quarta-feira, março 11, 2009

Geórgia não vai à Eurovisão


A Geórgia recusou-se a participar na final do Festival da Eurovisão, que se irá realizar na capital russa em Maio, informou Natia Uznadzé, directora do projecto georgiano, em declarações aos jornalistas.
Os telespectadores georgianos tinham escolhido para representar a Geórgia no final do Festival da Eurovisão a canção We don’t wanna put in, interpretada pelo grupo Stephanie & 3G, mas o Kremlin viu na letra da composição uma crítica ao primeiro-ministro russo, Vladimir Putin.
A Sociedade Europeia de Difusão exigira, na terça-feira, que a Geórgia alterasse o texto da canção ou substituísse o representante do país no festival, alegando que o regulamento do concurso proíbe a interpretação de composições com apelos políticos e outros.
“O grupo recusa-se a alterar o texto da canção”, declarou Uznadzé.
A Geórgia deveria participar numa das meias-finais do Festival da Eurovisão ao lado de países como Portugal, Bósnia-Herzegovina, Suécia, Israel, Bélgica, Andorra, República Checa, Montenegro, Islândia, Arménia, Bulgária, Suíça, Macedónia, Finlândia, Bielorrússia, Turquia, Roménia e Malta.
A própria canção que irá representar a Rússia está a provocar forte polémica no país, pois ela será interpretada por uma cantora ucraniana e o refrão soará também nesta língua. Além disso, a música é de um compositor georgiano e na criação da letra participou uma poeta estónia.
Isto levou alguns críticos musicais a exigir a substituição da representante da Rússia no Festival da Eurovisão.

68 comentários:

MSantos disse...

José Milhazes: só aparece este artigo e a foto do IL-76 que caiu no Uganda.

Sobre o tema, é realmente trágico. Assim estou seriamente a considerar se vou assistir ao Festival ou não.

Pior que isto seria o Eládio Climaco recusar-se a apresentar.

:o)

Cumpts
Manuel Santos

Anónimo disse...

Já estava a interrogar se era só eu que estava a ver assim. parece que o artigo do avião tem algum tipo de problema e não permite ver os artigos anteriores.

Anónimo disse...

hehehe
tenho tanta pena que vou chorar!
uma porcaria de cantilena, muito dispensável, não se perderá nada.
------------------
e como vamos de "limpezas" aí nos manda-chuva? Ainda não limparam a casa? quantos já foram corridos do peixe graúdo?

MSantos disse...

Embora fora do contexto do post e para quem tiver interessado, um lúcido e analítico artigo (sem juízos de valor) de João Carlos Barradas no Jornal de Negócios online, sobre as relações Rússia-EUA, Obama, o enquadramento do Oriente, Irão, Paquistão, Afeganistão.

http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS_OPINION&id=358342

Cumpts
Manuel Santos

Anónimo disse...

O artigo está muito bom. E até fiquei a saber uma coisa que ainda não tinha visto. O facto da Alemanha ter vetado o Nabucco.

É extremamente interessante, a UE assim risca do mapa um pipeline que faz "bypass" da Rússia. Consolida a sua cada vez maior dependência energética da Rússia.

Neste caso o pipeline russo South Stream cresce de importância e urgência.

A Rússia obteve mais uns pontos aqui. Consegue ver aumentar a importância do seu pipeline e vai concerteza receber financiamento por parte da UE, para avançar com a obra.

Muito interessante sem dúvida.

Desconhecia que o Jornal de Negocios tinha artigos deste tipo.

Obrigado pelo o link.

PortugueseMan

Efigênia Coutinho ( Mallemont ) disse...

Prezados gentlemen, my compliments for this Blog, with admiration, Efigênia Coutinho
BRAZIL

Anónimo disse...

Falando em ucraniana a Ria Novosti noticiou que a Ucrânia pediu um emprestimo 5 bilhões de dólares ao governo russo.

Anónimo disse...

As regras säo claras no que respeita a politiquices. A Ucränia mandou há uns anos uma cançäo política "para consumo interno" e passou, mas esta agora é directa ao estrangeiro, logo näo pode passar.
Se tivessem sido inteligentes, e pimba por pimba, fazim uma cançäo tipo "We don't want pudding" (sim, "nós näo queremos pudim" :D) que até teria a sua piada, e que talvez até tivesse sucesso (olha a "Lasha tumbai"!). Mas ser cómico e mordaz é uma arte...

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Caros leitores, no meu computador aparece tudo normalmente. Será que me aconselham a retirar o post do avião?

Sérgio disse...

Sim acho que sim sr. Milhazes, até porque aqui só aparece uma fotografia sem qualquer texto.

Anónimo disse...

Caro José Milhazes,

Concordo que se retire o artigo do avião. Esse não se vê e não permite ver os anteriores deste mês.

Se passarmos a ver tudo bem depois de retirado, sugiro que tente inserir o artigo de novo.

Talvez tenha acontecido algo, que não acontecerá de novo.

A minha sugestão.

Anónimo disse...

Já consigo ver os artigos.

Gilberto disse...

Off topic:

agora o blog já está normal, mas passei quase 2 dias sem poder acessá-lo.

Anónimo disse...

JM:
o artigo vê-se, não se rale, deve ser dos computadores dos visitantes.
----------------
Ouvi que o chefe da reserva federal foi demitido ontem. Sabe alguma coisa?Cheira-me a coisa graúda porque foi Putin a demiti-lo.
Portuguese Man:
Sim, o Nabucco é uma perda de dinheiro, não um ganho.Mais, a Hungria assinou há dias um acordo com a Rússia para acelerar a construção do South Stream.E Putin declarou que a Rússia tem gás e petróleo suficientes para TODA a Europa durante 100 anos. UAU!!!Também quero um pocinho, nem que seja mini.
Ricardo:
É verdade que a dona Júlia pediu dinheiro, mas já o anda a pedir há meses. Só que com aquele Presidente pró americas só se Putin fosse parvo emprestaria dinheiro para o manter no poder. Portanto, corram com o palhaço e depois logo falamos. hehehe
PessoaL o Czar é bom mesmo...e está para durar, podem crer, sobretudo se mudar de gostos...musicais...hehehehe
P.S. por onde anda o anónimo russo? Terá ido de férias?

