Natália Zarubina, mãe de Alexandra, menina russa que foi retirada a uma família de acolhimento portuguesa pelo Tribunal de Guimarães, mostrou-se disposta a visitar Portugal e constatar no local as propostas que lhe foram feitas de habitação e emprego
“Talvez lá para a época do Natal ou do Ano Novo, quando tiver resolvido aqui questões burocráticas”, declarou Natália à Lusa, numa conversa telefónica.
“Na segunda-feira, a Sandra deverá ir pela primeira vez para o infantário em Pretchistoe (aldeia onde vive a família dos Zarubin), tenho andado estes dias com ela pelos médicos para que lhe dêem o atestado de saúde”, explica ela.
Olga Kuznetsova, jornalista do diário russo Komsomolskaia Pravda que hoje visitou a família dos Zarubin, declarou à Lusa que “Sandra fala cada vez melhor russo, tem bom aspecto e não passa um minuto parada”.
“Depois da menina começar a frequentar o infantário, eu terei tempo para tratar dos passaportes meu, da minha filha mais velha Valéria e do meu irmão, que também pretendem viajar comigo e com a Sandra a Portugal”.
Natália saiu de Portugal há mais de um mês com um passaporte russo caducado, precisando agora de tirar um novo para poder viajar para o estrangeiro.
“A preparação dos documentos demora algum tempo e, por isso, penso que não poderei viajar antes do Natal e do Ano Novo”, precisou.
O Serviço Federal de Imigração da Rússia, órgão que concede aos cidadãos passaportes, fixa um prazo de 30 a 45 dias para esse processo.
A mãe de Alexandra disse à Lusa que já comunicou à filha a possibilidade da viagem a Portugal, notícia que foi recebida com entusiasmo.
“Vou a Portugal para ver o que me propõem, receber garantias de que realmente as promessas são uma realidade e que não se trata de uma armadilha. Depois, tomarei uma decisão”, acrescenta Natália.
Dois presidentes de câmara e dois empresários portugueses comprometeram-se a conceder à família de Natália Zarubina, caso ela aceite voltar a Portugal com Alexandra, um apartamento perto da localidade da família Pinheiro, que acolheu a menina durante quatro anos, bem como um café para explorar e o pagamento das despesas com os transportes da Rússia para Portugal.
Na Rússia, Natália tem recebido visitas de representantes das autoridades, nomeadamente da Câmara Social junto do Presidente da Rússia, mas os apoios não chegam, além de quinze dias de férias numa casa de repouso no Distrito de Iaroslavl e 400 rublos (cerca de 09 euros) por mês de abono de família para as duas filhas.
A mãe e avó de Sandra pediram à Câmara Social para arranjarem uma casa para a família mais perto da cidade de Iaroslavl, onde seria mais fácil a Natália encontrar trabalho, mas não receberam resposta.
A mãe de Alexandra ainda não trabalha e as únicas fontes de rendimento da família são o salário da avó, contabilista num orfanato local, e a reforma do avô.
Segundo a jornalista Orga Kusnetsova, quando os representantes da Câmara Social perguntaram a Alexandra se ela queria voltar a Portugal, ela respondeu: “Claro, tenho lá mais dois cães!”.
“Talvez lá para a época do Natal ou do Ano Novo, quando tiver resolvido aqui questões burocráticas”, declarou Natália à Lusa, numa conversa telefónica.
“Na segunda-feira, a Sandra deverá ir pela primeira vez para o infantário em Pretchistoe (aldeia onde vive a família dos Zarubin), tenho andado estes dias com ela pelos médicos para que lhe dêem o atestado de saúde”, explica ela.
Olga Kuznetsova, jornalista do diário russo Komsomolskaia Pravda que hoje visitou a família dos Zarubin, declarou à Lusa que “Sandra fala cada vez melhor russo, tem bom aspecto e não passa um minuto parada”.
“Depois da menina começar a frequentar o infantário, eu terei tempo para tratar dos passaportes meu, da minha filha mais velha Valéria e do meu irmão, que também pretendem viajar comigo e com a Sandra a Portugal”.
