O Ministério da Defesa da Rússia exigiu da Geórgia a libertação imediata do sargento russo Alexandre Glukhov(na foto), capturado na Ossétia do Sul por forças de segurança georgianas, declarou Alexandre Drobichevski, seu porta-voz.
“A investigação prévia mostrou que Alexandre Glukhov foi capturado por forças da ordem georgianas na região de Akhalgor, na Ossétia do Sul, e transportado para Tbilissi”, precisou.
Tbilissi respondeu anunciando que o soldado russo abandonou o quartel onde prestava serviço militar em Akhalgor e pediu ajuda à polícia georgiana.
Segundo o Ministério do Interior da Geórgia, “o soldado tomou essa decisão porque não conseguiu suportar as condições nas tropas russas”.
“O militar está a ser reabilitado e ficará a viver na Geórgia”, acrescenta o ministério.
Em declarações à imprensa, o sargento russo declarou que Moscovo começou a enviar tropas e armamentos pesados, secretamente, para a Ossétia do Sul em Junho de 2008, o que se vier a comprovar, deixará claro que a Rússia não reagiu a um ataque militar da Geórgia contra a Ossétia do Sul, mas planeou e preparou a operação com muita antecipação.
As declarações do sargento russo estão a provocar forte nervosismo da capital russa, mas resta saber se ele realmente abandonou o quartel devido a maus tratos ou foi raptado pelos serviços secretos georgianos.
O dirigente russo nacional-palhaço, Vladimir Jirinovski, já apelou ao Kremlin que siga o exemplo de Israel e invada a Geórgia para "libertar" o militar russo, imitando assim Telavive na operação militar contra o Líbano.
Mas há outra razão para a deterioração das já más relações russo-georgianas.
O Presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, nomeou o embaixador Alexandre Golovine para o cargo de representante especial encarregado da delimitação e da demarcação das fronteiras com a Comunidade dos Estados Independentes, a Geórgia, a Abkházia e a Ossétia do Sul, anuncia hoje a imprensa russa.
A criação deste posto está ligado ao início, pela Rússia, do processo de registo jurídico da fronteira com a Abkházia e a Ossétia do Sul.
Alexandre Golovine dirige, desde 2007, a delegação russa nas negociações sobre o Mar Cáspio e, desde 2008, a delegação que está encarregada de definir o estatuto do Mar Azov e do Estreito de Kertch e de delimitar o Mar Negro.
Moscovo não conseguiu chegar a acordo com a Geórgia sobre a definição da fronteira, mas espera agora ter êxito nas negociações com as regiões separatistas georgianas que proclamaram a sua independência: Abkházia e Ossétia do Sul, com o apoio militar russo.
“Realizam-se consultas sobre a aprovação de um acordo sobre a fronteira, principalmente tendo em vista a segurança da República da Abkházia”, declarou à rádio Eco de Moscovo Raul Khadjimba, vice-presidente desse teritório separatista, acrescentando que “excluo quaisquer conflitos com a Rússia nessa questão” e que “é possível delegar poderes de controlo do mar (Negro) à parte russa”.
O Governo da Ossétia do Sul já veio também anunciar que o Túnel de Roki, via estratégica que liga as Ossétias do Norte e Sul, “é propriedade da Rússia”, enquanto que Tbilissi defende que ele pertence à Geórgia.
A Agência de Geodésia e Cartografia da Rússia prepara-se para publicar um mapa em que a Ossétia do Sul e da Abkházia aparecem como Estados independentes.
O Ministério dos Negócios da Geórgia reagiu com uma nota, onde se apela à comunidade internacional “que tome uma posição firme face às acções aventureiras da parte russa, visto que todos compreendem a que consequências difíceis elas podem conduzir”.
“Isso mostra uma vez mais as tentativas da Rússia de, através de todas as formas, legitimar os regimes fantoches por ela criados”, sublinha-se na nota.
“A investigação prévia mostrou que Alexandre Glukhov foi capturado por forças da ordem georgianas na região de Akhalgor, na Ossétia do Sul, e transportado para Tbilissi”, precisou.
Tbilissi respondeu anunciando que o soldado russo abandonou o quartel onde prestava serviço militar em Akhalgor e pediu ajuda à polícia georgiana.
Segundo o Ministério do Interior da Geórgia, “o soldado tomou essa decisão porque não conseguiu suportar as condições nas tropas russas”.
“O militar está a ser reabilitado e ficará a viver na Geórgia”, acrescenta o ministério.
