Olga Zarubina, avó de Alexandra, menina russa que foi retirada da família portuguesa de acolhimento pelo Tribunal de Guimarães, esteve em Portugal entre 13 e 16 de Setembro, mas optou por não se encontrar com João e Florinda Pinheiro.
“”Não achei indispensável encontrar-me com eles”, declarou lapidarmente à Lusa Olga Zarubina após a chegada a Moscovo, recusando-se a avançar mais explicações.
A avó de Alexandra esteve no Porto e em Braga a convite do grupo “Pela Alexandra”, organização que luta pelo regresso da menina russa a Portugal, para estudar no local as propostas feitas por autarcas e homens de negócios portugueses à família Zarubina.
Entre as propostas, estava a oferta de um apartamento pela autarquia portuense, de um café para Natália, mãe biológica de Alexandra, explorar e apoio económico à mudança da família Zarubina da Rússia para Portugal.
“Olga Zarubina recusou-se visitar a casa que João e Florinda Pinheiro tinham alugado para a família russa viver caso decida vir para Portugal”, revelou à Lusa a cidadã russa que a acompanhou na visita e pediu para não revelar o seu nome.
“Ela recusou-se também a ir a casa da família Pinheiro, tendo-se cruzado apenas num restaurante de Braga, mas Olga não recusou a mala, com roupas e prendas, que João e Florinda entregaram para a Alexandra”, acrescentou.
“A viagem foi normal, mas se é bom viver como hóspede, melhor ainda é estar em casa”, começou a avó de Alexandra, em jeito de balanço.
“As propostas que foram feitas são sérias, mas preciso de pensar muito bem. Quando chegar a Pretchistoe (aldeia onde vive a família Zarubina na Rússia), vou aconselhar-me com a família e iremos decidir”, acrescentou.
“Não é fácil mudar de um país para outro. A minha família já tem a experiência dura de mudança do Cazaquistão para a Rússia, quando do fim da União Soviética. Por isso, precisamos de tempo para pensar”, frisou.
Olga Zarubina foi recebida por um representante da Câmara do Porto que prometeu conceder todo o apoio possível à família russa se ela decidir vir residir para Portugal.
“Foi-lhe prometido, além de um apartamento, o rendimento social mínimo, apoio da acção social e acompanhamento de integração para Valéria, a irmã mais velha de Alexandra”, revelou à Lusa uma das participantes no encontro.
Além disso, a avó de Alexandra teve oportunidade de visitar um infantário, tendo notado que “é muito semelhante aos nossos infantários na Rússia”, uma escola secundária de Vila Nova de Gaia, a Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (Valéria pretende dedicar-se à Arquitectura) e um hospital do Porto.
Olga Zaburina não quis visitar uma clínica de Vila Real, onde a filha Natália poderá ser sujeita a um curso de recuperação de uma doença que a afecta.
“Duvido que a minha filha queira ser internada”, argumentou ela.
Em Braga, a avó de Alexandra encontrou-se com algumas mulheres da comunidade russa e ucraniana que conheciam ou eram amigas de Natália, quando ela vivia nessa cidade.
Antes de partir para Moscovo, Olga Zarubina foi também a alguns supermercados para comparar preços de produtos alimentares e outros, tendo feito numerosas perguntas aos portugueses que a acompanharam.
Os membros da organização “Pela Alexandra” aproveitaram a oportunidade para comprar roupas e prendas para a família Zarubina.
Agora, a avó de Alexandra tem um mês para tomar uma decisão.
“Preciso de tempo para pensar, é uma decisão difícil, já tenho alguma idade...”, concluiu Olga antes de embarcar no comboio que a levou de Moscovo para Pretchistoe.
“”Não achei indispensável encontrar-me com eles”, declarou lapidarmente à Lusa Olga Zarubina após a chegada a Moscovo, recusando-se a avançar mais explicações.
A avó de Alexandra esteve no Porto e em Braga a convite do grupo “Pela Alexandra”, organização que luta pelo regresso da menina russa a Portugal, para estudar no local as propostas feitas por autarcas e homens de negócios portugueses à família Zarubina.
