A direcção do Metropolitano de Moscovo começou a restabelecer o nome do ditador comunista, José Estaline, nas estações do transporte subterrâneo da capital russa a pretexto da “justiça histórica”.
O primeiro passo foi dado na estação Kurskaia, onde, durante obras de restauração, foram reescritos, em grandes letras douradas, dois versos do hino da União Soviética que elogiava o trabalho do ditador comunista: “Estaline educou-nos na fidelidade ao povo, ao trabalho e inspirou-nos para feitos heróicos”.
A estação reconstruída foi ontem aberta ao público.
Nos finais dos anos 50 do séc. XX, quando da campanha de “desmacaramento do culto da personalidade de Estaline”, esses versos, tanto no hino como na estação de metropolitano, foram substituídos por outros do mesmo poeta: “Por entre tempestades brilhou para nós o sol da liberdade, e o grande Lénine iluminou-nos o caminho”.
“Trata-se do restabelecimento da verdade histórica. A inscrição que hoje podem ver os passageiros é a mesma que os passageiros viram em 1950, quando foi inaugurada a instalação”, explicou Pavel Sukharnikov, porta-voz do Metropolitano de Moscovo.
Na cerimónia de abertura, Dmitri Gaev, director do Metropolitano, reconheceu, porém, que o “restabelecimento da justiça histórica” não foi total: “Claro que há pequenas mudanças. Por exemplo, desapareceu a estátua de Estaline, que esteve aqui durante os primeiros anos de funcionamento da estação”.
Esta onda de “justiça histórica” começou com a decisão de Vladimir Putin, então Presidente da Rússia, de recuperar a música do antigo hino da URSS.
Os comunistas de Moscovo viram na iniciativa da direcção do Metropolitano uma prenda no 130º aniversário do nascimento de José Estaline e ao 65º aniversário da vitória da URSS na Segunda Guerra Mundial.
“Hoje, tem lugar uma reavaliação de Estaline, ele transforma-se, na consciência social, de homem que abusou do poder num estadista que fez da União Soviética uma grande potência”, considera Vladimir Lakeev, dirigente da representação comunista na assembleia municipal da capital russa.
Alla Gerber, presidente da Fundação “Holocausto”, considera que isso provoca a indignação de muitos moscovitas.
“Sou contra a destruição de monumentos, sou pela sua restauração, mas é difícil imaginar que na Alemanha, por exemplo, reponham na pedra palavras em honra de Hitler”, declara esta conhecida defensora dos direitos humanos na Rússia.
A direcção do metropolitano de Moscovo não anunciou até onde irá o “restabelecimento da verdade histórica”, pois, originalmente, no subterrâneo da capital russa havia estações como “Estalinskaia”, “Fábrica Estaline”.
O primeiro passo foi dado na estação Kurskaia, onde, durante obras de restauração, foram reescritos, em grandes letras douradas, dois versos do hino da União Soviética que elogiava o trabalho do ditador comunista: “Estaline educou-nos na fidelidade ao povo, ao trabalho e inspirou-nos para feitos heróicos”.
A estação reconstruída foi ontem aberta ao público.
Nos finais dos anos 50 do séc. XX, quando da campanha de “desmacaramento do culto da personalidade de Estaline”, esses versos, tanto no hino como na estação de metropolitano, foram substituídos por outros do mesmo poeta: “Por entre tempestades brilhou para nós o sol da liberdade, e o grande Lénine iluminou-nos o caminho”.
“Trata-se do restabelecimento da verdade histórica. A inscrição que hoje podem ver os passageiros é a mesma que os passageiros viram em 1950, quando foi inaugurada a instalação”, explicou Pavel Sukharnikov, porta-voz do Metropolitano de Moscovo.
Na cerimónia de abertura, Dmitri Gaev, director do Metropolitano, reconheceu, porém, que o “restabelecimento da justiça histórica” não foi total: “Claro que há pequenas mudanças. Por exemplo, desapareceu a estátua de Estaline, que esteve aqui durante os primeiros anos de funcionamento da estação”.
Esta onda de “justiça histórica” começou com a decisão de Vladimir Putin, então Presidente da Rússia, de recuperar a música do antigo hino da URSS.
