A Cimeira de Londres está a chegar ao fim e, por aquilo que me vai chegando, parece ter sido alcançada alguma unanimidade quanto às receitas para sair da crise.
Que sejam levadas a cabo com sucesso caso contribuam realmente para melhorar a situação.
Mas estou a escrever este post por outra razão, embora o que eu vá dizer não seja novidade para ninguém, talvez apenas uma forma de lançar discussão entre os leitores.
Esta crise deixou claro que é urgente mudar o paradigma de desenvolvimento da Humanidade, deixando-se de apostar absolutamente no aumento do consumo como motor desse desenvolvimento e virar-se para uma cultura de moderação do consumo nos países ricos e de aumento do nível de vida dos países pobres.
Os recursos mundiais já não chegam para satisfazer o consumo crescente e as aberrações luxuosas de certas camadas da população dos países ricos e pobres. Não, não me enganei quando falei de "países ricos e pobres", porque as élites destes últimos não pretendem ficar atrás no que respeita à ostentação de riqueza.
Que sejam levadas a cabo com sucesso caso contribuam realmente para melhorar a situação.
Mas estou a escrever este post por outra razão, embora o que eu vá dizer não seja novidade para ninguém, talvez apenas uma forma de lançar discussão entre os leitores.
Esta crise deixou claro que é urgente mudar o paradigma de desenvolvimento da Humanidade, deixando-se de apostar absolutamente no aumento do consumo como motor desse desenvolvimento e virar-se para uma cultura de moderação do consumo nos países ricos e de aumento do nível de vida dos países pobres.
Os recursos mundiais já não chegam para satisfazer o consumo crescente e as aberrações luxuosas de certas camadas da população dos países ricos e pobres. Não, não me enganei quando falei de "países ricos e pobres", porque as élites destes últimos não pretendem ficar atrás no que respeita à ostentação de riqueza.
Poderão alguns dos leitores pensar que o que acabo de escrever é puro lirismo, pois poucos são os que estão prontos a renunciar "ao carrito ou carritos", "às fériazinhas no estrangeiro", aos últimos modelos de roupa, calçado, etc., etc.
Se as pessoas, na sua maioria, continuarem a pensar e a comportar-se assim, é sabido que o aumento da procura de novas matérias-primas poderá provocar novos conflitos armados. Um deles poderá ser a guerra pelos recursos do Árctico. Se assim for, novas corridas aos armamentos, isto é, novos gastos, serão inevitáveis.
Mas esta espiral consumista irá também fazer aumentar o abismo entre ricos e pobres, não só no chamado Terceiro Mundo, mas também na Europa e Estados Unidos. Na Europa, o caso é ainda mais complicado, pois os seus cidadãos estão habituados a Estados sociais que começam a ter dificuldades em satisfazer as suas necessidades.
Quando existiam a União Soviética e o chamado "campo socialista", estes "papões" obrigavam os mais ricos a ceder, em parte do mundo capitalista, uma fatia da sua riqueza aos mais pobres para não perderem tudo, como aconteceu na Rússia em 1917. Neste sentido, o regime totalitário comunista trouxe vantagens, não aos cidadãos que nele viviam, mas aos cidadãos dos países capitalistas.
Terminado o comunismo, alguns "profetas" apressaram-se a declarar o "fim da história". Lembram-se do artigo daquele filósofo norte-americano Fukyama? Agora mudou de tema, porque a "história não terminou", mas parece estar agora a começar.
Neste contexto, a Rússia deveria virar-se para si mesmo, com vista a modernizar-se e a voltar ao "clube dos grandes". Deixou escapar uma boa oportunidade, entre 2000 e 2008, quando os petrodólares pareciam não ter fim. Para alguns foi um "fartar vilanagem", mas à maioria coube uns restos que estão a acabar.
Por enquanto, o regime poplítico existente continua a gerir a crise, mas se o preço do crude descer para 25 ou 20 dólares por barril, a integridade da Rússia irá correr perigo. Este país poderá mergulhar numa situação muito difícil. Pois não tenhamos ilusões: não obstante todas as declarações, a Rússia esteve presente na Cimeira de Londres não como um país da "primeira divisão", mas da "segunda" ou até "terceira".
O mundo ainda se lembra deste país porque ele continua a ter armas atómicas, herdadas da era soviética. Como alguém disse na era de Gorbatchov, a "União Soviética é o Alto Volta com armas nucleares". E hoje? Terá mudado muita coisa ?
34 comentários:
Caro José Milhazes,
Já sabe que vou ter algo a dizer sobre o que diz...
Neste contexto, a Rússia deveria virar-se para si mesmo, com vista a modernizar-se e a voltar ao "clube dos grandes". Deixou escapar uma boa oportunidade, entre 2000 e 2008, quando os petrodólares pareciam não ter fim...
