A Rússia juntou-se, este sábado, aos países que sugerem «dar um passo em frente» e aprovar o acordo final da conferência da ONU sobre alterações climáticas em Copenhaga.
Alexandre Bedritski, representante da Rússia nesse fórum e assessor do Presidente russo para as alterações climáticas, exprimiu o seu «apoio às delegações que consideram necessário dar um passo em frente» e declarou não concordar com os que rejeitaram a proposta de declaração do acordo de Copenhaga, pelo seu alegado carácter sectário.
Alexandre Bedritski, representante da Rússia nesse fórum e assessor do Presidente russo para as alterações climáticas, exprimiu o seu «apoio às delegações que consideram necessário dar um passo em frente» e declarou não concordar com os que rejeitaram a proposta de declaração do acordo de Copenhaga, pelo seu alegado carácter sectário.
O delegado russo insistiu em que a cimeira deve terminar «com um resultado concreto».
Na cimeira de Copenhaga, o Presidente russo, Dmitri Medvedev, anunciou que a Rússia está pronta a «garantir uma redução acumulativa sem precedentes das emissões para a atmosfera (de gases com efeito de estufa) de mais de 30 mil milhões de toneladas no período entre 1990 e 2020, o que corresponde a 25 por cento da redução dos lançamentos de gás durante esse período».
Os Estados Unidos tomaram como base não o ano de 1990, como a Rússia, mas 2005, quando o nível de emissões foi sensivelmente maior. Durante todos esses anos, as emissões de gases com efeito de estufa por parte da Rússia foram inferiores em 35 por cento em relação a 1990.
«No final de contas, até 2020, a Rússia, tendo em conta o crescimento do PIB antes da crise (o crescimento foi cerca de 8,5 por cento ao ano, sendo o aumento das emissões da ordem de um por cento), não irá reduzir as emissões, mas, pelo contrário, aumentá-las», considerou o director do Centro de Investimentos Ecológicos da Rússia, Mikhail Iulkin.
O mesmo ocorreu nos anos 90, quando a Rússia assinou o Protocolo de Quioto. Então foram anunciados compromissos inferiores aos possíveis e, durante todos estes anos, tendo uma grande base de solidez, não foi necessário modernizar a economia.
«Porque é que a Rússia diminui as suas possibilidades de redução das emissões? É tudo simples. Há receios de que não cumpriremos compromissos maiores. Isso é também condicionado pelo facto de não termos uma estratégia clara de desenvolvimento económico e energético até 2020», sublinhou Iulkin.
A imprensa russa receava, nas edições de hoje, que a conferência de Copenhaga termine com um grande fiasco. «Os países desenvolvidos não conseguiram convencer os Estados em vias de desenvolvimento a chamar a si compromissos para reduzir o nível de emissões de gases nocivos para a atmosfera», escreve o jornal electrónico gazeta.ru, e sublinha que a cimeira está a dar «um valente fiasco».
O jornal de negócios "Kommersant" fala de «caos climático», acrescentando que «o dióxido de carbono dividiu países desenvolvidos e em desenvolvimento em Copenhaga».
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