O Presidente da Ucrânia, Victor Iuschenko, responsabilizou a primeira-ministra Iúlia Timochenko da situação catastrófica na economia do país e exige alterações urgentes no Orçamento de 2009.
“Em nome do país, exijo do Governo e do Parlamento que preparem imediatamente um orçamento honesto, onde as despesas correspondam às possibilidades da economia. É o vosso dever constitucional, estatal e político”, declarou Iuschenko, numa mensagem televisiva transmitida por todos os canais ucranianos.
“Sublinho, continuou o dirigente ucraniano, que segundo a Constituição, a primeira-ministra Iúlia Timochenko é totalmente responsável pela situação económica, pela ruptura do processo orçamental, pela destruição do sistema bancário”.
“Quando chegar ao limiar crítico, ela não conseguirá esconder-se na oposição”, sublinhou.
Iuschenko declarou ter decidido recorrer à mensagem televisiva para prevenir da situação catastrófica da economia ucraniana.
“Decidi dirigir-me a vós para transmitir uma avaliação exacta e sincera da situação económica, orçamental e financeira na Ucrânia. Apelo-vos que aumentem as exigências face ao Governo e à maioria parlamentar para que ponham fim à torrente de mentiras, falsidades e ajam imediatamente, sublinho, imediatamente, para salvar a economia nacional”, dramatizou Iuschenko.
O Presidente ucraniano acusou também a primeira-ministra de ter assinado contratos sobre gás com a Rússia prejudiciais para o seu país, que obrigarão a Ucrânia a gastar mais dois mil milhões de euros em 2009.
“Os contratos não correspondem às minhas ordens. As decisões da primeira-ministra foram pessoais, sem uma opinião colectiva do governo”, frisou, mas acrescentou que “eles devem ser cumpridos”.
As relações entre Iuschenko e Timochenko deterioram-se rapidamente à medida que se aproximam as eleições presidenciais, que se deverão realizar em finais de 2009 ou início de 2010.
Timochenko tem acusado Iuschenko de ter feito tudo para enfraquecer a grivna, moeda nacional que, em três meses, perde metade do valor em relação ao euro.
A oposição parlamentar ao Presidente decidiu afastar do cargo o dirigente do Banco Estatal da Ucrânia do seu cargo, mas Iuschenko não acatou a decisão.
Segundo a imprensa ucraniana, a primeira-ministra pretende, na próxima semana, realizar uma remodelação governamental com vista a afastar do executivo os ministros próximos do Presidente.
P.S. Apenas gostaria de deixar aqui algumas perguntas: será que os actuais dirigentes ucranianos só terminarão estas guerras pessoais quando o seu país estiver completamente em ruínas? Até onde vai a falta de vergonha de pessoas que ocupam os mais altos cargos de Estado? E é com uma política destas que os dirigentes ucranianos querem ingressar na União Europeia?
Nada mais me resta do que apresentar aqui as minhas condolências aos ucranianos.
“Em nome do país, exijo do Governo e do Parlamento que preparem imediatamente um orçamento honesto, onde as despesas correspondam às possibilidades da economia. É o vosso dever constitucional, estatal e político”, declarou Iuschenko, numa mensagem televisiva transmitida por todos os canais ucranianos.
“Sublinho, continuou o dirigente ucraniano, que segundo a Constituição, a primeira-ministra Iúlia Timochenko é totalmente responsável pela situação económica, pela ruptura do processo orçamental, pela destruição do sistema bancário”.
“Quando chegar ao limiar crítico, ela não conseguirá esconder-se na oposição”, sublinhou.
Iuschenko declarou ter decidido recorrer à mensagem televisiva para prevenir da situação catastrófica da economia ucraniana.
“Decidi dirigir-me a vós para transmitir uma avaliação exacta e sincera da situação económica, orçamental e financeira na Ucrânia. Apelo-vos que aumentem as exigências face ao Governo e à maioria parlamentar para que ponham fim à torrente de mentiras, falsidades e ajam imediatamente, sublinho, imediatamente, para salvar a economia nacional”, dramatizou Iuschenko.
O Presidente ucraniano acusou também a primeira-ministra de ter assinado contratos sobre gás com a Rússia prejudiciais para o seu país, que obrigarão a Ucrânia a gastar mais dois mil milhões de euros em 2009.
“Os contratos não correspondem às minhas ordens. As decisões da primeira-ministra foram pessoais, sem uma opinião colectiva do governo”, frisou, mas acrescentou que “eles devem ser cumpridos”.
As relações entre Iuschenko e Timochenko deterioram-se rapidamente à medida que se aproximam as eleições presidenciais, que se deverão realizar em finais de 2009 ou início de 2010.
Timochenko tem acusado Iuschenko de ter feito tudo para enfraquecer a grivna, moeda nacional que, em três meses, perde metade do valor em relação ao euro.
A oposição parlamentar ao Presidente decidiu afastar do cargo o dirigente do Banco Estatal da Ucrânia do seu cargo, mas Iuschenko não acatou a decisão.
Segundo a imprensa ucraniana, a primeira-ministra pretende, na próxima semana, realizar uma remodelação governamental com vista a afastar do executivo os ministros próximos do Presidente.
P.S. Apenas gostaria de deixar aqui algumas perguntas: será que os actuais dirigentes ucranianos só terminarão estas guerras pessoais quando o seu país estiver completamente em ruínas? Até onde vai a falta de vergonha de pessoas que ocupam os mais altos cargos de Estado? E é com uma política destas que os dirigentes ucranianos querem ingressar na União Europeia?
Nada mais me resta do que apresentar aqui as minhas condolências aos ucranianos.
94 comentários:
Tiveram má sorte com os seus dirigentes, os ucranianos.
Anónimo russo.
Quem escreve isto e diz mal de Putin não se deve sentir muito bem, pois não, JM?
Eu s´+o tenho uma coisa a dizer: Geórgia e Ucrânia são responsabilidade da UE que andou a financiá-los. Agora, aguentem.
esse blog poderia se chamar "Da Ucrânia"
Subscrevo as suas condolencias senhor Milhazes.
Leitor Kremlino, o que tem uma coisa a ver com outra. Saíram todos, incluindo Putin, do mesmo ninho. Por isso, não ficaria tão radiante como você. Vamos ver até onde o Sr. Putin vai levar o seu país em época de crise. Não desejo mal a ninguém, mas as coisas estão a ficar muito negras.
Leitor Anónimo, e se se chamar da Ucrânia? Qual é o problema? O sr. não deve é saber fazer contas.
Pela biografia de ambos já era de se esperar que algo do gênero fosse acontecer. Penso que boa parte dessas desventuras nas antigas RSS se devem aos anos 90 e a forma como aconteceu a abertura desses países - totalmente desastradas e apoiadas por muitos governos ocidentais que sempre desejaram vê-los fracos para lucrar tanto estratégicamente quanto comercialmente com isso.
Eu não o entendo, JM. Todos os dias afirma que está tudo negro por aí, cada vez pior. Não quer vir para aqui? Por cá está tudo lindo!!!
A Rússia é provavelmente o país mais rico do mundo( refiro-me a riquezas naturais, alimentares, minerais, etc.).Terão sempre muito mais que os outros, para comer e para vender; já nem falando nos miseráveis portugueses, cuja terra não tem quase nada de riqueza, por isso sempre se teve de sair de cá para sobreviver.
Putin deu um nível de bem estar nunca visto por aí, repito nunca, mas mesmo nunca antes visto, e agora há crise global o homem é horroroso? Olhe, benza-o Deus, ou, como dizia o outro, benzonaftol.
