Os Presidentes da Rússia e dos Estados Unidos, Dmitri Medvedev e Barack Obama, publicarão uma declaração, após o encontro de Londres de 01 de Abril, sobre as relações bilaterais e a problemática da redução de armas nucleares estratégicas, declarou,no sábado, aos jornalistas Serguei Prikhodko, assessor do Kremlin para assuntos internacionais.
“Estamos a chegar a acordo sobre duas declarações presidenciais: uma, geral, sobre as relações russo-americanos, outra sobre o Tratado SALT (Strategic Arms Limitation Talks). Os textos não são maus e devem ser o ponto de partida para a organização do posterior trabalho”, revelou Prikhodko, na véspera da cimeira.
“Partimos do princípio que as questões da redução das armas nucleares estratégicas, da instalação do sistema de defesa anti-míssil norte-americano e da não difusão de armas atómicas devem estar em primeiro plano”, frisou.
Segundo ele, “iremos tentar chegar a acordo sobre o gráfico e os parâmetros do trabalho de elaboração do novo Tratado SALT que irá substituir o anterior, para que, na próxima cimeira, se chegue aos primeiros acordos concretos e se termine o trabalho até ao fim do ano”.
O Tratado SALT-1 foi assinado em 1991 pelos presidentes da União Soviética e dos Estados Unidos e comprometia Moscovo e Washington a reduzir as ogivas nucleares estratégicas de dez para seis mil.
Em 1993, a Rússia e os Estados Unidos assinaram o SALT-2, que previa uma redução substancial dos mísseis balísticos intercontinentais e das ogivas nucleares, mas, em 2002, Moscovo abandonou o tratado quando Washington renunciou ao Tratado de 1972, que proibia a criação de sistemas anti-míssil.
Mais tarde, foi assinado um acordo bilateral sobre a redução, até 31 de Dezembro de 2012, dos potenciais ofensivos estratégicos da Rússia e dos Estados Unidos até 1700-2200 munições nucleares.
Em 2005, a Rússia propôs a Washington a assinatura de um novo acordo SALT para substituir o actual.
As conversações em Londres serão o primeiro encontro pessoal de Dmitri Medvedev com Barack Obama depois da eleição para os cargos de presidentes da Rússia e Estados Unidos.
O primeiro encontro pessoal dos presidentes da Rússia e Estados Unidos, Dmitri Medvedev e Barack Obama, que se realizará no próximo dia 01 de Abril, terá um carácter de “tiro de partida”, porque Moscovo entende que as contradições entre a Rússia e EUA são difíceis de superar, declarou hoje aos jornalistas Serguei Prikhodko, assessor do Kremlin para assuntos internacionais.
Ao comentar o encontro, Prikhodko afirmou que os presidentes deverão “acertar os relógios”, fazer um inventário de todos os aspectos da agenda russo-americana e pôr em marcha uma nova etapa nas relações que já foi qualifidada de “reinício”.
“Temos em conta que o primeiro encontro terá um carácter de tiro de partida. Cada uma das partes trará as suas prioridades, os seus acentos e a sua visão da política externa”, declarou.
Serguei Prikhodko chamou a atenção para as intenções construtivas da nova administração norte-americana para “corrigir as relações bilaterais, pôr em andamento um trabalho conjunto baseado no pragmatismo, no reconhecimento dos interesses mútuos e sem nenhum tipo de preconceitos ideológicos”.
Ao mesmo tempo, o assessor do Kremlin sublinhou que “mantendo posturas realistas, entendemos perfeitamente as contradições que nos dividem e não temos ilusões de que serão fáceis de superar”.
O funcionário russo informou também que Medvedev irá propôr ao seu homólogo norte-americano a monitorização conjunta das ameaças de mísseis, como alternativa ao sistema norte-americano de defensa anti-míssil na Europa.
“Recordaremos a nossa proposta de vigiar de forma conjunta as ameaças de mísseis na direcção sul”, sublinhou.
Serguei Prikhodko revelou também que Medvedev e Obama irão abordar assuntos relacionados com a não proliferação de armas atómicas, a luta contra o terrorismo nuclear, a crise financeira e a proposta russa de reformulação da estrutura europeia de segurança.
