As autoridades turquemenas anunciaram hoje que o hino deixará de conter qualquer alusão ao antigo ditador do Turquemenistão Saparmurat Niazov, em mais um passo para o fim do culto da personalidade nesse país da Ásia Central.
A iniciativa pertence ao presidente do parlamento turquemeno, Akdja Nurberdieva, a “pedido de numerosos cidadãos” para “pôr o hino em conformidade com os padrões internacionais”.
O Presidente do Turquemenistão, Gurbanguli Berdimukhamedov, já apoiou a iniciativa. A letra do hino será mantida, mas serão retirados os versos dedicados a Saparmurat Niazov como “pai de todos os turquemenos” e ao Turquemenistão enquanto “obra do grande pai de todos os turquemenos”.
O fim do culto a Niazov, político que governou com «braço de ferro» o país mais rico em reservas de gás natural desde o fim da URSS até 2006, teve início em Maio de 2008, quando foi decidido transferir do centro para os arredores de Achkabad, capital do país, uma gigantesca estátua dourada do ditador que roda seguindo o movimento do Sol.
Em Julho do mesmo ano, este país da Ásia Central regressou ao calendário gregoriano, deixando de haver dias e meses dedicados ao ditador ou à sua mãe.
Além disso, Berdimukhammedov voltou aos padrões europeus no ensino médio e superior, restabeleceu o direito dos cidadãos a receberem reforma e a movimentarem-se livremente pelo país. Os turquemenos passaram a ter acesso à Internet e a frequentar a ópera, arte considerada por Niazov “contrária ao espírito nacional”.
Continuando a jurar fidelidade à herança do ditador, os dirigentes turquemenos vão também retirar o retrato de Niazov das notas.
Está em curso uma ampla reforma constitucional que irá permitir a realização de eleições parlamentares com a presença de observadores internacionais.
A iniciativa pertence ao presidente do parlamento turquemeno, Akdja Nurberdieva, a “pedido de numerosos cidadãos” para “pôr o hino em conformidade com os padrões internacionais”.
O Presidente do Turquemenistão, Gurbanguli Berdimukhamedov, já apoiou a iniciativa. A letra do hino será mantida, mas serão retirados os versos dedicados a Saparmurat Niazov como “pai de todos os turquemenos” e ao Turquemenistão enquanto “obra do grande pai de todos os turquemenos”.
O fim do culto a Niazov, político que governou com «braço de ferro» o país mais rico em reservas de gás natural desde o fim da URSS até 2006, teve início em Maio de 2008, quando foi decidido transferir do centro para os arredores de Achkabad, capital do país, uma gigantesca estátua dourada do ditador que roda seguindo o movimento do Sol.
Em Julho do mesmo ano, este país da Ásia Central regressou ao calendário gregoriano, deixando de haver dias e meses dedicados ao ditador ou à sua mãe.
Além disso, Berdimukhammedov voltou aos padrões europeus no ensino médio e superior, restabeleceu o direito dos cidadãos a receberem reforma e a movimentarem-se livremente pelo país. Os turquemenos passaram a ter acesso à Internet e a frequentar a ópera, arte considerada por Niazov “contrária ao espírito nacional”.
Continuando a jurar fidelidade à herança do ditador, os dirigentes turquemenos vão também retirar o retrato de Niazov das notas.
Está em curso uma ampla reforma constitucional que irá permitir a realização de eleições parlamentares com a presença de observadores internacionais.
9 comentários:
Que pena... o quanto eu me ri ao ler relatos do Turquemenistão e do grande Turkmenbashi e sua folias...
Lembro-me de um episõdio em que o Grande Líder escreveu um livro (acho que se chamava Ruhname), do qual os seus aduladores diserram ser "o livro mais importante de toda a História da Humanidade", ao que o Niazov humildemente respondeu "Não, não, o Alcorão e a Bíblia são mais importantes... o meu será, talvez, o terceiro..!"
Seria divertido se não fosse tão triste.
boa terra boa gente eu que trabalhei tres anos nesse pais fico feliz por saber que ja tem mais liberdade e esta a acabar o culto ao Niazov.
Este foi...mas não virá outro igual ou ainda pior?
Eu acho que eles, enquanto mouros, devem gostar de totalitarismo e apreciar o autoritarismo.
Para países muçulmanos, eu prefiro o pior ditador (Naziov, Sadam) que um qualquer Imã extremista (Albânia, Bósnia)... É que os imãs extremistas têm tendência a fazer guerras ao dar-al-harb e criar um Califado Universal que, hoje em dia, seria uma Grande Potência Mundial.
Há-os em todo o lado. São Estalines, Lenines, Mugabes, Noriegas, Bokassas...
www.rouxinoldebernardim.blogspot.com
Senhor anónimo pode tirar-me uma dúvida ao comentário que aqui introduziu? O que é para si um ditador? Mais; os ditadores são todos maus ! Ou acha que há bons e maus ditadores? Esclareça-me !
Cin.naroda
"...vai ser corrido do hino..."???
Não ficaria melhor "vai ser removido do hino"? Parece-me um "apimbalhamento" desnecessário, mas enfim, acho bem que seja removido do hino.
Já agora, esta é uma das poucas notícias cujos comentários ainda não descarrilaram para os insultos entre portugueses e brasileiros... ainda não é tarde...
Será que vamos voltar a discutir os posts a sério como quando este blog começou? O futuro dirá.
Podem continuar o programa.... mas com juizinho...
--Leitor
Muito prespicaz o seu comentário, ó ilustre leitor!
Muito construtivo também e com muito sumo. Lá está, quando as pessoas não distinguem liberdade de libertinagem...
Sr. Milhazes, não sei se falou disto em algum post anterior, mas como é que as potências regionais e globais se andam a dar com os novos dirigentes desse país? Existir alguma espécie de luta entre Irão e Rússia para captar este país para a sua esfera de influência, ou ele já caiu decididamente para um dos lados? Outra questão, havendo essas reservas de gás, não se fala por aí da possibilidade do Ocidente contruir pipelines atravês do Afeganistão e Paquistão para o escoar para o Índico? É de prever que no caso de haver eleições num futuro próximo, estas sejam ganhas por algum movimento extremista? Desculpe-me por fazer tantas perguntas, mas é que se a memória não me atraiçoa, depois do desaparecimento do tal Niazov, nunca mais se falou do Turcomenistão.
Obrigado
--Sérgio (o anónimo das 16:23)
PS:
Senhor Afonso Henriques, que inveja do seu tempo livre... o senhor escreve taaaaanto, por vezes até acerta, mas outras....
Não tenha medo de ficar calado de vez em quando, não perde nada.
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