Natália saiu de Portugal há mais de um mês com um passaporte russo caducado, precisando agora de tirar um novo para poder viajar para o estrangeiro.
“A preparação dos documentos demora algum tempo e, por isso, penso que não poderei viajar antes do Natal e do Ano Novo”, precisou.
O Serviço Federal de Imigração da Rússia, órgão que concede aos cidadãos passaportes, fixa um prazo de 30 a 45 dias para esse processo.
A mãe de Alexandra disse à Lusa que já comunicou à filha a possibilidade da viagem a Portugal, notícia que foi recebida com entusiasmo.
“Vou a Portugal para ver o que me propõem, receber garantias de que realmente as promessas são uma realidade e que não se trata de uma armadilha. Depois, tomarei uma decisão”, acrescenta Natália.
Dois presidentes de câmara e dois empresários portugueses comprometeram-se a conceder à família de Natália Zarubina, caso ela aceite voltar a Portugal com Alexandra, um apartamento perto da localidade da família Pinheiro, que acolheu a menina durante quatro anos, bem como um café para explorar e o pagamento das despesas com os transportes da Rússia para Portugal.
Na Rússia, Natália tem recebido visitas de representantes das autoridades, nomeadamente da Câmara Social junto do Presidente da Rússia, mas os apoios não chegam, além de quinze dias de férias numa casa de repouso no Distrito de Iaroslavl e 400 rublos (cerca de 09 euros) por mês de abono de família para as duas filhas.
A mãe e avó de Sandra pediram à Câmara Social para arranjarem uma casa para a família mais perto da cidade de Iaroslavl, onde seria mais fácil a Natália encontrar trabalho, mas não receberam resposta.
A mãe de Alexandra ainda não trabalha e as únicas fontes de rendimento da família são o salário da avó, contabilista num orfanato local, e a reforma do avô.
Segundo a jornalista Orga Kusnetsova, quando os representantes da Câmara Social perguntaram a Alexandra se ela queria voltar a Portugal, ela respondeu: “Claro, tenho lá mais dois cães!”.
31 comentários:
Caro José,
Tem a certeza?? :-D
Finalmente uma luz ao fundo do tunél!!!
Estou contente e um pouco mais aliviada, embora só acredite quando a vir cá em solo português.
Mais uma vez digo, temos que acreditar!! A esperança é a ultima a morrer.
Portugal espera-vos. Venham rapido!!!!
Cara FPtrad, quem sou eu para ter certezas? Eu sou jornalista apenas
No Natal? Mas ela está a gozar com a nossa cara?
Porque é que não lhe dizem que as propostas têem prazo de validade?!
Mgirl
De qualquer maneira, sabe bem ter notícias destas... oxalá dê tudo certo.
E obrigada por tudo.
Boa tarde José Milhazes,
Simplesmente, quero enviar-lhe um abraço...
Miguel Macedo
Mas quem é que acredita nisto?
Caro anónimo das 18:03,
Vamos ver e aguardar por mais novidades.
FINALMENTE QUE AO FIM DE 1 MÊS E 15DIAS AS NOTICIAS SÃO ANIMADORAS.
ESPERO SINCERAMENTE QUE SEJA VERDADE, PORQUE O QUE FOI PROMETIDO
ESTÁ ESPERANDO POR VÓS....
ATÉ BREVE ALEXANDRA
BEIJOS DA MINHA FILHOTA...
Que grande ultimato à Rússia!
Até especifica o que quer (casa) e tudo... Isto é que é saber usar a comunicação social!
Tiro o meu chapéu à Natália.
Boa tarde!
Obrigada, Prof. José Milhases por mais esta notícia e pelo seu excelente trabalho.
Um abraço
Teresa
Interessante foto: a criança num pardieiro tem um castelo na mão. Será que significa que quer um castelo ou quer só uma foto para por na moldura?Poderá explicar o que quer ela, sr. Milhazes? Pelo menos pulseira e aneis não lhe faltam.