Diogo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Ó Diogo, isso é muito interessante, aliás gosto muito dos Python. Mas será apropriado para este blog? Que tem isso a ver com a Rússia?

Anónimo disse...

Ah, e a car Efigènia, olá, como está? Não se entende porque não escreve em português. Diga coisas sobre a Rússia, é para isso que o Doutor Milhazes tem este paradouro.

Anónimo disse...

Acho bizarro alguns aqui comemorando a dependência energética da UE com a Rússia...de duas, uma: masoquismo ou burrice mesmo. Vai entender...


sérgio

Anónimo disse...

Pois. Sérgio, o futuro é a Ue e a Rússia serem uma só.
E o burro sou eu?

Anónimo disse...

serviu o chapéu, kremlino? hehehe

sérgio

Anónimo disse...

assim, a Rússia seria assimilada na cultura européia bem mais forte

Anónimo disse...

Até vejo o futuro sombrio da Rússia no horizonte: um país quase totalmente dependente da exportação de fontes energéticas, uma populaçao pobre inerte e uma casta de oligarcas. Belo país, belo futuro...o que esse país produz além de armas e energia? Esse país não é capaz de montar nem um computador!!!Alguém conhece uma marca famosa desse país que não esteja ligada à indústria militar e energia?

josé carlos

Anónimo disse...

José Carlos:
diga-me onde é o seu caixote de lixo russo que eu vou lá buscar as sobras da energia, da dependência, da pobreza e do resto.Quanto aos ricaços, não leu as últimas notícias de que a crise acabou com eles? Agora os porcos oligarcas estão todos noutro lado, sobretudo nos states falidos. Está a ver como o Czar é democrata e pensa no povo?
Sérgio:
não uso chapéu, a não ser que seja russo.
E a cultura da Rússia é cultura europeia, portanto nem vai haver assimilação.Alô, cultura!!!

Sérgio disse...

Kremlino os Russos não querem ser Europeus ou pelo menos fazer parte da UE. Diga-me em que é que se baseia para sonhar com uma futura ligação entre a UE e a Russia (não é de certeza nas declarações dos dirigentes russos ou nas suas intenções). Aliás a UE não precisa da Russia para nada, tanto lhe compra o combustivel quer faça parte da UE ou não. O que muitos aqui ainda não compreenderam é que os Russos ainda não estão dispostos a desistir do seu sonho Imperialista e em serem donos e senhores de uma zona onde se incluem os seus vizinhos (e a UE, por muito que neguem, está a atrapalhar esse sonho). Aliás sempre que querem negociar com o Ocidente quer seja com a UE ou com a NATO fazem questão de sublinhar, sempre em pé de igualdade, agora pergunto, quando é que a Russia se pode comparar com a UE ou Nato. Talvez nos melhores sonhos do anonimo russo ou de certas pessoas... E o pior disto tudo é que parece que os Americanos estão dispostos a reconhecer essa zona de influencia face aos muitos problemas com que se debatem, os Europeus, que deveriam tomar uma atitude firme, enfim, a atestar por algumas opiniões aqui expostas de alguns que se dizem Europeus, deveriamos curvarmo-nos perante os todos magnanimos Russos, como se para estas pessoas isto seja inevitavel, perante um país que como alguem disse e muito bem, se não fosse os recursos naturais do seu imenso território viveriam na miséria.

Anónimo disse...

"O que muitos aqui ainda não compreenderam é que os Russos ainda não estão dispostos a desistir do seu sonho Imperialista e em serem donos e senhores de uma zona onde se incluem os seus vizinhos (e a UE, por muito que neguem, está a atrapalhar esse sonho)."

"Aliás sempre que querem negociar com o Ocidente quer seja com a UE ou com a NATO fazem questão de sublinhar, sempre em pé de igualdade, agora pergunto, quando é que a Russia se pode comparar com a UE ou Nato."


Amigo Sérgio,

É certo que quando falamos da Europa e neste caso não como cidadão de qualquer um dos países europeus, não posso negar apesar da minha descendência que já me torna suspeito, que é um continente de nações admiráveis, pela sua história, pelo seu povo, cultura e claro economia. Quando se fala da UE, posso dizer que se fala de um sonho, que em parte se tornou realidade, mas com uma conta cara para muitas nações, financeiramente falando e de perda de independência como "país", economomicamente falando para outros. Quando nos deparamos com a crise atual, não enxergamos a UE, mas sim a velha europa e o individualismo de suas outrora potências. Quando observamos as reuniões da Otan, vemos a divergência de opiniões, a vaidade de alguns, a arrogância de outros e o sentimento de ódio e revanchismo dos mais novos integrantes.

O posicionamento hoje da Rússia pós-soviética e após os anos 90, são o resultado do comportamento e da atitude das "potências" européias e do seu mentor/aliado Estados Unidos. É possível que os europeus não queiram enxergar, ou que a grande maioria não saiba, afinal muita coisa que ocorreu é segredo militar ou de estado, mas esta é a realidade e boa parte das informações já são de domínio público.

Quanto ao sonho imperialista, este se mostrou bastante claro dos anos 90 até recentemente com o final do governo Bush, por parte dos Estados Unidos e com ostensiva participação de seus aliados, ou o alargamento da Otan, bases na ásia central, Iraque, Afeganistão, Georgia..................... Fica difícil se atirar pedras com telhado de vidro.

Quanto ao pé de igualdade, é um comparativo interessante e desigual, pois você encara como UE,mas na verdade são muitas nações, com a soma populacional de todas, além do conjunto de várias economias contra uma única nação, além de contar com uma superpotência como aliado. Perdão, mas são muitos países para enfrentar um só. No quesito militar, me desculpe mas o pé de igualdade não é da forma que você pensa. Existe um único país com poder para enfrentar a Rússia e este país é os Estados Unidos, só que com um detalhe, ele nunca enfrentou sozinho nenhuma potência do mesmo calibre de igual para igual, só nações pequenas, se quiser falar da segunda guerra é históricamente notório que os aliados enfrentaram 1/4 das forças nazistas.

