quinta-feira, agosto 05, 2010

Polícia recorre a gás lacrimogéneo para dispersar manifestação da oposição


A polícia quirguize empregou gás lacrimogéneo e granadas de barulho para dispersar apoiantes de Urmat Bariktobassov, um dos líderes da oposição, que tentaram entrar na capital do país, informa o Ministério do Interior do Quirguistão.
“Foram empregues meios especiais para dispersar os manifestantes que cortaram a estrada para Bichkek”, precisou a polícia.
A oposição quirguize tencionava realizar hoje uma reunião em Bichkek e conseguiu reunir alguns milhares de apoiantes junto do edifício do Parlamento do país, que exigiram um encontro com Rosa Otunbaieva, Presidente do país.
Porém, a polícia barrou o caminho a cerca de mil automóveis à entrada da cidade, impedindo que novos manifestantes, bem como o seu dirigente, se reunissem aos que já se encontram no centro de Bichkek.
As autoridades estão dispostas a iniciar conversações com a oposição.
“A realização de conversações seria o mais razoável. Por outro lado, os manifestantes avançam exigências nacionalistas”, declarou o porta-voz do Governo Provisório.
Urmat Bariktobassov é um conhecido homem de negócios que, depois da “revolução das tulipas” tentou participar nas eleições presidenciais de 2005, apresentando-se como adversário de Kurmambek Bakiev.
Porém, a Comissão Eleitoral Central do Quirguistão afastou-o da corrida, alegando que ele possuía dupla nacionalidade. Descontentes com a decisão, os seus apoiantes ocuparam o edifício do Governo durante algumas horas.
Após a vitória de Bakiev, Urmat Bariktobassov refugiou-se num dos países árabes e regressou ao país, aós a queda de Bakiev em Abril passado, para exigir o fim da perseguição judicial.
Bariktobassov foi detido pelas autoridades quirguizes e acusado de ter organizado um golpe de Estado.
Em Junho, confrontos entre quirguizes e uzbeques no sul do país provocaram milhares de mortos, feridos e desalojados.

1 comentário:

Vox disse...

Não acho nada de extraordinário.

Se fosse aquí, a polícia de choque corria com os manifestantes à paulada, e se necessário fosse, até os matava à paulada. E sem uso de gás lacrimogéneo, que custa dinheiro.