A Rússia como nação já anda nesse clube. E não deixou escapar uma boa oportunidade como você diz.
Esteve ocupado a reorganizar muita coisa que já andava ao abandono.
Uma das coisas que resolveu tratar foi a sua enorme dívida que tinha para pagar. Ao FMI, ao clube de Paris etc. Se você dedicar a maioria do seu salário a pagar o empréstimo da sua casa, vai-lhe sobrar muito pouco para fazer o que quer que seja. A Rússia optou primeiro por limpar as suas dívidas, acabando a do FMI em 2005. Por aqui já vê o que andaram a fazer eles nestes anos, a sanear dívidas.
Por enquanto, o regime poplítico existente continua a gerir a crise, mas se o preço do crude descer para 25 ou 20 dólares por barril, a integridade da Rússia irá correr perigo. Este país poderá mergulhar numa situação muito difícil...
Meu caro, até 2004, o barril de petróleo RARAMENTE passava dos 30 e a média ficava abaixo disso e foi com estes preços que a Rússia pagou as suas dívidas e implementou uma série de projectos em vários sectores.
O problema hoje não pode ser visto apenas pelo preço do petróleo estar baixo, (baixo? está a niveis de 2005, na altura 50$ já era considerado um preço excessivo!)
Não é a baixa do valor de petróleo que origina desemprego é o facto das pessoas consumirem menos, devido a dificuldades económicas, consomem menos, menos lucros, mais desemprego, porque muito do emprego gerado hoje é devido ao grande consumo existente.
Para o Estado, só tem uma maneira de lidar com redução de lucros com o petróleo, gastar menos. e se chegasse a níveis apontados por si, a primeira coisa a fazer seria cortar nos investimentos militares, pôr tudo em banho-maria. Mas o Estado pouco pode fazer, se as empresas não conseguem vender os seus produtos, se não vendem, não conseguem manter os empregados, e temos cada vez menos poder de compra que por sua vez... entramos num círculo perigoso.
A redução do preço de petróleo, só pode signifcar uma coisa, que o mundo continua a abrandar e que as empresas cada vez têm mais dificuldade em vender os seus produtos. Neste ponto não é a Rússia que está em perigo, é o mundo inteiro.
A redução do consumo é uma necessidade, mas também vejo aqui um pau de dois bicos. Mais consumo, implica mais empregos e cada vez somos mais no mundo.
Temos que reduzir o consumo, mas tambem temos que reduzir algo mais.
Caro PortugueseMan, o Estado russo pagou as dívidas, mas as empresas russas estão endividadas até aos cabelos, tanto a bancos estrangeiros, como nacionais. As dívidas totais ultrapassam os 800 mil milhões de dólares. Volto a uma nossa velha conversa. O Estado não é responsável pelas dívidas dos privados, mas se não forem pagas, as empresas passarão para mãos de estrangeiros, incluindo sectores estratégicos.
Até 2004, as tropas russas tiveram enterradas até aos cabelos na Tchetchénia e a situação continua por controlar no Cáucaso. Se a situação económica e política se continuar a degradar, não duvide que esses e outros problemas se irão agudizar. Não há dia sem notícia de confrontos entre polícia e separatistas no Cáucaso. Normalmente, a situação piora na Primavera e Verão.
Eu falo da Rússia concretamente, porque conheço. Claro que as coisas estão maus para todos, mas há regiões onde a crise se pode revelar de forma mais cruel. Por exemplo, na Ucrânia.
Pobre Ucrânia. Espero que um dia possa se tornar parte da OTAN e da UE.
"estes "papões" obrigavam os mais ricos a ceder, em parte do mundo capitalista, uma fatia da sua riqueza aos mais pobres para não perderem tudo, como aconteceu na Rússia em 1917"
Isso é um lado da medalha.
"não se ponham com revoluções ou ainda sofrem o mesmo que os russos/chineses/cubanos/coreanos, etc"
É o outro lado
José Simões (bom trabalho o seu)
"estes "papões" obrigavam os mais ricos a ceder, em parte do mundo capitalista, uma fatia da sua riqueza aos mais pobres para não perderem tudo, como aconteceu na Rússia em 1917"
Não subscrevo de todo a sua análise, José Milhazes.
Não era isto que nás tinhamos até 89 e espero bem que nunca tenhamos: os ricos a darem aos pobres
Eu faria a análise do seguinte modo:
"estes "papões" obrigavam os mais ricos e as entidades patronais a serem mais justos e a pagarem aos trabalhadores e sociedade em geral algo mais próximo ao valor devido pelo que lhes davam a ganhar. Obrigavam também a que houvesse uma consciência e estado social de maneira a tentar integrar no mundo do trabalho e livrar da extrema pobreza o maior número de cidadãos possível de modo a estes não vacilarem para o modelo alternativo que tinham do outro lado (independentemente do que este fosse)"
Desejo sinceramente que nem o José Milhazes nem ninguém venha alguma vez a ficar dependente da boa vontade destes ricos que nos levaram a esta situação que vivemos hoje em dia.