Caro Hugo,
Seu comentário de forma bastante objetiva traduz a realidade da situação. E na verdade as duas coisas ocorreram, pois a falência do regime soviético já era certa, mas a bagunça na qual o último presidente comunista e o primeiro presidente não comunista transformaram a transição, foi sem precedentes, porém este não é o único lado da moeda, a outra parte responsável foi sim a UE, OTAN e Estados Unidos, reunidos em um verdadeiro caldeirão de revanchismo, oportunismo, ganância e poder, contribuiram por demais para criar a causa da consequência que hoje assistimos, mas nehum deles vai vestir a carapuça e admitir.
Sr. Milhazes
Tenho amigos na Rússia, e posso lhes afirmar que nenhum deles está na folha de pagamento de qualquer órgão governamental ou tem quaisquer relações com figuras do governo, são cidadãos comuns, trabalhadores, pessoas com cultura porém simples, estamos sempre trocando informações por e-mail,e é claro eles relatam que a situação está difícil, pessoas conhecidas perderam emprego, preços de vários ítens subiram etc... E percebo que não é diferente do que acontece aqui no Brasil, está menos crítica do que a China e a Índia por exemplo. A Rússia ainda tem um percentual menor de desempregados que estes países, na soma total e no momento gerou menos desempregados não só do que estes países e em relação aos Estados Unidos desde o reconhecimento público da crise.
Então calculo, que se as coisas ficarem negras para a Rússia, como o senhor comentou, então o Brasil, China e Índia virarão cinzas e os Estados Unidos, cujo o Presidente Obama afirmou em pronunciamento que a crise do país pode atravessar anos, como será?
Bem, vamos ver adiante.
Abraço,
Leitor Kremlino, continua a confundir alhos com bugalhos. Eu não me vou embora, porque sou jornalista e trabalho em Moscovo. Não sou eu que vivo mal, mas, quando escrevo, tenho em vista a maioria da população. É verdade que a Rússia é o país mais rico do mundo, não provavelmente, como você escreve, mas potencialmente. No entanto, sabe que há países que nunca mais saíam do potencialmente. Esse é que é o problema.
Há países pequenos com um nível desenvolvimento mais alto que a Rússia, mesmo não dispondo de matérias-primas, etc., mas são melhor geridos. Há países tão ricos como a Rússia e estão nas sitruações de miséria em que estão, veja o caso de Angola.
E a quantos russos Putin deu um alto nível de vida, vá ver as estatísticas oficiais! Acabou com os oligarcas? Claro que não, pelo contrário. Quando ele chegou ao poder, no país havia 7, na véspera da crise já eram 78, sem incluir os multimilionários clandestinos.
Leitor Wandard, as coisas não se colocam no plano que se a Rússia tiver problemas, os outros terão ainda maiores. Leia com atenção o artigo que escrevi sobre o desemprego e as particularidades desse fenómeno social na Rússia.
Além disso, é muito importante a capacidade da classe política em dirigir os países. Infelizmente, hoje em dia, salvo excepções cada vez mais raras, a competência das élites anda pelas ruas da amargura. E isto na maioria dos países.
Sr. Milhazes
"Não sou eu que vivo mal, mas, quando escrevo, tenho em vista a maioria da população"
Se eu, cujo bem-estar depende directamente do bem-estar da populaçao, que sao meus clientes, acho que ainda é cedo para tirar conclusoes, como o senhor pode afirmar tao categoricamente?
Sim, a crise tem os seus efeitos negativos, mas a cituaçao está longe de ser trágica. Eu, por exemplo, ainda nao entendi se a crise me afetou a mim pessoalmente, porque, repito, acho que ainda é cedo tirar conclusoes. È que, alem dos efeitos negativos, tem tambem um lado positivo - o preço da gasolina e de alguns materiais de construçao baixou. Pelo que eu ouvi, as áreas onde as pessoas mais perderam trabalho sao redes que vendem carros importados e o sistema bancário (o que é logico). Vi pela televisao, que a quebra da procura afeta tambem a indústria. Mas ainda é cedo para afirmar algo, é preciso esperar.
Quando o sr. utiliza a palavra horrorosa "oligarca", tem a certesa, que nao confunde simplesmente pessoas ricas com essa categoria que teve tanta fama nos anos 90?
Anónimo russo.
Sr. Milhazes
Por sinal, nao pretende contar aos lusófonos do filme, anunciado para hoje no canal "RTR" - uma investigaçao jornalistica sobre a participaçao da Ucránia na guerra de agosto contra a Russia? :)
Anónimo russo.
Leitor anónimo russo, não sou eu que afirmo, são as estatísticas oficiais. Ou pensa que sou eu que invento os milhões de desempregados, a desvalorização galopante do rublo, etc., etc., Ficarei feliz se a Rússia atravessar a crise com poucos prejuízos.
Quanto aos oligarcas, tenho em conta o que a palavra significa e o regime gerado por essas pessoas. A Rússia é hoje uma oligarquia, tendo sido uns oligarcas substituídos por outros, pelos que estão no poder e seus amigos.
O que foi feito, quando havia muito dinheiro, para modernizar as infraestruturas no país, para diversificar a produção?
Caros amigos, para todos aqueles que consideram que o Ocidente não apoiou os países de Leste e inclusive a Russia de uma forma apropriada na sua transição para o capitalismo, que a culpa de muitos dos problemas que esses países atravessam, incluida a paranoia dos dirigentes Russos e a sua saudosista lembrança do passado, são da responsabilidade do Ocidente e não deles mesmos, caros amigos, foram eles que se meteram nesse desastre que foi o Comunismo. O Wandard fala em oportunismo, a Rússia na vitória da Segunda Guerra Mundial não colheu os beneficios dessa mesma vitória em territórios á custa de países como a Alemanha e da Polonia, e em influencia sobre aqueles que viriam a fazer parte da extinta União Soviética? Mesmo assim eu vejo diferenças entre essa progressão da sua influencia de então pelo uso da força, e a de Instituições de hoje como a NATO e a UE, em que são os candidatos a perfilharem-se à porta. Por fim penso que mesmo na UE, se a Rússia tivesse verdadeiramente vontade em "aderir" ao Ocidente, fecilmente se chegaria a um consenso para permitir a sua adesão, mas a Rússia não quer perder a sua autonomia, gosta de mandar e ser o número um, não quer ser um entre muitos, gosta da sua democracia musculada e com todos os atropelos que se verificam, e por isso como disse o senhor Putin " Não é do interesse da Europa nem da Rússia que esta venha a aderir à UE". Caros amigos é a Rússia a escolher a sua posição e não o Ocidente a impor-lhe o seu destino, até porque se realmente verificarem não seria possivel impor a um país da magnitude da Rússia, nada sem a sua vontade, a história já nos deu essa lição. Agora não pode a Rússia querer continuar a ser mais uma vitima do Ocidente e das suas maquinações, mas ao mesmo tempo ser a toda poderosa Rússia que pode com tudo e todos e que em nada quer perder na sua esfera de influencia, não será isto um contrasenso. Eu gostaria de ver a Rússia como um país da familia Europeia e penso que a UE também, e acho que deve ser-lhe facultada essa possibilidade ainda que demore anos, mas a Rússia que não tome essa vontade como um sinal de fraqueza da UE, porque senão deverá sentir as consequencias desse raciocinio, sob pena de se assim não for, estarmos nessa altura a defender os interesses que não são os nossos. Abraço.
