O consórcio russo Angstrem está interessado na aquisição da empresa Quimonda e já estão a ser realizadas conversações nesse sentido, escreve hoje o diério económico russo Vedomosti, citando porta-vozes do Governo e do consórcio russo.
“Um representante do Ministério da Indústria e do Comércio confirmou que a questão da possível aquisição da Quimonda foi discutida”, escreve o jornal tendo em vista o encontro do primeiro-ministro da Saxónia e do seu homólogo russo, Vladimir Putin no Kremlin a 21 de Abril.
O interesse pela aquisição da Quimonda é também confirmado pela direcção do consórcio Angstrem.
“O consórcio Angstrem está interessado na Quimonda, que já está em conversações com a Quimonda”, declarou uma porta-voz do consórcio russo, Evguenia Kolossova ao “Vedomosti”.
O diário económico acrescenta que o concorrente russo do Angstrem, o consórcio “Sitronix”, não está interessado na Quimonda, pois considera que no mercado de memórias electrónicas há excesso de produtos, o que levou a uma queda de preços de 70pc no ano passado.
O consórcio “Angstrem” é considerado um dos maiores produtores da indústria electrónica russa.
Segundo o sítio electrónico da Angstrem, “as empresas do grupo produzem semicondutores, micro-controladores, drives” e outros componentes microelectrónicos.
Este grupo, cuja maioria do capital pertence ao Estado, participa na realização de programas nacionais como “Base Tecnológica Nacional”, “que é uma das etapas de superação do atraso tecnológico nas empresas fulcrais nacionais de microelectrónica”.
“A Amstreng exporta metade da sua produção, sendo empresas públicas os principais consumidores da produção no mercado interno”, lê-se no sítio da empresa.
Com sede na cidade de Zelenograd, espécie de Silicon Valey nos arredores de Moscovo, este grupo fabrica muita da sua produção para o complexo militar-industrial russo.
A aquisição da Quimoda poderá ser uma das formas de realizar o programa anunciado pelo dirigente da “Angstrem” na passada segunda feira.
“Espero que até 2020, nós e os nossos colegas ocupemos 100 pc (no fornecimento de material electrónico) na indústria da defesa. Hoje, a Rússia importa até 90pc da produção da indústria microelectrónica, revelando-se a dependência dos produtores nacionais em ramos importantes como complexo militar-industrial, Espaço e comunicações”, declarou Dmitri Milovantsev, director do grupo à imprensa russa.
“Um representante do Ministério da Indústria e do Comércio confirmou que a questão da possível aquisição da Quimonda foi discutida”, escreve o jornal tendo em vista o encontro do primeiro-ministro da Saxónia e do seu homólogo russo, Vladimir Putin no Kremlin a 21 de Abril.
O interesse pela aquisição da Quimonda é também confirmado pela direcção do consórcio Angstrem.
“O consórcio Angstrem está interessado na Quimonda, que já está em conversações com a Quimonda”, declarou uma porta-voz do consórcio russo, Evguenia Kolossova ao “Vedomosti”.
O diário económico acrescenta que o concorrente russo do Angstrem, o consórcio “Sitronix”, não está interessado na Quimonda, pois considera que no mercado de memórias electrónicas há excesso de produtos, o que levou a uma queda de preços de 70pc no ano passado.
O consórcio “Angstrem” é considerado um dos maiores produtores da indústria electrónica russa.
Segundo o sítio electrónico da Angstrem, “as empresas do grupo produzem semicondutores, micro-controladores, drives” e outros componentes microelectrónicos.
Este grupo, cuja maioria do capital pertence ao Estado, participa na realização de programas nacionais como “Base Tecnológica Nacional”, “que é uma das etapas de superação do atraso tecnológico nas empresas fulcrais nacionais de microelectrónica”.
“A Amstreng exporta metade da sua produção, sendo empresas públicas os principais consumidores da produção no mercado interno”, lê-se no sítio da empresa.
Com sede na cidade de Zelenograd, espécie de Silicon Valey nos arredores de Moscovo, este grupo fabrica muita da sua produção para o complexo militar-industrial russo.
A aquisição da Quimoda poderá ser uma das formas de realizar o programa anunciado pelo dirigente da “Angstrem” na passada segunda feira.