Cumpts
Manuel Santos
Relativamente á classificação da URSS/Russia um Alto Volta com armas nucleares obviamente que vem de russófobos/anti-comunistas muito primários.
Mesmo pegando na URSS, independentemente de ter sido a ditadura brutal que foi, um cidadão soviético tinha formação, educação, sistema de saúde, tinha boas ofertas culturais e todos os que singravam nas ciências, artes, cultura etc eram minimamente encorajados a prosseguirem. Podiam não ter mais nada, mas só isto destingue muito entre este género de país e o terceiro mundo puro e duro.
Cumpts
Manuel Santos
Leitor MSantos, ceder não é dar. Cede-se sob pressão, ou seja, era-se obrigado a. Por isso, a sua ideia está conforme a minha, ou vice-versa.
Não se trata de esmolas...
Leitor José Simões, estou de acordo consigo. As revoluções não são saída. pois só trazem desgraças. Primeiro para os adversários das que as fazem e, depois, para os autores. Como dizia alguém, as revoluções acabam por devorar os seus próprios filhos.
Talvez a saída para a situação seja a libertação do poder político do poder económico, com o reforço da democracia e das instituições de controlo.
Caro MSantos, foi precisamente o alto nível de cultura dos soviéticos que levou à derrocada do comunismo. Nesse campo, os comunistas cometeram um erro, pois as pessoas inteligentes, ao verem esse regime na prática, deixam de o apoiar.
Os Americanos precisam de consumir menos e habituarem-se a esses novos padrões. Como é possivel que um país de apenas 300 milhões de habitantes ser o mais poluidor deste planeta.
portugueseman é totalmente ignorante em relação à Rússia. Ele criou uma Rússia fantasiosa que nem um pouco faz parte da realidade. Pare de tapar o sol com uma peneira!!! Vamos ser realistas, que caiam as máscaras russas!!!
sérgio
Sobre a cúpula/cimeira do G-20, creio que tivemos um progresso: Uma crise global sendo debatida por um número representativo de Estados tanto sob o ponto de vista econômico quanto populacional.
No tocante aos problemas russos, mesmo que Putin e Medvedev tenham suas responsabilidades, o estado de coisas nesse momento é fruto de uma problemática que vai além das atribições de qualquer líder nacional.
Isso não é uma crise nacional que se espalhou pelo mundo, ela é uma crise verdadeiramente global fruto da incongruência na integração dos mercados capitalistas - devido a ausência de regulação no setor financeiro e de uma moeda de verdadeiramente global.
Será que se os dirigentes russos tivessem errado um pouco menos as coisas estão melhores? Não, por certo não estariam tão ruins, mas boas é que não estariam.
hugo, só 1(um) dia pra discutir a crise mundial???hahahaha...esse G20 é uma das maiores besteiras que inventaram. Começando que não estão representadas as "20" maiores economias do mundo, tem muito país, como a Argentina, que está no G20 mas que tem o seu PIB bem menor que do da Espanha (que está fora do G20)...palhaçada
Anónimo,
Pois é, bem-vindo ao mundo real: O funcionamento do sistema mundial é uma palhaçada desde sempre e melhora a passos de formigas - isso quando algum maluco não faz as coisas retrocederem cem anos em dez segundos.
Aliás, se tivessemos uma ordem mundial mais ou menos racional, essa crise sequer teria acontecido. O fato é que ela aconteceu e pelo menos os governantes se sentaram à mesa e concordam que estamos diante de um problema de grandeza global que só terá uma saída global - é um dos passos de formiga aos quais eu me referia.
Sobre a não presença da Espanha eu concordo plenamente, ainda que a UE esteja representada na cúpula, não é justo que um país dessa importância esteja ausente; a Argentina, no entanto, mesmo com a decadência dos últimos anos, ainda é uma economia de grande importância regional e creio que a sua presença é correta - e não excluiria a presença espanhola.
Caro José Milhazes,
o Estado russo pagou as dívidas, mas as empresas russas estão endividadas até aos cabelos, tanto a bancos estrangeiros, como nacionais. As dívidas totais ultrapassam os 800 mil milhões de dólares...
As empresas russas só fizeram o que todas as outras do mundo fizeram. Agora sofrem como sofrem todas as empresas do mundo.
Mas o estado limpou as dívidas. Você está a imaginar em que situação estaria hoje a Rússia se ainda estivesse a pagar prestações da dívida do FMI (era suposto ainda estar) e sem um fundo de reserva? estaria pior que a Ucrânia, isso garanto-lhe!
Volto a uma nossa velha conversa. O Estado não é responsável pelas dívidas dos privados, mas se não forem pagas, as empresas passarão para mãos de estrangeiros, incluindo sectores estratégicos.
