A ex-ministra dos Negócios Estrangeiros da Geórgia, Salomé Zurabischvili, dirigente do partido da oposição Via da Geórgia, pediu hoje ao Presidente Mikhail Saakachvili para apresentar a demissão antes de 09 de Abril.
“Se Mikhail Saakachvili não se demitir antes de 09 de Abril, sairemos para as ruas e não as abandonaremos até que seja alcançado o objectivo fixado”, declarou hoje a antiga ministra numa conferência de imprensa.
Esta iniciativa tem também o apoio do Partido Conservador, outra força da oposição georgiana. O seu dirigente, Zviad Dzidziguri, prometeu organizar um comício por tempo indeterminado em frente ao edifício do Parlamento caso Saakachvili se recuse a deixar o cargo de Presidente.
Na véspera, a união política Aliança para a Geórgia, liderada pelo antigo embaixador georgiano na ONU, Iraki Alasania, deu a Saakachvili um prazo de dez dias para convocar um referendo sobre eleições presidenciais antecipadas.
“Já que o Presidente Saakachvili não tem vontade política para tomar a medida adequada e demitir-se do seu cargo, damos-lhe dez dias para que convoque um referendo para que o povo se pronuncie a favor ou contra a realização de novas eleições presidenciais”, declarou Alania, um dos dirigentes da união da oposição, numa conferência de imprensa.
Se o Presidente não aceitar o ultimato, a oposição dará início a um plano de acções concretas para a convocação de um plebiscito nacional, acrescentou o antigo embaixador georgiano.
David Usupachvili, dirigente do Partido Republicano da Geórgia, sublinhou que o objectivo principal da oposição é conseguir a demissão de Saakachvili e a convocação de novas eleições presidenciais.
“Por isso, propomos à opinião pública Irakli Alasania candidato a Presidente”, anunciou.
É de sublinhar que não existe unanimidade entre as forças da oposição quanto à forma como afastar Mikhail Saakachvili do cargo de Presidente, o que permite ao último manobrar. Segundo alguns analistas políticos, o dirigente georgiano poderá avançar para eleições presidenciais antecipadas para se antecipar à oposição, bem como poderá rever a Constituição do país, transformar a Geórgia numa república parlamentar e tornar-se primeiro-ministro após a realização de eleições parlamentares antecipadas.
“Se Mikhail Saakachvili não se demitir antes de 09 de Abril, sairemos para as ruas e não as abandonaremos até que seja alcançado o objectivo fixado”, declarou hoje a antiga ministra numa conferência de imprensa.
Esta iniciativa tem também o apoio do Partido Conservador, outra força da oposição georgiana. O seu dirigente, Zviad Dzidziguri, prometeu organizar um comício por tempo indeterminado em frente ao edifício do Parlamento caso Saakachvili se recuse a deixar o cargo de Presidente.
Na véspera, a união política Aliança para a Geórgia, liderada pelo antigo embaixador georgiano na ONU, Iraki Alasania, deu a Saakachvili um prazo de dez dias para convocar um referendo sobre eleições presidenciais antecipadas.
“Já que o Presidente Saakachvili não tem vontade política para tomar a medida adequada e demitir-se do seu cargo, damos-lhe dez dias para que convoque um referendo para que o povo se pronuncie a favor ou contra a realização de novas eleições presidenciais”, declarou Alania, um dos dirigentes da união da oposição, numa conferência de imprensa.
Se o Presidente não aceitar o ultimato, a oposição dará início a um plano de acções concretas para a convocação de um plebiscito nacional, acrescentou o antigo embaixador georgiano.
David Usupachvili, dirigente do Partido Republicano da Geórgia, sublinhou que o objectivo principal da oposição é conseguir a demissão de Saakachvili e a convocação de novas eleições presidenciais.
“Por isso, propomos à opinião pública Irakli Alasania candidato a Presidente”, anunciou.
É de sublinhar que não existe unanimidade entre as forças da oposição quanto à forma como afastar Mikhail Saakachvili do cargo de Presidente, o que permite ao último manobrar. Segundo alguns analistas políticos, o dirigente georgiano poderá avançar para eleições presidenciais antecipadas para se antecipar à oposição, bem como poderá rever a Constituição do país, transformar a Geórgia numa república parlamentar e tornar-se primeiro-ministro após a realização de eleições parlamentares antecipadas.
