Altas patentes do Movimento das Forças Armadas de Portugal deram o aval ao envio de tropas cubanas e armas soviéticas para Angola em 1975, escreve nas suas memórias Oleg Najestkin, antigo agente secreto soviético.
Segundo Najestkin, Agostinho Neto, dirigente do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), pediu ajuda aos cubanos em fevereiro de 1975, mas estes só informaram a direção soviética em Agosto do mesmo ano.
“Primeiramente, os cubanos propuseram a Neto, em lugar do envio das suas tropas, estudar a possibilidade de criação, nas zonas libertadas, de escolas militares, para onde os cubanos poderiam enviar os seus professores e, desse modo, treinar quadros militares para as forças armadas angolanas no local”, recorda Najestkin nas memórias “No anel de fogo do bloqueio”, publicadas em Moscovo.
“Depois de Neto ter dado a sua concordância de princípio”, continua o agente soviético, “os cubanos realizaram conversações com representantes das autoridades portuguesas. Nomeadamente, eles discutiram todos os pormenores sobre a criação de escolas militares e a sua ajuda neste campo com Otelo Saraiva de Carvalho, representante do Movimento das Forças Armadas português, durante a sua visita a Havana, e, depois, com o Governador-geral de Angola, Rosa Coutinho”.
“Os portugueses deram a concordância de princípio quanto à participação de cubanos na preparação de quadros militares do MPLA, sublinhando que, em caso de agudização da situação, a ajuda de Cuba ao MPLA poderia ser mais substancial”, recorda Najestik.
Na véspera da proclamação da independência de Angola, quando a direção soviética ainda não tinha decidido se apoiava o Acordo de Alvor, que previa a entrega do poder aos três movimentos de libertação angolanos: MPLA, FNLA e UNITA, ou apostar apenas no MPLA, Najestik encontrou-se com Agostinho Neto e este voltou a apontar o apoio das autoridades portugueses ao seu movimento no caso dos fornecimentos de armamentos soviéticos.
“As autoridades portuguesas em Luanda compreendem a situação. Elas imaginam o que poderá acontecer se na cidade entrarem destacamentos da FNLA e da UNITA. Por isso, estão prontas a fechar os olhos aos fornecimentos de armas soviéticas até 11 de novembro”, declarou Neto, citado pelo antigo agente soviético.
“Depois dessa data, tratar-se-á de um problema interno nosso”, concluiu.
27 comentários:
Pois, o nosso "Almirante Vermelho", Rosa Coutinho, foi um traidor.
Ele é mais um exemplo de como os simpatizantes do comunismo podem ser nefastos ao país. Não sabia que ele tinha sido Governador-geral de Angola! Os retornados, que deixaram tudo lá, bem tiveram razão em chamar-lhe traidor!
Para quem quiser ver, aqui fica o link para a célebre carta em que Rosa coutinho apela ao massacre de crianças portuguesas.
Senhor Milhazes, tem alguma informação sobre o suposto encontro em Praga que é referido nesta carta?
http://4.bp.blogspot.com/_J8oQe5UqeFI/SBmm1lbmBFI/AAAAAAAAFsw/fyPTOcOt-Eo/s1600/CARTA%2BROSA%2BCOUTINHO.jpg
Caro leitor anónimo, peço que tenham cuidado ao divulgar esse tipo de documentos, pois, no caso concreto de Rosa Coutinho, nem todos são verdadeiros. Não se pode acusar as pessoas gratuitamente, mas baseando-se em fontes fidedignas. O meu post baseia-se no agente secreto soviético que acompanhou o MPLA entre 1960 e 1975 e as suas declarações devem ser cruzadas com outras informações e documentos.
Mas o próprio Rosa Coutinho se tinha vindo a congratular ao longo dos anos pelo apoio que deu ao MPLA. Inclusive em entrevistas a TVs internacionais.
Eu não sou profundo conhecedor da história dos países luso-africanos, mas Portugal foi o grande responsável pelo que veio a acontecer.
Em 500 anos dos domínio houve tempo para colonizar de verdade. Fazer uma grande reforma agrária, construir bases sólidas para uma estrutura política de irmandade com a pátria-mãe, investir em educação para todos, em saúde. Mas nada disso foi feito.
Se tivesse isso ocorrido, Angola e Moçambique seriam hj parte de uma confederação lusa, bem mais desenvolvidos, livres e democráticos, como o Canadá, Austrália e Nova Zelândia o são em relação ao Reino unido.
Mas não. é uma pena.
Um país de uma história grandiosa, belíssima, mas que perdeu o rumo conforme o tempo foi passando.
E deu no que deu.
Com relação ao que aconteceu nesse período histórico (anos 70), não era de se esperar outra coisa.
E vejam o que o comunismo trouxe de bom para um país miserável como Angola...
"Vasco Lourenço lamentou depois "a campanha de calúnias miserável" que visou Rosa Coutinho ao longo dos anos seguintes e que envolveu a publicação de "cartas forjadas". "Pelos dados que tenho, ele tratou os três movimentos de libertação angolanos [MPLA, UNITA, FNLA] da mesma maneira", acrescentou". In: Diário de Lisboa, 03 de Junho.
Caro leitor Ricardo Lima, eu desconheço entrevistas onde Rosa Coutinho tenha dito abertamente que tenha apoiado a intervenção cubana. Vasco Lourenço, um dos grandes capitães democratas de Abril, talvez por uma questão de corporativismo, disse o que citei acima.
Não se esqueça de publicar a participação do estado sionista no fornecimento de armas aos grupos terroristas que combateram os soldados portugueses em África e também o combate que nos fizeram depois do 25 de Abril, para nos expulsarem de lá e para apoiarem os novos senhores da guerra, desde os americanos, soviéticos e sul-africanos.