Se o posicionamento europeu continuará a ser o que se apresenta, então continuaremos a ter o constante enfrentamento. A europa hoje não é um celeiro de recursos naturais e o sistema econômico adotado no planeta, tornou todos os países vulneráveis, nas regras da economia atual a geração de riqueza é medida pela produção de produtos transformados, mas para isso se depende de enérgia e matéria prima e como já vimos na História, tudo é cíclico e a música toca diferente em cada estação.

Grande abraço,

Anónimo disse...

Quanta besteira, hoje o único páis capaz de enfrentar os EUA é a China.

Anónimo disse...

Sérgio:
você é português? Parece que sim. Como ousa dizer da Rússia o que diz sendo cidadão do país miserável que é Portugal, que nem uma pinga de petróleo tem?
Eu falo com os russos em pé de igualdade, como falo com os americanos. O que vejo é TODOS dizerem muito mal dos russos ao longe mas tremerem que nem varas verdes quando se encontram com Putin. Porque não falam com ele como ele fala com vocês? Ah, pois é. Garganta há muita e cobardes também.
Do resto da sua cantilena, só posso dizer que se cá nevasse fazia-se cá ski, mas como não, faz-se na Rússia. Se eles não tivessem, se nós tivessemos, bla,bla, bla, mas eles têm e nós não temos e quem dá o pão dá o pau. Aprenda e abra a pestana. Não tem de gostar, mas fica muito mal a um português falar com essa arrogância parola da Rússia.
E já agora para o inteligente do José Carlos, essa de não montarem computadores é de chorar a rir. Veja lá se as centrais atómicas, as naves espaciais e os grandes laboratórios científicos (só para falar nos maiores) tÊm computadores que não sejam russos. É giro: os foguetões são russos, os satélites na maioria são russos, as estações espaciais são russas e não sabem montar um computador!!!Se calhar têm de vir comprar Magalhães a Portugal!!!
Passar bem os dois, que o vosso mal é ignorância.
P.S. Vou mas é pedir uma avença ao FSB, que estou a fazer este serviço de defesa da Rússia de graça e não poder ser!!!

Sérgio disse...

Wandard, caro amigo, como cidadão Europeu deixe que lhe diga que a nós nos compete decidir o nosso futuro, e apesar de todas as deficiencias e erros no funcionamento da UE que apontou e existem, eu opto pela UE e não quero que o meu país regrida neste aspecto. Aliás só para que perceba a minha posição, eu sou um daqueles muitos jovens que muito usufruiu pelo facto de Portugal pertencer à UE, se sou o que sou hoje em dia, em muito devo á minha familia, ao meu país, e em boa parte á UE. Se no tempo do sr. Milhazes eram poucos aqueles Portugueses que estudavam no Ensino Superior, e muitos tiveram de sair do país para o conseguirem, hoje já não é assim e em parte isso se deve á UE. Relativamente ao poderio militar, reconheço-lhe maior conhecimento para falar sobre esse assunto, no entanto não deixo de me interrogar no seguinte Wandard, os quatro maiores países da UE têm seguramente um orçamento militar superior á Russia, e nem me quero dar ao trabalho de ir pesquisar porque se calhar até poderia chegar á conclusão de qualquer um desses países individualmente gasta mais dinheiro em despesas militares do que a Russia, e antes de começarmos com comparações nominais e relativas, o que andam esses países a fazer a tanto dinheiro? Não é o Reino Unido que ainda hoje tem uma das maiores e mais bem equipadas marinhas do mundo. Relembro-lhe que tanto a França como o R.U. são potencias nucleares; acho que não queremos entrar em confronto com os Russos porque se esse conflito descambasse iriamos todos desta para melhor, mas não precisamos dos EUA ou de nenhum aliado para nos defendermos da Russia. Na 2 Guerra Mundial os EUA lutaram em duas frentes, na Europa e no Pacifico, não acha isto suficiente. A Russia nessa guerra nunca esteve sozinha ao lutar contra a Alemanha Nazi. A Russia terá pouca expressão no futuro num globo dominado pelos EUA, China, e UE, ainda fica a incognita mas promissora India. Até o Brasil, apresenta vantagens em relação á Russia na minha perspectiva, tem uma população em crescimento e uma verdadeira zona de influencia como é a América do Sul, faz parte da CPLP o que lhe granjeia uma ligação forte com esses países, reune assim mais condições para poder progredir do que a Russia no sentido de influir nas grandes decisões mundiais e projectar desta forma a sua influencia.

Sérgio disse...

Ó ABC, grande admirador da Russia, o senhor disse tudo, Portugal não tem petroleo nem gás, como tem a Russia e dos quais depende e muito. Quando a Russia depender de outra coisa que não de recursos que por acaso lhe nascem no quintal, aí talvez passe a admirar mais a Russia. E essa de falar de igual para igual com Americanos e Russos, talvez tenha razão, o senhor pelas suas opiniões em muito se parece cons uns e outros, e tanto uns como outros devem começar a olhar para a nova realidade que se apresenta com potencias como a China, e menos a olhar para o seu umbigo e a pensarem que ainda dominam o mundo. Mas essa de chamar de miseravel a Portugal porque não tem petroleo ou porque lhe desagradou a opinião de um Português, só demonstra bem que tipo de pessoa o senhor é. Por favor se quer insultar alguem faço-o à minha pessoa, não generalize a todo um povo. Mas fique sossegado que a grande Russia continuará a ser grande, (apenas em tamanho), afinal tem petroleo e outras coisitas, e o senhor continuará a falar de igual para igual com Russos e Americanos.

Sérgio disse...

Quanto á de tremermos perante o Putin, dever ser a mesma tremedeira que nos dá quando o ABC abre a boca. Mas desculpe lá, não fique tão chateado, afinal não fazemos por mal, prometo que de futuro nos esforçaremos mais por melhorar.

Anónimo disse...

