A Rússia e a Itália assinaram hoje um documento que prevê duplicar a capacidade de transporte do sector marítimo do gasoduto South Stream, passando de 31 para 63 mil milhões de metros cúbicos de gás por ano.
O memorando foi assinado pelos dirigentes da Gazprom russa e da Eni italiana, Alexei Miller e Paolo Scaroni, na presença dos primeiros-ministros russo e italiano, Vladimir Putin e Sílvio Berlusconi, que estiveram reunidos numa estância balnear do Mar Negro para dar um novo impulso às relações económicas e políticas entre Rússia e Itália.
De uma capacidade de 63v mil milhões de metros cúbicos de gás por ano, o gasoduto South Stream ligará a Rússia à Europa Meridional por debaixo dos mares Negro e Adriático, contornando a Ucrânia.
O tubo passará a mais de 2 mil metros de profundidade no Mar Negro, entre o porto russo de Novorrossisk e Varna, na Bulgária) e terá cerca de 900 quilómetros de comprimento.
Com vista à realização dos sectores terrestres do gasoduto, na mesma cerimónia foram assinados acordos com a Bulgária, Sérvia, Hungria e Grécia.
A Rússia prometeu que o combustível azul irá começar a correr no tubo em 2015, o mais tardar. Na conferência realizada após o encontro de Putin e Berlusconi, o primeiro-ministro russo sublinhou que a Rússia não se opõe a projectos de gasodutos alternativos, nomeadamente o projecto da União Europeia Nabucco.
Sílvio Berlusconi, pelo seu lado, considerou que o projecto South Stream é “um importante passo para garantir a segurança energética da Europa”.
Putin pediu ao seu homólogo italiano que o ajude na tarefa de melhorar as relações bitareiais com a União Europeia, pedido que recebeu resposta afirmativa de Berlusconi. “Se se formassem com toda a Europa relações como as que existem com Itália, isso seria um desenvolvimento muito bom da situação”.
Os dois primeiros-ministros analisaram também as possibilidades de desenvolver a cooperação bilateral noutras esferas como energia atómica e energia eléctrica. No sábado, Berlusconi reúne-se com o Presidente russo, Dmitri Medvedev.
O memorando foi assinado pelos dirigentes da Gazprom russa e da Eni italiana, Alexei Miller e Paolo Scaroni, na presença dos primeiros-ministros russo e italiano, Vladimir Putin e Sílvio Berlusconi, que estiveram reunidos numa estância balnear do Mar Negro para dar um novo impulso às relações económicas e políticas entre Rússia e Itália.
De uma capacidade de 63v mil milhões de metros cúbicos de gás por ano, o gasoduto South Stream ligará a Rússia à Europa Meridional por debaixo dos mares Negro e Adriático, contornando a Ucrânia.
O tubo passará a mais de 2 mil metros de profundidade no Mar Negro, entre o porto russo de Novorrossisk e Varna, na Bulgária) e terá cerca de 900 quilómetros de comprimento.
Com vista à realização dos sectores terrestres do gasoduto, na mesma cerimónia foram assinados acordos com a Bulgária, Sérvia, Hungria e Grécia.
A Rússia prometeu que o combustível azul irá começar a correr no tubo em 2015, o mais tardar. Na conferência realizada após o encontro de Putin e Berlusconi, o primeiro-ministro russo sublinhou que a Rússia não se opõe a projectos de gasodutos alternativos, nomeadamente o projecto da União Europeia Nabucco.
Sílvio Berlusconi, pelo seu lado, considerou que o projecto South Stream é “um importante passo para garantir a segurança energética da Europa”.
Putin pediu ao seu homólogo italiano que o ajude na tarefa de melhorar as relações bitareiais com a União Europeia, pedido que recebeu resposta afirmativa de Berlusconi. “Se se formassem com toda a Europa relações como as que existem com Itália, isso seria um desenvolvimento muito bom da situação”.
Os dois primeiros-ministros analisaram também as possibilidades de desenvolver a cooperação bilateral noutras esferas como energia atómica e energia eléctrica. No sábado, Berlusconi reúne-se com o Presidente russo, Dmitri Medvedev.
35 comentários:
Esse projeto é muito importante para à Itália, garantindo um fornecimento seguro para suas necessidades por algumas décadas.Força Itália.
Acho curioso o título escolhido.
O que tem em mente para ter dito isso, caro JM?