“Espero que até 2020, nós e os nossos colegas ocupemos 100 pc (no fornecimento de material electrónico) na indústria da defesa. Hoje, a Rússia importa até 90pc da produção da indústria microelectrónica, revelando-se a dependência dos produtores nacionais em ramos importantes como complexo militar-industrial, Espaço e comunicações”, declarou Dmitri Milovantsev, director do grupo à imprensa russa.
21 comentários:
Penso que pode ser realmente interessante e indirectamente Portugal pode beneficiar.
Mesmo que isto aconteça não significa que o complexo em Portugal se salve, mas as hipóteses de uma saída positiva para nós aumenta consideravelmente.
A Rússia está decertamente interessada, pois este é uma das àreas consideradas prioritárias para a Rússia, dado o seu atraso em relação ao que existe no mercado.
Com especial aplicação na àrea militar mas não só.
Pelo facto de ser uma empresa alemã, pelos negócios feitos entre estes dois países e o entendimento político entre ambos existe uma grande hipótese de o negócio ir para a frente.
Por outro lado, esta passagem de tecnologia com variadíssimas aplicações, será uma fonte adicional de preocupação a nível militar para muitos.
Haverá concerteza resistência para que empresas deste tipo sejam adquiridas pela Rússia.
Mas o facto de se estar a lidar com a Alemanha, um país com capacidade de decidir por si, aumenta as hipóteses de a Rússia ser bem sucedida.
E caro JM, volto a insistir, o dinheiro aparece para o que é considerado estratégico para a Rússia.
Entretanto na Geórgia, as manifestações continuam e houve tiros na fronteira.
Da OSCE que eu saiba ainda nada disse sobre os 2 que tinham sido detidos.
Vamos a ver como vai terminar isto.
Caro PM, a questão de o potencial comprador russo estar ligado ao complexo militar-industrial russo poderá levantar sérios problemas. Mas se as conversações foram iniciadas, é sinal de que esse problema poderá ser superado.
Quanto ao dinheiro, eu continuo a não ser optimista. Ontem, o ministro das Finanças da Rússia avisou que o dinheiro do Fundo de Estabilidade só dá até 2010. E a crise ainda vai no adro...
Caro PM, na Geórgia as coisas irão aquecer ainda mais à medida que se aproxima a data das manobras da NATO.
Este tipo de tecnologias, seja que país fôr, o principal interessado é sempre a àrea militar.
Para um produtor de armas então é um must.
Só vejo dois países capazes de ultrapassar pressões tanto externas como internas e autorizar uma venda destas. Alemanha e França.
A decisão irá ter que ser política na Alemanha, e se Merkel autorizar, vai passar uns momentos difíceis, isto é tecnologia sensível que a Rússia procura e saberá aplicá-la.
Os EUA vão atirar-se ao ar se a venda for de facto efectuada.
Relativamente à Geórgia eu separo os dois assuntos.
Um é a questão do exercício da NATO, outro é a as manifestações da oposição.
As duas vão aquecer de facto.
Mas eu gostaria de ver mais informação sobre as manifestações e o real impacto que está a ter no país. Eu não consigo perceber bem pelo o que leio, como é que as coias andam por lá.
Caro PM, a oposiçãso continua protestos de rua, mas sem grande envergadura. Encheu o centro da cidade de Tbilissi com jaulas de ferro, para simbolar que o regime de Saakachvili é uma verdadeira prisão e prometeu aumentar contestação. Vamos ver e acompanhar.
Sim,
Vamos ver e acompanhar.
Pior que a economia russa está uma droga.
A Rússia perderá 6% de seu Produto Interno Bruto (PIB)!!!!
Para os Estados Unidos, o FMI espera uma queda de 2,8% em 2009
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/
0,,MUL1094045-5602,00-
ECONOMIA+MUNDIAL+CAIRA+NESTE+ANO+AV
ALIA+FMI.html
Cai a confiança do consumidor em países emergentes
A confiança russa caiu 29 pontos, para 75 pontos - a maior queda da série histórica de 5 anos do índice.
http://ultimosegundo.ig.com.br/econ
omia/2009/04/23
/cai+a+confianca+do+consumidor+em+p
aises+emergentes+5692935.html
Boa notícia para os dois lados. A Qimonda é viável e rentável e foi vendida aos russos por meia leca.Os portugueses mantêm trabalho e ganham prestígio internacional.Pode ser que seja o início de uma verdadeira cooperação entre os dois países, que até agora só existia na retórica.
