sábado, outubro 30, 2010

Moscovo recorda vítimas das repressões estalinistas

Российские правозащитники протестуют против плана переноса Соловецкого камня в связи с намерениями столичных властей провести строительные работы под сквером на Лубянской площади

O dia das vítimas das repressões estalinistas é no sábado, mas, como já é tradição, a organização não governamental Memorial realizou, na véspera, a iniciativa “Regresso (Devolução) dos nomes”.
Na Praça Lubianka, onde se encontra a Pedra de Solovetski, trazida da ilha homónima onde os comunistas criaram o primeiro campo de concentração em 1921, e a sede do antigo-KGB (polícia política soviética), hoje FSB, soam os nomes das vítimas das repressões do regime leninista-estalinista.
Às dez horas da manhã, Vladimir Lukin, Comissário para os Direitos do Homem da Rússia, subiu a uma pequena tribuna e começou a ler o nome das vítimas das repressões, a sua idade, emprego e data do fuzilamento.
Depois, qualquer pessoa que desejasse, continuava a leitura da longa lista de moscovitas fuzilados.
“Em 12 horas, 400 pessoas devem pronunciar os nomes de 3500 fuzilados” , informou Lukin.
No entanto, sublinharam os organizadores, o número de vítimas das repressões estalinistas em Moscovo foi “muito maior”.
“Meherhold, Vselovod Emilevitch, 66 anos, ator, fuzilado a 2 de Fevereiro de 1940; Zaitsev, Mikhail Ossifovitch, 26 anos, operário fabril, fuzilado a 09 de Maio de 1938”..., pronunciou uma das centenas de pessoas que passaram pelo local, depositaram flores e acenderam velas.
A primeira neve do Inverno caía incessantemente, dando um ar ainda mais fúnebre, emocional à cerimónia.
Arsenii Roguinski, presidente da Memorial, defendeu que o regime soviético deve ser julgado e condenado.
“Os crimes devem ser chamados crimes. O regime deve ser julgado e revelados os seus principais crimes. É preciso uma avaliação jurídica desses crimes e levá-la até às pesoas através dos manuais escolares”, precisou.
Nenhum dos dirigentes russos participou na cerimónia, o que não constituiu uma surpresa para os organizadores.
“Eles não ousam condenar clara e abertamente os crimes estalinistas. Os sinais são ambíguos”, declarou à Lusa Mikhail, estudante universitário.
Na terça-feira, Vladimir Putin, primeiro-ministro russo e antigo agente do KGB, participou no lançamento do “Arquipélado de Gulag”, livro de Alexandre Soljenitzin que denunciou os crimes comunistas.
“Devemos estudar e propagandear a obra do seu marido”, declarou Putin, dirigindo-se à viúva do escritor.
“É melhor estudar”, comentou Natalia Soljenitzin.

46 comentários:

Gilberto disse...

Sobre a repressão stalinista, claro que foi brutal e tem que ser lembrada.

Lembremos também que a maioria das vítimas desse período negro de 37-40 eram trotskistas e velhos bolcheviques - comunistas e revolucionários de verdade.

Sobre o fato de se falar em "campos de concentração" em 1921, é pura falácia.

Era campo de prisioneiro.

Eu queriam que pusessem os centenas de milhares de prisioneiros da Guerra Civil em um hotel? ou queriam que dessem logo um tiro na nuca de cada um?

Há muita falácia a respeito. Tenho um sempre um pé atrás com esses grupos liberais.

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Caro Gilberto, o SLON, como era conhecido o campo de concentração de Solovka, foi criado não só para internar combatentes da guerra civilo, mas muitos adversários políticos do bolchevismo que não pegaram em armas.
Recordo-lhe o provérbio russo: "Podem-me chamar até pote, o principal é que não me ponham no forno".

Gilberto disse...

E outra...

Qualquer alusão de Gulags(por mais terríveis que fossem) a "Campos de Concentração"(aludindo aos campos nazistas) é de uma falácia, de uma desonestidade intelectual monstruosa.

Uso o próprio Solzhenitsin:

Ele, Solzhenitsin, sofreu de câncer enquanto esteve preso em um Gulag. Foi tratado com o que havia de mais moderno na época para curá-lo, remédios, terapias, cirurgias, etc...

Alguém aqui imagina um prisioneiro judeu doente num campo de concentração nazista tendo todos esses cuidados e tratamentos para lhe salvar a vida?

Não?

Então não me venham com essa.

Há que se ter honestidade e senso das proporções para se fazer críticas justas.

Senão se perde toda a autoridade moral.

Gilberto disse...

«(...)adversários políticos do bolchevismo que não pegaram em armas.»

Caro Milhazes, se esses "prisioneiros políticos que não pegaram em armas" se tratassem de colaboradores e sabotadores, nada mais justo que tenham sido presos.

Guerra é guerra. Guerra é uma coisa terrível, e excessos são passíveis de acontecer em tais situações. E essa guerra não foi causada pelos bolcheviques, sabes bem.

Gilberto disse...

Ps.: Caro Milhazes, o meu "desabafo" anterior não foi destinado a sua pessoa. Foi um comentário "genérico".

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Caro Gilberto, leia os testemunhos das pessoas que passaram pelo GULAG e tente encontrar diferenças com os campos de concentração nazi. Terá dificuldade.
Lénine mandou assassinar, expulsou do país numerosos intelectuais que não pegaram em armas contra o seu poder, já para não falar de sacerdotes ortodoxos.

Gilberto disse...

Pergunto outra vez, caro Milhazes:

Você conhece algum relato de um judeu num campo de concentração recebendo tratamento médico de ponta para ter a vida salva?

Se conhecer eu retiro o que disse agora.

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Caro, ele foi operado no campo de concentração, mas onde leu que nas melhores condições? Ou será que se tratava de um organismo resistente?

Gilberto disse...

Não estou dizendo que os Gulags eram bons, certamente eram terríveis mesmo. Só estou apontando a comparação com os Campos de Concentração Nazistas falaciosa. E usando o próprio Solzhenitsin como prova material do que afirmo.

É uma questão de senso das proporções.

Anónimo disse...

Sei que o comentário que vou deixar não é pertinente tendo em conta a notícia, mas alguém me sabe dizer onde se pode aprender russo no Porto?

Carla

Anónimo disse...

Gilberto Múcio, tuas palavras só demonstram o caráter que gente da sua laia possui.