Caro PM, como a UE não consegue ter uma política externa coordenada, cada um dos seus membros salva-se como pode. Não compreendeu que o intuito de aumento da capacidade de transporte do South Stream é neutralizar a Ucrânia? SE assim é, esse objectivo da Itália está conforme a política externa da UE?
Caros amigos para vosso conhecimento e comentário, e desde já as minhas desculpas se incomodo o sr. Milhazes ou alguns leitores por se tratar de posts fora do tema deste blog.
ONU: Ban Ki-moon vai pedir à AG para expulsar Israel da organização
Maio 15, 2009 – 10:50 pm
O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, fez um violento ataque contra Israel durante a Assembleia Geral da organização, na segunda-feira, em Nova Iorque, e anunciou que vai iniciar os procedimentos para solicitar a sua expulsão como Estado-membro por crimes de guerra e genocídio do povo palestiniano. Por ocasião do 60º aniversário da ONU, Ban condenou a forma como foi feita a partilha da Palestina, em 1947, à revelia e contra a vontade das populações e povos árabes mas satisfazendo inteiramente os interesses sionistas.
De acordo com a transcrição do discurso publicada hoje pelo jornal News from Jerusalem, Ban sublinhou que “o terrorista para um país é o herói revolucionário para um outro . Alguns insistem que os terroristas são contra a democracia, mas todos já vimos democracias comportarem-se como terroristas.”
O Secretário-geral citou a Resolução 273 da AG da ONU - nunca reconhecida pelo governo judaico - segundo a qual Israel foi admitido na organização “sob a condição de garantir a todos os palestinianos o direito de regressarem às suas casas e a serem indemnizados por perdas materais de acordo com o parágrafo 11 da Resolução 194, da Assembleia Geral. É excusado dizer que Israel nunca cumpriu aquelas condições, nem nunca teve intenção de as cumprir.
Durante 60 anos, Israel violou as condições de adesão, e durante 60 anos a ONU nada fez. Limitou-se a assistir à forma como Israel infligiu repetidos sofrimentos ao povo da Palestina e violou impunemente o direito internacional.”
O “Plano de Partilha” da Palestina, segundo Ban, foi completamente ilegal e constitui uma violação da Carta da ONU, pois a organização “não tem o direito nem os poderes para tirar território a um povo para o dar a outro.”
O SG da ONU disse ser sua vontade restituir legitimidade política e moral à organização que, em seu entender, “não pode satisfazer os seus desígnios de paz e justiça enquanto fizer vista grossa a crimes de guerra - factos que acontecem sempre que é permitido a Israel violar os termos e condições de adesão [à ONU].”
Ban Ki-moon informou a Assembleia Geral sobre os seus futuros actos: “Como recém eleito Secretário-geral, prometo que a ONU não continuará a ter uma atitude passiva e facilitadora do genocídio. Por isso, vou pedir à AG para realizar uma sessão especial, tão rapidamente quanto possível, para retirar a Israel o estatuto de Estado-membro. (…) Uma vez que Israel está a violar as condições de adesão, pelo que não é um membro cumpridor, confere legitimidade à ONU para declarar nula e sem efeito a Resolução 273. Dado que a filiação de Israel depende da sua adesão àquela resolução a respectiva expulsão é automática.”
A finalizar, Ban Ki-moon rematou: “Nada do que a ONU possa fazer terá valor enquanto este membro ilegítimo ocupar um lugar na Assembleia Geral. Eu quero que a ONU tenha mérito. Conto com o vosso apoio.”
Até hoje, o discurso do SG das Nações Unidas foi completamente ignorado pelos principais meios de comunicação do Ocidente e não mereceu qualquer comentário por parte dos líderes da comunidade internacional, nem do governo israelita.
http://lawrei.eu/MRA_Alliance/
Tmbém lá podem encontrar esta:
Rússia: PIB caiu mais de 23 % no primeiro trimestre
Maio 15, 2009 – 5:21 pm
O Produto Interno Bruto (PIB) russo sofreu uma quebra de 23,2% no primeiro trimestre deste ano face ao último trimestre de 2008 e contraiu 9,5% em termos homólogos, informou hoje o Gabinete Federal de Estatísticas da Rússia.A economia foi severamente penalizada pela descida dos preços do petróleo, uma das principais exportações do país. O investimento recuou 15% nos primeiros três meses deste ano.
