A Rússia e os Estados Unidos continuarão a realizar consultas sobre o novo sistema de defesa anti-míssil, proposto pela Administração de Barack Obama para substituir o projecto de instalação de mísseis interceptores na Polónia e um radar na República Checa, e Moscovo espera que os dois países chegarão a um acordo nesta área.
“As conversações continuam, esperamos conseguir, após essas consultas, chegar a uma posição comum sobre a continuação dos trabalhos, que permitirá juntar os nossos esforços aos dos europeus e de outros países interessados, trabalhar conjuntamente na análise e neutralização dos riscos de difusão de mísseis no mundo”, declarou Serguei Lavrov, após um encontro com a sua homóloga norte-americana, Hillary Clinton.
O chefe da diplomacia russa, numa conferência de imprensa realizada após o encontro com Hillary Clinton, sublinhou: “As conversações irão continuar. Nós saudamos esse trabalho”.
A anterior Administração norte-americana planeava instalar até 2013 dez mísseis interceptores na Polónia e um radar de defesa anti-míssil na República Checa, a pretexto da neutralização da alegada ameaça dos mísseis do Irão.
Moscovo considerou que esse projecto ameaçava a sua segurança e o novo Presidente norte-americano, Barack Obama, anunciou, a 18 de Agosto, a criação de um escudo anti-míssil “mais moderno e eficaz” e que não causaria apreensões na Rússia.
A secretária de Estado norte-americana revelou ter transmitido à Rússia a concepção do seu país sobre a nova avaliação das ameaças da parte do Irão e espera de Moscovo cooperação na questão do escudo anti-míssil.
“Descrevemos ao senhor ministro e a outros funcionários as bases da nossa avaliação da ameaça... Compartilhámos esta concepção com os nossos colegas russos, os nossos peritos precisam agora os pormenores e gostaríamos de ver os Estados Unidos e a Rússia a cooperarem estreitamente na questão do escudo anti-míssil”, frisou Hillary Clinton.
“Estamos muito interessados em trabalhar com a Rússia no desenvolvimento de relações de cooperação, incluindo a avaliação conjunta das ameaças e a consolidação dos nossos esforços para a criação de um centro de dados sobre essa questão”, acrescentou.
Na mesma conferência de imprensa, Lavrov considerou que nem todos os métodos diplomáticos e políticos estão esgotados no que diz respeito ao programa nuclear do Irão, sublinhando que não devem ser tomadas sanções à margem do Consellho de Segurança da ONU.
“Olhamos de forma muito contida contra as sanções, elas raramente dão resultado”, frisou.
“Não nos encontramos nesse ponto (quando as sanções são inevitáveis), essa não é a conclusão a que chegámos”, respondeu Hillary Clinton.
“Queremos dizer claramente que preferimos que o Irão trabalhe com a comunidade mundial, representada no formato “cinco mais um” (cinco membros permanentes do CS da ONU e Alemanha”, acrescentou.
Hillary Clinton sublinhou também que a política dos Estados Unidos face ao programa nuclear norte-coreano não sofreu alterações.
“As conversações continuam, esperamos conseguir, após essas consultas, chegar a uma posição comum sobre a continuação dos trabalhos, que permitirá juntar os nossos esforços aos dos europeus e de outros países interessados, trabalhar conjuntamente na análise e neutralização dos riscos de difusão de mísseis no mundo”, declarou Serguei Lavrov, após um encontro com a sua homóloga norte-americana, Hillary Clinton.
O chefe da diplomacia russa, numa conferência de imprensa realizada após o encontro com Hillary Clinton, sublinhou: “As conversações irão continuar. Nós saudamos esse trabalho”.
A anterior Administração norte-americana planeava instalar até 2013 dez mísseis interceptores na Polónia e um radar de defesa anti-míssil na República Checa, a pretexto da neutralização da alegada ameaça dos mísseis do Irão.
Moscovo considerou que esse projecto ameaçava a sua segurança e o novo Presidente norte-americano, Barack Obama, anunciou, a 18 de Agosto, a criação de um escudo anti-míssil “mais moderno e eficaz” e que não causaria apreensões na Rússia.
A secretária de Estado norte-americana revelou ter transmitido à Rússia a concepção do seu país sobre a nova avaliação das ameaças da parte do Irão e espera de Moscovo cooperação na questão do escudo anti-míssil.