O comunismo assassinou 110 milhões de pessoas, mas foi derrotado. Sabe por q? Porque no fim, o bom e o justo SEMPRE triunfam.


Vcs PERDERAM.

Anónimo disse...

Gulagas= Campos de concentração, assassinato e extermínio.

MSantos disse...

E ninguém responde à Carla.

Carla

Espero que ajude

http://www.atlascoop.net/russo.htm

Cumpts
Manuel Santos

o russo disse...

Vou dar também a minha ajuda à Carla. Sei que quer na faculdade de letras quer no Iscap existem licenciaturas em que Russo faz parte do plano de curso. Pode sempre inscrever-se como aluna extra curricular.

Felipe Pinheiro disse...

Confundir o ideal comunista com os crimes praticadas por dirigentes em nome deste ideal é desonestidade.

Deve-se separar as duas coisas, assim como não podemos confundir o capitalismo com as milhares de mortes praticadas pelas ditaduras capitalistas latino-americanas, nem as mortes provocadas pela igreja Católica nas Cruzadas e na Santa Inquisição, com cristianismo.

No comunismo, os trabalhadores controlariam coletivamente os meios de produção. Isso jamais existiu em nenhuma sociedade. Os crimes stalinistas devem ser creditados unica e exclusivamente a ele.

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Caro Gilberto, peço-lhe desculpa por ter deixado passar um comentário pouco correcto em relação à sua pessoa.

Maquiavel disse...

Entäo porque näo o apaga, JM?

Felipe falou e falou muitíssmo bem. Só se confundem alhos com bugalhos quando convém.
Afinal näo vejo ninguém igualar nazismo=capitalismo como vejo estalinismo=comunismo, porque será?
Entäo qual era o regime económico durante o nazismo?

Jest nas Wielu disse...

Só uma pessoa com a cultura geral bastante limitada, ou então uma pessoa mal intencionada poderá afirmar, que campo de concentração de Solovki / SLON difere em alguma coisa dos campos de concertação nazis:
http://www.solovki.ca/english/camp.php
http://en.wikipedia.org/
wiki/Solovki_prison_camp

Jest nas Wielu disse...

Um dos mitos que a esquerda estalinista tenta defender, é o mito que os campos de concentração soviéticos eram mais humanos do que os homólogos campos nazis. Mas mesmo agora encontrei o artigo, que irei traduzir muito brevemente e colocar no meu blogue.

***

Em 1937 a troica de NKVD de província de Leningrad decidiu o fuzilamento dos 1825 presos na Cadeia Especial de Solovki (em russo STON).

No dia de 27 de Outubro de 1937 o capitão do NKVD Matveev M. R., fuzilou 208 pessoas; no dia 2 de Novembro 265 pessoas; no dia 4 de Novembro – 248; nos outros dias – 210. Matveev matava todos os prisioneiros pessoalmente, com um tiro de pistola na nuca.

Dos 1111 presos fuzilados em Sandarmokh, na famosa “etapa de Solovki” cerca de metade eram russos, 163 – ucranianos; 135 judeus; 40 belarusos; 31 alemães; 30 polacos…

Ver a lista completa dos fuzilados:
http://www.istpravda.com.ua/articles/2010/10/27/1406/

Pelo seu trabalho “excepcional”, capitão Matveev recebeu uma prenda valiosa e o a Ordem da Estrela Vermelha pela “luta eficaz contra contra-revolução”. Um dos seus comparsas escrevia que Metveev fuzilava as pessoas “rapidamente, de forma precisa e inteligente”.

http://www.istpravda.com.ua/columns/2010/10/26/1398/

Anónimo disse...

Nossa Maquiavel, você fez uma viagem na maionese....................

Anónimo disse...

Mas foi alguém eliminado na URSS por diferenças étnicas, de raça, cultura etc, etc.
O regime Soviético alguma vez fez da morte e do extreminio um objectivo?
Fez experiência médicas com prisioneiros?
Extreminou crianças, velhos ou deficientes?

É isto que tem que ser dito porque o resto é propaganda falaciosa, com objectivos puramente politicos.

Anónimo disse...

«««««««««««««Na terça-feira, Vladimir Putin, primeiro-ministro russo e antigo agente do KGB, participou no lançamento do “Arquipélado de Gulag”,»»»»»»»»»»»»»


Seguindo este raciocínio, quando nos referir-mos a Durão Barroso devemos acrescentar. José Manuel Durão Barroso actual Presidente da Comissão Europeia antigo dirigente comunista Maoista/Estalinista que tentou assaltar o Hospital Militar Principal para libertar o capitão Cubano Rodriguez Peralta preso em combate na Guiné “Portuguesa” . Que em consequência disso houve um morto e vários feridos. Além das centenas de desacatos que provocou nesse tempo, basta ver este artigo.

http://5dias.net/2006/10/20/a-directiva-comunitaria-viva-estaline/.


Deixamos o “dono” da casa fora da intriga. Porque neste aspecto há uns rótulos que também se lhe colam maravilhosamente.

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Sr. Francisco Lucrécio, EStaline matou por serem judeus, deportou povos inteiros. O que é isto?
Qual é a diferença entre matar por ser judeu ou por ser burguês ou proletário?

António disse...

Para além de todos os exemplos que o José Milhazes e outros já aqui mencionaram, SIM, os soviéticos realizaram experiências médicas, sendo o caso do campo de morte de Magadan o mais divulgado.

E já nos esquecemos do holocausto polaco? Dos 20.000 oficiais polacos assassinados sistematicamente e enterrados em Katyn-Kharkov-Mednoye? Como se não bastasse, em 1940 e 1941, o NKVD deportou 1,2 milhões de polacos, quase metade dos quais (a maioria crianças) morreu em cativeiro. E o Holodomor? Se não chamarmos a estas coisas limpeza étnica vamos chamar-lhe o quê? Azares do destino?

Idosos e crianças? morriam aos milhares no Gulag por inanição, frio e falta de atenção médica. Há que ter em conta que em enésimas instâncias famílias inteiras eram deportadas.

Quanto mais não seja por simples decência, seria de bom-tom que alguns dos leitores deste blog pelo menos se abstivessem de regurgitar apologias a uma monstruosidade comparável em todos os aspectos (e nalguns superior em crueldade) à máquina de extermínio nazi.

António Campos

António disse...

Uma coisa fundamental que os proto-comunistas ressabiados com o inevitável fracasso das suas ideologias gostam de se esquecer é que Hitler baseou os seus propósitos genocidas nas teorias de Marx e Engels, que, na verdade, foram os primeiros europeus a advogar em favor do conceito de genocídio como condição indispensável à revolução.