MRA Alliance/Agências�
E esta:
Petrobras preparada para garantir abastecimento estratégico à China
Maio 16, 2009 – 11:50 am
A estatal brasileira Petrobras poderá garantir um “suprimento estratégico” à China, na sequência do aumento da produção brasileira de petróleo após ter arrancado este mês com a exploração das gigantescas reservas descobertas nos últimos anos.A negociação está em “andamento”, segundo o director financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, e será um dos assuntos da visita do Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, à China, entre 18 e 20 de Maio.
A negociação para “um suprimento estratégico de petróleo” aos chineses, entretanto, ainda não está definida, informou Barbassa durante a apresentação dos resultados do primeiro trimestre.
No fim do ano passado, a China ofereceu um empréstimo de 10 mil milhões de dólares para a Petrobras investir na exploração de reservas, recentemente descobertas no litoral da região Sudeste do Brasil.
Em troca do empréstimo, a estatal garantiria a exportação de petróleo à China, principalmente o do tipo mais pesado face às dificuldades das refinarias locais no respectivo processamento.
“Os chineses têm recursos e a Petrobras pode fornecer petróleo nos próximos 20 anos”, disse à Lusa o presidente da Câmara Brasil-China de Desenvolvimento Económico, Paul Liu. “Trata-se de uma forma estratégica de a China conseguir acesso às matérias-primas necessárias para garantir o seu desenvolvimento económico”, sublinhou.
As reservas podem atingir até 80 mil milhões de barris de petróleo e gás, segundo estimativas da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Caso seja confirmado aquele potencial de produção, o Brasil passaria a deter a sexta maior reserva mundial, a seqguir à Arábia Saudita, Irão, Iraque, Kuwait e Emirados Árabes Unidos.
O início da exploração das reservas ocorreu a 01 de Maio, no campo de Tupi, a maior descoberta mundial de petróleo nos últimos 30 anos, onde a Galp detém 10 por cento, a inglesa BG, 25 por cento, sendo o restante da Petrobras.
Entre as recentes descobertas, os campos de Júpiter, Iara e Bem-Te-Vi também são desenvolvidos em parceria com a Galp, que detém actualmente cerca de 50 consórcios no Brasil entre explorações ‘onshore’ (em terra) e ‘offshore’ (no mar).
MRA Alliance/Agências�
Se algém quiser confirmar o número da população da China pode faze-lo aqui:
http://www.cpirc.org.cn/en/eindex.htm
José Milhazes, a Ucrânia teve uma oportunidade de ouro, os seus líderes sucumbiram ao recalcamento e ao encanto americano e optaram pela via do antagonismo e do confronto com o principal parceiro e país irmão. A Itália está a establecer o by-pass á Ucrânia assim como a Alemanha.
Foi a própria Ucrânia que se neutralizou a si própria, fruto da miopia e mesquinhez dos seus líderes.
Concordo em absoluto com a total ausência da política comum de energia e como referi num post atrás, no caso do Nabucco que devia ser do interesse geral, temos os Estados Unidos a comandar quase como se fosse por procuração.
É vergonhoso...para
nós Europeus ;)
Cumpts
Manuel Santos
Caro MSantos, a oportunidade de ouro da Ucrânia era sujeitar-se completamente à política do Kremlin? Não se esqueça que a Ucrânia é o segundo maior país da Europa depois da Rússia. O problema da Ucrânia está na incompetência dos seus dirigentes em não conseguirem acordar entre si um pacto de regime para retirar o país da crise e não na venda da soberania ou não à Rússia.
E não faça dos dirigentes do Kremlin nenhuns anjinhos com asas brancas. No mínimo, são como os outros dirigentes.
Recordo que, em 2004, durante a revolução laranja, o Kremlin se comportou de uma forma desastrosa e assim não se ganha aliados. Por alguma razão é que os vizinhos olham com desconfiança para Moscovo ou considera que todos eles estão enganados em relação aos dirigentes actuais do Kremlin?
Caro Sérgio,
Até hoje, o discurso do SG das Nações Unidas foi completamente ignorado pelos principais meios de comunicação do Ocidente e não mereceu qualquer comentário por parte dos líderes da comunidade internacional, nem do governo israelita.Aqui no Brasil, bem distante de Israel, 95% de nossa mídia é controlada por sionistas. Creio que não seja diferente no resto do mundo.
