terça-feira, julho 07, 2009

Parlamento russo critíca posição da OSCE que equipara estalinismo e nazismo



A Rússia considera a resolução da Assembleia Parlamentar da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, que de facto equipara o regime estalinista e o nazismo, uma tentativa de romper o diálogo entre a Rússia e o Ocidente, lê-se numa declaração hoje aprovada pelos dirigentes das duas câmaras do Parlamento russo.
Na passada sexta-feira, a Assembleia Parlamentar da OSCE, que reúne 320 deputados de 56 países, aprovou uma resolução que condena, em igual medida, o estalinismo e o nazismo.A resolução, cujo texto foi apresentado pela Lituânia e Eslovénia, recebeu oito votos contra e quatro abstenções, tendo a delegação russa boicotado a votação.No texto afirma-se, nomeadamente, que “os dois principais regimes totalitários, o nazismo e o estalinismo, trouxeram o genocídio, a violação dos direitos e liberdades do homem, crimes militares e crimes contra a Humanidade”.A Assembleia Parlamentar da OSCE condena “o elogio de regimes totalitários, incluindo a realização de manifestações públicas que glorifiquem o passado nazi ou estalinista”.
Os dirigentes da Duma Estatal e do Conselho da Federação da Rússia consideram que “foi feita uma tentativa mal encoberta de pôr ao mesmo nível a Alemanha nazi e um dos principais Estados da coligação anti-hitleriana e fundador da ONU: a URSS”.
“Trata-se de uma ofensa directa à memória de milhões de cidadãos nossos que deram a vida, durante a Segunda Guerra Mundial, pela libertação da Europa do jugo fascista, para que os seus descendentes vivam numa Europa pacífica e livre”, sublinham na declaração.
Os dirigentes parlamentares russos classificam de “inconsistente” o apelo da Assembleia Parlamentar da OSCE para fazer do dia 23 de Agosto, da assinatura do pacto soviético-alemão de 1939, o dia da memória das vítimas do totalitarismo.
“Como se a assinatura desse pacto não tivesse sido antecedida do vergonhoso “conluio de Munique”, que libertou as mãos de Hitler e predeterminou a direcção da agressão da Alemanha nazi para o Oriente”, assinalam, acrescentando que “os dirigentes das potências ocidentais ignoraram os esforços da direcção soviética com vista à criação de uma aliança anti-hitleriana ainda antes da guerra”.
Depois de constarem que semelhante tipo de resoluções não contribuem para o diálogo entre a Rússia e o Ocidente, os dirigentes parlamentares russos apelam aos povos e parlamentos dos Estados da OSCE para “não caírem em provocações anti-históricas”.
“Chegou a hora de colocar perante todas as organizações internacionais de prestígio a questão da responsabilidade pelos atentados contra a memória histórica em relação aos acontecimentos da Segunda Guerra Mundial, pelo denegrir das acções dos participantes da coligação anti-hitleriana e pela justificação dos actos dos nazis e dos seus colaboradores”, concluem.

22 comentários:

Anónimo disse...

O parlamento russo é , de um lado, Rússia unida (fascista), do outro, comunista(homofóbico, ultranacionalista e claro, stalinista);


É óbvio que um país que não possui uma democracia consolidada iria se enervar com certas verdades que começam a borbulhar...

O ocidente que não abaixe a cabeça...

OU A RÚSSIA A CORTA!

Pippo disse...

Dado já se ter entendido que será somente a Rússia, e não todos os países da URSS, que irá ser acusada dos crimes do comunismo, esta reacção é natural.

André disse...

Já agora não podiam estender também o dia ao tratado de Munique onde condenaram a Espanha Republicana e a Checoslováquia!

É que aí também entravam a Inglaterra, a França e a Itália!

Anónimo disse...