Sérgio, você é um idiota e portanto não treme perante Putin porque nunca estará perante Putin. Quem treme perante Putin são os políticos e jornalístas ocidentais e quejandos. Mais uma que você não entendeu, que se há-de fazer?
Insultar portugueses? Eu sou português, mas não sou parvo nem ignorante.
E para acabar, que não lhe vou dar mais conversa porque quem quer lições paga e bem, a China pediu um empréstimo à Rússia. Empréstimo ouviu bem? Dinheiro,aos montes, sabe o que é? Potência da treta, que não sabe o que há-de fazer sem as suas exportações a preço de saldo. Nem uma malga de arroz aquela gente tem para comer por dia. A China está em muito pior situação do que a Rússia, inteligência.
Adeusinho, e vá pela sombra.

Anónimo disse...

Amigo Sérgio,

Entendo seu posicionamento e suas razões e como apreciador de Voltaire que sou, sempre defenderei o direito de pensamento e a liberdade individual. No campo militar a questão orçamentária é muito relativa à economia e o seu custo dentro de cada país. Para manter a estrutura militar equiparada à Rússia, os Estados Unidos precisam gastar dez vezes o que a Rússia gasta, os orçamentos das maiores potências européias, com certeza é maior que o da Rússia, mas isso não significa isto lhes garanta o poder de fogo em igualdade, muito pelo contrário, pois o inventário é bem diferente. Infelizmente certas informações não podem ser passadas. Mas a tal guerra de informações à qual um certo general russo se referiu serve para que estes dados relativos ao poder militar da Rússia, divulgado por tantos sites, façam a sua parte, quando a realidade é outra.

Fico contente que a vida tenha melhorado para os portugueses e que muitos jovens tenham se beneficiado com isso. Infelizmente o custo para Portugal foi e será muito alto, talvez não se observe agora mas em um futuro próximo a realidade se revelará.

O Globo não terá este domínio compartilhado. Os Eu ainda conservarão com certeza sua posição por algum tempo, mas se observarmos mais de perto uma poderosa nação que seque consegue recuperar uma cidade destruída por uma inundação, que começa a revelar várias regiões em colapso industrial e de emprego, que não conseguiu reestruturar regiões que sofreram destruição por terremotos, e que históricamente se recuperou e cresceu economicamente às custas de guerras e da reconstrução de outros países, é um verdadeiro paradoxo e nos leva à reflexão o que ocorrerá o que nunca ocorreu, ter suas cidades arrasadas por bombardeios, será que conseguirão manter a mesma arrogância de quando o terreno destruído é o dos outros e só então botam o pé.

A guerra do Pacífico, foi um fiasco pois o poderio japonês definhou já em Midway, daí por diante a guerra do Pacífico já estava selada. Um país sem recursos naturais como o Japão jamais poderia sustentar a guerra em que se envolveu.

Anónimo disse...

ABC,

A China pediu um empréstimo à Rússia? Assim de repente digo-lhe que isso é impossível.

Posso estar enganado e existe algo, mas custa-me muito a acreditar.

A situação financeira da China é bem melhor que a da Rússia.

Dê mais dados sobre esse emprestimo ou forneça um link.

Obrigado.

Sérgio disse...

Ainda bem que temos um Português como o ABC que pensa que fala de igual para igual para com os Russos (será que os Russos têm a mesma opinião?), quando o que queria era mesmo ver os Portugueses e os restantes Europeus de cocoras perante os Russos para que fossemos todos uma grande familia feliz. Quando o senhor ABC considera miseravel Portugal saberá que se vive melhor cá do que na Russia, e isto sem termos petroleo? Tenho pena que não queira continuar a debitar as suas perolas de sabedoria para que eu possa aprender consigo mais alguma coisa, mas olhe que eu acho que há países como o Japão que também têm poucos recursos e são apenas um dos países mais prósperos no mundo. Caro ABC e compatriota continue a deleitar-se com as fanfarronices do Putin, a sonhar com um pocito de petróleo (que outra forma de se ganhar a vida de uma forma honrada e sem muito esforço) e de preferencia bolinha baixa se está por aí na Russia, que é como eles gostam, se se portar pode ser que lhe atribuam a nacionalidade Russa, porque o senhor nas suas opiniões já é mais Russo do que Português, eu estou pronto a atestar isso se for preciso no seu processo de naturalização. Quanto ao do maior credor dos EUA (leia-se China para si ABC) estar em pior situação do que a Russia, caro amigo foi um prazer, volte sempre, aqui estarei.

Anónimo disse...

Sérgio,

"...os quatro maiores países da UE têm seguramente um orçamento militar superior á Russia..."

isso é irrelevante, já existiu uma conversa semelhante num outro artigo onde isso foi falado.

Pense por exemplo no seguinte:

Para construir o mesmo carro, você tem os mesmos tipos de custos, se o contruir na UE ou na China?

respondendo a isto, responde também à sua questão.

Relativamente à capacidade militar da UE para enfrentar a Rússia, a resposta é simples não tem.

Um confronto desses acabaria por usar armas nucleares e a capacidade nuclear da UE como um todo é muito limitada e não está pensada para enfrentar um adversário como a Rússia, para isso depende totalmente dos EUA.

A nível convencional, uma coisa me chama a atenção, a energia que a UE necessita para funcionar e esta tem de vir do exterior. Mas a tirarmos isso, estamos a falar de 2 grandes produtores de armas de topo de gama e teriamos guerra para muitos anos.

Melhor nem pensar nisso.

A UE e Rússia devem ser parceiros e é para lá que caminhamos.

Sérgio disse...

Wandard efectivamente os EUA sustentaram uma frente na Europa e outra com o Japão independentemente de ter um desfecho previsivel ou não. Não substime os EUA caro amigo, não cometa o mesmo erro como e ainda relativamente à 2 Guerra Mundial, Hitler e o Japão o fizeram, o Japão ainda para mais que iniciou a guerra sem uma declaração prévia e usando todo o seu poderio militar no golpe que foi o ataque a Pearl Harbor. Para quem quer minimizar os EUA durante a 2 Guerra Mundial, uma questão, será que os Aliados venceriam a Alemanha Nazi sem o apoio dos EUA e mais tarde a sua intervenção abrindo assim duas frentes de combate na Europa? Relativamente à Europa ela não nos resolveu todos os problemas, mas a minha opinião é que nos podemos queixar muito mais de nós Portugueses do que pelo facto de pertencermos à UE, se ainda hoje não atingimos os patamares de desenvolvimento que pretendiamos. Abraço

Sérgio disse...