Em Janeiro de 1849, Marx e Engels publicaram um artigo no Die Neue Rheinische Zeitung, afirmando a bandeiras despregadas que, na Europa central, apenas os alemães, húngaros e polacos podiam ser considerados como "progressistas". O resto podia desaparecer. Ipsis verbis no original, "a principal missão de todas as outras raças e povos, grandes ou pequenas, é perecer no holocausto revolucionário".

Assim, o genocódio nasceu da grande teoria histórica marxista: o feudalismo a dar inevitavelmente lugar ao capitalismo, e este ao socialismo. As "raças menores" da Europa (os bascos, os sérvios, os bretões, os escoceses das Highlands e outros), ensopados em feudalismo, eram "contra-revolucionários", estando dois passos atrasados em relação ao processo, tendo sido apelidados por Engels como "Volkerabfall" (lixo étnico), que deveria ser eliminado.

A realidade nua e crua da inspiração de Hitler nos teóricos marxistas foi quase totalmente obliterada da percepção pública, uma vez que era (obviamente) demasiado embaraçosa para a esquerda fundamentalista que ainda hoje sobrevive, e que temos o desprazer, de quando em vez, de ler os grunhidos até neste blog. A "eugenia" nazi é na realidade um conceito marxista.

Aliás, em 1924, quando o jovem partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores estava na sua infância, era o próprio Goebbels a afirmar em voz alta que as diferenças entre a doutrina comunista de Lenine e as ideias de Hitler eram muito ténues. Hitler afirmou muitas vezes em privado que o nacional-socialismo era doutrinalmente baseado no marxismo.

O extermínio em massa foi fundamental para ambos os regimes totalitários. Infelizmente, por razões políticas, a Europa Ocidental foi cúmplice do encobrimento soviético das monstruosidades do regime, o que teve como consequência nefasta tornar tabu, até hoje, a comparação totalmente legítima entre nazismo e comunismo em matéria de atrocidades. Não se entende porque se baniu a suástica e não se baniu a foice e o martelo. São duas faces da mesma moeda. Nunca nos poderemos esquecer disto.

António Campos

Anónimo disse...

«««««««Jose Milhazes disse...
Sr. Francisco Lucrécio, EStaline matou por serem judeus, deportou povos inteiros. O que é isto?
Qual é a diferença entre matar por ser judeu ou por ser burguês ou proletário?»»»»»»»»

Doutor Milhazes se leu bem o que escrevi poupava-me a mais maçadas. A minha resposta está toda aqui.

http://5dias.net/2006/10/20/a-directiva-comunitaria-viva-estaline/.


Isto aplica-se a si com a mesma precisão como às criaturas mencionadas, o seu nome não consta lá mas é como se consta-se, na medida em que o seu percurso e a sua acção politica são precisamente idênticos.

Talvez a diferença só resida no facto de não ter provocado as mesmas diatribes e o mesmo tipo de desacatos. Mas isso deve-se somente à disciplina e à ordem existente no PC.

Porque o seu comportamento hoje não é em nada diferente ao destas pessoas e aos outros que seguiram o mesmo caminho (Pachecos, Eduinos, Matos, Valentes).

Ou julgava que era um caso raro?

Tal como aqueles atrás referidos, o Senhor escudado na carapaça de ex-militante comunista, usa todo o tipo de inverdades e calunias desonestas contra os que nunca traíram os seus princípios, que tiveram a coragem de honrar os compromissos que assumiram na defesa dos direitos dos mais fracos e excluídos da sociedade.

Porque com a reviravolta que deu, hoje para si todos aqueles que sejam contrários às suas convicções politico/religiosas são criminosos, ladrões, desonestos, inaptos, tiranos.

Aquilo que escreveu recentemente sobre a implantação da Republica, atesta rigorosamente as suas maquinações predatórias contra o quem está para além do seu idealismo.

É vergonhoso aquela catrefada de balelas e imprecisões terem saído da mão de um Professor de História, porque se fosse de alguém que não tivesse formação nessa área admitia-se e tolerava-se o erro. Mas o Senhor não o fez inocentemente tinha plena consciência que estava a faltar à verdade com a intenção de manipular os menos informados.

Desse modo não pode exigir a ninguém que o leve a sério, na medida em que politicamente o Senhor é alguém profundamente desonesto que usa e abusa de falsidades para atingir quem é contra os seus interesses de classe e doutrinais.

Afinal qual o seu objectivo em desacreditar a Republica da forma como o fez? Foi para justificar o que veio a seguir? Ou desacreditá-la face ao anti-clericalismo que esta assumiu?

Quanto ás posições tomadas por o Czar, se foi assim que procedeu não era de esperar que actua-se de outro modo.

Anónimo disse...

««««««««« Jose Milhazes disse...
Sr. Francisco Lucrécio, EStaline matou por serem judeus, deportou povos inteiros. O que é isto?
Qual é a diferença entre matar por ser judeu ou por ser burguês ou proletário?»»»»»»»»»

Doutor Milhazes já aqui o disse e vou repeti-lo. A maior parte daquilo que o Senhor escreve não pode ser levado a sério porque de sério tem muito pouco.

Os seus objectivos são profundamente direccionados no sentido de manipular o seu “auditório” (aqueles que o lêem) uns já com as convicções firmadas e os outros menos informados que se interessam por estes assuntos, o Senhor tenta incutir o seu anti-comunismo exacerbado e a Russofobia com que se “alimenta” . Há alguns participantes com informação suficiente que não pactuam com os seus excessos políticos, para esses o Senhor tem sempre a resposta incisiva pronta a dar-lhe.

Eu quando comecei a participar no blogue ingenuamente ainda pensei que de algum modo seria capaz de repor a verdade chamando à razão sobre algumas coisas que por aqui se escreviam. Mas depressa compreendi que a funcionalidade do seu espaço cibernético não era para dizer a verdade mas sim atingir determinados interesses políticos. Por isso mesmo perdi o interesse em discutir as questões aqui colocadas. Se o tenho feito é apenas com o tipo de alfinetadas na medida em que é inútil qualquer esforço para entrar em pormenores sobre qualquer assunto que aqui coloca, porque à partida sabemos qual a finalidade pretendida.