Os dois presidentes “analisarão com detalhe a problemática norte-coreana e iraniana”, especialmente a nova estratégia diplomática de Obama face a Teerão.
“Estamos a chegar a acordo sobre duas declarações presidenciais: uma, geral, sobre as relações russo-americanos, outra sobre o Tratado SALT (Strategic Arms Limitation Talks). Os textos não são maus e devem ser o ponto de partida para a organização do posterior trabalho”, revelou Prikhodko, na véspera da cimeira.
“Partimos do princípio que as questões da redução das armas nucleares estratégicas, da instalação do sistema de defesa anti-míssil norte-americano e da não difusão de armas atómicas devem estar em primeiro plano”, frisou.
Segundo ele, “iremos tentar chegar a acordo sobre o gráfico e os parâmetros do trabalho de elaboração do novo Tratado SALT que irá substituir o anterior, para que, na próxima cimeira, se chegue aos primeiros acordos concretos e se termine o trabalho até ao fim do ano”.
O Tratado SALT-1 foi assinado em 1991 pelos presidentes da União Soviética e dos Estados Unidos e comprometia Moscovo e Washington a reduzir as ogivas nucleares estratégicas de dez para seis mil.
Em 1993, a Rússia e os Estados Unidos assinaram o SALT-2, que previa uma redução substancial dos mísseis balísticos intercontinentais e das ogivas nucleares, mas, em 2002, Moscovo abandonou o tratado quando Washington renunciou ao Tratado de 1972, que proibia a criação de sistemas anti-míssil.
Mais tarde, foi assinado um acordo bilateral sobre a redução, até 31 de Dezembro de 2012, dos potenciais ofensivos estratégicos da Rússia e dos Estados Unidos até 1700-2200 munições nucleares.
Em 2005, a Rússia propôs a Washington a assinatura de um novo acordo SALT para substituir o actual.
As conversações em Londres serão o primeiro encontro pessoal de Dmitri Medvedev com Barack Obama depois da eleição para os cargos de presidentes da Rússia e Estados Unidos.
O primeiro encontro pessoal dos presidentes da Rússia e Estados Unidos, Dmitri Medvedev e Barack Obama, que se realizará no próximo dia 01 de Abril, terá um carácter de “tiro de partida”, porque Moscovo entende que as contradições entre a Rússia e EUA são difíceis de superar, declarou hoje aos jornalistas Serguei Prikhodko, assessor do Kremlin para assuntos internacionais.
Ao comentar o encontro, Prikhodko afirmou que os presidentes deverão “acertar os relógios”, fazer um inventário de todos os aspectos da agenda russo-americana e pôr em marcha uma nova etapa nas relações que já foi qualifidada de “reinício”.
“Temos em conta que o primeiro encontro terá um carácter de tiro de partida. Cada uma das partes trará as suas prioridades, os seus acentos e a sua visão da política externa”, declarou.
Serguei Prikhodko chamou a atenção para as intenções construtivas da nova administração norte-americana para “corrigir as relações bilaterais, pôr em andamento um trabalho conjunto baseado no pragmatismo, no reconhecimento dos interesses mútuos e sem nenhum tipo de preconceitos ideológicos”.
Ao mesmo tempo, o assessor do Kremlin sublinhou que “mantendo posturas realistas, entendemos perfeitamente as contradições que nos dividem e não temos ilusões de que serão fáceis de superar”.
O funcionário russo informou também que Medvedev irá propôr ao seu homólogo norte-americano a monitorização conjunta das ameaças de mísseis, como alternativa ao sistema norte-americano de defensa anti-míssil na Europa.
“Recordaremos a nossa proposta de vigiar de forma conjunta as ameaças de mísseis na direcção sul”, sublinhou.
Serguei Prikhodko revelou também que Medvedev e Obama irão abordar assuntos relacionados com a não proliferação de armas atómicas, a luta contra o terrorismo nuclear, a crise financeira e a proposta russa de reformulação da estrutura europeia de segurança.
Os dois presidentes “analisarão com detalhe a problemática norte-coreana e iraniana”, especialmente a nova estratégia diplomática de Obama face a Teerão.
