O ex-primeiro-ministro russo Victor Chernomirdin faleceu ontem de madrugada na capital russa, aos 72 anos e depois de doença prolongada, informam as agências russas.
Nascido em 1938, Chernomirdin dirigiu o Governo da Rússia entre 1992 e 1998, quando o Presidente era Boris Ieltsin, e dirigiu depois a embaixada russa na Ucrânia.
Atualmente era representante especial do Presidente da Rússia para a cooperação económica com os países da CEI.
Este popular político russo foi também o criador da maior empresa pública russa, a Gazprom, tendo-a dirigido entre 1989 e 1992.
Em 1993, já primeiro ministro, manteve negociações com o principal terrorista checheno, Chamil Basaev, durante um ataque a um hospital na cidade de Budionovsk, tendo conseguido a libertação de dezenas de mulheres e crianças reféns.
Em 1999, durante a crise nos Balcãs, Chernomirdin foi nomeado enviado especial do Kremlin para a regularização da crise na Jugoslávia. Participou nas conversações para a solução do conflito e convenceu Slobodan Milosevic, então presidente jugoslavo, da necessidade de capitular e passar Kosovo para o controlo de um contingente da NATO.
A imprensa russa e internacional escreveu várias vezes que Chernomirdin era o homem mais rico da Rússia, facto sempre desmentido pelo próprio.
O Presidente Medvedev já enviou condolências à família.
Chernomirdin ficou também conhecido pelos seus famosos ditos, que foram reunidas num livro. Entre elas, deixo aqui algumas: "Queríamos fazer da melhor forma, mas o resultado é sempre o mesmo"; "Se têm comichão nas mãos, cocem noutro lado", "Sempre que tentamos criar um partido, sai sempre o Partido Comunista da União Soviética".
Mensagens
Sem comentários:
Enviar um comentário