Eles também controlam as mais fortes instituições financeiras do mundo. É um poder devastador que está intranhado nas altas esferas políticas (dê uma olhadela no senado americano...)
Ainda hoje vivem da indústria do holocausto. E, não curiosamente, tem uma política de extermínio a longo prazo para com os palestinos.
Uma criança alemã já vem ao mundo com um sentimento de culpa. Continua , até hoje, uma lavagem cerebral na alemanha. E esta criança jamais irá questionar o holocausto, posto que é crime, aliás, crime e vergonha para os cidadãos daquele país.
No entanto, não há crime nenhum em negar o genocídio dos armênios, assim como também não é crime negar que Cabral descobriu o Brasil. E não há porque negar, pois são fatos e não precisam se sustentar em leis. Ademais, estamos em pleno século XXI, e crime de opinião nos tempos atuais é tão irreal como seria uma nova inquisição.
A história que conhecemos nos foi contada pelos vencedores (os aliados) e certamente não é toda verdade. E quem busca essa verdade – historiadores, acadêmicos, pesquisadores – os chamados revisionistas, são perseguidos, exilados ou presos.
As vergonhas humanitárias como o bombardeio de Dresden e as bombas atômicas no Japão são tidas como fato consumado e parece ser "enfadonho" comentá-las. Mas o holocausto me parece que será lembrado até o fim dos tempos, como querem os sionistas.
Tenho muita curiosodade em saber o que faz dos judeus um povo tão especial, porquê o sofrimento deles é maior que de qualquer outro povo na face da terra. Não sei... A única explicação que me vem à mente é que, além deles, outras nações acreditem que eles sejam o povo escolhido por Deus. Neste caso há uma tremenda oposição aqui no Brasil, pois na minha terra temos por hábito dizer que Deus é brasileiro (rs).
Sergio, estas declarações que trazes do Sr. Ban Ki-moon jamais seriam ventiladas por aqui, e como podemos constatar, também no mundo.
Por aqui, há um projeto de lei tramitando pelo congresso nacional, pelo qual será constituído crime negar o holocausto. Sim, senhores, agora, em 2009!
Quero deixar claro aos amigos do blog do Sr. Milhazes, que não nutro ódio por nenhum povo ou religião, sou um pacífico ateu, e meu filho será pagão até que tenha a idade e discernimento para se engajar em alguma religião.
A minha religião constitui-se em desejar para o outro aquilo que quero para mim.
Em fazer o bem.
em desejar a paz e a VERDADE!
Um abraço a todos.
Petronius (aquele, do Satiricon)
Sr. Milhazes.
Peço desculpas pelos espaçamentos excessivos entre os parágrafos. É que muitas vezes quando escrevo os parágrafos ficam juntos, como ficou o primeiro abaixo da citação. Não sei quantas linhas a quebrar. Desculpe.
[ ]'s
Petronius
A questão é que à Ucrânia optou um caminho, que era trilhar e se sujeitar-se aos interesses OCIDENTAIS e confrontar-se com à RÚSSIA.Deu no que deu.Um país que nem se quer pode assim se considerar, está prestes à desintergrar-se.Não podemos se esquecer de KOSOVO.Voltando aos italianos, estes olharam os seus interesses e não entando na balela de unidos venceremos, somos um bloco coeso e outros chavões.Fizeram o que era importante para seu país, ponto final.
Pois é, o outro caminho óbvio para a Ucrânia seria trilhar e se sujeitar-se aos interesses RUSSOS e confrontar-se com à UE.É isso que você acha certo?
Um país não pode ser livre pra escolher o seu caminho? E se escolheram ficar na esfera de influência da UE, ao invés da Russa, qual é problema? Pois todo país que decidir ficar do lado russo sempre será um subalterno. A submissão de alguns países, como Casaquistão, Armênia, etc em relação à Rússia, é grotescamente pior e maior. Você acha que em uma união com a Rússia, a Armênia terá sua opinião respeitada? Sei que você vai vir com aquele bla bla bla de sempre que os europeus perderam sua soberania na UE bla bla bla...mas é incomparável em relação à uma associação com a Rússia. Na UE, um país pequeno como a Irlanda barrou o tratado de lisboa! Você acha que a Armênia teria esse poder?
uma vez eu disse aqui: poucos países, como a Rússia, tem a capacidade de aproximar tantos seres diferentes (racistas, comunistas, nazistas, etc)na defesa do estado putiniano.
Europa cada vez mais dependente da Rússia e vice-versa.