O estrangeiro também não está assim tão saudável, que possa andar a "brincar" às aquisições, todos têm problemas em casa. E volto a dizer se a empresa for estratégica para a Rússia, essa empresa será segurada pelo o país, o dinheiro aparecerá. Agora é claro que vamos ter falências. Mas isso é um fenómeno que está a acontecer globalmente.
Até 2004, as tropas russas tiveram enterradas até aos cabelos na Tchetchénia e a situação continua por controlar no Cáucaso. Se a situação económica e política se continuar a degradar, não duvide que esses e outros problemas se irão agudizar.
A situação na Tchetchénia foi controlada com a Rússia numa situação muito pior do que estava hoje. Um corredor já foi aberto para o Cáspio através da Geórgia/Azerbeijão. Esta é uma zona estratégica, que a Rússia simplesmente não pode largar. Doa o que doer. É o maldito petróleo.
Por falar na Geórgia, reparou no que um general americano que está de visita lá foi dizer? e o que acho ainda mais impressionante é como um país que perde básicamente 20% do seu território, com variadíssimos problemas, ainda se preocupa em enviar 300 soldados para o Afeganistão. Mas não tem já problemas que chegue em casa?
Entretanto como falámos de empresas estratégicas e como temos trocado algumas palavras acerca da Gazprom, dê uma olhadela a este artigo:
Gazprom Sells Russia’s 1st Corporate Bond in 9 Months
Gazprom, Russia’s largest company, sold 400 million Swiss francs ($353 million) of bonds, the first international corporate debt issue from the country in nine months...was seeking a minimum 200 million francs, according to a banker involved in the transaction...
...“The very fact that the deal is being done shows the market’s ready to accept new Russian debt,” said London-based Costa. “There’s clear room for top-quality Russian credits.”...
..Gazprom’s debt issue reflected a recovery in investor sentiment toward Russia, which has seen the benchmark Micex Index of stocks rally 32 percent this year...
http://www.bloomberg.com/apps/news?pid=20601095&sid=adzvOxiOE_tA
Convém ler o texto todo, foquei o que achei mais interessante de olhar, acho que ficou com a ideia.
Acrescento só mais este, para isto não ficar mais longo...
Russia's Gazprom pledges to explore Nigerian oil
Russian energy firm Gazprom has signed an agreement with the New Nigeria Development Co. for exploration of three oil blocks... Gazprom is also reportedly set to sign a gas exploration deal with NNDC worth $2.5 billion, Nigerian energy officials said...
http://www.upi.com/Energy_Resources/2009/04/02/Russias_Gazprom_pledges_to_explore_Nigerian_oil/UPI-15811238686749/
Queria que tivesse em mente duas coisas que já falei: China e asfixia energética.
Repare no pormenor, a Nigéria que foi até meados do ano passado o maior produtor africano e o maior fornecedor americano deste continente, (acho que o 5º maior fornecedor dos EUA), passou a 2º. Foi ultrapassado pela a Angola que cada vez produz mais. A Angola está cada vez a produzir mais porque entrou um outro cliente àvido a China, que está a investir fortemente em Àfrica e está a captar o petróleo angolano. E para a Nigéria, temos agora também a China, a Nigéria está a produzir menos para os EUA e a aumentar o fornecimento para a China.
Em ambos os países, a Gazprom tem andado recentemente a fazer negócios...
Ao ler isto tenha em mente o seguinte: O que nós estamos a assistir é de uma enorme gravidade para os EUA. Os EUA estão com dificuldades em captar novas fontes e as que possui estão a ser desviadas para a China, além disso a maior parte destes fornecedores estão a receber armamento russo e muitos deles estão a receber armamento topo de gama.
Desviar para a China, proteger o fornecedor, negar aos EUA, este está a ser o lema.
Leitor Anónimo (Sérgio), modere os adjectivos. O leitor PortugueseMam tem as suas posições e argumenta-as. Quem não está de acorda, apresenta contra-argumentos concretos.
Leitor PortugueseMan, é pode você não ler russo. O diário Vedomosti de hoje comunica que a queda de extracção da Gazprom, no ano passado, bateu o recorde: 24% e vai continuar, sendo os prognósticos de mais 10-11%.
Leitor PortugueseMan, um artigo publicado pela agência Ria-novosti em espanhol:
Gazprom amenaza a Europa con reorientarse hacia mercados alternativos. Kommersant
22:25 | 02/ 04/ 2009
El grupo ruso Gazprom, molesto con la reciente declaración europeo-ucraniana que obstruye sus intentos de controlar la red de gasoductos en el territorio de Ucrania, amenazó con incrementar la producción del gas natural licuado (GNL) para la venta fuera de Europa, en los mercados de Norteamérica y Asia-Pacífico, escribe hoy el diario Kommersant en un artículo titulado "La amenaza líquida".