Leitor Anónimo, o negócio está longe de estar concluído. Não tenha pressa.
China está de olho nas terras russas inexploradas
Le Monde
Alexandre Billette
Correspondente em Moscou
O caso havia levantado uma polêmica em 2003: o anúncio feito pelo jornal "China Daily", a respeito do aluguel de terras aráveis pela China no vizinho Cazaquistão, havia primeiro obrigado as autoridades cazaques a desmentirem a informação. No entanto, tal projeto foi lançado abertamente: mais de 7 mil hectares de terras foram cedidos a uma empresa mista sino-cazaque, e mais de 3 mil camponeses chineses se dirigiram para a região de Alakol, na fronteira chinesa, para cultivar campos de soja e de trigo.
Mas diante do mal-estar suscitado por esse aluguel - por dez anos - de uma parcela do território nacional, o governo cazaque continuou preferindo demonstrar discrição sobre esse assunto. O país só reconhece cinco lugares utilizados por potências estrangeiras em seu solo: trata-se de zonas militares "emprestadas" à Rússia desde a queda da União Soviética, a exemplo da base espacial de Baikonur.
SEGURANÇA ALIMENTAR
Então, oficialmente, as terras cultiváveis alugadas à China não existem. É porque as autoridades cazaques temem a reação da população diante da "concorrência desleal", representada pela chegada em massa de camponeses chineses, cujo equipamento agrícola é superior ao velho material soviético ainda utilizado na maior parte das fazendas cazaques.
Para a China, que sofre de escassez de terras cultiváveis, o atrativo dessas regiões da Ásia central é evidente. Na região chinesa de Ili, situada no outro lado da fronteira cazaque, 1,7 milhão de camponeses disputam cerca de 267 mil hectares de terras.
Segundo as estimativas do ministério chinês da agricultura, o país produzirá, em 2015, cerca de 20 milhões de toneladas de soja, ou seja, somente 40% de suas necessidades anuais. Portanto, Pequim não se interessa somente pelas planícies da Ásia central, mas também pelas terras virgens do grande vizinho russo.
Eldorado agrícola
No início dos anos 2000, era basicamente o setor da silvicultura que atraía os agricultores chineses. Mas um endurecimento da legislação russa fez com que fossem anulados, então, os projetos desenvolvidos por empresas mistas russo-chinesas criadas para a ocasião.
Agora a soja é a atividade mais promissora, especialmente no Extremo Oriente russo, nas províncias de Khabarovsk e na região autônoma de Birobidjan, situadas a 6 mil km de Moscou, mas a somente 2 mil km de Pequim. Para os onze primeiros meses de 2008, mais de 420 toneladas de soja foram exportadas dessa forma para a China.
Para ela, a Rússia parece um eldorado agrícola: segundo as estimativas de especialistas russos, mais de 20 milhões de hectares de terras aráveis lá não são cultivados, e os preços são inferiores aos praticados na China. As terras oferecidas para o aluguel são de boa qualidade, com um rendimento estimado em 3 mil kg de soja por ano e por hectare, ou seja, duas vezes mais do que nas fazendas chinesas.
Com tal quantidade de terras cultiváveis e as imensas necessidades da China, a corrida pelas terras russas poderá aumentar. Por enquanto, as autoridades russas veem com bons olhos o cultivo dessas terras anteriormente vagas, que lhes permitirá impor uma taxa sobre a exportação dos produtos agrícolas.
Mas a chegada em massa de camponeses chineses também poderá criar tensões com a população local, uma vez que a severa crise econômica que o país atravessa pode alimentar reações xenófobas.
Segundo o último recenseamento russo, cerca de 35 mil chineses vivem de forma permanente no país. Mas, como o próprio ministro do Interior admite, na verdade entre 400 mil e 700 mil chineses estariam instalados em território russo.
Tradução: Lana Lim
Caro JM,
Ainda a ver com a Gazprom e os seus investimentos:
Gazprom Neft Buys Italy AssetsGazprom Neft extended a Russian push into European refining and marketing on Wednesday by buying Italian oil operations from U.S. oil major Chevron...