Sr. Milhazes,
A desvalorisaçao
do rublo tem os seus lados positivos.
Quando se trata de uma oligarquia, nao custa nada acusar alguem, é muito facil. Mais dificil é dar provas.
Nos anos anteriores, a Russia acumulou grandes reservas monetárias (posso errar com o termo em portugues). Existem opinioes diferentes, como podiam ser gastos. Ainda ontem ouvi pela televisao a opiniao dum economista dos mais liberais e pro-ocidentais, que disse, que só ao preservar estas reservas, nao investi-las na infra-estrutura etc. foi, que a Rússia conseguiu evitar o collapso bancário total.
Governo de qualquer pais pode ser acusado de ligaçoes com empresários e empresas. A vida é assim.
A Russia é grande, 1% da sua populaçao já é 1 milhao e meio de pessoas.
Mas eu nao nego que o desemprego cresce. Só relato o que vejo á minha volta: nenhum pánico, e, por enquanto, nem uma sombra de uma catástrofe.
Anónimo russo.
Caro Sérgio,
O conhecimento da realidade atual nao se obtem pelos jornais norte-americanos. Quanto a adesao da Rússia a UE, a possibilidade disso, eu acho, melhor lhe pode explicar o sr. Milhazes.
A Rússia neste momento só quer que os seus rivais agissem pelas regras, nada mais.
Anónimo russo.
Caro anónimo russo, de que regras fala? É exactamente esse o meu ponto de vista, porque se está a falar das regras que a Rússia seguiu depois de II Guerra Mundial, e da forma como ela expandiu a sua influencia sobre a sua dita zona de influencia dos dias de hoje, eu acho que o Ocidente nessa comparação fica muito aquem do que foi feito então. Já agora, é muito dificil ler os jornais norte-americanos, mas em compensação leio regularmente um Russo em lingua Portuguesa, que acho delicioso, o Pravda. Se toda a imprensa Russa se guiar por aquela bitola, deve ser engraçado.
Leitor russo anómino, quer provas de que a Rússia é dominada por uma oligarquia? Não tenho factos? Desculpe, mas deve viver noutro planeta. Deripaska. Abramovitch, Alikperov, etc., etc., não existem? Fui eu que os inventei?
Sérgio,
Na época da Segunda guerra mundial o Hitler fazia parte do Ocidante e os EUA bombardearam o Japao com bombas nucleares. Os tempos mudaram. A Rússia de hóje nao é de maneira nenhuma a Uniao Sovietica, tanto mais da época do Estáline. E, pelo que se ve, a primeira coisa que os lideres russos querem - é a cooperaçao com a europa e os EUA (com os paises asiaticos, claro, tambem). Mas cooperaçao de igualdade, sem padroes duplos. Sem instalaçao repentina das armas e das bases militares á volta da Rússia, sem incitaçao anti-russa dos lideres (muitas vezes ligados a administraçao dos EUA) dos paises, que antes faziam parte da US.
Nao quero ofender ninguem, mas, pelas suas palavras, ve-se que voce nao conhece bem o problema.
A imprensa russa de hóje é muito variada (ou como dizer melhor) e bastante independente. Pela última vez li a "Pravda" quando ainda existia a Uniao Sovietica e eu era criança. Nao sei o que este jornal representa por si hóje.
Anónimo russo.
Sr. Milhazes,
a oligarquía é um sistema quando um pais é dirigido pelos oligarcas. E, pelo que eu vejo, aqui os chamados "oligarcas" dependem muito do governo. Quem dirige aqui - Deripaska e Abramovich (que, parece, vendeu tudo que apresentava alguma importáncia) ou Putin e Medvedev? Aqui está a resposta.
Anónimo russo.
Caro anónimo russo, se a Russia quer ser respeitada, que comece por respeitar em primeiro lugar a vontade dos seus vizinhos, e não tentar impor a sua vontade ou os seus interesses como noutros tempos. Os países da UE que mais posições negativas têm relativamente à Russia são exactamente aqueles que já estiveram debaixo do seu jugo, porque será? Que respeite o Direito Internacional e principios consagrados como o direito de cada povo poder escolher o seu futuro sem estar condicionado por fazer parte de uma zona de influencia de um determinado país por mais poderoso que ele se julgue ou queira parecer. Quanto às bases concordo consigo, até porque acho que a Rússia já não constitui qualquer ameaça para o Ocidente. Eu sei que para os Russos esta nova realidade é capaz de ser dificil de digerir, mas os tempos em que dominaram meio mundo com os EUA já lá vão, quanto mais depressa assimilarem isso será melhor para todos, para eles incluidos, e vale o mesmo para os EUA. Eu percebo bem o problema caro amigo, a Russia perde poder e influencia todos os dias que já deteve sobre os seus vizinhos para a UE, e é claro que não vê isso com bons olhos nem vai deixar de tentar de reagir, eu disse tentar, porque conseguir é outra história caro amigo. Se a Rússia continuar em querer se manter à parte da Europa, ou mesmo não fazer parte da sua organização, como se vê com os arranjinhos com a China, então caro amigo, esses interesses não coincidirão com o dos Europeus, e é preciso que os Russos saibam que isso terá consequencias.
Sérgio,
"que comece por respeitar em primeiro lugar a vontade dos seus vizinhos, e não tentar impor a sua vontade ou os seus interesses"
1. Já estou cansado de repetir, pode ler as minhas mensagens no topico sobre Putin em Davos.
2.A UE , feliz- ou infelizmente, nao representa, por enquanto, uma força politica consolidada. Ninguem na Rússia está contra a UE e contra a adesao da Ucránia e da Geórgia a essa organisaçao. Trata-se ezclusivamente das manobras dos EUA na nossa regiao e da incapacidade da Europa de ter a sua própria opiniao.
Infelizmente, pelos vistos, voce nao entende o problema.
Anónimo russo.
Caro anónimo russo, parece que realmente não percebo, para si será a coisa mais natural do mundo quando a Rússia decidir invadir a Crimeia, porque não pertence à Ucrania, e não tem direito a ela porque andará como a Geórgia a "lamber os pés a outros donos". Caro amigo o que o senhor não consegue compreender é que em muitos aspectos os interesses Americanos coincidem com os dos Europeus, e que por isso haja muitas das vezes essa confusão entre uns e outros. Não se preocupe que quando os interesses Europeus são divergentes não ficamos calados. Relembro-lhe a visão Americana para a construção Europeia englobando todos os países Europeus, menos a Rússia é claro, e logo aí a Europa faz ouvir a sua voz divergente, reitero a Russia é um país Europeu, só depende dela o facto de integrar ou não um dia a UE. Agora também compreendo que a Russia queira que a UE vire as costas aos USA, disfarçando isso com o quererem uma voz Europeia, que se demarque da Americana, melhor o que realmente pretenderiam seria uma voz que estivesse sempre contra os USA como se ve por esse mundo fora, e virasse as costas a esses aliados de há muitos anos. A Rússia não se importa que a Ucrania e a Geórgia adiram à UE? Caro amigo olhe que não parece visto deste lado.
"A Rússia não se importa que a Ucrania e a Geórgia adiram à UE?"
Não. A Rússia preocupa-se com a adesão à NATO.
E pensar que a Ucrânia vai ser invadida pela Rússia não faz sentido nenhum.
Portugueseman, a invasão poderá não fazer sentido para os Europeus, mas olhe que na cabeça dos Russos faz todo o sentido. Eu também não acredito muito nessa possibilidade porque se viesse a concretizar-se seria muito diferente da Geórgia. Apenas referi isto devido ao que o anonimo russo escreveu nos comentários para os quais me remeteu anteriormente.