Tentar equiparar o Nazi/Fascismo ao Socialismo será o mesmo que defender que o dia D foi o momento decisivo para a derrota de Hitler ou justificar o lançamento das bombas atómicas sobre Hiroshima e Nagazaki para apressar a rendição dos Japoneses, ou ainda considerar Dresden um alvo militar.
Ambas as situações são inventonas e propaganda que procuram servir outros objectivos aos seus criadores.
Neste tema actual há muita coisa em jogo.
A começar na incapacidade e incompetência deste arco neoliberal que tem dirigido a Europa sem conseguir resolver os problemas com que se depara.
A Europa já antes desta crise se encontrava em crise, de liderança, de valores morais e sociais. Porque era inadmissível e insustentável, incompreensível até num espaço económico que se debatia com a super abundância de produção de bens de toda a ordem e milhões dos seus cidadãos, não terem acesso a esses mesmos bens e verem-se relegados para a miséria e exclusão.
Mais grave ainda; durante esse período de abastança, foi quando mais cortaram nos apoios aos mais necessitados e retiraram regalias aos trabalhadores.
Depois do susto das Eleições para o Parlamento Europeu, apressada e disfarçadamente estão a tentar retroceder.
Qual foi o resultado desta politica neoliberal desastrosa?
A resposta foi dada nas recentes Eleições! Os povos da Europa viraram as costas aos seus lideres tradicionais!
Uma abstenção vexatória que nalguns casos atingiu os 80%. Noutros; o eleitorado refugiou-se nos partidos até aqui considerados marginais. Partidos Progressistas, ou nos Liberais de Direita (fascistas porque é isso mesmo que são, veja-se os seus programas e o que defendem).
Mas neste sistema neoliberal a extrema direita têm sempre o seu lugar assegurado porque os interesses coincidem.
O que não pode acontecer nem é tolerado com as forças progressistas. Na medida em que estes podem infectar o sistema enfraquecendo-lhe as defesas, reorganizando os movimentos reivindicativos pondo em causa a imunidade capitalista.
E daí nada melhor que recorrer à farmácia da propaganda e injectar o habitual antídoto comunista com uma boa dose de Estalinismo.
Portanto; com dose única reabilita-se o nazismo e branqueiam-se os seus crimes. Assustando os menos informados e esclarecidos que o Socialismo é tão ou mais tenebroso que o Fascismo.
______ Continua

Anónimo disse...

_____ Continuação
Depois do rotundo fracasso do tão propalado milagre económico dos países do Leste Europeu e das promessas não cumpridas, porque eram irrealizáveis, que fizeram aos povos desses países. Qual a melhor receita senão esta?
Senão veja-se o que se está a passar na Alemanha quando dirigentes políticos afirmam isto. < Há um perigo crescente na Alemanha de Leste de que a democracia sofre ataques. Vejo uma nostalgia cada vez maior pelo antigo regime>. Comentários de Gesine Schwan.
Isto só demonstra que o medo paira nos ares da Europa.
Só não dizem é que a URSS não ameaçou ou pôs em perigo a segurança dos seus vizinhos. Pelo contrário ainda muito antes da sua formação, já estava a ser invadida por potencias estrangeiras e a sofrer todo o tipo de boicotes e agressões.
Se houve um pacto Molotov/Ribentrop, mas já tinha sido antecedido de onze meses por o tratado de Munique e por qualquer coisa que se chamou Anschlus, negociadas e consentidas por os lideres Europeus.
Por esse facto pagou a URSS com 50% dos mortos na II G G e toda a parte Europeia do país foi arrasada

Hugo Albuquerque disse...

Bem, como já abordado no primeiro post sobre o assunto, não posso deixar de reiterar que essa analogia se fundamental em uma falsa simetria que, no fim das contas, relativiza o que foi o nazismo.

O stalinismo se baseou em conjunto de meios brutais, autoritários e distorcidos de se chegar em fins aparentemente justos. O Nazismo, por sua vez, já tinha um final iníquo, a pureza racial que só poderia ser alcançada, por óbvio, via extermínio prévio de certos grupos minoritários assim como das etnias não-germânicas da Europa e, se pudesse, do mundo

Ligar a URSS à Alemanha Nazista via acordos táticos realizados nos anos 30 é um equívoco grave. O pacto Ribentropp-Molotov foi um episódio onde um modelo antagônico tentou enganar o outro - mas ambos terríveis - e, pelo resultado da Guerra, sabemos quem enganou quem no fim das contas.

Ademais, não foi apenas a URSS que fez acordos dessa natureza: Ou eu muito me engano ou Chamberlain, primeiro-ministro britânico, nos anos 30, lidou de maneira efusiva com os nazistas (como comprova este vídeo). Ou eu muito me engano e os franceses simplesmente entregaram seu país aos alemães (olhem aqui).

Isso é melhor ou pior do que Ribentropp-Molotov? O caso britânico não chega a ser pior, mas o caso francês foi sim. Isso torna a França da época ou o Reino Unido países nazistas? Não, isso os tornou colaboradores do Nazismo por um certo momento e, mais tarde, pela necessidade, lutaram contra ela - com menos motivos do que a URSS lutou, haja vista que os alemães também defendiam o capitalismo.