E como tal a alternativa é vender e barato a sua soberania e subserviência aos Estados Unidos?
Como é possivel ter um presidente, representante máximo da nação, a partilhar os lençois com uma agente de um serviço de informações estrangeiro acabadinha de ser naturalizada? Seria alguma vez expectável que os russos com todos os seus maus hábitos que muito bem referiu aceitassem isso de ânimo leve juntamente com a iminência de instalação de bases militares hostis junto á sua fronteira?
Independentemente da abordagem desastrosa que a Rússia fez e cultivou para ter a imagem que tem, tirando a base de Sebastopol quais as desvantagens da sua influência?
Os líderes ucranianos aproximaram-se dos EUA para:
- Humilhar e por em xeque os russos, dado o seu ódio visceral
- Obter um escudo de invulnerabilidade através da NATO
- Escorraçar os russos de Sebastopol e da Crimeia
- Obter financiamento e investimento gigantescos que transformassem a Ucrânia num país desenvolvido e rico
Tinham até então:
- Energia a 50% do preço de mercado
- Posição estratégica pois eram o único canal de transporte de energia para a Europa
- Possibilidade de serem a ponte UE-Rússia a todos os níveis (comércio, cultura etc)
O que têm agora? Qual vai ser o futuro?
E deixo mais uma vez a pergunta: os países que estabelecem amizade com a Rússia de hoje, ou fazem parte da sua esfera de influência em que têm a mais a sua soberania ameaçada que outros que se aliam a outras potências?
Sei que os líderes russos não são anjos e que a sua malevolência pode ser grande mas nisso a Rússia não difere muito de qualquer nação a exercer o seu poder como o JM muito bem referiu.E neste momento e através de sinais que já deu, Medvedev pode-se tornar numa esperança maior que Barack Obama que independentemente do que seja, está totalmente manietado.
Não será tudo apenas a antiga desconfiança em relação á Rússia e o facto de não lhes perdoarem e continuarem a associar o estigma comunista?
E não seria possível terem-se mantido afastados da influência russa, mantendo-se neutrais? Ou para sair do jugo russo tudo passa por ser aliado dos EUA?
E o povo ucraniano que é tão ou mais eslavo que os russos e que que têm usos e costumes muito próximos? Será que se espelha nos seus líderes? Porque nunca referendaram a adesão á NATO?
Nem vou falar da UE porque a nível de poder e decisão pura e simplesmente não existe.
Cumpts
Manuel Santos
Caro JM,
...como a UE não consegue ter uma política externa coordenada...
parece que conseguimos concordar em algo! Infelizmente é apenas neste parte.
Não compreendeu que o intuito de aumento da capacidade de transporte do South Stream é neutralizar a Ucrânia? SE assim é, esse objectivo da Itália está conforme a política externa da UE?
Mas é claro que o objectivo da Itália está conforme a política externa da UE! A UE tem como SUA prioridade obter energia e de uma maneira estável. Ora não vai ser pela a Ucrânia que a Europa vai ter essa estabilidade.
O intuito não é só neutralizar a Ucrânia, o objectivo principal é diminuir a nossa tão grande dependência de um apenas um país de trânsito ou seja a Ucrânia. A UE não pode estar refém de um país que não tem problemas nenhuns em gerar problemas aos países consumidores finais.
O que a Itália está a fazer é o mesmo que a Alemanha. Ambos estão a assegurar que o abastecimento à UE, ou pelo menos a uma parte importante da UE, não esteja refém das situações que estão a ser geradas devido à expansão da NATO e à instalação de um sistema antí-míssil.
É claro que países como a Ucrânia e Polónia estão na calha para ter ainda mais problemas com a Rússia, mas isso não pode afectar o resto da UE.
Resumindo com estes movimentos a UE está a garantir um fornecimento contínuo só possível de ter problemas se a fonte do problema fôr a Rússia.
Leitor PM, mas o problema aqui é também que a Rússia é a única fonte de abastecimento de gás, ou melhor, concentra sob o seu controlo todas as fontes de gás da Ásia Central, Cáspio, etc. E isto deve ser equacionado muito bem.
Caro MSantos, essa da senhora dos serviços de espionagem deve ser para divertir os nossos leitores...
Os ucranianos não referendaram adesão à NATO, porque não aderiram. Deve ser dos poucos pontos onde existe unanimidade. Iuschenko, Timochenko e Ianukovitch consideram que antes da adesão deve haver um referendo. Mas deixe os ucranianos escolherem...