Dou-lhe um exemplo; aquilo que o Senhor escreveu o ano passado sobre o 70º aniversário do inicio da II GG foi infeliz e deplorável, só lhe faltou dizer abertamente que Hitler foi uma vitima da URSS. Mas insinuou muito bem.

Continua……

Anónimo disse...

Continuação....

Deduzi nesse momento que o cidadão José Milhazes se identifica mais com os interesses do Nazismo que do Socialismo , ora isso são atitudes que ferem dolorosamente quem fez da sua vida um campo de batalha na defesa da justiça e da igualdade entre todas as pessoas.

Isso para mim foi chocante, senti náuseas ao aperceber-me que tais afirmações desconcertantes sem qualquer sentido nem termos de comparação, tivessem partido de alguém que dedicou milhares de horas a estudar o Marxismo.

Aí lembrei-me de uma afirmação sua feita em tempos (quando compreendi que aquilo era um embuste mudei-me).

Afinal de quem é o embuste?

É tão grande o seu embuste que não quer reconhecer a diferença entre a luta de classes e a infalibilidade racial, põe tudo ao mesmo nível.

Recusa-se a aceitar que o Nazismo explicitava (e explicita ainda) a morte e o genocídio daquele que é diferente por todas as razões (incapacidades físicas por exemplo) como seres a exterminar. O Nazismo assentou os seus princípios filosóficos numa utopia sanguinária e animalesca desde a sua fundação, sobrepondo a raça Ariana no topo da perfeição humana.

Ao passo que o comunismo de Marx sempre preconizou a igualdade e o respeito entre todos os seres humanos e o equilíbrio entre o homem e a natureza inclusive. Se houve quem se transvia-se desses fundamentos filosóficos não é razão suficiente para equiparar o Nazismo ao Socialismo, porque mesmo com todos os desvios e vicissitudes do Socialismo as diferenças são abismais entre uma ideologia e outra.

Porque estar a culpar Marx por os excessos de Estaline é o mesmo que culpar Cristo por os crimes dos Bórgias.

Agora já sabe qual a diferença entre matar burgueses no fervor da luta de classes. Ou exterminar milhões de cidadãos, simplesmente por serem ciganos, pretos, eslavos, deficientes, judeus, ou árabes?

Se ainda não compreendeu há quem lhe explique muito melhor que eu como Hanna Arendt, Jurgen Habernas ou então o filosofo da moda neste momento Slavo Zizek, todos eles dificilmente passam por companheiros de viagem ou amigos da URSS, no entanto denunciam muito bem a trivialidade que se pretende fazer do Nazismo quando se procura colocá-lo ao mesmo nível do Estalinismo.

Anónimo disse...

Continuação....

Deduzi nesse momento que o cidadão José Milhazes se identifica mais com os interesses do Nazismo que do Socialismo , ora isso são atitudes que ferem dolorosamente quem fez da sua vida um campo de batalha na defesa da justiça e da igualdade entre todas as pessoas.

Isso para mim foi chocante, senti náuseas ao aperceber-me que tais afirmações desconcertantes sem qualquer sentido nem termos de comparação, tivessem partido de alguém que dedicou milhares de horas a estudar o Marxismo.

Aí lembrei-me de uma afirmação sua feita em tempos (quando compreendi que aquilo era um embuste mudei-me).

Afinal de quem é o embuste?

É tão grande o seu embuste que não quer reconhecer a diferença entre a luta de classes e a infalibilidade racial, põe tudo ao mesmo nível.

Recusa-se a aceitar que o Nazismo explicitava (e explicita ainda) a morte e o genocídio daquele que é diferente por todas as razões (incapacidades físicas por exemplo) como seres a exterminar. O Nazismo assentou os seus princípios filosóficos numa utopia sanguinária e animalesca desde a sua fundação, sobrepondo a raça Ariana no topo da perfeição humana.

Ao passo que o comunismo de Marx sempre preconizou a igualdade e o respeito entre todos os seres humanos e o equilíbrio entre o homem e a natureza inclusive. Se houve quem se transvia-se desses fundamentos filosóficos não é razão suficiente para equiparar o Nazismo ao Socialismo, porque mesmo com todos os desvios e vicissitudes do Socialismo as diferenças são abismais entre uma ideologia e outra.

Porque estar a culpar Marx por os excessos de Estaline é o mesmo que culpar Cristo por os crimes dos Bórgias.

Agora já sabe qual a diferença entre matar burgueses no fervor da luta de classes. Ou exterminar milhões de cidadãos, simplesmente por serem ciganos, pretos, eslavos, deficientes, judeus, ou árabes?

Se ainda não compreendeu há quem lhe explique muito melhor que eu como Hanna Arendt, Jurgen Habernas ou então o filosofo da moda neste momento Slavo Zizek, todos eles dificilmente passam por companheiros de viagem ou amigos da URSS, no entanto denunciam muito bem a trivialidade que se pretende fazer do Nazismo quando se procura colocá-lo ao mesmo nível do Estalinismo.

Anónimo disse...

Senhor Campos:
Assuma-se não atire a pedra e esconda a mão, tome coragem para se dirigir directamente às pessoas quando pretende expor as suas ideias ou esgrimir os seus argumentos.

Mas primeiro deve dizer quais as suas fontes de informação, porque inventar e fabricar falácias há muito quem tenha o atrevimento de o fazer.

Porque se for rigoroso em tudo quanto diz como foi sobre a extensa e fastidiosa avaliação que fez há relativamente pouco tempo da economia Russa , vá descansar porque só o pode levar a sério quem não conhece patavina do assunto.

Aconselho-o a dedicar mais tempo à leitura assim evita massacrar os outros com montanhas de imprecisões como é seu habito.

O Senhor é precisamente ao contrário daquele filosofo Grego “Sócrates” que dizia (só sei que nada sei). O Senhor diz tudo daquilo que nada sabe.

Começamos por Katyn. Então ainda ignora que um tribunal Russo reconheceu que os documentos foram falsificados? Que aquela folha solta “assinada por Béria” que apareceu na pasta 42 é falsa e não pertence aos documentos.

O Senhor é tão “incrédulo” ou assassino da verdade que ainda mantém a mesma versão do Holodomar posta a circular por Conquest e Service?

Habitue-se a pesquisar as várias versões dos factos, não deite a mão ao primeiro papel que encontra no caixote do lixo para espargir o que lá encontra escrito como verdades absolutas.

