sábado, março 06, 2010

Quem quer ganhar um milhão de dólares?


Dmitri Rogozin, embaixador da Rússia junto da NATO, prometeu oferecer um milhão de dólares a quem provar o carácter pacífico da Aliança Atlântica face ao seu país, escreve ele no seu blog pessoal.

“Ofereço um milhão de dólares a quem me provar que a NATO não tem projetos militares contra a Rússia”, escreve, em russo e inglês, Rogozin no seu blog http://twitter.com/Rogozine, sem todavia precisar a origem dessa importância e como a irá fazer chegar ao vencedor.

Ele duvida que as manobras da NATO marcadas para Março nos países do Báltico não estejam viradas contra a Rússia.

“O adversário convencional é um país mítico chamado Eastland. Têm três oportunidades para advinharem de que país se trata”, acrescenta Rogozine, e ironiza: “espero que não nos venham dizer que se trata da preparação para rechaçar a ameaça iraniana”

Até agora, nenhum dos 3.686 visitantes do seu blog reagiram à aposta do diplomata russo.

Anteriormente, o embaixador russo junto da NATO tinha anunciado, numa entrevista a uma rádio russa, que duvidava das palavras de Anders Fogh Rasmussen, secretário-geral da NATO, que tinha afirmado que a Aliança Atlântica não faz da Rússia seu adversário.

19 comentários:

MSantos disse...

A pergunta que fica é como é possível "personagens deste calibre" chegarem aonde chegam ocupando lugares que exigem sentido de responsabilidade e sobriedade na forma como se expressam.

Desde que acompanho este blog, o retrato que fico deste sr Rogozin é que não passa de um imbecil a ocupar um cargo que exige extremo tacto diplomático pois envolve o relacionamento importantíssimo Rússia-NATO.

Cumpts
Manuel Santos

Anónimo disse...

A OTAN e os EUA são uma ameaça não só a Rússia mais para o Brasil e o resto do mundo. Eles nem disfarça a cobiça da nossa Amazônia.

Anónimo disse...

Completamente de acordo com o MSantos.
Foi este mesmo Rogozin que apelou à expulsão dos imigrantes para fora Moscovo e outras "pérolas" semelhantes.
Só que este tipo de comportamente impulsivo-nacionalista não é isolado, é muito típico de uma parte dos dirigentes russos de vários níveis (regional, local. A Rússia no seu pior.
José L.

HAVOC disse...

Vamos fazer uma simulação - Sistema americano vs Sistema Russo ( valendo US$ 1 milhão )

a) F-15C/D EAGLE VS SU-27 FLANKER

B) F-15E STRYKE EAGLE VS SU-34 FULLBACK

C) F-16C/D FALCON VS MIG-35 SNIPER FULCRUM

D) F-18 HORNET VS SU-33 NAVY FLANKER

E) F/A-18 SUPER HORNET VS SU-35 SUPER FLANKER

F) F-22 RAPTOR VS PAK-FA 50

G) A-10 THUNDERBOLT VS SU-25 FROGFOOT

H) AH-1W WHISKEY COBRA VS KA-52 ALLIGATOR

I) AH-64 APACHE LONGBOW VS MI-28 NIGHTHUNTER

J) UH-60 BLACKHAWK VS MI-17 HIP

K) CH-47 CHINOOK VS MI-25 HALO

L) M-1 ABRAMS VS T-90

M) SISTEMA PATRIOT VS SISTEMA S-400

N) MÍSSIL CRUZEIRO TOMAHAWK VS MÍSSIL CRUZEIRO BRAHMOS

O) NAVIO DESTROYER CLASSE ARLEIGH BURKE VS NAVIO DESTROYER CLASSE SOVRENEMNY

P) SUBMARINO DE ATAQUE NUCLEAR SEAWOLF VS SUBMARINO DE ATAQUE NUCLEAR AKULA II

Q) ICBM MINUTEMAN VS ICBM TOPOL M

r) E-3 SENTRY VS A-50 MAINSTAY

Façam as comparações entre estes sistemas, e chegarão a conclusão que Rússia e USA estão e sempre estiveram no mesmo nível!!!