Caro sérgio,
eu vejo, que voce é um brasileiro (pelas suas palavras, pela sua falta de conhecimento, infelismente). Como pode dizer "nos", quando se fala da Europa?
"A Rússia não se importa que a Ucrania e a Geórgia adiram à UE? Caro amigo olhe que não parece visto deste lado."
De que lado? Do lado da tv-boba(tv-globo)?
P.S. Pelo amor de Deus, nao me diga que é um europeu.
Nao queria ofender ninguem, mas as vezes nao me deixam a escolha.
Anónimo russo.
Anonimo russo sou Português sim senhor, e depois, é isso que vai mudar as coisas que disse e ás quais foge. Caro amigo diga lá onde não concorda com aquilo que disse e confirme-o por favor com factos, porquie só assim poderei aprender alguma coisa com alguém tão esclarecido.
Só mais uma coisita anónimo russo como detecto uma arrogancia nas suas palavras, pois fique a saber que é exactamente essa arrogancia e sobrançaria com que os Russos costumam olhar para os restantes países vizinhos e UE que me desagrada muito. Se que é que isso significa alguma coisa.
"na cabeça dos Russos faz todo o sentido."
Donde se baseia para dizer tal coisa?
Sergio,
se fosse portugues, entenderia melhor os problemas europeus.
Eu nao fujo a nada.
Desculpe, já disse bastante neste blog para aqueles quem tem miolos perceberem. O que quer ouvir mais de mim?
Anónimo russo.
Ah! Caro anonimo russo não fiquei ofendido, o mesmo não poderei dizer dos Brasileiros.
Portugueseman, por acaso não viu as afirmações do sr. Putin e das afirmações que ele fez aquando da discussão da adesão da Ucrania e Georgia à NATO, até pôs em causa a integridade territorial da Ucrania e perguntou mesmo o que era esse país senão uma construção Russa.
e nessas afirmações em algum momento foi referido uma possível invasão russa?
Portugueseman também quer a data e o itinerário que seguiriam? Caro amigo como lhe disse acho pouco provavel que isso possa acontecer e ao fazer essa referencia queria aludir ao que se passou na Geórgia, que foi o que o anónimo russo escreveu e defendeu nas mensagens no topico sobre Putin em Davos.
Se reparar, eu apenas questionei sobre uma afirmação sua.
E sobre ela não me esclareceu, o que me faz pensar que se calhar é na sua cabeça que faz sentido.
Tem mais lógica do que atribuir esse pensamento aos russos.
Portugueseman, caro amigo o senhor por acaso esforçou-se pelo menos para tentar perceber o que eu disse? Olhe quem lhe poderá responder a essa pergunta é o anonimo russo, então como é, reconhecem que a Ucrania é livre de fazer aquilo que bem entender inclusive aderir à UE e Nato se assim o entenderem, bem como não quererem mais nenhuma base naval Russa no seu território?
A Ucrânia é livre de o fazer (NATO e UE) bem como a Geórgia.
A Rússia não os impede de fazer isso.
E a Ucrânia é livre de ter lá as bases de quem quiser e a Rússia tira de lá as bases, tal como o fez na Geórgia.
Portugueseman, com o devido respeito, eu já sei qual é a opinião da maioria dos Europeus, eu quero saber é a opinião de um Russo, se ele assim se dignificar em responder.
errata:onde se lê dignificar deve-se ler dignar
Certo, eu também fiz apenas uma pergunta se reparar.
Sérgio,
Eu penso que, se a Rússia quisesse tirar a Crimeia á Ucránia, nem precisaria "invadi-la". Porque a Crimeia é povoada, segundo eu entendo, pelos russos na maior parte. Bastaria apenas cortar o istmo (ou como isso se chama).
Olhe para os paises balticos, que, eu julgo, teem direito de irem aonde quiserem, embora nao sejam os nossos melhores amigos. Olhe e tranquilize-se.
Mas a Ucránia, que é realmente um conjunto de territórios (inclusive russos), comporta-se por vezes de uma maneira indigna em relaçao a Rússia (os seus poderes de hoje).
Mais uma vez repito para o nosso brasileiro ardente, mas pouco informado: a Rússia nada tem contra a Uniao Europeia e a possivel adesao a esse bloco da Ucránia e da Georgia (mas agora duvido muito que a UE desejasse receber estes "jovens democracias", depois de tudo o que aconteceu).
Por sinal, voce sabia, Sérgio, que a maioria dos ucranianos nao quer adesao a NATO?
Anónimo russo.
Sérgio,
Mais um pensamento interessante. Voce sabia, que a ucránia é extremamente dividida entre o leste e oeste? Por isso, realmente, no caso de uma guerra entre a Rússia e a Ucránia, tudo podia acabar pior que com a Georgia (para Ucránia). As áreas de leste e a Crimeia poderiam aderir a Rússia (a metade do atual território ucraniano) e tudo isso resultaria no collapso total deste estado, que, nas suas fronteiras de hóje, nem a própria história tem.
Anónimo russo.
Anonimo russo, o senhor deveria ser mais educado para com quem não conhece. Da mesma forma que eu dou-lhe o benificio da dúvida quando o senhor diz que é Russo, também deveria ter esse comportamento para com os outros. Aliás se eu fosse Brasileiro isso não me impediria de falar ou ter opinião sobre outros povos, da mesma forma que enquanto Europeu tenho a minha opinião sobre os mais diversos assuntos. Relativamente à minha pergunta eu apenas queria uma resposta de sim ou não, mas vejo que isso pode ser muito complicado para si, não foi tão facil responder como ao portugueseman pois não. É dificil para si e para o seu país, e é aqui que surgem as nossas divergencias. Ah, só mais uma coisa, quando a opinião dos Europeus não interessam aos Russos escudam-se sempre nos mesmos argumentos, ou porque somos controlados pelos Americanos, ou porque somos Brasileiros.
beneficio e não benificio
Sérgio,
Está bem, vou tentar responder mais concretamente, mas é preciso ter em consideraçao, que:
1. A Ucránia de hoje, como sucessor da Republica Sovietica Socialista da Ucránia, representa por si um conjunto de territórios, inclusive genuinamente russos (ou tártaros, ou cíticos, ou de colónias de gregos antigos, mas nunca ucranianos; e, alem da Crimeia, o Leste, de quem é?). A atitude da populaçao quanto á Rússia varia muito, dependendo da posiçao geografica (quanto mais para o ocidente, menos gostam dos russos).
2. A maioria da populaçao da Crimeia é russa (nao sei dados exatos, mas, pode ser, uma esmagadora maioria).
3. A populaçao da Crimeia, onde se baseia a frota russa, está a favor da presensa dela (da frota) na Ucránia.
4. A maioria da populaçao da Ucránia está contra a adesao do pais a NATO (até foram criadas, pelo presidente atual, instituiçoes especiais nas escolas e nas universidades para propaganda da necessidade de entrar em NATO).
5. O proprio termo "ucraniano" levanta muitas questoes, será que etnicamente sao diferentes dos russos? (ainda admito o direito dos ucranianos ocidentais se julgar uma outra naçao (mas duvido que mesmo eles etnicamente o sejam) - mas o resto?).
Agora, quanto ás suas perguntas.
Eu, pessoalmente (como, acho, os poderes atuais da Rússia), nao estou nada contra quanto á adesao da Ucránia a UE.