Os comunistas de Moscovo viram na iniciativa da direcção do Metropolitano uma prenda no 130º aniversário do nascimento de José Estaline e ao 65º aniversário da vitória da URSS na Segunda Guerra Mundial.
“Hoje, tem lugar uma reavaliação de Estaline, ele transforma-se, na consciência social, de homem que abusou do poder num estadista que fez da União Soviética uma grande potência”, considera Vladimir Lakeev, dirigente da representação comunista na assembleia municipal da capital russa.
Alla Gerber, presidente da Fundação “Holocausto”, considera que isso provoca a indignação de muitos moscovitas.
“Sou contra a destruição de monumentos, sou pela sua restauração, mas é difícil imaginar que na Alemanha, por exemplo, reponham na pedra palavras em honra de Hitler”, declara esta conhecida defensora dos direitos humanos na Rússia.
A direcção do metropolitano de Moscovo não anunciou até onde irá o “restabelecimento da verdade histórica”, pois, originalmente, no subterrâneo da capital russa havia estações como “Estalinskaia”, “Fábrica Estaline”.
O próprio metropolitano tinha o nome de Lazar Kaganovitch, um dos mais odiosos ministros da era estalinista, tendo sido rebaptizado com o nome de Lénine nos finais dos anos 50 do séc. XX.
12 comentários:
Artigo foi copiado da gazeta.ru(?) Pelo menos JM não esta dar pistas da original...
Leitor anónimo, curioso, pois hoje ainda não li esse jornal, embora o leia com alguma frequência. Fui ler o artigo sobre o mesmo tema "Estaline levanta-se de debaixo da terra" e devo dizer-lhe que não compreendo o seu comentário. Tem mesmo a certeza do que escreve?
A Rússia continua presa ao passado. É sinal de que a democracia esta longe de se chegar à este país cheio de amores por tiranos e genocidas.
Eu tinha percebido isso.
Na estacao Dobrininskaya, se nao me engano, tambem, apos uma reforma que durou anos(que depois da reforma continuou do mesmo jeito que era antes) tem algumas referencias a ele.
Ao mesmo tempo que aos poucos a Russia vai apagando alusoes ao 'comunismo'-- como a mudanca do nome da Leningradsky Vokzal, entre outros -- vai restabelecendo a memoria de Stalin, mesmo que 'subliminarmente'.
Isso pode parecer paradoxal, mas nao eh.
Isso eh para incutir nos russos -- politicamente idiotizados -- a ideia de que se precisa de um lider de "mao-forte" para erger o pais, "tal qual foi Stalin", "o que houve de bom na URSS foi gracas a Stalin, independente do socialismo"...
Palavras sábias do Gilberto Múcio. Como se dizia no passado, Stalin glorificava Ivan, O Terrível, para parecer o seu continuador, outros glorificam Stalin, para os mesmos objectivos.
Viva a Mãe Rússia!
E por falar em 'Ivan, o terrrible' vale sempre a pena recordar o filme do Eisenstein!
Não percam tb o 'Corçador Putemkin'!!
Deveria-se homenegear o czar Nicolau II e não esse georgino.
Eu.
"Deveria-se homenegear o czar Nicolau II e não esse georgiAno."
Nenhum dos dois. O primeiro foi um tirano de mentalidade atrasada e autocrática.
O segundo, foi um tirano de mentalidade totalitária e GENOCIDA.
Um país que promove o culto e a adoração a um criminoso da estirpe de Stálin só prova mais uma vez a tese de que os russos são um povo doente moralmente e uma sociedade que sofre até hj as sequelas de 300 anos de ditadura.
Isso é um absurdo.
Ítalo
Então Italo a solução será exterminar os russos ou reduzi-los à condição de servidão. Não é mesmo?
Fazem um drama enorme por causa de meia dúzia de palavras, isso parece até falta de serviço, como se costuma dizer aqui no Brasil quando alguém se preocupa com o que não interessa enquanto assuntos muito mais relevantes são deixados de lado.
ÍTALO
estamos de acordo em relação ao sofrimento e à mentalidade russas, que levam a todos os males. É toda uma memória de escravidão continua, tão dificil de quebrar, de tornar positiva.Razão maior para admirar todos os russos são diferentes.
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