...Gazprom Neft said in a statement that it expected production and marketing synergies between the Chevron assets and the Serbian oil refiner NIS, which it took control of earlier this year...
...Rival LUKoil bought a 49 percent stake in ERG's Isab di Priolo refinery on Sicily last year and held talks to buy a large stake in Spanish oil company Repsol, which has a large refining portfolio.
Last month, Russian oil producer Surgutneftegaz agreed to buy 21 percent of Hungarian oil refiner MOL.
Earlier this month, Gazprom spent $4 billion to buy back a 20 percent stake in Gazprom Neft from Italy's Eni, which had picked up the stake at a 2007 auction of the assets of bankrupt oil firm Yukos.http://www.themoscowtimes.com/article/1009/42/376521.htm
Gazprom buys 16 per cent stake in SibirThe Russian energy giant Gazprom yesterday swooped to buy 16 per cent of Sibir Energy, for 70p a share more than TNK-BP, the Anglo-Russian group that is a minority shareholder in the company, was believed to be willing to pay...http://www.independent.co.uk/news/business/news/gazprom-buys-16-per-cent-stake-in-sibir-1673425.html
A Gazprom está imparável. É impressionante ver as várias frentes de "ataque" que a Rússia está a efectuar a vários níveis.
E não deixa de ser interessante observar que parte do financiamento da Gazprom vem da China.
Estamos a assistir "live" à batalha pelo fluxo e controlo dos pipelines no Cáspio e Àsia Central.
A China está a posicionar-se muito rápidamente para passar a ser o maior importador de energia de toda esta zona.
Deveras impressionante. E é um sério aviso à Europa. A China não tem problemas nenhum em ser ela a receber toda a energia que a Europa desdenha, com tantos problemas causados à Rússia.
E os pipelines para lá estão a ser construidos.
como sabem os russos querem apostar na area da nano-tecnologia, se os russos controlarem o mercado europeu de semi-condutores então o potêncial industrial russo no futuro será enorme.
A nova revolução industrial a que estamos a assistir é dominada pelos sectores das tecnologias da informação. A russia já é um dos principais centros de software do mundo(têm os melhores hackers) aliado ao sectores tecnologico de nano tech o potencial é avassalador..
produzir frigorificos, bicicletas, rádios, sapatos é a receita do atraso. A russia pretende produzir aviões,software, serviços,turismo, tecnologia de ponta.
Na leitura que faço dos seus artigos cada vez fico mais decepcionado consigo sr. milhazes, o sr. tem de compreender que o estado não é o pai de ninguem, nem o santo milagreiro. tem de ser a sociedade russa a organizar-se, o sr. tem uma visão socialista da sociedade e isso é perigoso para a isenção que 1 jornalista deve ter.
bruno.
Milhazes,isto por aqui não melhora em comentários, pelos vistos. Continua a guerra fria. Quando passarão as pessoas a pensar pelas suas cabeças e a emitirem opiniões, em vez de transmitirem propaganda? Haja pachorra!
"como sabem os russos querem apostar na area da nano-tecnologia, se os russos controlarem o mercado europeu de semi-condutores então o potêncial industrial russo no futuro será enorme."
Russos, nanotecnologia...você nem sabe direito o que é isso! Esse ufanismo russo chega à beira da loucura. Esquecem que a economia desse país vai contrair entre 6-7% esse ano, muito mais que os EUA, Alemanha ou Japão. Sem contar que a China irá crescer 6% esse ano, apesar da crise!!!!
Caiam na real!!!!
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concordo, depois de ler as últimas notícias chego a conclusão que alguns aqui agem como a banda do Titanic: continuam tocando enquanto o navio afunda.
Leitor Bruno, eu não quero nada do Estado na Rússia. O Estado, ou melhor, a élite política é que quer mandar em tudo. Leia as postagens com maior atenção. Você e o PM são uns grandes optimistas! Vamos ver
Eu?
Sou um grande optimista? está a referir-se a quê concretamente?
A economia russa vai contrair 6% esse ano!!! Que absurdo!!!!
Bom, quem manda construir uma economia praticamente baseada na exportação de matéria-prima, só pode dar em m.
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