El presidente de Gazprom, Alexei Miller, sugirió la víspera "repensar la estrategia" corporativa y "analizar la conveniencia de nuevos proyectos" en materia del GNL, habida cuenta de "la creciente globalización de este mercado y el notable incremento de los riesgos de tránsito, debido a la firma de documentos que ignoran los intereses de Rusia".
Expertos señalan que Gazprom difícilmente podrá plasmar su amenaza a corto plazo. A día de hoy tiene una sola planta de licuefacción del gas cuya capacidad alcanza 9,6 millones de toneladas anuales. Con todo, la empresa pretende aumentar la producción del GNL a 90 millones de toneladas para 2030.
Konstantín Cherepánov, analista de la inversora Kit Finans, duda de que Gazprom decida jugarse el futuro de nuevos proyectos ambiciosos, tales como Nord Stream o South Stream, ni los contratos a largo plazo que tiene firmados con diversos países de Europa. Lo que pretende es manifestar el descontento con la declaración que la UE y Ucrania adoptaron recientemente en Bruselas.
Mijaíl Korchemkin, director de la consultoría East European Gas, añade a ello que el mercado del GNL podría resultar en el futuro menos atractivo de lo que parece ahora. EEUU, por ejemplo, promueve activamente el consumo del gas de esquisto que ya supera el 15% en la estructura total. Al ritmo que se desarrolla este proceso, la demanda del GNL en EEUU va a disminuir notablemente.
Caro José Milhazes,
O diário Vedomosti de hoje comunica que a queda de extracção da Gazprom, no ano passado, bateu o recorde: 24% e vai continuar, sendo os prognósticos de mais 10-11%.
O que você quer dizer é que em relação à produção do ano passado teve essa redução, certo?
Isto é perfeitamente expectável, passa-se o mesmo em todo o mundo. Há uma diminuição do consumo.
Mas tenha presente que o ano passado foi também um ano atípico, com picos de produção e preços nunca vistos. comparações relativamente a 2008, serão em todo o lado do mesmo género.
Relativamente à diversificação da Gazprom, deve lembrar-se que já tinhamos aqui trocado umas palavras. Eu não concordo quando se transmite a ideia de que a Rússia está dependente da Europa como cliente e não se diz o mesmo da relação inversa. Mais, a dependência da Europa em relação à Rússia é muito maior. E como já tenho dito as brincadeiras na Europa são muito perigosas, caso estejam sempre a ignorar os interesses da Rússia.
Por isso é que estão a ser feitos novos pipelines ligando o motor da Europa e também para o mercado asiático, a Rússia tal como tenho dito prepara-se para escolher os seus clientes.
Este investimento no LNG reforça ainda mais esta ideia. Repare, ligações de pipelines, são ligações estratégicas e de longo prazo entre produtor, países de trânsito e cliente. LNG é exactamente o contrário. Não é possível pegar num pipeline e desviá-lo para um outro país. Com LNG é só indicar qual o país destino para entrega com efeitos IMEDIATOS. Não existe uma ligação fixa entre país fornecedor e país cliente. Este é exactamente o problema que sofre o maior importador do mundo, os EUA. Se os fornecimentos fossem via pipelines, a possibilidade de desviar a produção para a China seria muito baixa.
E já que falo da China, dê uma olhadela:
China, Russia to boost co-op in finance, energy
China and Russia vowed to strengthen cooperation in finance and energy sectors to fight the global financial crisis...Existing deals in natural gas and nuclear energy should be implemented and new deals should be sought...Xiao Lian, an expert in World Politics and Economy with Chinese Academy of Social Sciences, said Russia is "a military power neighbouring China as well as China's strategic partner in the region".
http://www.asianewsnet.net/news.php?id=5010
Cumprimentos,
PortugueseMan
"Mesmo pegando na URSS, independentemente de ter sido a ditadura brutal que foi, um cidadão soviético tinha formação, educação, sistema de saúde, tinha boas ofertas culturais e todos os que singravam nas ciências, artes, cultura etc eram minimamente encorajados a prosseguirem."
Não diga isto! Toda a gente sabe que na URSS era tudo mau! As pessoas nasciam e morriam logo a seguir, porque aquilo era uma ditadura muito má que não tinha nada de bom! (note-se a ironia no meu comentário).
Agora a serio, o único problema no ensino soviético é que havia informação manipulada. As coisas eram ensinadas sempre de forma a irem a favor do regime comunista. Mas tirando isso...nada a apontar.
"Desviar para a China, proteger o fornecedor, negar aos EUA, este está a ser o lema."
Pois, teme-se uma terceira guerra mundial. E considera-se os EUA o berço da crise. Tudo junto leva à tentativa de afastamento da economia americana. O problema é a globalização economia, os países estão tão interligados, que se uma potencia economia entre em crise leva todo o mundo de arrastão e há aquele sentimento de "interiorização", cada país tende a preocupar-se consigo mesmo, e não com a situação geral.