Mas, se, de repente, quisessem escolher a via de conflito com a Rússia, entrando na nato, procurando apoio militar lá, eu, pessoalmente, preferiria que devolvessem a Crimeia e certos territórios orientais (se a populaçao nao estiver contra) Bastaria só Crimeia:).
Tambem queria perguntar:
qual é agora a diferença para EUA entre a Europa e a Rússia? (alem da Rússia ainda possuir armamento nuclear capaz de destruir os EUA várias vezes:) A Rússia continua a trazer o perigo de comunismo para o resto do mundo? A Rússia pretende conquistar alguem (a Ucránia nos deve muito e comporta se muito mal - até participou na guerra com a Georgia do lado da Geórgia, mas, mesmo assim, ninguem pretende começar uma guerra)?
Entao, qual é a diferença?
A segunda pergunta: quem ganha mais com o confronto entre a Europa e a Rússia?
Anónimo russo.
P.S.
No caso da NATO (e da Ucrania), ao devolver a crimeia, podem ir aonde quiserem, nem que para o diabo.
PPS. Porque os documentos, pelos quais a Ucránia ganhou independencia dentro das fronteiras de hoje, foram assinados no ambiente de amizade entre a Ucránia, Russia e os seus lideres (e, parece, que Yeltsin nao previa entao, que as relaçoes podiam estragar-se, ou simplizmente, festejaram tanto naquela reuniao, que o nosso antigo presidente já nao dava importáncia a nada e decidiu fazer um grande presente a Ucránia :)).
Anónimo russo.
Caro amigo, eu não lhe posso dizer o que os Americanos pensam, mas posso-lhe dizer qual é a minha visão das coisas. Os EUA não querem uma fusão da UE com a Russia porque receiam que isso possa abalar a sua relação com a Europa, para alem da Russia através dessa forma ficar a fazer parte da própria UE com tudo o que lhe está inerente, como o poder de ser ouvida na grande familia Europeia e mesmo poder influenciar a tomada das decisões. É claro que os EUA receiam tudo isso, para alem de que se a UE já hoje é uma superpotencia emergente, sabe-se lá no que se poderia tornar se a Russia aderisse também, acho que todos aqueles que não fazem parte da UE não ficam muito agradados com este pensamento. Portanto é natural que os EUA queiram cavar um fosso no relacionamento entre UE e a Russia, fosso esse que poderia passar pelo alargamento da Nato. O que nos leva á sua segunda pergunta quem ganha com o confronto entre a Russia e a Europa, olhe que os EUA até podem pensar que poderão sair beneficiados pelas razões que apontei, mas mais uma vez a minha opinião é outra. Acho que a UE e a Russia são complementares, a UE pela sua elevada população com perpectivas de aumentar com novas adesões, o capital e tecnologia, a Rússia pelos seus recursos naturais, territorio e mesmo tecnologia em armamento e aero-espacial. A UE precisa da vastidão espacial da Russia para poder projectar todo o seu poder, e a Russia vai precisar de fortes aliados e de muitos recursos para poder aproveitar todas as suas potencialidades. Na minha opinião, e peço-lhe que não entenda isto como redutor do papel da Russia no mundo, ela vai ter que optar entre firmar essa aliança com a Europa ou então com países como a China. Quem quiser manter-se na vanguarda e isso para mim é acima de tudo a exploração espacial, terá de fazer investimentos avultados, coisa que a Russia com todos os seus problemas, sozinha o conseguirá e se houver uma colaboração até a própria UE pode colher beneficios com a experiencoa dos Russos. Penso que até os EUA tiverem isto em perspectiva vão chegar á conclusão de que se calhar mais vale ver uma Russia Europeia do que Asiatica. Portanto para mim a longo prazo se surgir confrontos entre a Europa e Russia será a Asia quem mais ganhará com esta perspectiva. Relativamente a tudo o que disse sobre a Ucrania, compreendo todos os argumentos e estou bem ciente, mas só confirma aquilo que disse, a Russia não pode permitir à Ucrania que decida livremente o seu futuro, quer seja ou não na Nato, porque a Russia vê a Ucrania como algo de que deve dispor como bem entender devido a variadas razões, tem lá população Russa, há muita simpatia pela Russia, a Ucrania é uma criação Russa. É nisto que não posso concordar consigo porque porque independentemente da forma com a Ucrania surgiu e adquiriu os contornos actuais, o facto é que isso aconteceu, e portanto a Russia deverá respeitar a opinião dos que lá vivem, Ucranianos, Russos, quer seja a da integração com outras entidades, quer seja a fragmentação, deveria ser-lhes dada essa possibilidade de poderem escolher o seu futuro. A forma como adquiriram os seus territórios é tão válida como outras formas que criaram outras nações, como as guerras e conquistas, compras ou doações. Desculpe mas não podem vir agora dizer que se arrependeram e mudaram de ideias.
Sérgio,
quanto a Ucránia, isso é politica. Devido a circunstáncias dadas, a Rússia age segundo os seus interesses. Quando ve uma hostilidade aberta, pressiona. Eu apoio isso. Tanto mais, que tem toda a razao. Imagine só : a Ucránia arranjou toda essa palhaçada com o gas, só porque nao queria pagar o preço do mercado (e segundo ás indicaçoes do Washington, que o atual presidente podia receber).
Se o proximo governo ucraniano estabelecer relaçoes normais com a Rússia, vao acabar essas conversas da Crimeia, eu penso, ou pelo menos vai ser baixado o tom (ou como se diz). Há certos indícios, que o proximo lider pode ser Timoschenco. De qualquer maneira, eu acho que já nao haverá tanto antí-russismo (se se pode dizer assim) na politica ucraniana. Porque, nao sei se na Europa muitos entendem, aconteceu em agosto uma coisa muito importante: viu-se o limite do poder da America: só podia ladrar na cituaçao de entao, mas mostrou que já nao podia fazer nada. Agora os vizinhos mais anti-russos teem de reavaliar a cituaçao. Nao sei se muitos dos leitores sabem, mas já surgiram frutos disso na Asia Central. Os países de la preferiram estreitar os laços com a Rússia, e a influencia da América abalou-se. A vizita de Rice no Kazaquistao nao teve sucesso, há pouco o Uzbequistao declarou que nao vai prolongar o funcionamento da base militar norte-americana e declarou, que só vende o seu gas natural a Rússia. Respeita-se a força na Asia e no Caucaso tambem. Ainda mais que a Rússia teve toda a razao, todo o direito moral e ajudou realmente os povos que precisavam disso. È por isso que os atos do governo receberam tanto apoio da populaçao entao: porque eram, do ponto de vista meramente humano, justos.
Pois, se o proximo governo ucraniano mudar a sua atitude com a Rússia, a tensao pode diminuir.
Anónimo russo.
Caro Anonimo Russo,
Entre os que defendem e compreendem a Rússia, e que por hora frequentam este blog, estou eu que sou brasileiro, e apesar dos nossos países estarem separados por grandes distâncias e possuirmos culturas extremamente distintas, tanto por formação acadêmica, por profundas pesquisas como autodidata e também pelas amizades conquistadas em seu país, posso dizer que conheço relativamente bem, tanto a história quanto a realidade desta grande nação. Porém gostaria de deixar claro, que não me senti ofendido pelo que escreveu quando respondeu ao Sérgio, pois apesar de ter descendência e cidadania européia, em qualquer lugar do mundo que eu estiver sempre terei orgulho da minha naturalidade.
Sérgio
Muito bom seu retorno.