Isso daí é uma desculpa tosca para jogar o nazismo na vala comum do (felizmente) finado stalinismo e justificar assim uma guinada para o extremismo de direita, não sei com qual intensidade - talvez algo parecido com certos países bálticos que condecoram nazistas ou estabelecem leis racistas.

Gilberto disse...

Outra coisa...

Cara-de-pau e mau-caratismo, ficar batendo na tecla de que URSS forneceu matéria prima para Alemanha Nazista, para dar a entender que foram "aliados", quando os maiores parceiros comerciais dos nazistas eram justamente INGLATERRA e EUA.

Como digo sempre, falta honestidade intelectual.

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Gostaria de perguntar aos leitores: Existem, no Ocidente, historiadores sensatos que defendam o Acordo de Munique como um êxito da diplomacia inglesa ou francesa?
Não se pode explicar erros de uns com erros anteriores de outros. É verdade que errar é próprio do homem, mas é mais verdade que é perigoso não aprender com os erros do próprio e do alheio.

Gilberto disse...

Hugo Albuquerque,

meteu "no angulo".

--------

Caro Milhazes,

De pleno acordo.

Porém há no acidente, vários extremistas a relativizar o fascismo alemão, e muitos também a culpar -- canalhamente -- a URSS pelo fortalecimento dos nazistas.

O Molotov-Ribentropp foi resultado da estupidez e da psicopatia de Stalin e expurgar praticamente todo o Exército Vermelho, entre eles, gente do naipe do grande Marechal Tukhachevsky, durante a década de 30, deixando o país totalmente desprotegido.

O próprio Stalin propos, à França e à Inglaterra, uma guerra de duas frentes, antes do pacto Molovot-Ribentropp, contra os nazistas. O que foi negado pelos franceses e ingleses(esses sim, aliados $$$$ dos nazistas).

A partir da burrice dos expurgos e da negativa de ingleses e franceses, Stalin pensou que não restava alternativas a não ser assinar o pacto de não agressão, pois achou que a URSS ainda não estava preparada para uma guerra com a Alemanha.

Dirigentes Ingleses e franceses, safados como só eles, esperavam que URSS e Alemanha nazista se destruíssem sozinhas, por isso pagaram pra ver. São eles SIM os maiores responsáveis externos pela ascenção do nazismo.

Jest nas Wielu disse...

2 Gilbero Múcio

E não acha que é intelectualmente desonesto esquecer os seguintes pormenores da cooperação da URSS e Alemanha Nazi:

1. Ataque quase simultâneo contra a Polónia
2. Auxílio soviético nos bombardeamentos da Noruega
3. Formação dos pilotos – aviadores alemães na URSS (proibida pelo tratado de Versalhes)
4. Formação dos quadros da Gestapo (um tópico pouco estudado, mas nem na Rússia actual é negado o facto do que vários oficiais da Gestapo passaram pelas escolas da NKVD)
5. Pacto Molotov – Ribbentrop que ditou a ocupação dos países Bálticos, Moldova, etc..

Além disso, se quiser optar pela uma análise geopolítica (quem é culpado pelo facto do que o nazismo chegou ao poder na Alemanha), porque não pensar que a sociedade civil da Alemanha teve tanto medo do comunismo (após a tentativa da revolução comunista em Bavária), que entre os nazis e os comunistas, escolheu os primeiros). Podemos dizer que os culpados são o Partido Comunista Alemão e camarada é E. Telman pessoalmente, pois não consegui convencer os seus contemporâneos, do que caso vencer nas eleições, não vai armar no país nenhum GULAG, nenhum Holodomor, não vai fazer expropriações em massa e outras atrocidades tão próprios aos regimes comunistas da época.

Vamos ter uma visão mais abrangente e sensata, não vamos ficar agarrados à tese terceiro – mundista do que o culpado de tudo é “o homem branco”, quer dizer os capitalistas ocidentais.

Anónimo disse...