Portugueseman desde que os Russos compreendam isso, por mim tudo bem. E olhe para nos deixarmos destas tretas (perdoe-me a expressão) de orçamentos e o que é necessário para construir uma coisa num país ou noutro, eu logo que possa porque como admiti o meu conhecimento é muito escasso em termos de material militar e forças convencionais, vou estudar esta questão para ver que forças militares têm os Russos e equipamentos e os países europeus para ver se é mesmo como dizem que os russos têm um exercito super poderoso, sofisticadissimo e modernizado. maior em numero e melhor em qualidade do que qualquer outro exercito Europeu. Parece-me dificil que os Franceses, Britanicos, Alemães, Italianos, Espanhois e por aí fora dormissem tanto como alguns querem fazer passar a ideia, mas logo que possa digo algo.

Anónimo disse...

nossa, as amantes do Putin estão nervosinhas..hehehehe

Sérgio disse...

E daí talvez não seja boa ideia, pois quando me aperceber da minha terrivel ignorancia e me aperceber da realidade Russa talvez comece a tremer quando vir o Putin a deambular, ou o ABC a debitar.

Anónimo disse...

Os 1 bilhão e 300 milhoes de chineses botam medo em qualquer país, principalmente a despovoada Rússia.

vanderley

Anónimo disse...

A alemanha também não tinha recursos naturais tanto quanto o Japão.

Anónimo disse...

A Rússia só será aceita na UE quando abandonar o seu território asiático pros chineses e assumir de vez a sua alma européia.

Martinha
Sao Paulo

Anónimo disse...

a situação tá russa pra Rússia hehehe

A Rússia se tornou o epicentro da explosão mundial de commodities, perdendo 55 bilionários, ou seja, dois terços do total em 2008. Entre eles, Dmitry Pumpyansky, um industrial da região montanhosa de Ural, rica em recursos naturais, perdeu US$ 5 bilhões (R$ 11.4 bilhões) quando as ações de sua produtora de tubos, a TMK, teve uma queda de 84%. Vasily Anisimov, pai da Paris Hilton de Moscou, Anna Anisimova. Ele perdeu US$ 3.2 bilhões (R$ 7.3 bilhões) quando o valor da Metalloinvest Holding, uma das maiores firmas de mineração e processamento da Rússia, entrou em queda junto com seus investimentos no mercado imobiliário.Há 12 meses, Moscou superou Nova York como a capital mundial de bilionários, com 74 magnatas; 3 a mais que Nova York. Hoje, há 27 em Moscou e 55 em Nova York.

bah!!!

douglas

Anónimo disse...

Divisões de prioridade

Brasil está em lista informal de países-chave do G20, diz 'FT'
Plantão | Publicada em 13/03/2009 às 11h23m
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Comentários
Uma reportagem publicada pelo diário britânico Financial Times, nesta sexta-feira, afirma que o Brasil faz parte de uma lista informal de países-chave nas discussões do G20, elaborada pelo governo britânico.

Citando "um relatório confidencial" vazado do Ministério do Exterior britânico, o artigo diz que a lista de 11 países - da qual Argentina, México e mesmo a Rússia ficaram de fora - revela um "retrato intrigante" de como o governo britânico "vê o mundo".

Além do Brasil, que preside o G20, estão entre os "países prioritários" EUA, Grã-Bretanha, Alemanha, França, Itália, Japão, Coréia do Sul, China, Índia, Arábia Saudita e África do Sul.

O envolvimento do G20 - um grupo formado por países desenvolvidos e emergentes - nas discussões sobre a crise econômica mundial é resultado de reivindicações por uma maior democratização nas decisões sobre a economia do planeta.

Líderes de países em desenvolvimento pedem mais voz nesta questão, apontando que foram ironicamente os países desenvolvidos que permitiram os desequilíbrios que levaram à espiral dos tempos atuais. O encontro do G20, marcado para o dia 2 de abril em Londres, simboliza essa tentativa de diálogo.

Mas a existência de uma lista indica, para o FT , que existe uma "segunda divisão não-oficial" dentro do grupo. Emergentes como Argentina, Rússia, México, Turquia e Indonésia não foram classificados como "Estados prioritários" na lista do Ministério britânico, revela o editor político do jornal. A lista se completa com dois países desenvolvidos: Canadá e Austrália.

"O documento confidencial foi divulgado em dezembro passado (...) para fornecer (subsídio) a serviços de relações públicas para a cúpula de Londres", diz a reportagem. Segundo o FT , a ideia do governo era contratar empresas lobistas e empresas de RP para atuar junto aos países prioritários.

As iniciativas incluiriam a promoção de campanhas de mídia, para "elevar o perfil do encontro para o público geral e para os formadores de opinião, facilitando uma tomada positiva de decisões".

Mas no fim, diz a reportagem, o contrato de lobby de cerca de R$ 1 milhão não foi outorgado.



© British Broadcasting Corporation 2006.

Anónimo disse...

"...vou estudar esta questão para ver que forças militares têm os Russos e equipamentos e os países europeus para ver se é mesmo como dizem que os russos têm um exercito super poderoso, sofisticadissimo e modernizado. maior em numero e melhor em qualidade do que qualquer outro exercito Europeu."

Bom, então não se informe junto de quem lhe diz tal coisa, porque ainda sabe menos que você.

Da mesma maneira, desconfie de quem lhe diga que tudo o que seja armamento russo é lixo.

Se souber evitar estes "informados", já vai no bom caminho para saber o que eles têm ou não.

Anónimo disse...