Leitor anónimo, o castelo foi feito de gesso e pintado pela Alexandra quando eu estive pela primeira vez em Pretchistoe, no início de Junho. Quando lá fui há uma semana atrás, ela mostrou-me o seu trabalho. Quanto às pulseiras e anéis, a menina gosta muito de se enfeitar, como é comum entre as crianças.
Tenho acompanhado este blog, e dou os parabens ao Prof. por o excelente jornalismo que faz.
Espero do fundo do coração que Natália se sinta grata por toda esta onda de solidariedade, pelos menos com as filhas, eu acredito que as pessoas estão a ser sinseras.
E quem faz bem aos nossos filhos, adoça a nossa boca, não é?
Desejo luz e paz no coração de Natália. Quanto a Alexandra, confio na força imensa que todas as crianças têm, e acredito que os pais de afecto brevemente a vão poder abraçar.
Paula Silva
Tirando o coração das mãos e analisando o caso com a frieza e raciocínio livre de sentimentalismos, que em muitas situações tem de se implementar, a Natália está a obter bons dividendos de todo este caso, nomeadamente, já fala em vir pelo Natal e trazer a Alexandra, a Valéria, o irmão... mas sem antes confirmar da veracidade das propostas e se não se trata de uma armadilha! Para quem tão bem foi tratada cá em Portugal - pelo menos é o que consta da informação global e das notícias publicadas -, penso que é arrogância a mais para quem estas "ofertas" são uma dávida que chega a muitos poucos e bem mais necessitados que ela. Mas enfim, há que saber jogar com as oportunidades e a Natália está a fazê-lo muito bem. A continuação do excelente trabalho neste seu Da Rússia, Professor Milhazes.
Prof. Milhazes, julguei perceber num dos blogs russos (o tradutor automático do Google é fraco...) que na realidade a Alexandra terá dito «pais» e não «cães» e que a transcrição da jornalista é um engano fonético (inocente ou intencional). Acha possível?
Cristina
para o anónimo(a) das 19:11
Não entendí se o Snr. quiz ser irónico (sarcástico mesmo), quer fosse porque está perturbado por tudo isto, se apenas se encontrava num momento de má-disposição, ou se formulou a pergunta bem-intencionado, uma leitura, porém, faço, isto, quanto ao efeito prático: o snr. foi duma crueldade incrível para com a criança!
E ela não tem culpa nenhuma quanto ao que lhe sucedeu (e está a suceder).
Cara Cristina, eu falei com a jornalista do Komsomolskaia Pravda e depois li o que ela escreveu: a menina teria dito cães. A não ser que o tradutor da Câmara Social tenha confundido. Isso não se pode excluir porque Alexandra fala em mãe Natália, mãe Florinda e pai João.
Esta sra Natalia é uma manipuladora nata!
Infelizmente os portugueses têm demasiado bom coração para conseguir lidar com ela...
Puseram-se ainda mais nas mãos dela do que já estavam com aquelas cartas para a Natália e família Zarubin.
Agora a Natália sabe que os tem na mão a 100%!
Ela sempre disse que não queria voltar, a vontade dela de voltar é zero.
O máximo que pode acontecer é ela não conseguir as máquinas de costura, mas ela tem a certeza que comida na mesa nunca lhe vai faltar e a partir daqui nunca mais irá regressar.
Nunca, mas nunca se deve ceder a chantagens, pois é um ciclo que nunca termina, só aumenta.
Por favor desistam de ceder novamente.
Anónimo das 9:52
Não me parece que a Natália esteja a manipular ninguém.
O facto de ela dizer que só vem para o Natal é porque obter um passaporte na Rússia, ou mesmo um análogo do nosso BI, não é como em Portugal. As pessoas esperam meses, algumas até anos (como foi o caso do meu marido, que é russo). Por isso, tendo em conta que é uma família que não deve ter muita prática em conhecer os "meandros burocráticos", acho o prazo muito adequado.