Gilberto disse...

A forma mais eficaz de se roubar um povo -- principalmente os de mentalidade político-democrática atrasadíssima(nível de África)como o russo -- é estabelecendo um discurso chovinista, nacionalista de quinta categoria.

Meus amigos russos, não sejam imbecis e acordem -- O INIMIGO ESTÁ EM CASA!

Pippo disse...

Alone, as armas não valem nada sem os seus operadores e sem uma boa integração de sistemas. A Guerra da Ossétia, bem como a da Chechénia 2, serviram de bons balões de ensaio para uma série de procedimentos.

Quanto ao Rogozin, de facto ele deveria ter mais talento diplomático, mas o que ele diz não deixa de ser verdade. Claro que, a meu ver, neste cenário a Rússia não seria a Esatland mas sim Northland, o agressor.

eleuterio disse...

A lista de alone hunter é grande mas não exuastiva. O que espanta é que sendo um estado com a 10ª economia do mundo, caracterizado por atrasos socias gritantes, com cerca de 18 vezes menos PIB que os EUA e 2,5 vezes menos que a China, consiga manter a sua produção tecnológica de ponta a este nível.
É isto que os anti-russos nunca consiguirão entender, é o enigma desse colosso que se quer adormecido.
Claro que para entender isto é necessário mais do que posicionamentos ideologicos anacronicos, entender a fundoo que move esta gente e os seus anseios.
E igualmente o calibre dos seus governantes...

MSantos disse...

Pippo, obviamente a Eastland é a palavra Rússia escarrapachada com todas as letras. No entanto temos que enquadrar o seguinte:

Já todos sabemos que os países do Báltico, Polónia incluída, alimentam ressentimentos históricos contra a Rússia (independentemente do facto de serem justificados ou não) e mesmo que não haja pretexto, tudo serve como arma de arremesso. A compra do porta-helis Mistral está a ser um exemplo disso pois todos sabemos que se a Rússia decidir invadir não precisa do navio.

Pois a Rússia foi dar um grande pretexto para estes exercícios se realizarem, quando executou no verão passado exercícios militares no Báltico e Kaliningrado de grande dimensão quando os não devia ter feito, pois até seria uam das respostas ao desanuviamento que veio dos EUA.

Aqui mais uma vez a Rússia teve a "sensibilidade e sensatez" do proverbial elefante na loja de porcelanas.

Voltando a Rogozin, as relações NATO-Rússia são de extrema importância para todos, de grande complexidade e bastante melindre pelo que o embaixador russo na NATO devia ser alguém com sentido de estado, responsabilidade e cabeça fria e não um arruaceiro desbocado.

Mesmo na nomenklatura russa existem pessoas de grande qualidade, veja-se o caso do MNE Lavrov que é um senhor.

Cumpts
Manuel Santos

Pedro disse...

Desculpem não abordar o assunto deste tópico mas recentemente surgiu-me uma história que ouvi contar há uns anos atrás e gostaria de saber se voçês que estão mais conhecedores da Rússia e EUA se a conheçem e se esta é verdadeira ou apenas uma especie de anedota:

Trata-se do funcionamento das canetas de tinta no espaço. O que me contaram há muitos anos atrás é que os Americanos gastaram rios de dolares no desenvolvimento de uma caneta de tinta que conseguisse escrever no espaço sem gravidade. É obvio que os astronautas necessitam de escrever nas suas missões para tirar notas registas coisas etc...
Finalmente ao fim de alguns anos e de muito dinheiro ter sido gasto os EUA lá conseguiram criar uma caneta que escrevesse no espaço embora embora de forma um pouco defeituosa.
Depois disto num encontro com homologos Russos um Engenheiro da NASA pergunta a um Russo qunato dinheiro os russos tinham gasto a desenvolver uma caneta semelhante.
O Russo simplesmente repondeu:
"Caneta? No Espaço? Não. Nós só levamos lápis."

Isto aconteceu mesmo ou é história?

Wandard disse...