Alguma vez leu Habernas, Losurdo, Nolte, Furet, Deutcher, Martens, Arendt, Sarte, Russel, Morin, La Gorce, Gastaud, Tom Thomas, Salem, Davies, Zizek ou as memórias de Zukhov, isto é uma fracção daquilo que tenho pesquisado e lido.

Deixe-se de floreados e de ideias feitas comece a aprender com quem sabe de história.

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Sr. Lucrécio, qual o tribunal que considerou falsos os documentos sobre Katin? Não chame mentiroso aos outros, já lhe recomendei a olhar antes para o espelho.
Não comento as suas restantes palavras, porque estou farto de ouvir insultos. E não mexa em assuntos pessoais como, por exemplo, a minha suposta posição face às tragédias dos pescadores das Caxinas, etc.
E o que é que eu escrevi de incorrecto sobre a República? As citações de Lénine?
Pense antes de escrever. No que eu escrevi sobre o reflexo da implantação da República na Rússia não há uma palavra minha, são citações de documentos!

Felipe Pinheiro disse...

Antonio, poderia mostrar a fonte da afirmação de Marx no Die Neue Rheinische Zeitung (há algum link)?

Ainda que seja verdade, e mesmo fora de contexto (em relação ao resto do texto, e em relação ao seu tempo), foi uma afirmação extremamente infeliz e não teria qualquer respaldo entre a esmagadora maioria dos socialistas aqui do Brasil, pelo menos. Estamos debatendo idéias, que podem (e devem) ser questionadas, e não dogmas, que não podem.

Defendo uma sociedade socialista que seja alcançada através de revoluções pacíficas, mesmo que se inicie através de eleições no Estado burguês. Ocorre que, invariavelmente, as classes dominantes que perdem o poder recorrem ao golpe e à violência (com apoio dos EUA, é claro). Foi assim no Chile, com a deposição de Salvador Allende; no Brasil, com a deposição de João Goulart (que era um social-democrata); na Venezuela e Bolívia recentemente, entre outros casos.

Daí, ou se captula frente ao golpe, ou se luta contra ele. Os venezuelanos, após o golpe contra Chavez em 2002, saíram às ruas pacificamente exigindo a volta de seu presidente democraticamente eleito até o recolocarem no poder. E somente conseguiram devido a forças do exército leais ao presidente. Caso não conseguissem, entendo que seria legítimo que o povo pegasse em armas para que a vontade da maioria fosse respeitada, mas com a seguinte ressalva: armas para combater armas, e idéias para combater idéias. Jamais armas para combater idéias.

António disse...

Caro Felipe Pinheiro,

Segue abaixo uma compilação de declarações da dupla Marx-Engels:

"Pan-eslavismo democrático", Friderich Engels, NRZ, nº 222

http://www.marxists.org/archive/marx/works/1849/02/15.htm (notar especialmente a parte final)

"A Luta Magiar", Engels, NRZ nº 194

http://www.marxists.org/archive/marx/works/1849/01/13.htm

Citação do mesmo, na tradução inglesa (não tenho tempo para traduzir):

"All the earlier history of Austria up to the present day is proof of this and 1848 confirmed it. Among all the large and small nations of Austria, only three standard-bearers of progress took an active part in history, and still retain their vitality — the Germans, the Poles and the Magyars. Hence they are now revolutionary.

All the other large and small nationalities and peoples are destined to perish before long in the revolutionary world storm. For that reason they are now counter-revolutionary."[…]

"Then for a time the Slav counter-revolution will sweep down on the Austrian monarchy with all its barbarity, and the camarilla will see what sort of allies it has. But at the first victorious uprising of the French proletariat, which Louis Napoleon is striving with all his might to conjure up, the Austrian Germans and Magyars will be set free and wreak a bloody revenge on the Slav barbarians. The general war which will then break out will smash this Slav Sonderbund and wipe out all these petty hidebound nations, down to their very names.

The next world war will result in the disappearance from the face of the earth not only of reactionary classes and dynasties, but also of entire reactionary peoples. And that, too, is a step forward."

Relativamente à "questão judaica"

"Sobre a Questão Judaica", Karl Marx, Deutsch-Franzosische Jarbucher, Fevereiro de 1844

http://www.marxists.org/archive/marx/works/1844/jewish-question/

Citação:

"Let us consider the actual, worldly Jew – not the Sabbath Jew, as Bauer does, but the everyday Jew. Let us not look for the secret of the Jew in his religion, but let us look for the secret of his religion in the real Jew. What is the secular basis of Judaism? Practical need, self-interest. What is the worldly religion of the Jew? Huckstering. What is his worldly God? Money. Very well then! Emancipation from huckstering and money, consequently from practical, real Judaism, would be the self-emancipation of our time.
An organization of society which would abolish the preconditions for huckstering, and therefore the possibility of huckstering, would make the Jew impossible. His religious consciousness would be dissipated like a thin haze in the real, vital air of society. On the other hand, if the Jew recognizes that this practical nature of his is futile and works to abolish it, he extricates himself from his previous development and works for human emancipation as such and turns against the supreme practical expression of human self-estrangement.

We recognize in Judaism, therefore, a general anti-social element of the present time, an element which through historical development – to which in this harmful respect the Jews have zealously contributed – has been brought to its present high level, at which it must necessarily begin to disintegrate.

In the final analysis, the emancipation of the Jews is the emancipation of mankind from Judaism."

António disse...

Parte 2

Outra bastante interessante:

"Ernst Moritz Arndt", Engels, Telegraph Fur Deutschland, 2-5, Janeiro de 1841

http://www.marxists.org/archive/marx/works/1841/01/arndt.htm

"True, it is a fixed idea with the French that the Rhine is their property, but to this arrogant demand the only reply worthy of the German nation is Arndt’s: “Give back Alsace and Lorraine”

For I am of the opinion, perhaps in contrast to many whose standpoint I share in other respects, that the reconquest of the German-speaking left bank of the Rhine is a matter of national honour, and that the Germanisation of a disloyal Holland and of Belgium is a political necessity for us. Shall we let the German nationality be completely suppressed in these countries, while the Slavs are rising ever more powerfully in the east? Shall we give up the Germanness of our most beautiful provinces to buy the friendship of France; possession going back barely a century which could not even assimilate what was conquered-shah we accept this and the treaties of 1815 [the decisions of the Vienna Congress] as a judgment of the world spirit against which there is no appeal?"

Para que não hajam dúvidas:
Não, estas citações NÃO foram retiradas do Mein Kampf.

António Campos

António disse...