Aprendi aqui algumas coisas. Estes comentários estão muito interessantes.
Parece-me muito óbvio que, independentemente de tudo o que se passe ao nível geopolítico e macroeconómico, a Rússia teve e terá sempre um importante papel em termos globais. Primeiro, pela sua dimensão; segundo pela sua localização; terceiro, pelo seu contributo para a história.
Foi na Rússia que, pela primeira vez, um Estado pôs em prática o modelo comunista, que já vinha sendo discutido, em termos teóricos, ao longo de todo o século XIX. Convém, no entanto, compreender, que o modelo comunista que vingou na Revolução de Outubro de 1917 foi a sua versão marxista-leninista; ou seja, foi a proposta bolchevique que, ao longo dos anos (nomeadamente, em 1924, com a consagração de Estaline como dirigente supremo no Comité Central) se impôs.
No entanto, é muito importante realçar que todo o aparelho estadual repressivo que se desenvolveu neste sistema (e que começou logo com Lenine) pode perfeitamente ser caracterizado como um caso extremo de um fenómeno de dirigismo, independentemente da ideologia que lhe subjaz. Daí que, os aparelhos repressivos alemão e soviético (nos seus anos mais repressivos) não fossem assim tão distintos.
Quanto à questão das supostas "benesses" do regime comunista soviético (e que se estendem a todo bloco soviético na evolução posterior a 1945). De facto, havia uma preocupação premente, por parte dos Estados comunistas, em conferir elevados níveis de educação aos seus cidadãos. Mas até que ponto a educação, por si mesma, se considera um elemento "progressista" de um determinado sistema? No caso, um modelo educativo "ideologicamente orientado" (veja-se a instituição, nos anos posteriores à morte de Lenine, de uma vertente de "estudos leninistas" nas universidades soviéticas). Em certo sentido pode até ser vista como uma forma subtil de opressão. A imposição de extensíssimos programas lectivos, por sua vez consagrando uma visão específica oficializada pelo Estado, pode muito bem ser uma forma de opressão. Quanto às vantagens em termos económicos e sociais, o melhor é nem falar...
Caro José Milhazes,
ainda bem que começou por avisar que este post é uma reflexão. Isto porque trata demasiadas questões cujas conexões não são evidentes, pelo menos no texto.
Tem razão ao identificar o problema. A questão é que o mundo não aguenta mais os hábitos consumistas dos países ricos, quanto mais agora os países pobres que anseiam legitimamente pelas mesmas oportunidades.
Eventualmente, a solução passa por alguma destas vias:
- o retorno a uma sociedade mais sobria que permitiu que a humanidade chegasse até aqui (ja repararam que as sociedades indígenas têm o sentido da sustentabilidade por instinto) ;
- rever os símbolos e objectos que fazem a diferenciação social (carros de grande cilindrada, viagens ao cabo do mundo, etc. não é mais durável).
E calma, já diz o povo 'Roma e Pavia não se fizeram num dia.' Primeiro, desde que tocou os 30$ o petroleo retomou a tendência ascendente. Segundo, a Rússia tem outros recursos naturais para além dos hidrocarbonetos (por exemplo uma imensa fileira florestal a mineral).
A curto-prazo, a questão financeira pode ser um problema. Mas no longo-prazo, os activos que a Rússia detém são valiosos. Isto num contexto que descreveu de falta de recursos naturais para o consumo mundial. Os manuais de economia são taxativos: tudo se resume a uma questão de oferta e de procura, mais concretamente, aos fundamentais que estão por detrás de cada um.
E qualquer motivo serve para fazer guerras. Na idade-média não havia petroleo e o nosso país teve de fazer face a muitas tentativas de invasão.
Cumprimentos,
Nuno.
" a Rússia esteve presente na Cimeira de Londres não como um país da "primeira divisão"
Sr. Milhazes,
Sobre qual ótica segue este comentário? Spbre a ótica da UE, ou melhor dos 7 mais ricos (ou 7 mais afundados na crise).
Os Estados Unidos anunciaram o número de desempregados do mês Março 2009 (625000) ou seja a soma total de mais de 5 milhões desde dezembro de 2008, e mais de 12 milhões de desempregados no país, que também começa a criar um novo recorde o dos sem teto que antes tinham teto, é uma visão bem diferente para quem teve a oportunidade de visitar a rica Califórnia, poder olhar o grande número de barracas que começa a se transformar em uma comunidade.
"o Estado russo pagou as dívidas, mas as empresas russas estão endividadas até aos cabelos, tanto a bancos estrangeiros, como nacionais. As dívidas totais ultrapassam os 800 mil milhões de dólares"
O que está acontecendo com a nação mais rica do mundo, ou melhor o que está a acontecer com seus gigantes industriais e bancários, quanto devem? quantas estão em processo de falência?