Doutor Milhazes protesto! este blog está transformado num terreiro de luta entre brasileiros do FSB e da CIA e nenhum deles escreve português decentemente.Nunca fui tão mal insultado em toda a minha blogovida.
Depois há o Sérgio que me quer naturalizar Russo e que acha que por a China estar cheia de papéis américas de que nunca vai receber nem cêntimo, está rica. Isto é demais. Sr. Doutor.Um atentado ao pudor! hehehe
Assinado: Kremlino, que não tem medo de Putin, ao contrário de outros, mas que gostaria muito de conhecer algumas das suas amantes. hehehe

Anónimo disse...

Portuguese Man:
link não tenho, mas li no site da Ria Novosti. Tente uma pesquisa lá.

Anónimo disse...

Kremlino,

Em que altura viu essa informação na Novosti.

Anónimo disse...

Portuguese Man:
penso que terá sido na semana passada, sem certezas. Eu não leio russo, portanto, estaria em inglês, francês ou espanhol.Dizia-se também que haverioa acordos especiais de energia e militares, etc.A notícia dizia que tinha sido pedido, não que tinha sido dado. Certamente estará noutros locais online.

Anónimo disse...

Kremlino,

Não encontro referências sobre isso. Eu também consulto muitas vezes a Ria Novosti e costumo andar em cima destas coisas.

Um pedido de empréstimo por parte da China à Rússia é algo que não pode existir, não faz sentido.

Aliás a China tem sido um parceiro importante económico da Rússia, e uma boa parte da sobrevivência da indústria militar tem sido graças às compras deles e dos indianos.

Na àrea da energia, eles estão a financiar parte do projecto para o lado deles, aliviando a pressão sobre a Gazprom.

Você deve ter visto mal. Ou então foi algo num contexto muito específico e não consigo imaginar qual seja.

Se por acaso se cruzar com o link, coloque aqui por favor.

Anónimo disse...

Portuguese Man:
eu não li mal, de certeza, mas pode ser uma daquelas notícias da treta com fins de propaganda. A justificação dada era exactamente a derrocada das exportações que estavam a levar a China ao caos.Se encontrar algum link no google logo lho darei.

Anónimo disse...

se encontrar agradeço.

Sérgio disse...

Ó ABC Kremlino o senhor é que achava que a Russia estava bem por ter concedido, segundo o senhor, um alegado empréstimo á China. Por sinal já não se recorda onde leu tal noticia. Não procure mais caro amigo, são delirios seus, é o que acontece quando queremos muito uma coisa, deixamos de distinguir o que é real da ficção.

Jest nas Wielu disse...

China pedir dinheiro a Rússia.... he-he, foi a melhor piada que li nos últimos tempos. Do resto não vou intervir muito, pois prefiro não entrar na discussão entre os portugueses e brasileiros quem tem a maior ... argumento.

Apenas repito aquilo que disse antes, não pensam que os russos gostam daqueles europeus que adoram eles. Nem por isso, sim, nos EUA eles vêem um inimigo de abater, na Europa vêem um novo campo de férias, etc (agora com a crise ficaram mais quietos).

Portanto, esquecem a ideia que os russos vão assemelhar os valores europeus, eles vós obrigarão de assemelhar os valores russos. Vocês podem me disser: “óptimo”, nós gostamos de valores russos. Então, digo eu, preparem-se para não para as coisas boas, como as meninas e vodka, mas também para GULAG e psiquiatria de intervenção, fazem parte do maravilhoso mundo dos czares.

p.s.
Alguém sabe alguma coisa sobre o Pedrillo, o palhaço português do rei russo Pedro I (o Grande). Li alguns anos atrás sobre ele e gostaria de saber um pouco mais.

Anónimo disse...

já podemos tirar uma conclusão de toda essa conversa: Kremlino é o maior mentiroso da paróquia hhahahahaha
China pedindo empréstimo pra Rússia!!! HAHAAHAHHAAH


Zé Carlão

MSantos disse...

Caro Sérgio

Não querendo rebater as suas convicções, que como deve saber não é prática habitual minha, queria só relembrar que a Rússia sempre teve a visão imperial sobre as suas províncias e sempre cultivou o centralismo devido á sua imensidão territorial e devido ao pior pesadelo de qualquer russo por muito maltratado que tenha sido pela sua querida Mãe Rússia: o eventual desmembramento da Rússia nas suas pequenas ( e algumas não tão pequenas) républicas que constituem a federação. Junte-lhe os 70 anos da aventura soviética que tentou irmanar todos aqueles povos para o mal e para o bem. E aqui temos de nos lembrar que a URSS foi governada por russos, ucranianos e georgianos (se não me falha nenhum) assim como qualquer nacionalidade ou etnia poderia alcançar as altas esferas do poder soviético, desde que provasse toda a devoção e submissão ao deus todo-poderoso marxismo-leninismo. Junte-lhe toda a paranóia, teorias da conspiração, espiões, sabotadores externos etc, independentemente da maior ou menor veracidade. Adicione-lhe um brutalmente agressivo exército invasor a rasgar o território queimando tudo á sua passagem e provocando os 20 milhões de mortos além de massacrados, feridos, estropiados numa carnificina e destruição que constitui a "Grande Guerra Pátria" como eles lhe chamam.

Quer gostemos ou não, independentemente do juízo de valor, a mentalidade russa é esta.

Agora imagine o seguinte exercício de história virtual:

Em 91, após a desagregação soviética e libertação dos países do Leste europeu, a NATO prossegue a sua via defensiva e continua circunscrita aos países que tinha estado até então. Imagine os EUA a intervirem em todos os pontos do globo como o fizeram mas sem qualquer cobiça de influência e controlo militar do espaço central europeu, naquela onda de pensamento " os russos já não são comunistas, não ameaçam os EUA, têm aquela economia deles, democracia e direitos humanos...bem, os sauditas, paquistaneses e outros também não e até Pinochet já foi nosso aliado. Pensamos poder viver com isto."

Agora imagine os países da antiga esfera que embora com todo o ressentimento ( e justificado) prosseguiam uma política de puro afastamento e neutralidade em relação á Rússia, sem a afrontar ou querer humilhar, colocando radares e mísseis nas suas fronteiras, tentando afastá-la da comunidade das nações como um pária renegado apanes por desejo de puro ódio e vingança.