Caro José Milhazes, se Sr o diz...
No entanto a biografia da Sra está disponível para quem quiser consultar na net e nós cá em Portugal também temos a Associação Luso-Americana e em tempos houve a Associação Amizade Portugal-URSS.
Os referendos a acções devem ser feitos préviamente ás acções propriamente ditas ou terá lógica referendar factos consumados?
E já que há tanta unanimidade porque não foi já feito?
De certa forma o Sr acabou por responder ás minhas perguntas.
Cumpts
Manuel Santos
...E isto deve ser equacionado muito bem.
Sem dúvida. o facto da UE estar cada vez mais dependente da Rússia é um problema que não pode ser posto de lado dado a importância que a energia significa.
Mas o problema é o seguinte, a Rússia oferece mais hipóteses de resolução dos crescentes problemas energéticos da UE, as alternativas são problemáticas, com demasiados intervenientes e poucas garantias de estabilidade. E é coisa para anos.
Você não arranja fornecedores estáveis e com a capacidade da Rússia ainda menos. Para agravar a situação, a capacidade interna de produção de petróleo/gás da UE está a reduzir-se drásticamente.
É imperativo garantir energia, porque a UE está a transformar-se num verdadeiro sorvedouro de energia. Este acordo da Itália mais Rússia é importante para a UE e por isso não concordo com o título que escolheu.
Caro PM, a aposta na Rússia é fundamental, mas é preciso ter outras alternativas: Norte de África, Nigéria, Venezuela, Irão, etc. Não podemos depender apenas de um só fornecedor, este é que é o problema. E, claro está, desenvolver rapidamente energias alternativas.
"como a UE não consegue ter uma política externa coordenada, cada um dos seus membros salva-se como pode"
Sr. Milhazes,
Esta política coordenada é uma utopia, cada país tem seu interesse próprio e não é o Tratado de Maastricht que criou a União Européia que mudará isso, as divergências sempre existirão. A questão do euro é um bom exemplo são 16 países que o adotaram contra 27 que fazem parte da União, em relação à Otan existem países neutros, relativo à indústrias militares existem complexos independentes como a Suécia e a França por exemplo, fora os protecionismos agrícolas, benefícios sociais e diferenças do fisco de cada país, o modelo praticado pela França que leva muitos artistas a irem morar na Inglaterra é um bom exemplo também.
O que é claro é que várias das atitudes tomadas pelos gestores da União Européia não beneficia mais da metade dos membros, e as atitudes tomadas nos últimos 12 anos só trouxeram problemas à UE.
A UE tem que mudar de atitude e deixar de brincar "Siga o Líder", ou melhor sigam os Yankees.
Pois é deve-se diversificar, mas é problemático.
Veja os exemplos que apontou:
Nigéria, era em Àfrica um dos mais importantes fornecedores dos EUA, cheio de problemas na zona petrolfera com constantes ataques e produção incerta. Agora juntamos a China que também anda lá a rondar. UE? é mais um para a confusão.
Venezuela, problemas graves com o seu principal cliente, EUA, procura diversificar, tendo com prioridade China. No entanto temos pelo menos um país da UE que importa de lá, Portugal. Mas dada a proximidade dos EUA e sua importância é uma incógnita com o que poderá acontecer daqui a uns anos.
Irão, país com classificação do eixo do mal, com problemas com os EUA e Israel, com bases americanas perto e muitas incertezas. Paises tem sofrido pressões por parte dos EUA para não fazerem acordos energéticos com eles, Japão furou esse bloqueio e fez acordo para 25 anos. A China também lá está.
São muitos problemas. muitos mesmo e muitos clientes sendentos.
Ter um pipeline com ligação directa a um fornecedor é UM LUXO.
E já agora já que se fala de diversificação, parece-me que vamos ter um país a crecer de importância para a UE. Portugal.
Portugal parece estar a mexer-se de modo a ser uma porta de entrada para energia vinda da América do Sul, é muito interessante se tal vier a confirmar-se e uma segurança adicional para o país. A ver vamos. Para mim ver Portugal entrar nestes jogos é uma surpresa, mas o facto é que pela maneira como se está a mexer, indica a meu ver que vamos ter novidades interessantes daqui a poucos anos.