Quais Historiadores sensatos? (Norman Davies, John Darwin, Christopher Coker, Niall Ferguson ou Gavin Menzies de certeza que não têm a mesma opinião). De que quadrante politico? Aliados de quem?
Ou não será também o Senhor Milhazes que sub-repticiamente está a tentar aliviar responsabilidades aos signatários do tratado de Munique ? Sabe o que disse Chamberlain quando exibiu o celebre papelinho ao chegar a Londres?
É certo que devemos aprender com os erros do passado. A vida é feita disso mesmo, a humanidade evoluiu acumulando experiencias.
Mas pelos vistos é uma lição que não tem servido a muita gente. Porque se assim fosse não se tinha cometido o gravíssimo erro de apoiar Bin Laden num determinado momento para descambar na desastrosa tragédia que se está a verificar actualmente, em que estamos todos a pagar por isso.
Todos sujam o chão que pisam é uma verdade.
Mas os acordos de Munique tiveram como objectivo único empurrar os Nazis para as proximidades da fronteira Soviética.
Para o Senhor Mucio; O tratado Molotov/Ribentrop não se deveu a nenhuma asneira de Estaline , pelo contrário foi uma forma muito auspiciosa de ganhar tempo.
Julgo que saiba que parte das forças Soviéticas se encontravam deslocadas em Kalkin Gol.
Argumenta ainda que o fracasso inicial do Exercito Vermelho ou os êxitos da Wehrmacht se deveram às purgas Estalinistas dos altos comandos militares (pouparam Vlassov). Sim; tiveram algum efeito!
Não diz é que quando os nazis atacaram a URSS (operação barbarossa) já tinham esmagado e humilhado todos os exércitos da Europa Ocidental.

Consegue explicar-me isso?
Cumprimentos

Anónimo disse...

Jest nas Wielu, PERFEITO!

Gilbero Múcio, o problema é que VC tenta relativizar os crimes do comunismo colocando SOMENTE na conta de Stálin o genocídio causado pelo sistema/regime/governo comunista;

E não me venha com essa que estamos relativizando o nazismo. O nazismo é uma desgraça, uma vergonha pra humanidade e que teve o fim que mereceu.

E


O comunismo é o seu parceiro mais dedicado! 110 milhões de pessoas massacradas, fuziladas, estupradas, presas e destruídas... e não foi só por Stálin! Na época de Lênin, mais de 120 mil pessoas foram PULVERIZADAS em campos de trabalho forçado antes do fim da guerra civil! Não morreram em combate não! Foram FUZILADAS FRIAMENTE, simplesmete por serem "burgueses" , "inimigos do povo" (seja lá o que isso signifique).

EM TODA EUROPA ORIENTAL milhares de pessoas foram mortas , privadas de seus direitos básicos e exterminadas, simplesmente por pensarem diferente.

O regime em si é criminoso. O comunismo SEMPRE será : DITADURA, MORTE, CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO E CENSURA. Nunca permitirá parlamentos eleitos com diversas correntes políticas, nunca permitirá a saída de cidadãos do país, nunca permitirá A DISCORDÂNCIA.

E ISSO É FATO.

Ponhas a mão na consciência homem!


Ítalo

Hugo Albuquerque disse...

Se Molotov-Ribentropp é o suficiente para equiparar o stalinismo ao nazismo, então o parlamentarismo britânico deve ser equiparado também.

Anónimo disse...

Italo; a matemática sempre foi uma disciplina que aterrorizou a maioria dos alunos, vejo que não é o seu caso.
Dê-me uma ajuda ; diz 110 milhões de mortos às mãos dos comunistas, mais 26 milhões às mãos dos Nazis, creio que não está a contabilizar os mortos durante a guerra civil porque ambos os contendores tiveram responsabilidades, 5 milhões para uns 6 para outros, vamos contabilizar por defeito 5 milhões portanto.
Isto somado, dá nada menos que 141 milhões em perdas de vidas em 27 anos. O império tinha segundo estimativas 150/160 milhões de habitantes que é exagerado. Enfim para lhe agradar ficamos nos 160 milhões.
Sabe também que em períodos de convulsão social ou guerras a natalidade baixa drasticamente em todas as sociedades.
Quando Estaline morreu (1953) a URSS tinha já mais de 200 milhões de habitantes.
Faça-me lá estas continhas para baterem certas com os seus números.
Qual tinha que ser a taxa de natalidade da URSS durante esse período?
Diga-me qual foi o aumento demográfico para os seus números rocambolescos serem aceites?
Sabe quantos filhos tinha que ter cada casal Soviético? Cerca de doze!
Sendo assim não faziam outra coisa que era fornicar.
Ou talvez tivessem repovoado o país com o excedente de Índios e Esquimós do Alasca.
Pior ainda; também raptaram alguns milhões de Marcianos.
Cuidado com as aleivosias que dizem para não se enviarem em buracos donde não conseguem sair.
Tenham ao menos a dignidade de saber respeitar as vitimas porque existiram na realidade, mas não esses números fabulosos que propalam e desejam que tivesse existido!