4 comentários:
alguem aqui sabia que a sida\aids chegou à russia por via dos diplomatas e homens de negócio dos EUA?
think well on it!
Anónimo, eu tinha ouvido dizer que foi a CIA. Pelo menos era o que afirmava a propaganda soviética!
Leitor PortuguesesMan, você diz que Putin estava melhor preparado do que os outros para a crise. Medvedev diz que não, porque não deram importância suficiente à diversificação da economia? Afinal, em que ficamos?
Se você tem em conta o Fundo de Estabilização para enfrentar a crise, olhe para a dívida das empresas russas aos bancos estrangeiros! O fundo dá para pouco mais além do seu pagamento.
Vai dizer-me, como disse Medvedev, que as empresas é que têm de tratar do assunto. Acreditaria se não soubesse que algumas dessas empresas são estratégicas e se as dívidas não forem pagas, passarão para as mãos de estrangeiros. Um exemplo, a Norilski nikel, o maior produtor de níquel do mundo.
Caro José Milhazes,
Este seu post, ficou um pouco deslocado.
Por acaso reparei na sua questão.
...você diz que Putin estava melhor preparado do que os outros para a crise
A sua escolha de palavras pode induzir em erro.
Eu nunca disse que estava melhor preparado que os outros, poderia ter dito que estava melhor preparado que muitos outros, ou que estaria bem preparado para enfrentar a crise.
Medvedev diz que não, porque não deram importância suficiente à diversificação da economia? Afinal, em que ficamos?
Se Medvedev disse isso acho estranho.
O que faria sentido seria, dizer que tinham (e têem) perfeitamente a noção que a economia não estava/está diversificada, mas que estavam/estão a trabalhar nisso quando foram apanhados por esta crise mundial a quem ninguém escapa.
Se você tem em conta o Fundo de Estabilização para enfrentar a crise, olhe para a dívida das empresas russas aos bancos estrangeiros! O fundo dá para pouco mais além do seu pagamento.
O fundo não está pensado para acudir a empresas que façam asneiras, cada caso terá que ser visto, de modo a perceber o que essa empresa andou a fazer, procedimento esse que está a ser feito em todo o mundo.
A GRANDE diferença é que a Rússia tem esse Fundo de Estabilização, sabe me dizer como é que os outros países tencionam resolver casos semelhantes, porque estão todos a lidar com o mesmo problema.
Vai dizer-me, como disse Medvedev, que as empresas é que têm de tratar do assunto.
Um casal onde ambos possuem empregos bem remunerados, têm uma vida boa, com dinheiro para tudo.
Decidem comprar uma casa, uma boa casa, num bom local, com acabamentos de luxo, isto porque os juros estão baixos, o spread é baixo, e é um empréstimo a 30 anos.
A prestação é alta, mas como ganham ambos bem a coisa dá perfeitamente e todos os dias são dias lindos de sol.
A vida corre-lhes de feição na sua linda casa e decidem tirar umas merecidas férias maravilhosas e como o crédito é barato usam-no.
Tinham um carro velho em segunda mão, e decidem arranjar 2 bons carros em regime de ALD e vão trocando de carro de x em x anos, tendo assim sempre bons carros e novos.
Os filhos aparecem e o dinheiro chega para tudo.
Entretanto a crise chega. O desemprego bate à porta.
O dinheiro não chega para pagar a prestação da boa casa, dos bons carros, das viagens e de todos os créditos pedidos.
Diga-me, o Estado deve fazer o quê?
Acreditaria se não soubesse que algumas dessas empresas são estratégicas e se as dívidas não forem pagas, passarão para as mãos de estrangeiros. Um exemplo, a Norilski nikel, o maior produtor de níquel do mundo.
Meu caro, QUALQUER empresa que seja considerada estratégica para a Rússia, não vai cair nas mãos de estrangeiros isso era nos tempos de Yeltsin.
Você deu o exemplo dessa empresa, muito bem vamos assistir ao desenrolar da coisa.
Eu arquivei esta empresa e a nossa conversa, para futuras referências nas nossas conversas sobre o assunto sempre que houver novidades sobre a empresa.
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