O célebre escritor russo Vassili Aksionov faleceu hoje aos 77 anos, informou o director do Serviço de Neurocirurgia do Hospital Burdenko.
“Vassili Aksionov encontrava-se em estado crítico devido a um grave traumatismo recebido num acidente de viação”, precisou.
Vassili Aksionov nasceu em 1932 em Kazan, cidade nas margens do Volga. Filho de Pavel Aksionov, funcionário municipal, e Evguenia Guisburg, conhecida jornalista e escritora, o futturo escritor passou a infância na Sibéria, para onde os seus pais foram deportados por motivos políticos.
Em 1956, termina a Faculdade de Medicina de Leninegrado, tendo exercido a profissão de médico durante três anos. Em 1960, torna-se conhecido depois da publicação do seu romance Colegas, adaptado ao cinema em 1963. Na década de 60, publicou cerca de vinte obras literárias, entre as quais romances, novelas e peças de teatro: Pássaro de Aço, Sempre à venda, Em busca do género, etc.
Nos anos 70 do séc. XX, teve problemas com a censura soviética que proibiu a publicação de obras como Queimadura e Ilha da Crimeia.
Expulso da União Soviética e privado da cidadania soviética em 1980, Aksionov instalou-se nos Estados Unidos, onde leccionou literatura em várias importantes universidades norte-americanas.
Após a derrocada da URSS em 1991, o escritor volta a ver as suas obras publicadas no seu país. Em 2004, escreve o romance “Volterianismo e Volterianos”, onde explora os problemas dos limites da autonomia e da liberdade, tendo sido premiado com o Prémio Booker russo.
Em 2004, termina a triologia Saga de Moscovo, que foi levada ao cinema, e, em 2007, publica o romance Elementos Terrestres Raros.
No ano seguinte, foi galadoardo com a Ordem de Artes e Letras, um dos mais importantes prémios de França.
A sua obra provoca reacções diversas entre crírticos e leitores russos. Uns consideram-no um combatente contra o totalitarismo comunista, enquanto outros vêem nele um escritor anti-russo e politicamente tendencioso. Os seus temas principais são o destino da intelectualidade na sociedade totalitária, a limitação da liberdade.
Por isso, não escondia o seu desagrado face à actual política do Kremlin.
Na sua escrita, Aksionov recorreu frequentemente a métodos surrealistas e absurdos.
O Presidente e o primeiro-ministro russos, Dmitri Medvedev e Vladimir Putin, enviaram condolências à família do escritor.
“Vassili Aksionov encontrava-se em estado crítico devido a um grave traumatismo recebido num acidente de viação”, precisou.
Vassili Aksionov nasceu em 1932 em Kazan, cidade nas margens do Volga. Filho de Pavel Aksionov, funcionário municipal, e Evguenia Guisburg, conhecida jornalista e escritora, o futturo escritor passou a infância na Sibéria, para onde os seus pais foram deportados por motivos políticos.
Em 1956, termina a Faculdade de Medicina de Leninegrado, tendo exercido a profissão de médico durante três anos. Em 1960, torna-se conhecido depois da publicação do seu romance Colegas, adaptado ao cinema em 1963. Na década de 60, publicou cerca de vinte obras literárias, entre as quais romances, novelas e peças de teatro: Pássaro de Aço, Sempre à venda, Em busca do género, etc.
Nos anos 70 do séc. XX, teve problemas com a censura soviética que proibiu a publicação de obras como Queimadura e Ilha da Crimeia.
Expulso da União Soviética e privado da cidadania soviética em 1980, Aksionov instalou-se nos Estados Unidos, onde leccionou literatura em várias importantes universidades norte-americanas.
Após a derrocada da URSS em 1991, o escritor volta a ver as suas obras publicadas no seu país. Em 2004, escreve o romance “Volterianismo e Volterianos”, onde explora os problemas dos limites da autonomia e da liberdade, tendo sido premiado com o Prémio Booker russo.
Em 2004, termina a triologia Saga de Moscovo, que foi levada ao cinema, e, em 2007, publica o romance Elementos Terrestres Raros.
No ano seguinte, foi galadoardo com a Ordem de Artes e Letras, um dos mais importantes prémios de França.
A sua obra provoca reacções diversas entre crírticos e leitores russos. Uns consideram-no um combatente contra o totalitarismo comunista, enquanto outros vêem nele um escritor anti-russo e politicamente tendencioso. Os seus temas principais são o destino da intelectualidade na sociedade totalitária, a limitação da liberdade.
Por isso, não escondia o seu desagrado face à actual política do Kremlin.
Na sua escrita, Aksionov recorreu frequentemente a métodos surrealistas e absurdos.
O Presidente e o primeiro-ministro russos, Dmitri Medvedev e Vladimir Putin, enviaram condolências à família do escritor.
P.S. Infelizmente, desconheço se alguma obra deste grande escritor foi traduzida para português.
7 comentários:
Era filho da mesma Yevgenia Ginzburg, massacrada pelo Gulag comunista?
Grande mulher. Tem um filme saindo do forno sobre a vida dela:
http://www.youtube.com/watch?v=IgaVlIB9Jas
Ítalo
Vasily Aksyonov : "If in this country one starts erecting Stalin statues again, I have to reject my native land. Nothing else remains."
Fato. A Rússia, ao contrário da Alemanha, não esqueceu nada , não aprendeu nada.
Caro Ítalo, exactamente, é filho dessa grande mulher, por isso ele também passou alguns anos na Sibéria para estar com a mãe no exílio.
В искусстве я не силен. Для меня это что-то вроде интеллектуальной слепой кишки, и когда его пропагандная роль, необходимая нам, будет сыграна, мы его: дзык! дзык! Вырежем. За ненужностью. Впрочем, вы уж об этом поговорите с Луначарским, большой специалист. У него там даже какие-то идейки… Вообще к интеллигенции, как вы, наверное, знаете, я большой симпатии не питаю, и наш лозунг "ликвидировать безграмотность" отнюдь не следует толковать как стремление к нарождению новой интеллигенции. "Ликвидировать безграмотность" следует лишь для того, чтобы каждый крестьянин, каждый рабочий мог самостоятельно, без чужой помощи читать наши декреты, приказы, воззвания.
(1923 год, из беседы В.И. Ленина с художником Юрием Анненковым)
Teve um acidente? Sabe pormenores?
Leitor anónimo, nos últimos dias, tenho lido que Aksionov faleceu devido a problemas cardíacos. Quando falei em acidente, citei um médico do hospital onde faleceu.
Se tem em vista a possibilidade de o acidente poder ter sido provocado, isso não está a ser equacionado por ninguém. Eu conheço pessoas próximas do escritor e elas excluem isso.
Li que tinha fracturas na cabeça devido a acidente.
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