Avenida Putin em Grozni
“Putin é o meu herói! Estou disposto a sacrificar a minha vida por ele!Devo a vida a esse homem. Esta é a minha posição pessoal. Mas como Presidente da República da Tchetchénia, tenho presente que o nosso Presidente é Dmitri Anatolevitch Medvedev, político forte, sábio, correcto”, declarou o dirigente tchetcheno à Lusa, ao definir a sua posição face aos actuais dirigentes russos.
“Ele (Putin) não teve vergonha de baixar para o cargo de chefe do Governo, quis servir o seu povo, o seu Estado, no posto mais responsável. Por isso, a minha atitude para com Putin jamais mudará”, acrescentou ele.
“Quero, quero muito que Putin seja o Presidente vitalício da Federação da Rússia!”, exclamou, entusiasmado, ao responder à pergunta de se concorda com o regresso de Vladimir Putin ao Kremlin.
Kadirov não esconde o seu apoio à política do Kremlin no Cáucaso, considerando que qualquer cedência de Moscovo nessa região significará o fim da Rússia. Por isso, apoiou as acções militares russas contra a Geórgia, em Agosto do ano passado.
“A Ossétia do Sul é um pretexto para os americanos controlarem o Cáucaso e ditarem as suas condições. O Governo russo fez bem em não os ter deixado entrar... Porque o Cáucaso é a fronteira da Rússia”, explicou.
“Mas porque é que devemos entregar a Ossétia do Sul ou a Abkházia? Que sejam Estados soberanos, mas para a Rússia serão aliados”, sublinhou.
Durante a primeira guerra da Tchetchénia (1994-1996), Ramzan Kadirov combateu ao lado da guerrilha separatista tchetchena contra as tropas russas, mas sublinha que nunca lutou contra a Rússia.
”Eu nunca estive contra a Federação da Rússia, eu estive ao lado do meu povo. Então, o povo estava contra, foi obrigado por políticos: Ieltsin (antigo Presidente da Rússia), Berezovski (oligarca russo que se encontra refugiado em Londres) e outros do género que queriam destruir a Federação da Rússia, tal como tinham feito com a União Soviética”, defende ele.
O meu povo estava contra porque lançaram tanques contra nós, eram abençoados como se fossem combater fascistas, nós víamos tudo isso e suportámos tudo. Foi isso que nos obrigou a estar contra a Rússia”, sublinhou.
“Quando apareceram fortes estrategas na política da Federação da Rússia (Putin), o nosso povo compreendeu que podia ser útil à Rússia, que se podia reconciliar com os povos da Federação da Rússia, provar a toda a sociedade russa que o povo tchetcheno não foi o culpado do sucedido”, concluiu.
3 comentários:
Puro culto da personalidade (El Putin e o sábio Medvedev).
Minha nossa, quanta dedicação à causa pública (a pretensa humildade de Putin).
Para quando a coroação de Putin como Presidente Vitalício, Grande Líder, Inestimável Amigo do Povo, Inesgotável Paladino, Salvador da Pátria Russa e Arredores, Dedicado e Desinteressado Defensor da Causa Pública?
Nojento sabujo este sujeito de nome Kadirov, colaboracionista da pior estirpe, que se presta ao pior de todos os papéis (traidor ao seu povo) para se manter no poder.
Kadirov sabe quem deve tratar bem para passar bem.
Kadirov nao e nem pior nem melhor que muitos outros.
Kadirov gosta de Putin. Eu também. Provavelmente é o unico ponto que temos em comum.
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