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

O leitor Francisco tem de ter cuidado quando escreve porque eu, nem a AP da OSCE equiparou o nazismo ao socialismo, mas ao estalinismo. São coisas completamente diferentes, como deve entender, a não ser que não considere a social-democracia como um socialismo democrático e pluralista.
Quanto a Estaline ter ganho tempo com a assinatura do pacto Molotov-Ribbentrop, esse argumento é velho mas gasto.
Apenas um exemplo. Que tempo ganhou Estaline entre Setembro de 1939 e Junho de 1941 se desmontou as linhas defensivas nas fronteiras de 39 e não montou nada de semelhante até 1941?
Mais, não obstante todos os avisos dos espiões soviéticos de que os nazis tencionavam atacar a URSS, comunicando, nomeadamente, a data do ataque, a historiografia falava em "ataque de surpresa" e alguma historiagrafia russa bem repetir a mesma lenda.
A maior parte dos aviões (foram centenas) militares soviéticos que se encontravam junto das fronteiras nem sequer chegaram a levantar voo. Muitos dos oficiais que comandavam as tropas do sector ocidental estavam de férias.
Eu não ilibo de responsabilidades os assinantes do Tratado de Munique, mas s erros de uns não devem justificar os erros dos outros.
Caro Francisco, e não me venham também dizer que a URSS só venceu a guerra porque era dirigida por Estaline e o Partido Comunista da União Soviética, como defendem alguns. A estes respondo, em 1812, os russos derrotaram Napoleão sem Estaline e sem Partido Comunista.
Sem menosprezar a valentia e coragem de todos os povos da URSS que lutaram contra o nazismo, é de salientar que, numa guerra convencional, a Rússia/URSS era praticamente invencível devido às dimensões do seu território. Mesmo se Hitler tivesse ocupado Moscovo e São Petersburgo, acabaria por ser derrotado, pois deixaria de ter forças e meios para controlar tão grande território.

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

O leitor Francisco tem de ter cuidado quando escreve porque eu, nem a AP da OSCE equiparou o nazismo ao socialismo, mas ao estalinismo. São coisas completamente diferentes, como deve entender, a não ser que não considere a social-democracia como um socialismo democrático e pluralista.
Quanto a Estaline ter ganho tempo com a assinatura do pacto Molotov-Ribbentrop, esse argumento é velho mas gasto.
Apenas um exemplo. Que tempo ganhou Estaline entre Setembro de 1939 e Junho de 1941 se desmontou as linhas defensivas nas fronteiras de 39 e não montou nada de semelhante até 1941?
Mais, não obstante todos os avisos dos espiões soviéticos de que os nazis tencionavam atacar a URSS, comunicando, nomeadamente, a data do ataque, a historiografia falava em "ataque de surpresa" e alguma historiagrafia russa bem repetir a mesma lenda.
A maior parte dos aviões (foram centenas) militares soviéticos que se encontravam junto das fronteiras nem sequer chegaram a levantar voo. Muitos dos oficiais que comandavam as tropas do sector ocidental estavam de férias.
Eu não ilibo de responsabilidades os assinantes do Tratado de Munique, mas s erros de uns não devem justificar os erros dos outros.
Caro Francisco, e não me venham também dizer que a URSS só venceu a guerra porque era dirigida por Estaline e o Partido Comunista da União Soviética, como defendem alguns. A estes respondo, em 1812, os russos derrotaram Napoleão sem Estaline e sem Partido Comunista.
Sem menosprezar a valentia e coragem de todos os povos da URSS que lutaram contra o nazismo, é de salientar que, numa guerra convencional, a Rússia/URSS era praticamente invencível devido às dimensões do seu território. Mesmo se Hitler tivesse ocupado Moscovo e São Petersburgo, acabaria por ser derrotado, pois deixaria de ter forças e meios para controlar tão grande território.

Anónimo disse...