Neste hipotético cenário, provavelmente nem a própria Rússia se daria conta do seu espaço circundante (obviamente era um cenário sem conflitos, de neutralidade, e muito mais enfadonho, aqui estou a ser mauzinho).

O problema reside no facto da UE não existir como organização europeia que defende os interesses europeus, e ter nas suas altas esferas elementos controlados pela facção mais conservadora e radical dos orgãos de informações e defesa americanos.

Nós próprios, Portugal, tivemos essa evidência na pessoa de dois políticos descaradamente aliados destes interesses externos. Provavelmente temos mais, embora mais discretos.

Essa mesma facção está a criar o fosso entre a Rússia e a Europa e mais grave ainda, entre os próprios europeus no intuito de garantir o controlo e supremacia globais dos Estados Unidos da América na sua mais conservadora facção.

Quem lhe diz isto é alguém que sempre reconheceu na América uma grande nação e um farol dos valores de liberdade e democracia mas que infelizmente, desde o início dos 90 que a dita facção ganhou um peso, importância, e domínio extremos cujo ápice resultou nos últimos desastrosos 8 anos em que tinham um representante directo na Casa Branca.

Se reparar, qualquer programa europeu no campo militar está sujeito a entraves, discórdias, a partir do momento que esse mesmo programa pode interferir com a "competitividade" de determinado produto americano.

Obviamente há excepções, como é o caso Eurofigther e outros.

A mesma coisa nos programas de cooperação civis de carácter estratégico e global. Estou a lembrar-me do sector espacial onde há pouco um leitor se indignava da Europa não possuir capacidade de pôr humanos no espaço, face a outros países com tecnologias mais atrasadas.

Se reparar, os países europeus que conseguem programas próprios com sucesso e determinação, são exactamente aqueles que mais desalinham dos EUA, nomeadamente a França e Suécia.

Referiu o poderio da Armada britânica. Posso-lhe dizer que esse poderio é uma sombra do que foi. Mesmo a nível da indústria aeronáutica, o Reino Unido tinha um universo de empresas e uma tradição e tecnologis ímpares.

Agora esperam que um dia, os americanos lhes forneçam os F-35 de descolagem vertical para os porta-aviões, com tecnologia desenvolvida a partir dos longíquos Hawker-Sidlley Harrier.

A Europa foi a ponta de lança americana no cerco á Rússia que se montou nos últimos anos, porque a própria Europa não tem vontade própria salvo nos seus arrufos e discórdias. Além disso é protagonizada por toda a espécie de incompetentes e incapazes que nós elegemos para o parlamento europeu regularmente e aumentam ainda mais a sua já fortíssima entropia.

Obviamente quando os Russos sentem a palavra USA acercar-se das suas fronteiras começam logo a desenbainhar as espadas.

Exigir que a mentalidade russa face a isto proceda de outra maneira é a mesma coisa que acreditar que as fadas e duendes existem.

Cumpts
Manuel Santos

Anónimo disse...

Amigo Sérgio,

Nem a Rússia, nem a Otan e nem os Estados Unidos possuem exércitos moderníssimos. É evidente que no campo da informática para uso militar os Estados Unidos são muito mais avançados e boa parte desta tecnologia é por vezes compartilhada com os seus aliados europeus, as forças russas estão passando por um processo de modernização, situação que por sinal não esca hoje as de nenhum país, só a França deverá gastar 380 bilhões até 2020, com o detalhe que reduzirá 54 mil homens dos seus efetivos . Como o Manuel citou, apenas dois países europeus ainda mantém uma indústria militar independente que são a França e a Suécia. Quanto a Marinha Inglesa, o Manuel acertou é somente uma fraca sombra do passado.

Anónimo disse...

Eu pensava que o comentário era sobre a canção, por isso ia sugerir para quem não conhece que ouça o clássico de Irving Berlin Puttin' on the Ritz, que significa estar tão bem vestido que pode ir para o Ritz.Acho que com esta, Putin não se ofende:
http://en.wikipedia.org/wiki/Puttin%27_on_the_Ritz

Sérgio disse...

E a marinha Russa está em melhor estado? Eu não consigo compreender é aquelas pessoas que acham que por existirem problemas deste lado, se deve procurar a solução onde ela não existe, nem poderá nunca existir porque é impossivel existir uma aliança nos termos com que muitos sonham, os Russos já deixaram isso bem claro. Caro Manuel Santos, respeito muito a sua opinião pelo equilibrio que sempre apresenta, já aqui o disse, peço-lhe que me faça a justiça de reconhecer que todas as minhas opiniões nunca foram discordantes em nada daquilo que disse no seu comentário. O meu ponto de vista foi sempre apenas este, a Russia e os seus interesses neste momento não se coadunam com os interesses e objectivos da UE, existem mil e uma razões para isso e muitos culpados incluidos os EUA, países Europeus e na minha opinião os próprios erros cometidos pelos Russos, mas independentemente de tudo isto, se essa atitude Russa se mantiver, a minha opinião é que deveremos dizer á Russia que para além dos EUA, também nós Europeus não queremos nada com os Russos senão as mais simples relações comerciais, e apenas isto, também nós Europeus devemos começar a ter convicções firmes daquilo que pretendemos para nós e coragem para as defender. Faço-lhe também justiça, e da mesma forma como expôs e muito bem a posição Russa, também o Manuel saberá por ser uma pessoa inteligente e informada, dos erros cometidos pelos Russos que em nada ajudaram neste dificil relacionamento entre UE e Russia. Os Russos se não quiserem mudar, ou até porque seja como diz uma fantasia pela impossibilidade, terão de ter consciencia que deverão assumir a sua quota parte de responsabilidade nas futuras relações entre os nossos blocos, e não deverão escudar-se sempre em velhos argumentos e exigir da UE mais cedencias. Manuel é minha firme convicção de que os Russos nunca entrarão para a UE apenas por isto, porque se julgam um povo privilegiado e que são melhores do que os restantes Europeus (expliquei-me mal, os dirigentes Russos é que pensam isto), e por isto não precisam de fazer as cedencias e os sacrificios que todos os restantes países da UE fizeram como por exemplo a cedencia de soberania, o ter de acatar decisões extra-nacionais, para obterem os resultados que a UE só no conjunto dos seus países conseguiu atingir. É com esta decisão consciente por parte dos Russos que temos de contar e preparar a nossa. É por parte dos Russos uma posição válida e legitima como outra qualquer, mas compreenda que isto não me leva nada a querer andar com os Russos ao "colo" como vejo muitos dos nossos compatriotas e outros Europeus, pelas mais variadas razões, por receio, por ambição e aquilo que poderão eventualmente ganhar, porque deixaram de acreditar nos nossos países e dirigentes... Para mim isso não é solução para nada, se existem os problemas, terão de ser resolvidos por nós, paises da UE, e entre nós, não é concerteza com sonhos que iremos lá. Cumprimentos.
Caro amigo Wandard obrigado pelos dados. Grande abraço.