“Descrevemos ao senhor ministro e a outros funcionários as bases da nossa avaliação da ameaça... Compartilhámos esta concepção com os nossos colegas russos, os nossos peritos precisam agora os pormenores e gostaríamos de ver os Estados Unidos e a Rússia a cooperarem estreitamente na questão do escudo anti-míssil”, frisou Hillary Clinton.
“Estamos muito interessados em trabalhar com a Rússia no desenvolvimento de relações de cooperação, incluindo a avaliação conjunta das ameaças e a consolidação dos nossos esforços para a criação de um centro de dados sobre essa questão”, acrescentou.
Na mesma conferência de imprensa, Lavrov considerou que nem todos os métodos diplomáticos e políticos estão esgotados no que diz respeito ao programa nuclear do Irão, sublinhando que não devem ser tomadas sanções à margem do Consellho de Segurança da ONU.
“Olhamos de forma muito contida contra as sanções, elas raramente dão resultado”, frisou.
“Não nos encontramos nesse ponto (quando as sanções são inevitáveis), essa não é a conclusão a que chegámos”, respondeu Hillary Clinton.
“Queremos dizer claramente que preferimos que o Irão trabalhe com a comunidade mundial, representada no formato “cinco mais um” (cinco membros permanentes do CS da ONU e Alemanha”, acrescentou.
Hillary Clinton sublinhou também que a política dos Estados Unidos face ao programa nuclear norte-coreano não sofreu alterações.
Os diplomatas russo e norte-americana anunciaram que as conversações sobre a conclusão do novo tratado de redução de armas estratégicas pesadas continuam e que o documento estará pronto atempadamente, até 05 de Dezembro.
Lavrov aproveitou a oportunidade para anunciar que o primeiro voo de um avião militar norte-americano para o Afeganistão, através do território russo, se realizou no passado dia 07 de Outubro.O ministro russo acrescentou que o seu país está espera do convite da NATO para participar nas discussões sobre o Afeganistão.
Lavrov aproveitou a oportunidade para anunciar que o primeiro voo de um avião militar norte-americano para o Afeganistão, através do território russo, se realizou no passado dia 07 de Outubro.O ministro russo acrescentou que o seu país está espera do convite da NATO para participar nas discussões sobre o Afeganistão.
Desta vez, a despeito de todas as tradições, a secretária de Estado norte-americana não criticou os dirigentes russos pela violação dos direitos humanos. Uma unanimidade quase total...
6 comentários:
"Desta vez, a despeito de todas as tradições, a secretária de Estado norte-americana não criticou os dirigentes russos pela violação dos direitos humanos."
Ter-lhe-ei aí notado alguma ponta de censura, José Milhazes?
;)
Cumpts
Manuel Santos
"...a pretexto da neutralização da alegada ameaça dos mísseis do Irão.
"
Caro JM,
Até o modo como referiu agora a questão do sistema anti-míssil e a sua alegada razão de existência, está em sintonia com o que é referido neste seu artigo. Diplomacia em acção.
Confesso que tenho curiosidade em saber se ainda mantém a sua opinião de que o objectivo do sistema é deter misseis oriundos do Irão.
Desta vez, a despeito de todas as tradições, a secretária de Estado norte-americana não criticou os dirigentes russos pela violação dos direitos humanos. Uma unanimidade quase total...
Bom reparo e muito interessante. Parece haver um verdadeiro esforço de conciliação por parte desta nova Administração e uma grande vontade de negociar. É bom sinal.
Por curiosidade, nada foi falado a respeito da Geórgia?
Hillary recua e descarta sanções contra o Irã, é os tempos são outros.
Como estão atolados no Iraque e Afeganistão, só basta saber a data da derrota.
IRAQUE E AFEGANISTÃO: UMA GUERRA DE MENTIRAS.
Que dizer? Assistimos a uma lamentável demonstração de realpolitik que afecta seriamente a credibilidade dos Estados Unidos.
Por esta altura, os noruegueses devem estar a torcer-se todos.
António Campos
Para o sr António Campos nada como uma boa guerra ou um presidente conflituoso e incompetente para dar credibilidade aos Estados Unidos?
O senhor Antonio Campos deve achar que a realpolitk da Era Bush era melhor que a do senhor Obama, ou seja, para que conversar, vamos a política do enfrentamento e da guerra.
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