Senhor Milhazes; em primeiro lugar vamos separar as águas. Não me queira meter ao colo do Paizinho dos Povos porque não lho vou consentir, está enganado porque nunca adormeci com o conto do Georgiano! Tem que desculpar a expressão que vou usar mas como se diz em bom Português. Tire o cavalinho da chuva.
Talvez o Senhor em determinado período da sua vida tivesse mais próximo desse personagem sinistro (por contingências da sua vida obviamente) que qualquer um dos participantes deste fórum. Não venha dizer que é mentira!
______ O Senhor como historiador tendo acesso a documentos que qualquer cidadão comum não tem.
_____ Acha que o tratado de Munique se tratou apenas de uma mera formalidade, para os rapazes confraternizarem num encontro de amigos?
Doutor Milhazes isso vindo da sua parte até pode parecer desonestidade para quem o não conhece!
Não diga que desconhece também a agitação que formigava por todos os continentes nessa época ?
O fim da guerra civil de Espanha e o contributo que Salazar/Hitler/Mussolini tiveram para o seu desfecho. Com Mussolini à conquista de África , Hitler a tentar dominar a Europa, os Americanos a braços com a enorme crise, a França e Inglaterra titubeantes e sem definições perante o que se estava a passar.
O turbilhão social e politico na URSS, com a luta assanhada por o controle do poder, onde quem era aliado hoje já era traidor amanhã e fuzilado no dia seguinte, subiam na cúpula os que melhor manipulassem os enredos contra o adversário.
Com os Samurais Japoneses “senhores” absolutos de uma parte do continente Asiático.
Portanto se o tratado Molotov/Ribentropp tinha objectivos o antecedente ou seja o de Munique também os tinha.
Em sua opinião qual devemos condenar. O primeiro ou o segundo? Ou devemos condenar os dois?
Qual deles fez primeiro uso da má fé para destruir quem?
_______ Como diz e defende que um não iliba o outro, portanto neste caso se pretende ser isento tem que começar por condenar o primeiro!
Agora dizer-me que onze meses não é tempo para preparar uma defesa.
Essa não convence o mais medíocre estratega.
Essa de falta de meios para controlar um tão grande território como a URSS também está imbuída com uma forte dose de reabilitação do Nazismo, como aquela outra do General Inverno. Sabe Porque? Os japoneses com um potencial inferior dominaram uma extensão marítima e territorial quantas vezes superior! Para se abordar esse assunto com seriedade levava-mos muito tempo com a discussão.

Anónimo disse...

Também não queira dizer que foi zarolho do Kutuzov que derrotou Napoleão. Assim como não foi Estaline que derrotou Hitler. Foi o povo Russo!
_______ A sua confusão ( Confusão? Alto pare o baile! Intencionada) é a mesma de muita gente que vagueia por este espaço. Desde que se fale em União Soviética forçosamente tem que ser Estalinista.
É nesse sentido mesmo que aponta toda a artilharia do seu extenso comentário
Desse modo também alguém de má fé ou menos informado pode ser levado a cometer o erro de como o Senhor Doutor Milhazes viveu na URSS não digo que abraça-se o Estalinismo ou menos tolerou-o durante algum tempo. Quanto ao comunismo foi assim!
_________ Como diz que quando percebeu que se tratava de um embuste mudou porque só os burros não mudam. As palavras são suas.
________ Eu mantenho as minhas duvidas se a URSS continua-se a existir, muitos dos que hoje renegam o comunismo se o não continuariam a ser!
_____ Evita agora vir com essa defesa dogmática da social democracia, por muito que se esforce não consegue esconder o seu passado.
O Doutor Milhazes sabe muito bem que a União Soviética não foi só Estaline.
A União Soviética ao longo da sua história teve coisas muito más, mas também teve algumas coisas boas.
______ Ao menos a si deu-lhe a possibilidade de tirar um curso superior numa das mais prestigiadas universidades.
______ Portanto Doutor Milhazes não queira marcar-me com esse ferro em brasa porque eu já estou muito marcado.
______ Mas se lhe pesa na consciência as opções que fez em determinados momentos da sua vida, não é desse modo que vai aliviar a alma.
_____ Ainda gostava de saber como enfrenta os seus antigos camaradas amigos com quem partilhava reuniões discutindo estratégias de luta contra o “malvado” capitalismo. Afastou-se de todos?
______ Nunca tolerei tiranos sejam eles de que quadrante forem. O muito que posso fazer é quando vejo adeptos de um determinado tipo de tiranias atacarem outras de ideologias diferentes, repor a verdade; só isso!

____ Sobre a analise que faz quanto à invasão Alemã da URSS deixo-lhe o longo comentário de Illiá Kramnik, tal como foi publicado pela RIANOVOSTI.
______ Tire o Senhor as ilações que entender.
Cumprimentos.

Anónimo disse...

