Anders Fogh Rasmussen, secretário-geral da NATO, declarou, na terça-feira, que considera praticamente impossível, no futuro, a fusão dos sistemas de defesa antimíssil da Rússia e da Aliança Atlântica, mas defende a troca de informações neste campo.
“Não vejo a fusão dos nossos sistemas de defesa antimíssil num sistema único. Não penso que isso seja realista. Considero que a Rússia irá insistir na conservação da sua soberania e manter o seu sistema de defesa antimíssil”, afirmou ele numa entrevista à rádio Eco de Moscovo.
Ao mesmo tempo, Rasmussen prevê a criação de uma situação em que os sistemas de defesa antimíssil da Rússia e da NATO estarão ligados pelos “elos da cooperação”.
“Poderíamos trocar dados, informação e, desse modo, ajudar um ao outro a manter de forma efetiva o seu “guarda-chuva””, precisou.
O secretário-geral da NATO acrescentou que, além da troca de informações, a Rússia e a Aliança poderão cooperar no campo de “soluções técnicas”.
Quanto à cooperação da NATO e Rússia no Afeganistão, Rasmussen considera ser possível o aumento do trânsito de mercadorias para as tropas da Aliança através de território russo.
“Nós poderíamos alargar o trânsito. Apreciamos muito as possibilidades de trânsito que já utilizamos. Ajuda-nos muito, mas vemos potencial de crescimento, e poderíamos assinar um novo acordo sobre esta questão”, frisou.
Além disso, ele defendeu o aumento da cooperação entre a Rússia e a NATO no combate ao narcotráfico no Afeganistão, acrescentando que o acordo sobre o envio de helicópteros de fabrico russo para o Afeganistão será assinado na Cimeira de Lisboa, marcada para 20 de Novembro.
Rasmussen revelou também que a NATO não se opõe à aquisição de porta-helicópteros franceses pela Rússia.
11 comentários:
...Rasmussen revelou também que a NATO não se opõe à aquisição de porta-helicópteros franceses pela Rússia...
Esta está engraçada. Não é questão se são a favor ou contra, é o facto que nada podem fazer quanto a uma decisão francesa. Os franceses investem muito na componennte militar para manterem a sua independência. Se não usam componentes estrangeiros, não há como impedir.
...Anders Fogh Rasmussen, secretário-geral da NATO, declarou, na terça-feira, que considera praticamente impossível, no futuro, a fusão dos sistemas de defesa antimíssil da Rússia e da Aliança Atlântica, mas defende a troca de informações neste campo...
O problema não está em supostas fusões ou troca de informações entre a Rússia e a NATO.
O problema está, onde se vai situar o sistema anti-míssil e quem o vai controlar. Continuamos na mesma, este problema não está resolvido e dependendo da resolução deste problema é que vamos ver qual vai ser a evolução das relações entre EUA - Europa - Rússia. Se os EUA e a Rússia chegaram a um acordo sobre o tratado START, ALGO teve que ser acordado sobre o sistema anti-míssil. O que terá sido?
Por outro lado, temos mais um problema no horizonte, Obama que chegou recentemente à Casa Branca, já está a ver a porta de saída, o que indica que o próximo presidente seja Republicano e actualmente Obama cada vez tem menos poder para tomar decisões de envergadura sobre o sistema anti-míssil. E com um presidente republicano as relações com a Rússia vão piorar.
A Europa precisa de defender os seus interesses, a Europa precisa de tomar decisões sobre o que quer no seu território.
Esta situação dos sistemas de defesa anti-missil é mais uma de várias iniciativas dos dirigentes ocidentais que visam apenas "comer do bolo" que os cidadãos ordeiramente pagam com os seus impostos.
Isto certamente envolve muita massa. E donde vem a massa?
E para nos defender do quê concretamente? De fisgas?Ou de calhaus atirados por palestinianos que podem atingir a Europa?
Como é que um grupo de paises que produz 99% do armamento mundial se sente tão ameaçado por paises do 3ºmundo?
É a mesma coisa que um grupo de 50 leões se juntarem para se defenderem de um rato.
Mas alguém com o minimo de racionalidade pode engolir esta monstruosa mentira?