Na segunda guerra tanto os aliados ocidentais como a Inglaterra, Estados Unidos a então União Soviética fizeram seus acordos nas conhecidas reuiões de Ialta, Teerã e Potsdam, estabelecendo qual seria a nova ordem mundial e neste caso todos foram oportunistas, tripudiaram sobre os vencidos e a luta entre duas ideologias, se tornou a realidade das próximas seis décadas. Como eu falei, a falência do regime soviético já estava definida desde o começo, as dificuldades de produção de alimentos para suprir não só a União Soviética, assim como seus estados satélites já eram evidentes desde Kruschev. Quando Gorbatchev assumiu a situação financeira do país havia chegaado ao fundo do poço e foi exatamente neste momento que os Estados Unidos e seus aliados aproveitaram para impor sua vontade, condicionando "determinadas exigências" para a concessão do empréstimo que a União Soviética precisava. A partir destas exigências e o desenrolar de todos os acontecimentos com o advento do governo de Yeltsin, que dizia sim a tudo que os EU e aliados queriam, levou à quase desintegração da Rússia nos anos 90. Você comentou a questão da Criméia, possibilidade da invasão etc..., não acredito, mas se possível pesquise como a cessão deste território passou a integrar o Estado da Ucrania, da qual apesar de ter estado vinculado administrativamente no período Soviético, por decreto de Kruschev não pertencia ao território ucraniano originalmente, sem contar que a população Russa que lá vive, sequer foi consultada.
Acredito que você não tenha acesso a certas informações restritas, mas tenha certeza que de forma alguma quero ofender os europeus, pois quando me refiro à UE, direciono aos seus governos e não à população. Infelizmente a mídia que hoje circula pelo mundo, tem muito poder para formar opiniões e torcer os fatos à sua vontade, é como eu sempre disse, se o Brasil tivesse o poder que a Rússia tem e também quisesse impor sua influência no continente ameticano, seríamos os vilões pois atrapalhariamos os interesses dos Estados Unidos e de alguns de seus aliados.
Grande abraço,
Puxa, ausentei-me desse post e pelo visto o debate pegou fogo por aqui.
Sobre o fato da política soviética no pós-guerra, creio que houve inequívocos - e terríveis - erros na forma como Moscou tratou sua área de influência, mas não creio que tenha sido um erro tê-la criado, levando em conta as dezenas de milhões de vidas humanas perdidas na invasão alemã e, antes disso, no cerco perene que era feito pelos países ocidentais desde a Revolução Bolchevique - não olvidando também o desastre no funcionamento interno da própria URSS.
Quando da decadência do socialismo bolchevique no leste europeu, a superpotência estadunidense se aproveitou daquilo e, se valendo da incompetência dos líderes soviéticos naquele momento e da crise na economia daquele país, coordenaram a abertura que lhes era mais interessante do ponto de vista do curto prazo.
Some-se isso às políticas soberanamente aplicadas por figuras como Ieltsin na Rússia e por vários líderes das ex-RSS e houve um desastre gigantesco.
Figuras como o lindo casalzinho Viktor e Yulia ou Saakashivili na Geórgia são fruto de um segundo momento, onde as ex-RSS são solapadas pelo interesse estadunidense em arrochar o cordão sanitário em volta da Rússia para, quem sabe, reduzir as fronteiras do país ao que era antes de Ivan Grozny.
As revoluções multi-coloridas que ocorreram na região não passam de aberrações, onde esses povos estão sendo utilizados como peões por Washington, sendo jogados contra a Rússia por interesses que não são os seus. Claro, não obstante a tosquice da estratégia, os nomes escolhidos são o cúmulo do ridículo.
Moscou acaba sofrendo mais ainda pela falta de compreensão de seus líderes em relação o que é essa coisa gigantesca e amórfica que dão o nome de "ocidente" ou quem sabe, pela dificuldade em entender o que é o mundo exterior o que resulta na dificuldade em articular uma política estratégica mais eficiente.
Anónimo russo,
Não diga besteiras sobre os brasileiros. Se você olhar a tabela de IDH da ONU verá que a Rússia se parece mais com o Brasil do que com a Europa - e talvez por conta disso, não raro, quem mais se coloca a favor da Rússia aqui são justamente os brasileiros e não os europeus.
Ademais, dizer que brasileiros desconhecem os problemas europeus chega a ser uma piada, você é que certamente desconhece o que é o Brasil.
Caro Wandard,
Eu nunca ignorei a forma como a Ucrania adquiriu a Crimeia, apenas acho que a situação desse território como outros em que a Russia pelas mais diversas razões se tem imiscuido, deve ser decidido pelas populações dos países a que pertencem sem interferencias. Se calhar tambem tem conhecimento que apesar da Crimeia ter sido cedida aquando da União Sovietica e a sua população ser maioritariamente de origem Russa, após essa cedencia houve protestos por quem lá vivia, mas entretanto chegaram a um acordo com o governo Ucraniano pondo de parte a independencia, e isso foi um consenso a que todas as partes chegaram. Esta é sempre uma situação complexa e de dificil resolução, mas não me parece que por muita vontade que a Russia tenha e esteja arrependida possa reaver novamente esse território. Só por piada, seria engraçado se agora também se lembrassem de querer outros territórios como o Alasca, que foi vendido, sempre podiam tentar anular o contrato. Quanto à informação restrita tem razão não tenho acesso a ela, nem todos somos militares e bem relacionados (estou a brincar), mas acredite na minha posição sempre reconheci os erros cometidos pelo Ocidente, agora não posso é admitir que a responsabilidade de tudo o que esteja mal neste mundo seja nossa.
Abraço.
P.S. Com o reaver do Alasca ainda ganhavam uma politica capaz de fazer face a Putin, a sr.ª Palin. Se calhar é por causa disso que o Putin não quer nada com o Alasca.
Sérgio
O Putin já lá tem o Jirinovski.
Não precisa de mais.
;)
Cumpts
Manuel Santos
...Olhar para a Arvore e não ver a floresta !
Para quando uma reflexão séria sobre a "Queda do muro de Berlim".
-Quais as implicacões directas e indirectas para os povos da ex-URSS?
-Quais as implicacões directas e indirectas para os povos do "Ocidente"?
-Transicção da URSS para que modelo?
-Transicção do "Ocidente" para que modelo?
-Deslocalizacção das pequenas e médias industrias da Europa e América para a India e China com que finalidade? (Aumentar os lucros do Capitalismo selvagem; ou libertar os povos do obscurantismo imposto pelas elites locais)
-Social Democracia, como entendida pelos escandinavos para transicção progressista.
-Capitalismo selvagem, como transicção para a Globalização do sistema ultra liberal do "Ocidente"
-Acumulacão primária de riqueza, por processos mafiososos nos ex-estados de "democracia popular ", menosprezando outras formas de auto-gestão cooperativa, e omitindo formas sociais democratas que se tornaram valores adquiridos e civilizacionalmente aceites em todo o Ocidente.
Cumprimentos a todos
MSantos pois é, tem razão. O Inácio Cristiano coloca umas questões interessantes, lamento por não expor a minha opinião sobre esses assuntos mas de momento não tenho tempo para isso, mas são interessantes e deveriamos reflectir sobre elas.
Hugo Albuquerque,
1. "Moscou acaba sofrendo mais ainda pela falta de compreensão de seus líderes em relação o que é essa coisa gigantesca e amórfica que dão o nome de "ocidente" etc. Putin viveu uns anos na Alemanha, se voce sabia (mesmo que na de leste). Acho que entendem bastante, nao pior que voce. "Ocidente" aqui na Rússia - UE e EUA, nada mais.