Se a oferta fosse de provar o contrário certamente os 3.866 visitantes do site seriam uma gota no oceano, afinal, provas é o que não faltam. Porém caros amigos, criticar a falta de diplomacia do Sr. Rogozin é atirar pedra nos próprios telhados que são de vidro, pois o Sr. Jaab de Hoope Scheffer não era nenhum primor de sutilidade no tratamento com a Rússia e o atual secretário, o Sr. Anders Rasmussen que assumiu o cargo em agosto de 2009, não mostrou mudanças no comportamento da aliança.

Jest nas Wielu disse...

É o desporto nacional russo, prometer aquilo que não tem, na esperança de no fim fazer a cara do Stanislavsky dizendo: "Não acredito". Enfim, Eastland...

Tcheco disse...

Já todos sabemos que os países do Báltico, Polónia incluída, alimentam ressentimentos históricos contra a Rússia

A Polonia só não tem ressentimentos contra si própria, pois se deu mal em todas as guerras.

Pedro disse...

Então ninguém sabe responder á minha pergunta da caneta?
Sr Milhazes, voçê sabe se a história da caneta é verdadeira ou é falsa? Estou curioso porque recentemente contei isto a umas pessoas e elas embora não sabendo acharam todas que era mentira.
Se alguém souber agradeço.
Alías esta história já é bem velha.

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Caro Pedro, não respondi, porque não conheço essa história

MSantos disse...

Caro Pedro

Eu também já ouvi essa história várias vezes mas não lhe confirmo a veracidade da mesma.

Poderá ser verdade dado os russos terem descoberto boas soluções técnicas através da simplicidade e do engenho para contrariar alta tecnologia em que eram mais fracos.

Se isso foi verdade os americanos não inventaram nenhuma solução mas apenas um problema que não existia.

Ou poderá ser apenas, como agora se diz, um mito urbano.

Cumpts
Manuel Santos

Pedro disse...

Pessoal, dado que ninguém conhecia estive a re-pesquisar (a primeira pesquisa que fiz não encontrei nada de conclusivo) esta suposta história.
Em alguns sites já dá para perceber que se trata de "mito urbano".

Por exemplo no site da NASA (Embora a NASA não seja 100% fiavél)

http://history.nasa.gov/spacepen.html.

Portanto para quem tivesse ficado curioso fica aqui a versão oficial.

Wandard disse...

Pedro,

A história da caneta é verdadeira e não apenas um mito, mas é contemporânea aos tempos da guerra fria e consequente corrida espacial, é um tema muito utilizado como exemplo no mundo corporativo "buscar soluções", "fazer diferente" e relacionado em brain storms realizados por marketeiros, não sei se existem registros em sites.

Maquiavel, por acaso MBA disse...

Nem que o homem oferecesse 1.000 milhöes eles seriam reclamados... mas isso toda a gente sabe!

Quanto à história da caneta espacial, sempre foi assim: os soviéticos nunca tiveram dinheiro, logo tinham de arranjar soluçöes baratas. Os foguetöes de lançamento eram enormes e rudimentares relativamente aos americanos por isso mesmo.
Os americanos tinham dinheiro para adquirir a última tecnologia possível.

O caricato foi quando quiseram mandar o Homem à Lua, tentaram usar a última tecnologia... mas como näo funcionava, tiveram de fazer a Saturno V "à soviética" (um grande matacäo). Mas chegou lá!
É como tudo na vida: a necessidade aguça o engenho!

Jest nas Wielu disse...

História da caneta obrigou o mundo Ocidental a produzir a tecnologia, que a URSS roubava (copiava) ou tentava imitar como podia (a tal caneta).

Hoje, a Rússia usa computadores IBM / Apple, guia os BMW / Mercedes, compra os Mistral na França e vá de férias à Turquia ou Courchevel. Se calhar valia a pena criar a caneta e não usar o lápis…

p.s.
antes que me acusem de fobias, digo que isso se aplica à todos os outros países de 3º mundo que não querem investir nas tecnologias, comprando as linhas “chave na mão”, 40 anos depois andam fabricar a versão piorada do Fiat 124...