O Instituto de Problemas Médico-Biológicos da Academia das Ciências da Rússia e a Agência Espacial Europeia deram hoje início a uma experiência de 105 dias “Mars 500”, durante os quais irá ser simulada parte de uma viagem a Marte.
Seis voluntários (quatro russos e dois europeus) irão passar mais de três meses numa superfície fechada que emita o interior de uma nave espacial. A tripulação é constituída pelos russos Oleg Artemiev e Serguei Riazanski, astronautas, por Alexei Baranov, médico, e por Alexei Chpakov, treinador de ginástica, bem como pelo piloto civil francês Cyrille Fournier e pelo engenheiro militar alemão Oliver Knickel. Cada um receberá 15 mil euros no fim da experiência.
“A nave marciana” é composta por cinco “barris” metálicos, mas os “astronautas” irão utilizar três: a residencial com 150 metros cúbicos, a médica com 100 e um módulo onde se encontrarão aparelhos de ginástica, frigoríficos para a comida e uma estufa, com 250 metros cúbicos.
“Entre as tarefas do projecto pretendemos determinar se é possível um voo desses do ponto de vista da psicologia e fisiologia e elaborar exigências precisas para apresentar à tripulação real que poderá voar para Marte”, declarou na conferência de imprensa Anatoli Grigoriev, dirigente do projecto.
Os participantes da experiência ficarão praticamente privados de contactar com o mundo exterior.
“A falta de qualquer tipo de contacto é um dos objectivos da experiência. Se a tripulação da Estação Espacial Internacional tem possibilidade de telefonar para qualquer pessoa na Terra, nós não a teremos”, declarou Serguei Riazanski.
A “tripulação marceana” irá alimentar-se com rações iguais às que os astronautas hoje consomem, mas com uma particularidade.
“A diferença reside no facto de os astronautas poderem alterar a ementa, e nós não”, acrescentou.
Os “astronautas-cobaias” só poderão abandonar a nave se a sua vida correr perigo, pois, em caso de doença, terão o apoio do médico Alexei Baranov.
Esta iniciativa constitui a segunda parte de uma experiência com três fases. A primeira, um “voo” de 14 dias, teve lugar em Novembro de 2007 e a terceira, uma “viagem a Marte” com a duração de 520 dias, o tempo que a ciência pensa ser necessário para ir ao “planeta vermelho” e regressar à Terra, deverá começar no fim do ano corrente.
Seis voluntários (quatro russos e dois europeus) irão passar mais de três meses numa superfície fechada que emita o interior de uma nave espacial. A tripulação é constituída pelos russos Oleg Artemiev e Serguei Riazanski, astronautas, por Alexei Baranov, médico, e por Alexei Chpakov, treinador de ginástica, bem como pelo piloto civil francês Cyrille Fournier e pelo engenheiro militar alemão Oliver Knickel. Cada um receberá 15 mil euros no fim da experiência.
“A nave marciana” é composta por cinco “barris” metálicos, mas os “astronautas” irão utilizar três: a residencial com 150 metros cúbicos, a médica com 100 e um módulo onde se encontrarão aparelhos de ginástica, frigoríficos para a comida e uma estufa, com 250 metros cúbicos.
“Entre as tarefas do projecto pretendemos determinar se é possível um voo desses do ponto de vista da psicologia e fisiologia e elaborar exigências precisas para apresentar à tripulação real que poderá voar para Marte”, declarou na conferência de imprensa Anatoli Grigoriev, dirigente do projecto.
Os participantes da experiência ficarão praticamente privados de contactar com o mundo exterior.
“A falta de qualquer tipo de contacto é um dos objectivos da experiência. Se a tripulação da Estação Espacial Internacional tem possibilidade de telefonar para qualquer pessoa na Terra, nós não a teremos”, declarou Serguei Riazanski.
A “tripulação marceana” irá alimentar-se com rações iguais às que os astronautas hoje consomem, mas com uma particularidade.
“A diferença reside no facto de os astronautas poderem alterar a ementa, e nós não”, acrescentou.
Os “astronautas-cobaias” só poderão abandonar a nave se a sua vida correr perigo, pois, em caso de doença, terão o apoio do médico Alexei Baranov.
Esta iniciativa constitui a segunda parte de uma experiência com três fases. A primeira, um “voo” de 14 dias, teve lugar em Novembro de 2007 e a terceira, uma “viagem a Marte” com a duração de 520 dias, o tempo que a ciência pensa ser necessário para ir ao “planeta vermelho” e regressar à Terra, deverá começar no fim do ano corrente.