2. Quanto aos "brasileiros", estava me dirigindo exclusivamente ao Sérgio e tinha razoes para pensar assim. Nao queria ofender ninguem.
Sérgio, a Ossétia do Sul tambem se considerava uma parte da Georgia até há pouco :) Nao quero dizer nada com isso, apenas, que nao sabemos o que nos epera ainda. Nem sempre é preciso uma guerra.
Anónimo russo.
Hugo Albuquerque,
"Se você olhar a tabela de IDH da ONU verá que a Rússia se parece mais com o Brasil do que com a Europa"
Ninguem aqui compara a Rússia com a Europa, a Rússia é a Rússia.
Anónimo russo.
Sérgio,
O Alasca foi um negócio, péssimo para a Rússia, que só viu isso anos depois, e muito bom para os Estados Unidos que agiu astutamente. Paciência, a Rússia perdeu mas vendeu, já era.
Quanto à Criméia o assunto é bem diferente, pois além de perder uma importante zona econômica, implicou também na Base de Sebastopol e a Frota do Mar Negro, foi um dos grandes desatinos Yeltsin, entre muitos e uma das "intervenções" dos EU e aliados, que até um cego enxergaria, mas talvez o excesso de vodca ou os interesses obscuros dos que enriqueciam da noite para o dia permitiram absurdamente. Mas como já disse, não acredito que a Rússia caminhe para um conflito, por causa desta questão, posso estar enganado, mas o fato é que visualizo outras zonas de disputa e entre outros jogadores em um futuro próximo.
Inácio Cristiano, o certo seria debatermos tudo o que você pontuou, mas não há tempo suficiente para isso. Com certeza estas reflexões resumem de forma bem objetiva a realidade. Porém dois aspectos são bem simples: Quanto ao deslocamento das indústrias destes países, trata-se apenas da substituição de mão de obra cara, por mão de obra quase escrava, e quem lucra com isso? Uma minoria destes países onde foram instaladas e os países de origem destas multinacionais, só que quando vem uma crise como a atual, levam o dinheiro e fecham as portas deixando inúmeros desempregados nestas nações e salvaguardando as suas.
Quanto à transição, os EU e a UE, enxergam os seus modelos como os certos e mais nenhum outro. Na verdade o modelo que interessa é o que proteja suas economias, seus modos de vida, mercados e zonas de influência, e esse sempre será o jogo.
Esqueci de assinar
Anonimo Russo desculpe lá que lhe diga, mas se calhar aplica-se-lhe aquilo que o Cristiano disse, Olhar para a Arvore e não ver a floresta !
Acha mesmo que essas são as questões cruciais que a Russia tem a ganhar nos anos que se seguirão? Qual acha que será o papel da Russia no futuro num mundo com potencias como a China, a India, os EUA e a UE. É nos acordos com Cuba, a Venezuela e o Irão que pensam em continuar a influir no mundo. Essas ninharias a que se refere, deveriam ser encaradas dessa forma pela Russia, e é-lhe exigido já que assim se pos numa posição de liderança, uma outra visão com futuro para si e para os seus vizinhos. Esse tipo de conflitos com os vossos vizinhos não os vai levar a nada, andam a disputar nada mais do que migalhas para a Russia e a perder muito mais no relacionamento com os vossos vizinhos, vizinhos apenas não, gente que praticamente fazem parte do vosso povo e durante anos partilharam o mesmo destino convosco. Se isto nada significa para o povo Russo... A propósito os meus parabens pela Ossetia do Sul, afinal são mais 4000 Km2. Deve dar para alguma coisa.
Anonimo Russo esse seu último comentário de ardor nacionalista, pena é que os vossos oligarcas logo que podem vão viver para Londres. Mais hulmidade não lhe ficava mal.
Realmente, pelo que vejo, alguns portugueses entendem o estado da Europa de hoje pior que os brasileiros. Como tambem aquilo o que representa por si a politica do "ocidente" de hoje em relaçao aos outros regioes do mundo (neste caso estou a falar, em premeiro lugar, dos EUA).
Repito: nao quero ofender de maneira nenhuma os brasileiros, realmente.
Anónimo russo.
17.075.200 Km2 + 4000 Km2 = faz toda a diferença!
Com a Crimeia pode-se pensar seriamente em fundar novamente o Império Russo.
Sérgio,
Eu apenas respondi á sua brincadeira, e voce levou á sério.
"Esse tipo de conflitos com os vossos vizinhos não os vai levar a nada, andam a disputar nada mais do que migalhas para a Russia e a perder muito mais no relacionamento com os vossos vizinhos" etc. Será que foi em vao que escrevi tanto nos comentários deste blog? Repito a minha ideia principal: nao foi a Rússia o maior responsavel pela deterioraçao das relaçoes com os nossos vizinhos.
P.S.
Quando digo que a Rússia é a Rússia, significa o mesmo, que Angola é Angola, e nao o Egipto etc.
Anónimo russo.
Sérgio,
O caso da Ossétia do Sul envolve mais que território, o interesse é estratégico, assim como a Abikhazia, se não fosse, a Otan não teria acenado com o ingresso da Geórgia na organização.
Quanto a disputa com os vizinhos, será que elas estariam no patamar atual, se a postura da Otan e dos Estados Unidos tivesse sido outra? Quem foi que resolveu se expandir para as zonas de infuência do outro, foi a Rússia ou a Otan?
Nas reuniões da Otan, quem são os países que mais acirram as animosidades contra a Rússia?
São perguntas, cujas respostas todos sabemos.
O problema é que se cobram atitudes e outra postura da Rússia, mas também não mudam a postura em relação a ela. Na questão do gás foi um bom exemplo, antes de qualquer exclarecimento a Rússia já era a culpada.
Tem que haver uma nova ótica, o passado soviético foi terrível, é verdade, e nehuma nação é santa quando se trata de defender os seus interesses, só que quase tres dezenas de nações unidas por interesses comuns e apoiadas por outra que tem seus próprios interesses e bases militares para garantir que não sejam tomados, contra uma só, se torna muito fácil na formação das opiniões negativas contra esta.
Grande abraço,
Sérgio,
O caso da Ossétia do Sul envolve mais que território, o interesse é estratégico, assim como a Abikhazia, se não fosse, a Otan não teria acenado com o ingresso da Geórgia na organização.
Quanto a disputa com os vizinhos, será que elas estariam no patamar atual, se a postura da Otan e dos Estados Unidos tivesse sido outra? Quem foi que resolveu se expandir para as zonas de infuência do outro, foi a Rússia ou a Otan?
Nas reuniões da Otan, quem são os países que mais acirram as animosidades contra a Rússia?
São perguntas, cujas respostas todos sabemos.
O problema é que se cobram atitudes e outra postura da Rússia, mas também não mudam a postura em relação a ela. Na questão do gás foi um bom exemplo, antes de qualquer exclarecimento a Rússia já era a culpada.
Tem que haver uma nova ótica, o passado soviético foi terrível, é verdade, e nehuma nação é santa quando se trata de defender os seus interesses, só que quase tres dezenas de nações unidas por interesses comuns e apoiadas por outra que tem seus próprios interesses e bases militares para garantir que não sejam tomados, contra uma só, se torna muito fácil na formação das opiniões negativas contra esta.