Senhor Milhazes isto que aqui está não é invenção de qualquer Estalinista é de alguém que sabe da história como o Senhor.
Iliá Kramnik, RIA Novosti.
El 22 de junio de 1941, Día del Dolor y del Recuerdo, siempre encabezará la lista de los días aciagos en la historia de Rusia como símbolo de una tragedia absoluta, que más espantosa que ella, sólo puede ser la derrota total, la capitulación y la desaparición del país. Y no obstante, esta fecha sigue siendo objeto de intensos debates.
La polémica adquirió especial intensidad tras el desmoronamiento de la Unión Soviética cuando algunas antiguas repúblicas soviéticas y países de la Europa del Este emprendieron campañas para reconsiderar la historia de la II Guerra Mundial y en especial, el papel que desempeño la URSS en esa contienda.
Las tesis más difundidas planteadas por los nuevos revisionistas tienen relación a la fecha cuando la URSS entró en la guerra, y se pueden dividir en dos grupos.
Los primeros que consideran que el 22 de junio de 1941 sencillamente comenzó otra fase más de la guerra, ya que, según ellos, la URSS ya había entrado en la guerra en septiembre de 1939, con la anexión de territorios occidentales de Ucrania y de Bielorrusia.
Y los segundos, en general desarrollan la tesis de los primeros, al afirmar que el 22 de junio de 1941 no tuvo lugar una agresión traicionera de la Alemania nazi contra la URSS, sino que se trató de un golpe preventivo emprendido por los alemanes para contener a las tropas soviéticas que preparaban la "invasión de Europa".
En parte, estos intentos de falsificar la historia han sido posibles debido a la práctica que imperó en tiempos soviéticos de callar a nivel gubernamental momentos controvertidos y hasta cierto punto, incómodos en la historia de la URSS, un silencio que perjudicó mucho y que duró en el país hasta 1991.
La carencia de investigaciones claras, completas y sin reticencias para explicar las causas del comienzo desastroso que tuvo la URSS en los primeros meses de la guerra alentó en muchos las sospechas de que la dirección política soviética puso en marcha campañas intencionadas para callar y distorsionar los hechos.
Recelos que se han reforzado ante las amplias y completas investigaciones hechas en países aliados de la URSS que dejando a un lado temores y prejuicios, reconocieron sus errores y fallos cometidos por los gobiernos y los ejércitos durante la II Guerra Mundial.
Y en conclusión, ¿qué supone en realidad el 22 de junio de 1941?
Es evidente que no fue una agresión inesperada, teniendo en cuenta que el Kremlin ya tenía informaciones sobre el plan "Barbarroja" y que era evidente la concentración de tropas alemanas en la frontera con la URSS.
Los dirigentes soviéticos sabían perfectamente que la guerra con Alemania era cuestión de tiempo e intentaron adoptar las medidas correspondientes para afrontar la agresión.
No obstante, la ventaja en su red de transporte les permitió a los alemanes desde occidente reunir en el frente entre 1,5 y 2 veces más convoyes de trenes que la URSS desde oriente, y en consecuencia, la concentración de fuerzas y armamentos del ejército alemán Wehrmacht se adelantó considerablemente en comparación con las fuerzas que movilizó el Ejército Soviético.
Otro objeto de intensos debates es la correlación de hombres y armamento de cada bando. Muchos analistas sumaron la existencia en "bruto" de soldados, pasando por alto que muchas de las unidades de ambos bandos no se encontraban en el frente de batalla.

Anónimo disse...