Como é que a nação que mais enriqueceu nos últimos 100 anos, detem mais de 50% da economia mundial, espalhou suas empresas por quase todos os países além de forças militares, cujo orçamento é maior que a soma dos resto do planeta, foi a legítima representante e estimuladora da economia de mercado, do consumo de massa, da geração de poluentes, sendo responsável por 47% destas emissões, consome 55% da energia gerada no mundo em suma a grande superpotência que não está conseguindo sair do atoleiro, responsável por esta crise e que arrastou todos junto com ela, então como Rússia que saiu do caos do fim da União Soviética a 18 anos e conseguiu certa estabilidade econômica a menos de 9anos poderia resolver todos os problemas neste tempo, principalmente com a formidável ajuda que recebeu dos EU e Otan nos anos 90, mais o avanço sobre suas áreas de influência em que estes aliados foram buscar os recursos naturais para prover suas elevadas demandas energéticas e de matéria prima.
"Os recursos mundiais já não chegam para satisfazer o consumo crescente e as aberrações luxuosas de certas camadas da população dos países ricos e pobres. Não, não me enganei quando falei de "países ricos e pobres", porque as élites destes últimos não pretendem ficar atrás no que respeita à ostentação de riqueza.Poderão alguns dos leitores pensar que o que acabo de escrever é puro lirismo, pois poucos são os que estão prontos a renunciar "ao carrito ou carritos", "às fériazinhas no estrangeiro", aos últimos modelos de roupa, calçado, etc., etc."
Concordo plenamente, o grande problema é que os países que mais estimulam esta prática, não são os detentores dos recursos naturais e foram estes países que buscaram nas hoje nações mais pobres que eles estes recursos para atender suas necessidades e que levaram seus costumes que foram assimilados em parte ou totalmente pelos habitantes destes países. Costumes cada vez mais difundidos pela globalização e consumo cada vez mais estimulado pela futilidade da sociedade e pelo desenvolvimento tecnológico.
"Relativamente á classificação da URSS/Russia um Alto Volta com armas nucleares obviamente que vem de russófobos/anti-comunistas muito primários."
Sem mais palavras, quanto a isto pois o amigo Manuel como sempre foi assertivo em seu comentário.
Abraço a todos.
Caro Milhazes,
"Reflexões sobre a Cimeira do G-20"
Mais do mesmo, com medicamentação da Escola norte americana apoiada pela enferma Europa e distribuição de paliativos vários para os habituais pacientes passivos dos BRICs e afims.
-Por outras palavras, A impressora de dollars a trabalhar a todo o vapor e a injectá-los onde for preciso, para tudo continuar como dantes.
Mas...se esta Operação pode ser descrita como um sucesso pelos habituais teóricos, para o "doente" pode resultar numa verdadeira autópsia...
(há demasiados virus imunes à terapeutica)
A riqueza não se cria, transformando papel branco em papel esverdeado!
Obs:A Espanha esteve presente na cimeira.
Senhor Milhazes quero ter a honra de felicita-lo pelo artigo corajoso com que me brindou. Afinal enganei-me porque julgava que o Senhor Milhazes tinha recusado um embuste (como me disse em tempos sobre o comunismo)para aceitar uma farsa (capitalismo selvagem) afinal tenho que mudar de opinião. A razão prevalece sempre nas profundezas da nossa consciência.
(Quando esse ser humano é dotado de consciência)
Cin.naroda
Cara Well Okay
Digo porque é um direito que me assiste e digo porque é uma verdade comprovada.
Poderá não estar de acordo (seu pleno direito) mas sugeria-lhe perguntar aos milhões de pessoas que viveram sob ditadura comunista, principalmente a uma grande camada da população que era ela própria comunista o que eles sentiram na pele, a quantidade de inocentes e gente válida que foi sacrificada em nome do dito "progresso socialista", para verificar se o que se passou na realidade corresponde á ideologia romântica que a jovem interlocutora idealizou na sua maneira de pensar.
Para combatermos o que está mal na sociedade não implica necessáriamente comprometer a nossa idoneidade e integridade morais, aliando-nos com causas/pessoas que se revelam tão ou mais nocivas quanto o que combatem.
Exactamente uma das principais razões do colapso da esquerda e dos seus ideais foi terem apadrinhado tantas causas fáceis apenas por irem contra ao que se opunham. E ao apadrinhar-mos causas fáceis, trazemos para o nosso lado gente "fácil" (do ponto de vista de honestidade intelectual e princípios)
Mas obviamente isto é apenas a minha opinião.
Cumpts
Manuel Santos
"Todos compartilham o ponto de vista de que Rússia é uma potência europeia, um sócio com o qual a Otan quer cooperar e com quem com ela deve cooperar", disse Appathurai.
