sábado, março 06, 2010

Moscovo e Kiev decidem cooperar em diversos setores fulcrais

A Rússia e a Ucrânia farão tudo para criar condições que permitam unir os potenciais dos dois países em diferentes domínios, nomeadamente no campo da energia, Espaço e energia atómica, lê-se na declaração conjunta comum dos Presidentes russo e ucraniano.

“A Rússia e a Ucrânia desenvolverão ao máximo a sua cooperação económica e comercial e criarão condições propícias à união de potenciais dos dois países nos domínios da energia, Espaço, indústria aeronáutica, energia atómica, nanotecnologias, cooperação militar e técnica, transportes e tecnologias de informação, comunicações”, consideram Dmitri Medvedev e Victor Ianukovitch.

Numa conferência de imprensa realizada após o encontro com o seu homólogo russo, Ianukovitch anunciou que Moscovo e Kiev encontrarão, no mais curto espaço de tempo, uma resposta à questão do estacionamento da Frota russa do Mar Negro na Ucrânia, sublinhando que “ela satisfará ambas as partes”.

A Frota russa do Mar Negro está aquartelada no porto de Sebastopol (na Crimeia) nos termos de um acordo russo-ucraniano de 1997, assinado por 20 anos. O anterior Presidente ucraniano, Victor Iuschenko, e a primeira-ministra demitida, Iúlia Timochenko, defendiam a não prorrogação desse prazo.

“No que respeita à NATO, respondi a essa pergunta muitas vezes. A Ucrânia, enquanto Estado Europeu, independente de blocos, irá construir as suas relações com a NATO em conformidade com os seus interesses nacionais. Assim será sempre”, afirmou Ianukovitch.

Viktor Ianukovitch, que realizou hoje a sua segunda visita oficial ao estrangeiro depois de tomar posse do cargo de Presidente da Ucrânia, encontrou-se também com o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, que propôs a Kiev aderir à União Alfandegária criada pela Rússia, Bielorrússia e Cazaquestão.

O dirigente russo diz estar à espera da formação de uma nova coligação governamental e de estabilidade no país vizinho.

Quando Ianukovitch propôs a Putin enviar para a Rússia “politiqueiros” para que compreenda como é difícil trabalhar com eles, o dirigente russo respondeu: “fará melhor se nos enviar toucinho”.

O toucinho ucraniano é famoso como petisco para acompanhar com bebidas fortes.

8 comentários:

Pippo disse...

A Ucrânia tem muitos problemas a resolver com a Rússia, mas com um presidente finalmente acessível e a Princesa Leia fora do baralho, estou em crer que tudo será resolvido.

Achei interessante o terem abordado a questão de Sevastopol, para satisfação de "ambas as partes". O que será que isso vai indicar? Uma redução no pagamento ou - o mais provável - prorrogação do prazo por mais umas dezenas de anos?

E já agora, vou aproveitar a deixade Medvedev. Tenho ali um belo toucinho, vou ver se acompanha bem um medronho que tenho ali à espera... :O)

eleuterio disse...

As contrapartidas devem implicar encomendas militares. A construção naval da Russia está no limite e não consegue cumprir prazos necessarios. A complementaridade das 2 economias deve ajudar.
Pode ser que a zona estabilize mais politicamente. É dificil ter a ucrania e a russia como adversarios. É demasiado perigoso.
Mas tendo em conta a parte mafiosa de ambas as economias, os interesses irão coincidir com os interesses dos princiapsi mafiosos de ambos os lados...

MSantos disse...

Pela minha parte vou ter de me ficar por um presuntinho serrano e torresmos com um tinto maduro a acompanhar.

:o)

Cumpts
Manuel Santos

Jest nas Wielu disse...

As palavras do liliputine são mais um belo exemplo do "respeito" que os dirigentes russos nutrem pela Ucrânia...

nabukov disse...

As palavras do liliputine são mais um belo exemplo do "respeito" que os dirigentes russos nutrem pela Ucrânia...



Me parece que esse "respeito" é mútuo.

"macaco só olha o rabo dos outros..."

Jest nas Wielu disse...

2 nabukov 17:16

Nada melhor do que apresentar algum exemplo concreto, das tais declarações menos próprias, alegadamente, preferidas por dirigentes ucranianos (quem disse? O que? Onde? Em que contexto?) e ai realmente poderemos dizer se existe alguma base para as suas conclusões.

Nabukov disse...

Nada melhor do que apresentar algum exemplo concreto, das tais declarações menos próprias, alegadamente, preferidas por dirigentes ucranianos (quem disse? O que? Onde? Em que contexto?) e ai realmente poderemos dizer se existe alguma base para as suas conclusões.


Você é o exemplo imediato.

Jest nas Wielu disse...

2 Nabukov 18;36

Espero que Excelência não seja nenhum daqueles “alternativamente dotados”, caso contrário, chamo a sua atenção ao facto do que a minha réplica era o comentário da seguinte passagem do artigo acima citado: “o dirigente russo respondeu: “fará melhor se nos enviar toucinho””.

Portanto, a frase documentada, gravada e dita publicamente pelo primeiro – ministro russo. Caso tiver alguma frase semelhante de qualquer estadista ucraniano, por favor, a partilha connosco.