Caro Felipe,

Obviamente que, no contexto actual, as afirmações de Marx e Engels não fazem muito sentido, justificando-se apenas para comprovar que a ideologia nazi foi buscar a sua inspiração aos pensamentos revolucionários destes autores em meados do século 19, demonstrando as semelhanças filosóficas entre comunismo e nazismo, por mais que os proto-talibãs esquerdistas estrebuchem o contrário. Em boa verdade, a mortandade provocada por ambos os lados atesta-o bem.

Aliás, Hitler foi profundamente influenciado pelos rearranjos políticos e pelas filosofias sociais desse século. Uma leitura cuidadosa do Mein Kampf é suficiente para ilustrar este meu argumento.

Existem na Europa e noutras partes do mundo exemplos de que não é preciso uma revolução para trazer prosperidade à população em geral. O compromisso social-democrata tem vindo a fazer um trabalho razoavelmente bom, sem que hajam redistribuições forçadas de riqueza, nem abolição da propriedade privada (um conceito que é, aliás, quer se queira quer não, indissociável da própria condição humana). O lixo histórico do comunismo e do nazismo é a prova de que soluções"revolucionárias" só conduzem à morte e à destruição.

António Campos

Jest nas Wielu disse...

2 Francisco Lucrécio 00:12

1/Mas foi alguém eliminado na URSS por diferenças étnicas, de raça, cultura etc, etc./
Deportações em massa dos chechenos, tártaros da Crimeia, os naturais dos países Bálticos, os ucranianos da Ucrânia Ocidental entre 1939 e 1941, etc.

2/O regime Soviético alguma vez fez da morte e do extreminio um objectivo?/
Sim, a famosa frase: “Com a mão de ferro, empurraremos a humanidade à felicidade” pode ser entendida desta maneira.

3/Fez experiência médicas com prisioneiros?/
Sim, o filme “A História Soviética” retracta isso (aqui pode se descarregar o filme da Net legendado em português):
http://www.gsfilmes.net/2010/01/
a-historia-sovietica-hdtv-divx-legenda

4/Extreminou crianças, velhos ou deficientes?/
Sim, o mesmo filme também retrata isso, além disso, não se pode esquecer a “Lei das cinco espigas”, que permitia que as crianças maiores de 12 anos de idade poderiam ser julgados como adultos por um “crime” tal absurdo como serem apanhados com apenas 5 espigas de trigo durante Holodomor ucraniano.

Anónimo disse...

Felipe Pinheiro disse...



Caro Filipe desculpe intrometer-me no assunto.

Mas ainda perde tempo em responder a esta gente ? Não reparou já que a ignorância destas pessoas é mais pesada que o chumbo?

Ninguém minimamente informado ou de boa fé se atreve a fazer uma colagem do Nazismo ao Marxismo. Isto é prova provada da falta de conhecimentos ou má intenção das pessoas. Se existem alguns pontos convergentes isso de forma alguma é razão para dizer que uma dessas ideologias foi tirar ideias à outra. Se elas em si são totalmente antagónicas no tipo de sociedade que cada uma defende e nos meios a usar para atingir esses objectivos. Isto são de desabafos de quem não se esforça por exercitar as sinapses.

Mas que se trata de uma provocação grosseira, não hajam duvidas.

Se realmente existem alguns pontos em comum, nada justifica dizer que o Nazismo se inspirou nas ideias de Marx e Engels. Como dizia Bhor “Na natureza tudo está relacionado com tudo” nas relações humanas também não é diferente, tudo se relaciona com tudo (religião, politica etc. etc). .

Por isso afirmações destas só podem ser entendidas como puros disparates, ou então pior ainda, são intrigas para criar confusão.

É muito fácil desmistificar este tipo de falácias. Explico como!

Marx escreveu o seguinte,” a sociedade capitalista é imprópria para o consumo humano. Esmaga o espírito do homem, negando à grande maioria das pessoas qualquer hipótese de desenvolver o seu verdadeiro potencial”. Ora, portanto Marx potenciava a igualdade entre todos os seres humanos.

Ao contrário do Nazismo que se inspirou na filosofia de Nietzsche o “pai” do homem superior, que por sua vez assentou as suas raízes primeiro em Kant , mais tarde noutro filósofo também Alemão (Shopemhouer) .
Escreveu que; “todos os homens superiores , até agora, criaram algo que está para além de si próprios; e vós quereis ser a vazante dessa grande maré e até retornar ao animal ? “ .

O utopismo de Nietzsche é do tipo antropológico. Porque dizia que o melhoramenro da sociedade depende do melhoramento do ser humano, melhoramento que não é, contudo, aquele que normalmente concebemos.

E dizia mais; O que é o macaco para o homem? Uma risada ou uma dolorosa vergonha? E é isso mesmo que o homem inferior deve ser para o superhomem: uma risada ou uma dolorosa vergonha.

Portanto o Arianismo de Hitler não é mais que o subjugar da humanidade à prática dos princípios filosóficos de Nietzsche, mas de forma violenta.

Por favor digam-me onde encontram a instigação à violência nas obras de Marx? Ou a superação racial e social?
Eliminar isto ou aquilo ou acabar com isto ou aquilo , não quer dizer matar.

Cumprimentos.

Anónimo disse...

««««««Jose Milhazes disse... Sr. Lucrécio, qual o tribunal que considerou falsos os documentos sobre Katin?»»»»»»

Doutor Milhazes como sabe eu não estou na Rússia por isso é o Senhor que me deve responder a essa questão. Ou ignora que o partido comunista apresentou provas publicas dessas falsificações? (na Duma inclusivamente) Que o neto de Estaline que por sinal nem é comunista entrepôs uma acção em tribunal sobre esse e outros assuntos e provou-se também que existiam falsificações?

Isso já não lhe interessa a si e a muita gente mais, porque é muito difícil agora aceitarem a alteração dos factos. Para não se desmentirem a vós próprios agarram-se freneticamente aos sofismas que fabricaram.

O Senhor é do tipo daqueles que estão na aldeia e não querem ver as casas. Já sei é mentira porque foram os comunistas a apresentar as provas. Assim como é mentira o que Alexandr Zionoviev escreveu em “A Tragédia Russa” por isso o condenaram ao mais vergonhoso silencio, mas enquanto escreveu coisas contra os comunistas traziam-no nas palmas das mãos.

Veja aqui www.kp.ru ou aqui www.kprf.ru depois pesquise Katyn.
Não é mim que deve chamar mentirosos é àqueles que exibiram essas provas em publico.