15 comentários:
Depois do que ele fez, será uma questão de tempo até sair.
A propósito do conflito de Agosto último, Sakachvilli conseguiu a unanimidade no seu país. Foi até um volte face para os russos que contavam com o desmoronamento do regime face á sua incursão.
A questão é saber se Sakashvilli ainda goza dessa popularidade ou não e qual a dimensão desta oposição.
Relativamente ao descalabro ucraniano, nada que não fosse esperado.
Cumpts
Manuel Santos
Manuel Santos,
Face a uma ameaça externa, considero a reacção da classe política uma coisa perfeitamente normal.
Depois... depois, fazem-se contas internamente.
Sakachvilli, fez com as suas atitudes, que o país perdesse uma boa fatia de território.
Agora é só ver quanto tempo consegue ele manter-se no poleiro.
Na história já entrou.
Cumprimentos.
Perdoem-me off-top (ou como lá se chama isso em inglês), mas até quando vai a hipocrisia de certos meios de comunicaçao do ocidente. Entáo, algum Lukaschenko é um ditador, e o Saakaschvili, quem é? Sabem, que há uns 2-3 anos o primeiro-ministro georgiano Jvánia foi envenenado ou asfixiado? Ouviram alguma vez o nome de Patarcatsichvili?(Um oligarca georgiano, que morreu em lóndres de repente, logo apos de participar nas derradeiras eleições presidenciais na Geórgia). Pois, quando morre na Rússia algum jornalista que investigava os negócios internos de clãs tchechenos, o poder logo é culpado e os gritos por todo o mundo levantam-se até aos seus. Mas, quando se mata o primeiro-ministro ou um concorrente de Saakaschvili, ninguem liga, Saakaschvili continua a ser um "jovem democrata". Até óntem li um artigo na BBC russa, onde o correspondente, que acompanhou o Saakachvili na viagem pela Geórgia, não disse nenhuma palavra má do seu querido "Mischa"
A situação na Rússia está a ficar péssima também há locais em que o funcionários do estado não recebem os ordenados. Em Nizni Novogorod a maioria das empresas trabalham apenas quatro dias por semana. Também me disseram que o director financeiro do complexo GAZ se suicidou. Naquela zona as coisas estão complicadas.
Cin.naroda
Coloquei este post por engano. As minhas desculpas.
cin.naroda
Para quem estiver interessado, há aqui um artigo da Salomé Zourabichvili bastante interessante sobre os desafios da Geórgia.
Francisco disse...
A situação na Rússia está a ficar péssima também há locais em que o funcionários do estado não recebem os ordenados. Em Nizni Novogorod a maioria das empresas trabalham apenas quatro dias por semana
Nem tudo está tão trágico ainda, graças a deus.
E quanto a "maioria das empresas", depende muito do tipo de empresa.
Mas que aves de mau agouro. Acho que o JM devia abrir uma secção especial " velhos do Restelo Russo" para estas carpideiras. Tanto desejam que a Rússia se afunde ou impluda ou que caia no caos. Que raio de sádicos, chiça!
Mas que aves de mau agouro. Acho que o JM devia abrir uma secção especial " velhos do Restelo Russo" para estas carpideiras. Tanto desejam que a Rússia se afunde ou impluda ou que caia no caos. Que raio de sádicos, chiça!
Senhor anónimo Russo! Eu encontro-me em Portugal não estou na Rússia, também não sou essa tal ave de mau agoiro que deseja ver a Rússia afundar-se como aqui alguém disse.
Mas saibam que da minha casa contactamos várias vezes por semana com Nizni Novorod . Por isso sei o que por lá se passa. Na cintura da abastança (Moscovo, Sanpetersburg) não sei de que forma a crise se está a fazer sentir. Mas naquela zona já está a doer, tenho uma familiar que trabalha num jardim de infância ainda não recebeu o ordenado de Janeiro o marido que é engenheiro civil, tem uma grande paixão pela fotografia (costumam vir a Portugal regularmente) não tem trabalho está a sobreviver de oito horas semanais de aulas que dá sobre fotografia, algumas empresas estão paralisadas e as restantes trabalham quatro dias por semana. O rublo está a oscilar mas sempre com tendência para a queda. A gasolina custa 19.70 Rublos (+- 40 cent.). Os preços dos bens de consumo são quase idênticos aos praticados em Portugal e essa história dos dados sobre o desemprego não estão correctos, na medida em que na Rússia tudo é manobrado em favor do governo. Como aqui já alguém referiu a Rússia tinha todas as condições para se livrar da crise. Só que não tem governantes à altura dessa tarefa.