Entre as propostas, estava a oferta de um apartamento pela autarquia portuense, de um café para Natália, mãe biológica de Alexandra, explorar e apoio económico à mudança da família Zarubina da Rússia para Portugal.
“Olga Zarubina recusou-se visitar a casa que João e Florinda Pinheiro tinham alugado para a família russa viver caso decida vir para Portugal”, revelou à Lusa a cidadã russa que a acompanhou na visita e pediu para não revelar o seu nome.
“Ela recusou-se também a ir a casa da família Pinheiro, tendo-se cruzado apenas num restaurante de Braga, mas Olga não recusou a mala, com roupas e prendas, que João e Florinda entregaram para a Alexandra”, acrescentou.
“A viagem foi normal, mas se é bom viver como hóspede, melhor ainda é estar em casa”, começou a avó de Alexandra, em jeito de balanço.
“As propostas que foram feitas são sérias, mas preciso de pensar muito bem. Quando chegar a Pretchistoe (aldeia onde vive a família Zarubina na Rússia), vou aconselhar-me com a família e iremos decidir”, acrescentou.
“Não é fácil mudar de um país para outro. A minha família já tem a experiência dura de mudança do Cazaquistão para a Rússia, quando do fim da União Soviética. Por isso, precisamos de tempo para pensar”, frisou.
Olga Zarubina foi recebida por um representante da Câmara do Porto que prometeu conceder todo o apoio possível à família russa se ela decidir vir residir para Portugal.
“Foi-lhe prometido, além de um apartamento, o rendimento social mínimo, apoio da acção social e acompanhamento de integração para Valéria, a irmã mais velha de Alexandra”, revelou à Lusa uma das participantes no encontro.
Além disso, a avó de Alexandra teve oportunidade de visitar um infantário, tendo notado que “é muito semelhante aos nossos infantários na Rússia”, uma escola secundária de Vila Nova de Gaia, a Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (Valéria pretende dedicar-se à Arquitectura) e um hospital do Porto.
Olga Zaburina não quis visitar uma clínica de Vila Real, onde a filha Natália poderá ser sujeita a um curso de recuperação de uma doença que a afecta.
“Duvido que a minha filha queira ser internada”, argumentou ela.
Em Braga, a avó de Alexandra encontrou-se com algumas mulheres da comunidade russa e ucraniana que conheciam ou eram amigas de Natália, quando ela vivia nessa cidade.
Antes de partir para Moscovo, Olga Zarubina foi também a alguns supermercados para comparar preços de produtos alimentares e outros, tendo feito numerosas perguntas aos portugueses que a acompanharam.
Os membros da organização “Pela Alexandra” aproveitaram a oportunidade para comprar roupas e prendas para a família Zarubina.
Agora, a avó de Alexandra tem um mês para tomar uma decisão.
“Preciso de tempo para pensar, é uma decisão difícil, já tenho alguma idade...”, concluiu Olga antes de embarcar no comboio que a levou de Moscovo para Pretchistoe.
4 comentários:
ESQUECER NUNCA...
Mais uma vez obrigada a todas as pessoas que tornaram possível a vinda da avó da Alexandra, aos que deram o seu melhor quer em Portugal, quer em Moscovo. Um agradecimento especial ao JM. Não esqueceremos estas pessoas. Cabe-nos a nós, sociedade civil emendar o erro que as nossas instituições cometeram. Cabe-nos a nós, povo, fazer melhor que os nossos governantes, mostrar que somos capazes de ser solidários de forma desinteressada, de fazer o melhor por esta família russa.
A Rússia será sempre a sua pátria, mas Portugal poderá ser a pátria de acolhimento.
Eu sei que a possível mudança da família Zarubin para Portugal não será uma tarefa fácil, há que vencer muitas resistências e muitos receios, mas não é impossível.
Penso também que isso só acontecerá se tudo for feito na maior discrição.
Deus queira que tudo dê certo!
ESQUECER NUNCA!
Cristina Mestre
A notícia (presumindo-se que reproduz a totalidade de todos os factos verídicos) causa alguma perplexidade.
Sem dúvida que o regresso da criança vai ser problemático.
Permito-me discordar da opinião do Sr. Italo Tavares, a solução não é, de modo algum, esquecer.
VOX
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