Porta-voz da Aliança OTAN, James Appathurai.
MSantos, está no total direito de dar a sua opinião. Eu gosto de discutir os diversos pontos de vista, ou opiniões diferentes da minha. Desde que as pessoas sejam correctas a defende-los/as.
Algures neste blog, eu fiz um comentário em que explicava que não considerava a URSS comunista, nem a China, nem Cuba, ou seja lá o que for. Não sou defensora da União Soviética, sei reconhecer os erros que existiram e as suas consequências. Nunca aqui disse que a URSS era a sociedade perfeita ou coisa que lhe valha. O que eu não suporto são os moralistas que condenam o comunismo/marxismo (tanto a ideologia, como as tentativas de concretização) em nome do capitalismo ou da falsa democracia, dai que a maioria dos meus comentários possam soar um bocadinho "fanáticos". Depende dos argumentos a que respondo. Eu dou mais valor a uma criança que não fica satisfeita com um 10 e deixa de ver televisão para estudar mais uma hora, com o objectivo de ter um 20, mesmo que ela se fique por um 11, conta o esforço. Tal como dou valor às pessoas e as nações que tiveram a coragem suficiente para apostar na alternativa, tendo ela resultado positiva ou negativamente. Percebe?
É o tal sentimento revolucionário, acho.
Quanto a como funcionava a URSS, eu tenho pleno conhecimento. Para além do que dei na aulas, tenho vários livros sobre o assunto.
Inclusive um muito bom: "26 anos na União Soviética" de Francisco Ferreira, editado em 1976. É o relato das dificuldades sentidas por um comunista português que foi viver para a URSS, ainda durante os anos do fascismo em Portugal. Descreve como funcionavam as fabricas, os campos, o jornalismo, a sociedade. Toda a gente devia lê-lo. É totalmente honesto e simples, sem ser anti-comunista, o que lhe dá toda a credibilidade, ainda para mais porque foi escrito por um comunista que compreendeu que o maior exemplo "comunista" não o era na realidade.
"E ao apadrinhar-mos causas fáceis, trazemos para o nosso lado gente "fácil" (do ponto de vista de honestidade intelectual e princípios)"
É, concordo com isto.
Do mesmo modo que os comunas dizem que nunca houve um país comunista de verdade. Digo, também, que nunca houve um país capitalista na real concepção clássica.
Oh, Well, ok
É alguma piada super – intelectual?
/Quanto a como funcionava a URSS, eu tenho pleno conhecimento. Para além do que dei na aulas, tenho vários livros sobre o assunto./
Para saber plenamente como era vida na URSS, a condição necessária, é viver na URSS. Quem não viveu lá (ou num estado totalitário parecido, da esquerda ou da direita), nunca poderá perceber como estavam as coisas. A URSS era uma grande cadeia (cadeia exterior, como era chamada), quem nunca passou pela cadeia nunca poderá imaginar como é ficar preso. Não é pelos filmes / livros que se aprende isso.
Caros comentadores,
A proposta do Bloger era refletir e comentar a Cimeira do G-20 em Londres, será que ninguem deu por ela?
...isso já é um mau indicio!
Sim, mas como eu não vivi na União Soviética, nem posso viajar no tempo...Só posso ter conhecimento através dos relatos de pessoas que lá viveram: livros (ou através de qualquer outro meio de informação).
Além de que o argumento usado é tão relativista. Então não podemos criticar nada, a não ser que seja alguma coisa que faça parte da nossa vida/actualidade? Por amor de Deus.
Vejamos o seguinte exemplo: um psiquiatra para perceber um doente, tem de ter sido também doente? Um advogado tem de roubar, para compreender o cliente ladrão que vai defender? Somos todos burrinhos porque não vivemos no iluminismo, nem na antiguidade clássica, por isso nunca vamos compreender nada do que se passou nestas épocas?
Eu tenho pleno conhecimento de como era a vida na União Soviética. Não vivi essa realidade, mas sei como ela funcionava. Não me ponho no lugar de quem lá viveu, porque neste caso a pessoa para além de ter conhecimento da realidade, também a viveu. Mas o facto de não ter vivido em nenhum país comunista não me proíbe de ter opinião sobre o mesmo, de criticar ou de concordar com o seu funcionamento.
Para quem queira entender a actual crise económica e saber quem são os responsáveis fundamentais pela mesma, recomendo as obras de William Bonner a solo ou a meias com a sua companheira Lila Rajiva, ambos importantes jornalistas americanos.Vão certamente reconhecer muitos tópicos na leitura porque ultimamente anda toda a gente a citá-los. Ainda ontem isso era visível em dois artigos do Jornal Económico.
O melhor diagnóstico da crise económica, copiado por todos e mais alguns a partir do momento em que foi recomendado pelo The Economist é o livro de George Cooper, agora editado em português. É curto e devora-se rapidamente.
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