Em declarações à imprensa, o sargento russo declarou que Moscovo começou a enviar tropas e armamentos pesados, secretamente, para a Ossétia do Sul em Junho de 2008, o que se vier a comprovar, deixará claro que a Rússia não reagiu a um ataque militar da Geórgia contra a Ossétia do Sul, mas planeou e preparou a operação com muita antecipação.
As declarações do sargento russo estão a provocar forte nervosismo da capital russa, mas resta saber se ele realmente abandonou o quartel devido a maus tratos ou foi raptado pelos serviços secretos georgianos.
O dirigente russo nacional-palhaço, Vladimir Jirinovski, já apelou ao Kremlin que siga o exemplo de Israel e invada a Geórgia para "libertar" o militar russo, imitando assim Telavive na operação militar contra o Líbano.
Mas há outra razão para a deterioração das já más relações russo-georgianas.
O Presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, nomeou o embaixador Alexandre Golovine para o cargo de representante especial encarregado da delimitação e da demarcação das fronteiras com a Comunidade dos Estados Independentes, a Geórgia, a Abkházia e a Ossétia do Sul, anuncia hoje a imprensa russa.
A criação deste posto está ligado ao início, pela Rússia, do processo de registo jurídico da fronteira com a Abkházia e a Ossétia do Sul.
Alexandre Golovine dirige, desde 2007, a delegação russa nas negociações sobre o Mar Cáspio e, desde 2008, a delegação que está encarregada de definir o estatuto do Mar Azov e do Estreito de Kertch e de delimitar o Mar Negro.
Moscovo não conseguiu chegar a acordo com a Geórgia sobre a definição da fronteira, mas espera agora ter êxito nas negociações com as regiões separatistas georgianas que proclamaram a sua independência: Abkházia e Ossétia do Sul, com o apoio militar russo.
“Realizam-se consultas sobre a aprovação de um acordo sobre a fronteira, principalmente tendo em vista a segurança da República da Abkházia”, declarou à rádio Eco de Moscovo Raul Khadjimba, vice-presidente desse teritório separatista, acrescentando que “excluo quaisquer conflitos com a Rússia nessa questão” e que “é possível delegar poderes de controlo do mar (Negro) à parte russa”.
O Governo da Ossétia do Sul já veio também anunciar que o Túnel de Roki, via estratégica que liga as Ossétias do Norte e Sul, “é propriedade da Rússia”, enquanto que Tbilissi defende que ele pertence à Geórgia.
A Agência de Geodésia e Cartografia da Rússia prepara-se para publicar um mapa em que a Ossétia do Sul e da Abkházia aparecem como Estados independentes.
O Ministério dos Negócios da Geórgia reagiu com uma nota, onde se apela à comunidade internacional “que tome uma posição firme face às acções aventureiras da parte russa, visto que todos compreendem a que consequências difíceis elas podem conduzir”.
“Isso mostra uma vez mais as tentativas da Rússia de, através de todas as formas, legitimar os regimes fantoches por ela criados”, sublinha-se na nota.
12 comentários:
Credibilidade georgiana zero.
Palhaçada ocidental total.
Os russos fazem o que têm de fazer.
"Os russos fazem o que têm de fazer".
Sim, coitados dos russos... "têm de" isolar e excluir um país vizinho, são "forçados" a retalhar a Geórgia, são "obrigados" a invadí-la...
Porque georgianos são maus e amigos de gente malvada.
Pelo menos, pelo que se viu no comentário acima, o serviço de propaganda russo é nota 10!
“O militar está a ser reabilitado e ficará a viver na Geórgia”.
Assim que li esta frase, não pude deixar de sorrir e houve logo um longínquo país que me veio á memória:
União das Républicas Socialistas Soviéticas
Serão estes os novos "aliados" do Ocidente?
Este episódio não acontece por acaso, dado a coincidência da eventual decisão do Kremlin de mover a Frota do Mar Negro de Sebastopol para Okhamshire na Abkazia, tornando irreversível o controlo da républica cessecionista por parte da Geórgia.
Independentemente do soldado ser um desertor (se o é, porque raio precisa de ser "reabilitado") ou ter sido raptado, isto tem a importância e a credibilidade que tem, como já foi muito bem referido.
Cumpts
Manuel Santos
Leitor Manuel Santos, sem querer ser advogado de alguém, apenas quero sublinhar que o soldado diz ter sido maltratado na unidade militar em que prestava serviço, daí ser necessário reabilitação. Num dos filmes divulgados, vê-se que o sargento tem os dedos de uma das mãos pisados.
Infelizmente, não é difícil acreditar no sargento tendo em conta o que se passa nas forças armadas russas, onde as praxes são cruéis.
