveitem-na!
Leitor anónimo, os contratos de aquisição de gás são feitos a longo prazo e, segundo a prática, o seu preço desce meio ano depois da queda do petróleo, quando são assinados novos acordos de fornecimento. Se a produção baixa, o consumo de hidrocarbonetos e a procura descem também, incluindo o gás.
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