Eu penso que a família Zarubin(pelo menos a geração mais nova)está com curiosidade em relação a esta possibilidade de se instalar em Portugal.
Vamos ajudá-los!
JM, fantástico trabalho, a todos os níveis!
Cristina abra os olhos por favor.
Não seja ingénua.
Leia:
http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=3A65ADAE-181E-4CD2-A088-890EF116CA68&channelid=00000010-0000-0000-0000-000000000010
Cristina:
não seria mais prático perguntar ao seu marido acerca da tradução certa?
Leitor Anónimo, trata-se de duas diferentes Cristinas. A Cristina Mestre sabe muito bem russo e não foi ela que colocou a questão da tradução. Trata-se de outra Cristina que não sabe russo.
Olhe, desculpe a má interpretação. Isto no mundo virtual as identidades confundem-se.
Para além disso, para a Natália e a família virem a Portugal também vão precisar do visto português e, como sabemos, ela vive longe de Moscovo, onde está a nossa Embaixada. Tudo leva o seu tempo e implica bastantes gastos, mesmo em questões burocráticas simples.
Boa tarde!
Obrigada, Prof. José Milhases por mais esta notícia, só tive conhecimento deste blog apartir do momento em que a Alexandra foi para a Russia e desde essa altura tenho acompanhado sempre todas as notícias, quero dar-lhe os parabens pelo excelente jornalismo que faz. Espero que Natália decida o mais rápido possível a sua vinda para Portugal.
Um abraço
Zélia
Essa questão de "cães" ou "pais" é questão de somenos importância.
Certo é, que a criança tem cá, em Portugal, os seus "pontos de referência".
Já agora, a questão da burocracia, é problema real (quer na Rússia, quer mesmo aquí). Isso, em especial, com relação a emigrantes.
E por vezes, ela coexiste associada com corrupção, o que agrava ainda mais as coisas.
Mesmo aquí, (no SEF) a papelada e legalizações demora imenso tempo. E os assuntos burocráticos que os emigrantes tenham que tratar com as respectivas embaixadas e consulados, podem esbarrar nesses contratempos (demoras burocráticas, decorrentes de falta de pessoal ou falta de expedita resolução das tarefas, ou, na pior das hipóteses, corrupção, agindo como "travão", ou como "acelarador" da tramitação da papelada).
Com a pressão da opinião pública e mediática que existe aquí em Portugal, a criança poderá ter a vida facilitada, dada a urgência do caso, mas também pode bem suceder que mãe tenha que se munir de contrato de trabalho, etc. antes de poder reentrar).
Uma trapalhada!
Vamos todos esperar pelo melhor.
Obrigada, Sr. josé Milhazes por tudo o que tem feito e por nos dar sempre noticias da nossa menina.
Quero acreditar que não será fácil, mas vamos conseguir trazer a nossa menina de volta.
Bem haja a todo o esforço que tem e será feito.
Só espero que estas noticias se concretizem e tenha mesmo um final feliz.
Graça Lobato
Sr. José Milhazes
Desculpe o reparo.
O Sr. disse "Eu sou jornalista apenas".
Permita-me que corrija. O Senhor é UM GRANDE JORNALISTA.
Continue a judar-nos. Todos lhe saberemos reconhecer a sua ajuda e empenho.
Um abraço
Graça Lobato
Александра,
не забыть о вас
Alexandra,
não nos esquecemos de ti
Alexandra,
not to forget about you
**
José Milhazes, благодарю Вас за сохранение нам сообщил.
Boa tarde Sr. José Milhazes,
Obrigada por nos facultar toda a informação sobre a Alexandra.
Regularmente tenho acompanhado este blog, fico muito feliz ao perceber que finalmente estará a haver entre a família de acolhimento e família biológica um ponto de entendimento, que será muito benéfico para a Alexandra.
Fico feliz também por saber que a Alexandra está a aprender a falar a língua russa com alguma facilidade, isso é muito bom para ela, sem dúvida!
Um grande abraço,
Daniela Sousa
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