Sérgio disse...

quiz dizer supra-nacionais e não extra nacionais e com certeza e não concerteza.

Anónimo disse...

eu garanto que russo ao colo só levo o ursinho lindo do Kremlin
hihihi

MSantos disse...

Sérgio

A Rússia nunca poderá pertencer á UE dado ser um bloco euro-asiático nem nunca se deverá almejar esse objectivo. Rússia e UE são duas entidades destintas, ponto.
O problema reside simplesmente no facto de os EUA minarem a unidade europeia e pretenderem instalar um bloco seu aliado exactamente nos países que fazem fronteira com a Rússia (penso que isto já deveria ser evidente para todos) e isso é compreensivelmente inaceitável para esta.
os dois blocos para progredirem eles próprios e prosseguirem uma política de entendimento mútuo e prosperar através de relações comerciais, culturais, etc, têm que se livrar da componente nefasta da influência e controlo americanos.

Porque é que a Estónia (salvo erro) veta todas as decisões europeias que dizem respeito á Rússia mesmo quando o assunto não tem nada a ver com a própria Estónia?

Porque é que países europeus de tradição e valores clássicos como a Alemanha, França e até a Itália do Sr Berlusconi querem establecer acordos e parcerias em todos os domínios com a Rússia e justamente os países que teriam mais a ganhar com estes acordos dado a sua próximidade não só geográfica mas também humana insistem em hostilizar a Rússia duma forma primária e gratuita.

Não me lembro de caso mais ilustrativo do que a Ucrânia comprar a sua principal fonte de energia a metade do preço de mercado e mesmo assim tudo fazer para secar essa mesma fonte só para simplesmente isolar o seu fornecedor.

Se virmos isto por um plano meramente racional e analítico, isto contraria toda a lógica e razão e vai mesmo contra os próprios interesses do estado ucraniano.

Como todos sabemos quem na realidade é o verdadeiro patrão do Sr Iushenko (até os que não têm coragem de o admitir) é fácil perceber porquê.

Cumpts
Manuel Santos

MSantos disse...

Sérgio

Relativamente á questão das marinhas e exércitos acho que é infrutífero e um pouco infantil estarmos a fazer comparações força a força simplesmente através dos números ou pelo termo anglo-saxónico "order of battle". Isto só é de tomar em conta quando o conflito é de tal modo assimétrico e ambos os lados combatem guerras clausewitianas, como foi o caso da Georgia, em que um lado esmaga invariavelmente o outro, só por lhe deixar cair em cima o peso do seu corpo.
A marinha britânica tem um treino, tradições, cultura marítima irreprensíveis. Apesar da sua cada vez mais diminuta força submarina possuem o Perish course" que é um curso que habilita os submarinistas britânicos a serem os melhores do mundo (algo que a Rússia também devia ter, face á sua propensão submarina).

Obviamente os russos não têm este treino ou tradição, possuem uma electrónica e processamento mais atrasados, no entanto dispôem de maior número e plataformas concebidas para aplicar a força bruta.

Um exemplo é o fatídico Kursk. A marinha russa ainda dispõe de cerca de 8 unidades deste cruzador submarino em que cada um transporta 24, sim 24, mísseis pesados Granit, podendo ser disparados em salva de saturação de defesas. Um só destes mísseis tem a capacidade para pôr um porta-aviões Nimitz (90.000 toneladas) fora de serviço.

Será sempre difícil prever os resultados dum confronto deste tipo e será melhor nunca virmos a saber.

Cumpts
Manuel Santos

Sérgio disse...

Manuel, Chipre não é um país Asiatico? Não concordo com muito do que disse, mas por cansaço não lhe responderei agora. Aliás o Manuel já conhecerá bem a minha posição, provavelmente não precisarei de me repetir.

Anónimo disse...

se os EUA implementarem com sucesso o escudo anti-missil, então o poderio militar russo é anulado totalmente..

porque acham que os russos ficam tão imcomodados com os planos das bases na polónia e r.checa.. eles sabem muito bem que o poder bélico russo está reduzido às armas nucleares.

neste momento um ataque à russia é um suicidio mas com a nova geraçãod e armas que os EUA estão a desenvolver a coisa muda de figura.

vamos ver como o barack hussein com o seu brilhantismo vai resolver este problema...

vasco,

MSantos disse...

Sérgio

A questão do Chipre é muito mais simples.

Você acha que Vladivostok pode vir a ser uma cidade europeia?

Cumpts
Manuel Santos

Anónimo disse...

vasco
o maior arsenal convencional é americano , por isso os russos nunca aceitarão reduzir as armas nucleares, porque é esse o seu poder de disuasão, e fazem muito bem

Jest nas Wielu disse...

A belíssima composição musical chamada “Tingaliin – Tingaliin, adeus, Putin”, foi recentemente demonstrada na TV sueca SVT, mas provocou uma irra incompressível da embaixada da Rússia. Sabe-se lá porque....

Ver no YouTube:
http://www.youtube.com/watch?v=njoJobt8EOc