Rafael-Z. disse,
Aqui todos há muito sabiam do compromisso assumido pelo governo russo de defender, se for necessário os interesses da Abkházia e da Ossétia do sul. Sé isso (o apoio militar) nao tivesse acontecido, seria uma derrota total da politica russa no caucaso, com a ameaça de surgir uma inestabilidade total na regiao. Foi vitalmente importante para Rússia agir como agiu em agosto. Se quiser, leia as minhas mensagens no tópico sibre um ataque racista em Moscovo neste blog. Talvez entao entenda melhor.
P.S.
Acreditem mais na propagande georgiana :)
Anónimo russo.
Sr. Milhazes, sim, no exercito russo existe um problema nas relaçoes entre os soldados "velhos" e soldados novos. Mas nada tem a ver com a Georgia.
Tambem, a esmagadora maioria sobrevive sem nenhumas consequencias graves este periodo de ser um soldado "novo" no exercito. Quando uma pessoa nao é estavel psicologicamente, entao, sim, pode ter problemas.
Rafael-Z. disse, o sr sabia, que muitos e muitos dos georgianos sobrevevem graças a Rússia, trabalhando aqui e enviando dinheiro lá. E ao mesmo tempo o governo georgiano condoz uma politica anti-russa, tentando entrar em NATO a qualquer custo etc. Antes de declarar alguma coisa, tente se informar melhor.
Anónimo russo.
conduz
"Acreditem mais na propagande georgiana :)"
Puxa, não sabia que os jornais brasileiros, a BBC, o NYT, as agências européias, todos estão infiltrados com propaganda georgiana! Nossa, a Geórgia deve ter mais agentes de desinformação espalhados pelo mundo do que o tamanho de sua população!
Sobre Abkhazia, apenas um fato: como foi amplamente noticiado em Agosto, a ação da Geórgia aconteceu contra a OSSÉTIA DO SUL. Defender a invasão russa nesta região é uma coisa, agora defender a Rússia na ABKHAZIA, na qual a Geórgia não iniciou a ação, mas só apanhou, aí é preciso forçar muito a realidade.
Sobre a "política anti-rússia" da Geórgia: 1) cada país tem o direito de seguir a política não-violenta que quiser sem ser atacado por isso.
2) sabia que, pelo menos desde o ano passado, georgianos em viagem não podem passar por aeroportos russos? Conheci uma moça georgiana na Alemanha que teve que fazer a viagem via Lituânia e não via Moscou, por causa da barreira russa.
PS1 Desculpem o tamanho do post, espero que tenham paciência para lê-lo.
PS2 Anônimo russo, se você for mesmo russo, parabéns pelo seu ótimo português! Eu queria escrever em russo tão bem quanto você em minha língua!
Rafael-Z,
Primeiro, nao estou contente com o meu portugues por razoes objetivas, sem exagero. Segundo, se voce escrevesse russo tao bem quanto eu portugues, teria mais acesso á internet, as revistas e á televisao russos (que muitas vezes conteem muito menos propaganda que a televisao ocidental, pelo menos, quando se trata de certos assuntos), nesse caso, nao fazia afirmaçoes que faz agora sendo pouco informado. Se quer ouvir a minha opiniao sobre a Geórgia, pode ler as minhas mensagens no topico sobre Putin em Davos.
As questoes da Ossétia e da Abkházia sao inseparaveis nas circunstáncias de hoje.
Do bloqueio aéreo da Georgia eu sei, claro, e apoio isso. Posso aconselhar aos georgianos que corram o mais depressa com os idiotas no poder, pressionem os seus poderes para deixarem a política anti-russa, e tudo vai se normalizar.
Anónimo russo.
O homem escolheu a liberdade, apenas isso. No exercito da Georgia ninguem anda limpar o chao da cazerna com a sua escova de dentes e soldados e oficiais comem no mesmo refeitorio.
p.s. sobre a nova guerra da propaganda russa contra a Ucrania:
http://maidan-int.livejournal.com/90757.html
A russia tinha que se preocupar com o alcolismo a prostituição e a aids q assolam o pais
quem for a moscou pode ver e pior q o brasil as ruas imundas as estações de metro cheia de medingos e as armas de pessima qualidade
e so ver guerra dos 6 dias,guerra de yom kippur,guerra do golfo,guerra da bosnia,guerra da libia
os armamentos russos antes da guerra sao os melhores do mundo,fzem muita propaganda mas depois so leva surra
Russia resolve seus problemas para depois palpitar
Enviar um comentário