Grande abraço,
Anonimo Russo e se eu lhe dissesse que já aqui neste blog defendi que os países do Leste Europeu deveriam ter uma atitude diferente para com a Russia, principalmente aqueles que já fazem parte da UE e Nato, pelas responsabilidades que os seus actos acarretam para ambos os blocos, e não usa-los como arma de arremesso, tanto que a sua posição está salvaguardada quando já fazem parte destas alianças. Outra coisa é países como a Geórgia e a Ucrania, e admita que certas declarações dos dirigentes Russos seguramente que não deixarão tranquilos estes países.
Ou seja, admitindo que não foram as declarações da Russia a dar origem a estas deteriorações como o diz, seguramente que não foram elas que terminaram com esse agudizar das relações.
Wandard,
Realmente, lendo o que aqui escrevem Sérgios, Inácios Cristianos e outros, até nao posso imaginar, com o que os alimentam os seus midia. Nao pensava que estava tudo tao triste.
Anónimo russo.
Valha-nos ao menos os esclarecimentos do Anónimo Russo para ficarmos todos mais sossegados.
Sérgio,
"Ou seja, admitindo que não foram as declarações da Russia a dar origem a estas deteriorações " etc.
Que declaraçoes? Voce sabe a história do desenvolvimento dessas relaçoes?
P.S.
Acho escusado continuar a discussao, pelo menos por ora. Desculpem. Posso aconselhar mudar as fontes de informaçao, ou diversificar, pelo menos.
Anónimo russo.
Opa,
Desculpem pelo "exclarecimento" escrever depressa não dá certo.
Discussão encerrada da minha parte. Uma boa noite para todos.
P.S.
Sergio,
Por enquanto, infelizmente, a UE parece, com toda a sua burocracia indecisa, uma IMpotencia emergente:)
Anónimo russo.
Anonimo russo essa foi boa sim senhor.
Boa piada Anonimo Russo, o sr. nao poderia estar mais certo.
A europa nao pode continuar com os complexos do passado e com medo de se afirmar, essa seria a grande vantagem da Russia se juntar a europa, acabaria o politicamente correcto que tem vindo a definir a politica da UE.
A piada foi boa.
É sempre um prazer discutir com pessoas cordatas.
Boa noite a todos.
Abraço
"(...) Putin viveu uns anos na Alemanha, se voce sabia (mesmo que na de leste). Acho que entendem bastante, nao pior que voce. "Ocidente" aqui na Rússia - UE e EUA, nada mais."
Anónimo russo, não acho que ter vivido na antiga DDR por um determinado período possa ter sido uma experiência lá muito marcante para tornar alguém especialista em Ocidente. Você poderia ter citado o fato que V. V. Putin é pós-graduado em direito internacional por Leningrado - hoje São Petersburgo -, ainda que isso, ao meu ver não o venha ajudando muito pelo que se vê recentemente - ainda que eu não o considere o desastre que muitos o consideram. Sua última sentença, no entanto, confirma a minha tese.
PS: Dizer que a Rússia é a Rússia é tautologia barata, a Rússia está no campo de países como o Brasil e sua reação por si só prova tanto o seu desconhecimento pessoal de mundo quanto o desequilíbrio em aceitar isso.
Hugo Albuquerque,
"sua reação por si só prova tanto o seu desconhecimento pessoal de mundo quanto o desequilíbrio em aceitar isso"
Mas nao é voce que aqui escreve em russo, e,sim eu em portugues. Até estive no Brasil uma vez. Nos últimos anos falei bastante com os brasileiros. E voce, esteve na Rússia? A Rússia é a Rússia nao porque é melhor ou pior que algum outro pais, mas de acordo com a realidade. Todos os paises sao diferentes.
Quanto ao Putin: na prefeitura do Leninegrado-Sao Petersburgo ele era responsavel pelas relaçoes internacionais, e foi entao que travou alguns (pode ser muitos) conhecimentos com empresários europeus (especialmente alemaos). Fala alemao a vontade. Hóje ate o antigo chanceler alemao trabalha na Gazprom. Dúvido muito que faltasse aos lideres da Rússia de hoje o conhecimento da Europa, pelo menos.
Por outro lado, a Russia foi desde uma antiguidade remota parte da Europa, e tem experiencia de muitos seculos das relaçoes com ela.
Anónimo russo.
Hugo Albuquerque,
Se voce tanto o quer, posso responder tambem assim: a Rússia hóje está quase tao fraca economicamente, como o Brasil :) Mas politica- e militarmente é muito mais forte (especialmente na sua regiao), alem de outras diferenças (como a posiçao geografica de vizinhança com a Európa e a China, mentalidade etc.) Quero mais uma vez pedir, que ninguem se ofendesse, mas é o que acho cinceramente.
Leia os comentários de Wandard, ele tem razao em certos aspectos.
Anónimo russo.
Eu acho que o Brasil politicamente não é menos fraco que a Russia. Tem um papel liderante na zona onde se insere através do Mercosul e Unasul não sendo tão contestado como a Russia, e faz parte do mesmo continente que os EUA sendo praticamente vizinhos. É ainda menbro destacado da CPLP.
Falta-llhe apenas um lugar permanente no Conselho de Segurança da ONU.
Ao Estimavel Anónimo Russo
"Hoje até o antigo chanceler alemao trabalha na Gazprom."
É por estas e por outras que podemos constatar que a Europa não passa de uma Impotência Emergente, como muito bem observado pelo excelente redactor de idioma português, sediado algures no Mar Negro.
Inácio Cristiano,
Desculpe, quando me referi ao senhor juntamente com Sérgio, nao queria ofende-lo. É que quando li as questoes, colocadas pelo senhor, pareceu-me primeiro, que eram "voltados" (nao sei se se diz assim) um pouco contra as republicas da ex-URSS.
Na verdade, vivo mais perto do Mar de Azov. Para o Mar Negro ainda é preciso ir uns 400 km para o sul.
Anónomo russo.
Ao Estimavel Anónimo Russo
Não me referia às repúblicas do Caucaso, nem a nenhum país em particular.
Apenas sugeria uma listagem de pontos que achava interessante introduzir no debate, de indole politico-social.
Quando referí "Queda do Muro de Berlim" queria significar o momento "zero" do autêntico "Tsunami" Politico-social que este evento causava em toda a civilização ocidental em geral e na Europa em particular, cujos últimos efeitos estamos ainda longe de poder vislumbrar com clareza.
Melhores cumprimentos.
A crise bateu muito forte na Ucrânia e como às eleições se aproximam presidente e primeira ministra tenta jogar a culpa um no outro pela crise e pelo rápido endividamente do país.
Diga-me lá uma coisa anónimo russo, o senhor parece que não quer ofender mais ninguem senão a mim, é isto que eu depreeendo da suas palavras. Não queria ofender os Brasileiros só se estava a dirigir-se-me, não queria ofender o Cristiano quando se referiu a ele e a mim, não quer ofender ninguem quando está em dialogo comigo. Começo a ficar preocupado, se calhar tenho que pensar em montar um sistema anti-missil no quintal, não vá o anonimo russo tece-las.
Se alguem souber de algum em bom estado e em segunda mão é favor de dizer.
Leitor Sérgio, talvez o anónimo russo tem algum que possa dispensar. Brincadeiras à parte, mas esta discussão mostra que se pode manter um diálogo aceso, mas correcto.
Assim parece Sr. Milhazes. Cumprimentos.
Inácio Cristiano .
Eu entendi, foi por isso que escrevi.
Sérgio,
foi a resposta ás suas palavras, nada mais.
E diga-se que uma resposta bem ao estilo russo. Muito bem sr. anonimo russo.
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