terça-feira, setembro 21, 2010

Gays exigem demissão de Iúri Lujkov


Agentes da polícia de choque OMON dispersaram uma manifestação de gays que tentaram exigir a demissão de Iúri Lujkov do cargo de Presidente da Câmara da capital russa e detiveram os organizadores da iniciativa.
Não obstante o forte aparato policial na Praça Tverskaia, onde está situado o edifício da câmara municipal, algumas dezenas de gays conseguiram entrar no local e prenderam-se com algemas aos gradeamentos instalados em redor da estátua de Iúri Dolgorrukov, fundador de Moscovo.
Os manifestantes exigiram a demissão de Lujkov por este impedir a realização de paradas gays na cidade.
“Esta é a nossa prenda de aniversário a Iúri Lujkov”, declarou aos jornalistas um dos organizadores da manifestação.
A polícia atuou com dureza e deteve pelo menos dez dos manifestantes.
Esta manifestação tem como fundo uma forte campanha lançada na imprensa contra o poderoso dirigente de Moscovo e Iúlia Baturina, sua esposa e a mulher mais rica da Rússia. Os canais de televisão públicos acusam-nos de corrupção e nepotismo.
Numa entrevista concedida ontem à revista russa The New Times, Baturina afirma que a iniciativa dos ataques contra o marido partem do Kremlin, da Administração do Presidente Dmitri Medvedev, e que se trata de um dos episódios da luta pelo cargo de Presidente da Rússia entre Medvedev e o primeiro-ministro, Vladimir Putin, nas eleições de 2012.
Lujkov, que hoje comemora 74 anos, decidiu festejar o seu aniversário nos Alpes austríacos com a família e os analistas tentam adivinhar em que data e em que condições ele será demitido do cargo de presidente da Cãmara de Moscovo por Medvedev.
O Presidente russo não lhe deu os parabéns, como é costume, enquanto que  Vladimir Putin enviou um telegrama de felicitações, mas o seu centro de imprensa sublinhou que se tratou de “uma questão protocolar”.

1 comentário:

Anónimo disse...

Nossa, quando esse prefeito sair, Moscou vai perder a moralidade.