Anónimo disse...

««««« Jose Milhazes disse...... E não mexa em assuntos pessoais como, por exemplo, a minha suposta posição face às tragédias dos pescadores das Caxinas, etc.»»»»»

A sua posição publica? Foi o silencio! Incomodo-o tanto aquilo que se passa fora de portas, (as injustiças e tragédias alheias ) fica mudo com o que acontece dentro de casa. O dirigente do Sindicato dos Pescadores disse na altura que situações destas podiam ser evitadas. O Senhor não ouviu isso? Pois; não lhe interessa o que dizem as Organizações dos trabalhadores, o seu problema começa aí.

Anónimo disse...

««««««Jose Milhazes disse...E o que é que eu escrevi de incorrecto sobre a República? As citações de Lénine? No que eu escrevi sobre o reflexo da implantação da República na Rússia não há uma palavra minha, são citações de documentos!»»»»»

O Senhor não só não escreveu coisas incorrectas como despejou uma chorrilhada de asneiras e aldrabices de todo o tamanho.


Alega que não são palavras suas, mas espalhou as mentiras de outros que não deixa de ser o mesmo.

Por isso desta vez não vou usar paninhos quentes. Sou mesmo frontal e usar as palavras certas. Se me quer censurar, a decisão é sua.


Porque parte das coisas que o Senhor escreveu provocam alguma consternação, não foi só infeliz, como uma tristeza também , para não usar o termo vergonhoso. Isto porque entre outras manigâncias enxerta com alguma malícia a palavra “revolucionário”. Assim a estampa cola melhor ?

Afirmações deste tipo; «««««««««Do lado dos revoltosos estavam apenas oitenta soldados... os restantes estavam inactivos. A guarda municipal tentou defender o rei, mas foi obrigada a render-se, porque os oficiais abandonaram os soldados. Com um canhão instalado no alto da Praça de Pombal podia-se dar cabo de todos os revolucionários... Porém, todos fugiram como lebres, a multidão apoderou-se de canhões e, sem saber disparar, atirava à sorte contra simples curiosos e trauseuntes»»»»»»» ISTO É MENTIRA!


Não eram oitenta soldados na medida em que estavam lá a Infantaria 16 e a Artilharia 1 de Campolide , e muitos mais que chegaram de outras unidades.

Também não foram os oficias Monárquicos que abandonam os soldados, mas sim o contrário.

A Praça do Marquês de Pombal nesse tempo ainda não existia, ali terminava a cidade e àquele local chamava-se Rotunda.

Quanto a colocar a Artilharia no alto do Parque Eduardo VII foi precisamente o que fez Paiva Couceiro, colocou três peças de 7,5 entre a Penitenciária e uma quinta que por ali havia “ quinta do Mendonça” .
Digo-lhe mais, estavam a cerca de 650 metros da posição dos homens comandados por Machado Santos, e com os primeiros disparos provocaram bastantes baixas , mas ninguém arredou pé.

Continua……….

Anónimo disse...

Também é mentira quando diz que foram os civis que disparavam as peças. (Se haviam civis? Pois haviam e muitos, se a descrença na monarquia estava generalizada entre a população.) Mas foram os soldados de Art. 1 que usaram as peças, o oficial de tiro era o Alferes Camacho Brandão.. Também se encontrava o oficial de Art. Capitão Cerejo já velhote mas muito experiente.

Leia o que foi escrito na época sobre isto.

««««««««««Era o alferes Camacho Brandão, que regressava para se pôr ao lado dos que àquela hora já morriam pela República. De volta à Rotunda, é-lhe confiado o comando das peças que vão conseguir suster o ataque de Paiva Couceiro. Durante toda a luta, dirigiu o tiro de artilharia com um tal convencimento que pôs as tropas monárquicas em completo desnorteio. Comandava o fogo das peças com “tanta serenidade e com um movimento de braços tão compassados como se estivesse dirigindo a orquestra do S. Carlos! “.»»»»»»»»»»

O povo também não invadiu o Palácio Real. O rei e a familia fugiram para Mafra assim que os navios fundeados no Tejo começaram alvejar o Palácio das Necessidades.. O que o Senhor pretendeu fazer foi associar a queda da monarquia em Portugal com a tomada do Palácio de Inverno, a intenção só podia ser essa.

Quando à decisão de Bernardino Machado em reconhecer os Bolcheviques. Seria porque ele também era comunista? É isso que quer não é? O que o Senhor acabou de descobrir, vejam lá que nesse tempo já por aqui andava mãozinha comunista a intrometer-se nos assuntos Portugueses.

Eu sei o que Lenine escreveu. Considera que foi mentira? Então diga onde foram parar aqueles que mais contribuíram para a queda da monarquia no 5 de Outubro? Machados Santos , Afonso Pala, a maioria dos dirigentes Sindicais e da Carbonária? Foram para a prisão!

Muitos mais havia para dizer, mas vamos ficar por aqui, porque para provar que o Doutor Milhazes é por vezes avesso ao uso da verdade, julgo que seja o suficiente.

Recomendo-lhe que leia de Jaime Nogueira Pinto um homem assumidamente de direita, o biografo de Salazar.
“ Nobre Povo Os Anos da Republica”.
Ou de António Ventura “ O 5 de Outubro por quem o viveu”

No entanto se tiver a amabilidade de me conceder o seu endereço ofereço-lhe com muito gosto um livro de Fernando Rosas sobre o mesmo tema.

Felipe Pinheiro disse...

Antônio, insisto que você está incorrendo no erro retórico de chamar o ciclo histórico moldado no stalinismo, de comunismo, e compará-lo com o nazismo.

Repito, o comunismo pressupõe o controle coletivo (e não estatal) dos meios de produção, em outras palavras, é a fusão do poder político com o poder econômico, ou seja, é um nível superior de democracia. Já no nazismo, os meios de produção são privados, no entanto, sob grande influência estatal. O modelo econômico nazista influenciou a teoria keynesiana, que, por sua vez, deu origem ao estado de bem-estar social, que perdurou nos países ricos ocidentais até o advento do neoliberalismo.

Se Hitler foi profundamente influenciado pelos comunistas, por que estes foram ferozmente perseguidos e assassinados pelos nazistas durante o seu governo? E por que Hitler fez aliança com a burguesia para governar? Por que não se aliou aos comunistas?

Genocídio por genocídio, os países Europeus cometeram em suas colonizações, os EUA ainda hoje cometem em suas guerras, assim como Israel na Palestina.