Ah...não se esqueça de também publicar a colaboração do Estado de Israel com a ex-«racista» RSA na opressão dos povos negros.
Não se esqueça.
Todos nós gostamos de muitas histórias.
Leitor TerreBlanche, os sionistas estão em toda a parte? Até ajudaram nos soviéticos em África? Para mim, isso é novidade. Não veja sionistas em toda a parte...
Já foi por diversas vezes demonstrado que essa pseudo-carta era uma falsificação. Mais recentemente a história dessa falsificação foi contada por Pacheco Pereira.
As alternativas à aliança MPLA-Cuba eram apenas duas: a entrada da FNLA com o apoio das tropas zairenses ou a entrada da UNITA com o apoio das tropas sul-africanas, que já estavam preparadas para isso. Não havia outra alternativa. A hipótese zairense ou sul-africana eram muito mais desfavoráveis aos interesses portugueses a longo prazo.
O principal fornecedor de armas do regime racista da África do Sul foi Israel.. Notícias recentes referem a possibilidade de tentativa de venda de armas nucleares à Africa do Sul por parte de Israel: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/05/israel-quis-vender-armas-nucleares-africa-do-sul-diz-jornal.html
Anónimo das 12.51h,
Eu também tive acesso a essa carta. Segundo uma troca de emails com o JM, ele disse-me que, segundo diversos historiadores, essa carta era falsa, forjada.
Contactei O Século de Joanesburgo, para saber mais pormenores, e eles não me responderam, portanto, até melhores confirmações, esse documento em concreto não deverá ser considerado como válido.
Caro JM,
Em relação à cimeira UE-Rússia, gostaria de chamar a atenção ao que considero mais importante. O posterior encontro entre Merkel e Medvdev.
Medvedev, Merkel want new EU-Russia security forum
Russian President Dmitry Medvedev and German Chancellor Angela Merkel said on Saturday that they wanted an unbureaucratic new EU-Russia forum for security cooperation.
The two leaders said after two days of talks near Berlin that they had signed a memorandum on forming an "EU-Russia Political and Security Committee (ER PSC)" steered by EU foreign policy chief Catherine Ashton and Russian Foreign Minister Sergei Lavrov.
"Dmitry Medvedev suggested quite a while ago that we should move towards new forms of cooperation in security issues between the EU and Russia. We believe here we could agree on a qualitative upgrade to already existing relations between the EU and Russia from a very low level," Merkel said.
The forum should hammer out rules for a joint "crisis management mechanism" between the 27-nation bloc and Russia that could be both civilian and military in nature, Merkel said.
This could be tested in Transdniestr, a Russian-speaking region that broke away from Romanian-speaking Moldova in a war in the early 1990s but is not internationally recognised, Merkel and Medvedev said.
"We agreed to continue consultations on this issue (security). There is a desire to raise the level of such decisions. But not for the sake of creating a bureaucratic organ but to decide questions," the Russian leader said.
http://www.eubusiness.com/news-eu/germany-russia.519
Na minha opinião estão a ser criadas ligações bem mais profundas entre a UE e a Rússia do que aquelas que nos estão a ser mostradas. Este encontro entre a Rússia e um dos principais motores da UE tem enormes implicações.
Se relembrassemos o que foi escrito acerca da guerra do gás, das criticas à Rússia, da guerra com a Georgia, quem imaginaria que hoje estariamos a assistir a tais movimentos, bem, alguns de facto imaginavam...
Se pensarmos que neste momento a UE e o euro estão a sofrer ataques que tentam descredibilizar a moeda e as instituições europeias e ao mesmo tempo vemos estas duas potências reunirem-se, quando até hoje já sabemos que a Alemanha não tem problemas em passar tecnologia para a Rússia como se viu com a tentativa de aquisição da Opel com o aval pessoal de Merkel...
Meu caro, podemos nos próximos anos assistir a importantes acontecimentos entre a UE e a Rússia. E serão convergentes.
As implicações disto... são simplesmente enormes. enormes.
Peço desculpa
O comentário era endereçado ao PortugueseMan
Pippo
Isso só vai acontecer até Putin ser reeleito. A política russa é fértil em reviravoltas de 180º. Era bom que este movimento continuasse, porque algumas elites o desejam, mas tenho as minhas dúvidas que se mantenha quando Medvedev sair. Deus queira que me engane.
-Aldrabões & vendedores de banha da cobra e outros vigaristas SARL
-Nem os doc dos serviços secretos da CIA , se atreveram a tanto.
-Você só publica merda sr. Milhazes.
aferreira
AFerreira, não fui eu que a fiz.
-Ai não!!! então quem o publicou na sua pagina. -O vizinho da esquina ou foi o gato?
Leitor AFerreira, eu apenas traduzi e publiquei. Não fui eu que inventei. Se não quer ler, não leia.
-Foi o que eu disse!
-Você só publica merda.
-Se existisse prémio Nobel para a publicação de aldrabices...tenha a certeza que você era um dos galardoados.
AFerreira, como se parece tratar de um caso de psiquiatria, recomendo-lhe a dirigir-se a outras instituições. A nossa conversa fica por aqui.
Cara Cristina,
Na minha perspectiva este movimento convergente não teve início com Merkel e Medvdev, mas sim entre Schroeder e Putin.
Na minha opinião o que estamos a assistir é a um lento evoluir das relações entre ambos os países.
Se Medvedev sair e se por acaso Putin fôr de novo para lá, nada mudará, pois ambos têm seguido esta política.
Cumrimentos,
PortugueseMan
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