Discordo com você Yan. Os ucranianos não tem a liberdade de escolher nada. Quem ele pensam que são??? O destino, karma, ou como você queira chamar, é ser uma colônia subalterna aos interesses russos. Como Portugal é, até certo ponto, à Espanha. Países fortes mandam nos fracos, sempre foi assim e sempre será...
A desgraça do mundo é que essa m. de petróleo não acabou no ano 2000 como se projetava antigamente. Agora estamos condenados ao apocalipse ambiental sem volta.
Sinceramente, não tenho nenhuma admiração em relação a países que receberam riquezas de graça da natureza como a Rússia. Admiro sim países como o Japão e Coréia do Sul que conseguirma se tornar potências (no caso do Japao) sem ter nenhuma riqueza natural. Mas sempre souberam que seu maior valor está no seu próprio povo. Não vejo isso na Rússia atual. Bom, mas tem gente que admira isso né...tem gente que até bate palmas para a dependência da UE à energia russa. Bom, como diria meu pai, os idiotas também tem o direito de serem idiotas.
JM, penso que a Itália agiu correctamente.
Sob o ponto de vista económico, ter um fornecimento directo e sem intemediários é uma garantia de que não há entraves ao fornecimento. Veja-se a novela que foi no ano passado para se apurar de quem era a responsabilidade das falhas de abastecimento à Europa Ocidental. Chegou-se a alguma conclusão?
Um abastecimento directo não só responsabiliza claramente o fornecedor como dá uma maior segurança e confiança ao cliente, dando-lhe melhores perspectivas de desenvolvimento económico.
A UE dificilmente terá uma política externa comum e coerente pois é composta por Estados, cada um deles com objectivos e visões estratégicas diferentes.
Por exemplo, Portugal e Espanha orientam a sua política externa no espaço ibero-atlântico (América Latina e África), mas a Alemanha orienta-se em direcção a Leste. Portugal apoia-se no EUA devido à sua posição geográfica, enquanto a Espanha, tal como a França, prosseguem uma política mais independente e mais "europeia". E assim por diante.
Em termos energéticos, pouco importa a Portugal que a Alemanha receba energia directamemnte da Rússia ou via Ucrânia/Polónia. Portugal só é afectado pela situação no N. de África. O mesmo acontecerá à Itália relativamente à Líbia.
Por isso, no contexto europeu, as nossas prioridades são específicas, tais como as da Itália. Fazem sentido, por isso, os acordos bilaterias, sem interferência da UE.
O drama, no meio disto tudo, é que a Europa Ocidental está inteiramente dependente de terceiros: de argelinos e líbios; de russos; ou de georgianos e de turcos, que é o que alguma gente também quer.
Ou seja, dê por onde der estamos entalados!
Sinceramente, não tenho nenhuma admiração em relação a países que receberam riquezas de graça da natureza como a Rússia....
Ora, Nuno. A questão é o caviar... Se você não tem recursos naturais nem acesso ao mar e, ainda assim, degusta um caviar; está tudo em paz.
O caviar, Nuno. O caviar...
Pobres esturjões, que estão à beira da extinção por causa de umas ovas que sabem mal. Isso sim, chateia-me, não a questão da energia.
"Bom, mas tem gente que admira isso né...tem gente que até bate palmas para a dependência da UE à energia russa. Bom, como diria meu pai, os idiotas também tem o direito de serem idiotas."
concordo plenamente ;-)
a UE só tem uma alternativa: poder total para o G6, isto é, todas as decisões sejam concentradas nos 6 grandes europeus (Alemanha, Frnaça, Reino Unido, Espanha, Polónia e Itália). E que os médios e pequenos sigam as decisões dos grandes sem reclamar...
Não surpreende, a Italia foi sempre a primeira a procurar assinar acordos com a Russia em matéria de petroleo e gaz natural. Berlusconi apenas cumpre a tradição.
O que é sim interessante, é a questão do nuclear. O governo italiano tenta relançar a energia nuclear nesta peninsula. Por outro lado, a Siemens vem de fundar uma aliança com a Rosatom ambicionando roubar o 1°lugar ao francês Areva. Se garantirem o mercado italiano, seria um optimo começo.
Talvez seria interessante ter mais informações sobre a reorganização do nuclear na Russia.
bem, a Itália sempre foi a prostituta da Europa. Sempre se vendeu pra quem paga mais.
Não, a protituta é a França. A Itália é a palhaça :o)
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