Si se comparan las fuerzas de cada bando que participaron directamente en los combates, resulta que los alemanes y sus aliados (los países del Eje) reunieron tres ejércitos con 5,5 millones de hombres, 4.171 tanques y artillería autopropulsada, 47.260 piezas de artillería de calibre superior a los 75 milímetros y más de 4.950 aviones.
En las provincias occidentales, las tropas soviéticas contabilizaban 3,3 millones de personas, al menos 10.000 tanques 32.900 morteros y artillería de calibre superior a los 75 milímetros y más de 11.000 aviones.
Ante la notable inferioridad numérica de hombres, aparentemente, el Ejército Soviético tenía más tanques y aviación. Sin embrago, la situación real era diferente.
A consecuencia de problemas específicos en la industria militar soviética en esos tiempos, el porcentaje de tanques y aviones en condiciones de participar en las acciones de guerra no superaba el 70%.
Será muy difícil establecer quién fue el responsable concreto de las derrotas sufridas por el Ejército Soviético en los primeros meses de la guerra. Parte de culpa recae en el mando militar, y en la misma proporción le corresponde compartir esta responsabilidad a los dirigentes políticos soviéticos.
Los jefes militares soviéticos tienen la culpa por la inadecuada distribución de las fuerzas principales de choque en el frente occidental y el gobierno, por su política equivocada en el desarrollo de las Fuerzas Armadas, que conllevó un desequilibrio sobre la capacidad combativa de las diferentes unidades, y su pronto desmembramiento en condiciones de combate.
Y no obstante, fue precisamente el agresor el principal responsable de las derrotas sufridas por el Ejército Soviético en los primeros combates de la Gran Guerra Patria.
Teniendo en cuenta la óptima preparación y disciplina de la fuerza regular, la elevada calidad y eficacia del armamento, y la alta competencia de los mandos con experiencia en operaciones de guerra, los alemanes contaban en que obtendrían una victoria rápida y total.
Debemos de estar muy agradecidos a nuestros abuelos que con su abnegación y heroísmo pudieron abortar estos planes.
A costa de muchas muertes, duros combates y perdiendo una parte considerable de su territorio, la URSS pudo finalmente detener al adversario e impedir que realizara su plan de "guerra relámpago".
En la guerra de potenciales humanos y económicos, Alemania y sus satélites no tuvieron ninguna posibilidad contra la URSS y mucho menos contra la comunidad de naciones liderada por los países aliados.

LUH3417 disse...

Crimes do comunismo? Não. Do Estalinismo, sim.
Isto é só mais uma forma de dar continuidade à luta contra o "comunismo" que vem desde a guerra fria. Alimentando a ilusão de que tudo o que não é "democrático" é horrível e demonstrando que as grandes nações salvadoras do mundo e tudo mais, continuam o seu "bom trabalho" na defesa dos interesses da população. Ilusão, ilusão.
Quem devia estar à frente disto era o Alberto João Jardim, que há uns dias também equiparou as duas ideologias. *risos*

Subscrevo o senhor Francisco, que disse tudo muito acertado.

Já agora, vão também aplicar sanções (ou qualquer outro tipo de medidas) aos países que nada fizeram para parar o Nazismo? Os EUA, França e Inglaterra sabiam perfeitamente o que acontecia na Alemanha desde que o nacional-socialismo chegou ao poder, viram as suas políticas expansionistas e imperialistas serem desenvolvidas, aplicadas e as suas terríveis consequências e deixaram andar até às ultimas. Vão ser penalizados? Aliás, vamos penalizar também a EU e os EUA por terem ficado quietinhos aquando do genocídio dos Balcãs? Quem vê e nada faz, é tão ou mais culpado do que quem pratica.

Jest:

"4. Formação dos quadros da Gestapo (um tópico pouco estudado, mas nem na Rússia actual é negado o facto do que vários oficiais da Gestapo passaram pelas escolas da NKVD)"

Isto é impossível. Vai contra as regras de formação militar nazi. Tanto a Gestapo, como as SA e SS, só continham gente considerada "pura". Duvido muito, mas mesmo muito, que houvesse gente treinada noutras "escolas", muito menos da NKVD. Máximo dos máximos, podiam usar o mesmo tipo de treino militar. Dê mais informações se as tiver, sobre este assunto.

"1. Ataque quase simultâneo contra a Polónia"

Ataque? quase simultâneo? Por amor de Deus. Vamos começar a deturpar factos. No que é que a ocupação da Polónia põem em pé de igualdade as duas ideologias? É o que problema aqui são os nomes das coisas. Tanto a Alemanha como a URSS tinham interesses no território polaco, é um facto. Mas não significa quem tenham sido camaradas.

Outra coisa: culpar o medo do comunismo para a ascensão nazi é uma parvoíce enorme. Primeiro porque o comunismo era bastante bem aceite entre a população, duvido em grande parte à condição "mártir" dos espartaquistas e ao assassinato de Rosa Luxamburg e Karl Liebknecht. Eram a maior força de oposição ao Governo de Wiemar.

Agora pode é dizer que existia sim medo ao "comunismo" (leia-se Estalinismo) devido à propaganda e política de medo e opressão nazi. Tal como acontecia em Portugal.

Não há maior prova de ignorância do que igualar o comunismo ao nazismo.

comedor disse...

o mundo deve agradecer os russos(urss)pela liberdade de hoje porque se eles se curvan a hitler ninguem,conseguia parar o nazismo que seria pior,hoje sao visto como viloesviva a urss