13 comentários:
Esperemos que a Rússia seja mais ambiciosa e inovadora na conquista do espaço do que o marasmo em que se tornou o programa espacial americano.
Para se entender a problemática deste tipo de viagens de longa duração, num teste anterior, o confinamento durante meses acabou com os astronautas á pancada uns aos outros
Cumpts
Manuel Santos
Notícia do dia é a declaração de rendimentos do Presidente a ser apresentada amanhã. Hoje soube-se que ganha apenas 88.ooo dólares por ano, o que é revelador da diferença de nível de vida, comparando com outros Chefes de estado. Mas Medvedev vale o que pesa em ouro. Ou não?
Apenas mais um assunto que está indirectamente ligado a este post:
A crescente disputa Rússia-EUA já chegou á estação espacial ISS onde um cosmonauta russo se queixou de não poder usar o WC americano com o argumento de que a Rússia está a faltar com o financiamento da estação.
Talvez seja mais um passo para o prosseguimento de programas distintos.
Cumpts
Manuel Santos
Muito interessante.
Mas po, 5 milzão por mes pra viver nesas condições é pouco, hein. (risos)
---------
Lamentável isso, MSantos.
Picuinhas políticas atrapalhando o desenvolvimento cietifico, é demais.
Manuel Santos,
Isso é um pouco estranho.
Tem aí algum link que fale disso?
Caro PortugueseMan
Sabendo que o meu amigo agora anda por aqui com o seu rigor implacável (no bom sentido, é claro) jamais me atreveria a postar algo não fundamentado.
Efectivamente ouvi a notícia no telejornal das 8 da SIC e fui procurar e encontrei isto:
http://www.russiatoday.com/Top_News/2009-03-31/US_loo_a_no-go_zone_for_ISS_cosmonauts.html?page=2
http://www.theregister.co.uk/2009/03/31/iss_toilet_row/
Cumpts
Manuel Santos
rigor implacável??
Olhe que você deixou-me a pensar... como é que será que me vêem aqui...
Voltando ao assunto, já não é a 1ª vez que têm uns pequenos desentendimentos, mas felizmente sempre tem havido um mínimo de decência e não permitir politiquices lá em cima.
Ao longo destes anos e apesar dos arrufos crescentes entre americanos e russos a coisa lá em cima tem-se mantido decente. felizmente.
Embora esta seja uma outra àrea de dificuldades para os americanos. Eles estão dependentes dos russos e isso é coisa que custa um bocado a engolir.Mas você deve estar a par disso, pois dei uma espreitadela ao blogue e reparei que tem como "Exploração Espacial" uma das suas preferências.
Cumprimentos,
PortugueseMan
Amigos,
Acredito que mesmo com a movimentação e o crescente interesse dos Russos ao retorno com missões espaciais, isto ainda ficará em segundo plano em relação ao rearmamento, principalmente devido ao grande número de projetos que haviam sido congelados no governo de Ieltsin e que estão sendo tocados em frente desde que Putin se elegeu da primeira vez. De qualquer modo é interessante ver o renascimento, apesar da ausência não ter sido completa em virtude das missões para a ISS.
Grande abraço,
Wandard, grande cérebro, hein? Pelo menos no avatar. Eu também gosto de ficção científica e armamentos, mas gosto mais de política e história.
Leu as declarações daquela sumidade russa a dizer que Putin vai dominar a euroásia, vai ser um superczar? Depois dizem que o homem tem peneiras. Com tantos bajuladores, muito se controla ele.
Saudações lusitanas.
não conseguiram nem ir pra lua, agora querem ir pra marte...só no dia 31 de fevereiro de 2055
tudo e porsiveu mais ñ para a russia e mais, fasiu nacaco come banama....rsrsrs,,tudo bem...
Que bom que a Rússia tem planos de ir para o Marte. Pelo menos os russos eu sei que não vão nos decepcionar. Porque sei que eles não são como os malditos americanos, que finjem ir pra lua só pra se mostrarem "melhores". ¬¬
Adorei essa postagem! :*
Olá Tate. Você é brasileira e vive na Rússia ou como é? Pasmo com a quantidade de brasileiros ligados à Rússia e russos ligados ao Brasil que acamparam no seu blog, Milhazes. Vamos ver se as coisas equilibram por aqui, que na última semana o bloco anti- russo marcou pontos, e eu estou cansado de defender o Putmed sózinho. Uff!!!
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