Em relação às revoluções, se observarmos a história da humanidade, são elas que mudam significativamente o curso desta. O capitalismo somente existe hoje devido às revoluções burguesas, notadamente a Revolução Francesa. E quanta morte e destruição houveram nestas revoluções!

E quanta morte e destruição há hoje no capitalismo, sem qualquer revolução: 1/6 da população mundial passa fome; existem 2 guerras imperialistas em curso; violência e criminalidade urbana crônicas; desemprego em alta; governos e empresas controlados por uma plutocracia financeira (as eleições neste caso são inúteis sem ruptura sistêmica); sociedade cada vez mais individualista e gananciosa.

Como já disse anteriormente, defendo uma revolução pacífica. A violência parte dos que estão na iminência de perder o poder.

Anónimo disse...

Senhor Jest:

Com a direita só estou disposto a dialogar com os mesmos métodos práticos por ela usados. De fuzil na mão.

Como também não sei usar a mentira como argumento, isso impede-me de responder às questões que me coloca. Tenha a dignidade em saber respeitar a verdade que estarei ao seu dispor para discutir o que desejar.

Digo-lhe porquê: ainda há bem pouco tempo o Senhor aqui fez a apologia dos “nacionalistas”Ucranianos na guerra contra o Nazismo. Se é assim, então responda-me a isto por favor. De quem estava ao serviço o Batalhão Rossignol quando em 30 de Junho de 1941 ( portanto 8 dias depois do inicio da guerra) entrou em Lvov e assassinou milhares de judeus e comunistas e seus familiares. Foi uma autentica orgia de sangue, alinhavam famílias completas e fuzilavam-nas na via publica.

Digo-lhe mais ainda; sei que é verdade que esse bando de criminosos fascistas se viraram contra os Nazis, mas foi quando pressentiram que a guerra estava perdida. Portanto não foram só bandidos como oportunistas também.

Mas como lutaram sempre contra os comunistas foram perdoados e protegidos por os países Ocidentais.

São estas e outras verdades cruas e duras que tem que passar a ter coragem em assumir.

Tenho duvidas que o faça , na medida em que você não passa de um fanático e analfabeto politico de extrema direita.

E eu não vou perder o meu tempo com ignorantes políticos que conhecem todas as estórias mas não sabem nada de história.

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Sr. Lucrécio, nenhum tribunal considerou que o dossier de Katin era falso. É verdade que o Partido Comunista levantou o problema da veracidade das provas, mas isso não significa que as suspeitas sejam factos. Os documentos que existem neste momento levam os especialistas a afirmar que Katin é obra da polícia política soviética.
Quanto ao neto de Estaline, ele perdeu todos os processos em tribunal, nomeadamente quando exigiu da Eco de Moscovo que desmentisse a notícia de que Estaline permitiu a detenção e fuzilamento de menores.
Quanto ao artigo sobre a República, trata-se de um artigo histórico e as citações de que você não gosta são de jornais russos da época que tinham correspondentes em Lisboa. Não é a minha opinião, volto a repetir.
Sr. Lucrécio, quanto às Caxinas, deixo passar, pois, como dizem os russos, você confunde a omelete com o dom de Deus.

Jest nas Wielu disse...

2 Francisco Lucrécio 06:03

Com ou sem fuzil, sempre podemos debater os factos, história serve para isso mesmo.

1. Apologia dos nacionalistas ucranianos: apoio a divulgação da verdade histórica sobre UPA – Exército Insurgente Ucraniano, que durante 1942 – 1944 combateu (principalmente no território da Galiza ucraniana, mas não só), os invasores nazis e entre 1944 – 1952 os invasores soviéticos. Alguns documentos interessantes sobre o assunto (em russo) podem ser lidos aqui:
http://rusistka.livejournal.com/55784.html

2. Batalhão Nachtigall (http://en.wikipedia.org/wiki/Nachtigall_Battalion): Uma comissão internacional composta, entre outros, por: o ex-ministro dinamarquês dos Negócios Estrangeiros e Presidente do Parlamento dinamarquês Ole Bjørn Kraft, socialista holandês Karel Van Staal, professor de direito belga Flor Peeters, jurista e membro do parlamento suíço Kurt Scoch concluiu: "Depois de quatro meses de investigações e da avaliação de 232 declarações de testemunhas em todos os círculos envolvidos, pode ser estabelecido que as acusações contra o batalhão Nachtigall /…/ não têm fundamento na realidade" (Fonte: http://www.alfreddezayas.com/Chapbooks/Lembergmassacre.shtml)

3. Obrigado pelo “fanático e analfabeto politico de extrema direita” (já agora, em português a palavra extrema-direita se escreve com hífen), peço que seja registado aqui esta sua maneira bastante peculiar de “respeitar as pessoas”, “não ofender ninguém”, etc.

Já agora, as fotografias do encontro da Irmandade dos Antigos Combatentes do UPA em Kyiv:
http://bilozerska.livejournal.com/317482.html

Anónimo disse...

««««««««««« Jose Milhazes disse
Quanto ao artigo sobre a República, trata-se de um artigo histórico e as citações de que você não gosta são de jornais russos da época que tinham correspondentes em Lisboa. Não é a minha opinião, volto a repetir.»»»»»»»»».

Doutor Milhazes:

Não se trata da preferência de paladares, gostar ou não gostar. Trata-se sim de não aceitar aquele tipo de trapalhadas que o Senhor publicou sobre o 5 de Outubro. Se são informações dos jornais Russos dessa época era seu dever como profissional da informação certificar-se primeiro se esses relatos correspondiam à verdade.
Ou está a fazer dos Portugueses uma cambada de palonços que nem a sua própria História sabem escrever?

Já lhe disse que há por aqui milhares de trabalhos publicados sobre a Republica, por pessoas competentíssimas. Além dos que já indiquei pode consultar estes também (J. Hermano Saraiva, José Mattoso, Vitorino Magalhães Godinho, Maria F. Rollo).

Se o Senhor desconhece a História do seu país tem todo o dever de a estudar , para que de futuro não iluda os seus leitores com intrujices inventadas por um “génio” qualquer saído das estepes, talvez mais entendido em vodka que em jornalismo.

No entanto fico com duvidas quem realmente confeccionou o acepipe.

Isto porque o “cozinhado” contém condimentos da sua marca.

Quanto às restantes questões, como têm a sua chancela a resposta já está dada.

Portanto ficamos esclarecidos.