Quando havia muito dinheiro foi preferível abrir lojas da Zara, Mango, importar carros e quejandas esbanjando divisas para iludir os Russos, outra parte foi guardada como reserva, em vez de dinamizar a economia. Só que isso dava votos.
O país pode ser muito rico em recursos naturais, mas temos que não esquecer que os preços não são estabelecidos pela Rússia. Talvez fosse esse o grande erro de cálculo cometido por a inexperiência dos seus dirigentes.
Cin.naroda
Francisco,
Tenho de repetir, tudo depende de cada caso concreto. Eu não vivo em Moscovo nem em São Petersburgo, mas, felizmente, por enquanto não vejo nenhuma tragédia à minha volta. Sim, ouço que alguns sectóres da indústria e de serviços são mais afectados, outros - menos. Tambem conheço pessoas que trabalham num jardim de infáncia, mas até hoje recebiam salario a tempo, e eu não estou a inventar nada.
Quanto às reservas acumuladas, ouvi várias opiniões, inclusive aqueles, que diziam, que só devido as reservas acumuladas a Rússia conseguiu evitar um colapso bancário. Mas eu costumo contar com as minhas proprias forças, sendo um microempresário, e não costumo contar com as reservas do estado:) Tambem trabalho na área de construção, (na área mais ligada ao conserto dentro dos edificios, ou como dizer melhor), os meus clientes são pessoas comuns, e, por enquanto, felizmente, não senti uma quebra da procura ou algo semelhante.
Será possível,
A situação no Brasil, China, Índia, Japão, Eua..... não está diferente. Os americanos já dobraram o número de beneficiados com o seguro desemprego, no Brasil dilatou-se o prazo em mais tres meses. Até quando esta retórica da crise financeira e a "má gerência" do governo vai continuar, não estou vendo nenhuma nação bem das pernas e a "pérola da colonização européia" se encontra na condição de águia com as asas engessadas, será porque houve uma "boa administração". Os erros da administração de Yeltsin e a "doação/privatização" das estatais russas e inúmeros desmandos permitiu o surgimento dos oligarcas, além do "sim" incondicional a todas as exigências da Otan/Eua, que promoveram o desmantelamento da estrutura russa, desculpem-me se estou sendo repetitivo, mas a retórica constante também o é. O fato é bem simples, a Rússia não aceitou ser mais um pau mandado dos Estados Unidos, não aceitou ser tratada como potência de segunda classe, cansou das humilhações, do alargamento da Otan e do comportamento hostil do ocidente. Houve chance para um nova forma de relacionamento mas o desejo de eliminar um oponente poderoso e se apoderar das suas áreas de influência e recursos falou mais alto e o resultado está aí.
Caro anônimo russo,
Seu comentário confere com a realidade, tudo o que se referir aos países ou dirigentes "simpáticos" aos Estados Unidos e Otan, geralmente não são comentados ou as notícias não ganham ênfase, agora se for relacionado à Rússia estampa-se nas primeiras páginas dos jornais, com análise de comentaristas de carteirinha (especialistas em Rússia) e sempre contra, além das opiniões de âncoras e jornalistas diversos que se tornam de uma hora para outra historiadores, cientistas políticos, observadores militares etc..., além dos inúmeros oportunistas como o Sr. Khasparov.
Sei que é difícil acostumar com isso, mas acredite, um pouco além dos aliados americanos, a visão é diferente.
Abraço,
Wandard,
Obrigado pelo apoio.
Em 1999, aquando do bombardeamento da OTAN com urânio emprobrecido à Sérvia, toda a classe política e popular se juntou a Milosevic. Após o fim da guerra, demoraram uns 2 anos (no máximo) até o correrem do poleiro--e para mais, com os "revoltosos" financiados pela CIA.
Logo, isto na Geórgia é normal... e a crise ajuda à festa. Näo me espanta que de repente descubram o Sacanavili a pedir a demissäo... desde Washington!
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