E se calhar a Rússia também quer comer do mesmo bolo. Talvez se pagarem bem eles alinham num sistema anti-missil conjunto.
Que palhaçada........
O que estamos a ver é a NATO a querer muita cooperação com a Rússia. Ele é o trânsito de material, ele é a venda de equipamento, ele é a cooperação na luta contra o narcotráfico... o que haverá mais no prelo? Troca de informações? Treino de pessoal afegão?
E as questões de ordem estratégica "a sério": os sistemas antimíssil; a Geórgia e o Cáucaso; a aproximação russo-franco-alemã?
Posso estar muito enganado (certamente que estarei), mas ou Lisboa vai ser uma montanha que pariu um rato, ou alguém se vai vergar porque já não pode falar de cima. E não será a Medvedev que veremos os cueiros...
Para que este sistema de defesa anti-míssil? Quem é a ameaça? Será que tudo isso está sendo criado para conter o Irã?
Qual o perigo que oferece o Irã? Aqueles mísseis de Longo Alcance?
Então isso é um escandalo!!! A Europa não consegue se defender de uns mísseis que são cópias de projetos soviéticos dos anos 50...Isso é uma verdadeira piada!
E porque instalar estes mísseis na Europa? Não existem países na Ásia que conteriam estes mísseis, como por exemplo a Turquia ou o Iraque?
Porque, se estes mísseis forem lançados contra a Europa, pelos meus cálculos, terão que passar pelo espaço aéreo iraquiano e turco, antes de chegar em Berlin, ou Paris...
Isso é uma armação da NATO... O objetivo é eliminar a ameaça dos mísseis TOPOL-M russos! Essa sim, é a verdade por trás desses Sistemas de Defesa Anti-Mísseis...
Será que vocês todos estão cegos????
O que está por vir virá. Quanto custará no final para a Otan o oportunismo dos anos 90?
Vamos aguardar.
USA, UE, Russia...
e ninguem fala no GRANDE CREDOR,
com garras já bem afiadas...
USA, UE, Russia...
e ninguem fala no GRANDE CREDOR,
com garras já bem afiadas...
Alone,
Como versa um velho ditado: Conversa para boi dormir. A história deste sistema já cansou, caso sejam instalados em algum dos "bois de piranha" do leste europeu os russos irão retaliar com a instalação de sistemas ofensivos a partir de Kaliningrado, além de outras medidas e o acordo Start II tão importante para os Estados Unidos conseguirem suprir suas usinas nucleares não se manterá, com a diferença que após o acordo a Rússia continuou mantendo sua superioridade em ogivas enquando que a capacidade americana declinou mais ainda. Os americanos iniciaram cortes nas forças armadas como o objetivo de reduzir em 100 US bilhões o orçamento, mais de 350 unidades dos F-15 e F-16 foram aposentadas e ocorrerá o mesmo com mais um quantitativo similar, não foram adicionadas novas unidades do F-22 até o momento, além de cortes que devem ocorrer na marinha. O buldogue inglês(aliado de coleira) em processo de insolvência realizará reduções em suas forças armadas em virtude da crise financeiro cada vez mais acirrada, bem, a Otan pode contar com algumas carroças da Albania para compensar.
Wandard, está muito cáustico! :o)
Não conhecia a expressão "boi de piranha"!
Pippo,
"Boi de Piranha", trata-se de uma expressão que significa "aquele que se submete ou é submetido ao sacrifício para para facilitar a vida de outro" , a expressão surgiu da necessidade de atravessar o gado em rio com piranhas. Geralmente era escolhido um animal velho ou doente, que era colocado no local da travessia, assim as piranhas se concentravam em devorar o pobre animal en quanto os demais eram passados em segurança.
No mais o comentário apenas se alinha com a realidade dos fatos, não estou com tempo agora para descrever inventários militares e inúmeros detalhes técnicos de armamentos e sistemas, e prolongar uma discussão desnecessária, pois acho que já comentei bastante com relação a isso anteriormente. No meu tempo livre que é escasso tenho levantado muitas informações para uma artigo que estou trabalhando e breve publicarei no meu blog. Quanto ao escudo, o país que o tiver instalado, será uma alvo prioritário, será o "Boi de piranha", para dar tempo para os outros se organizarem, infelizmente é para isso que servem os países do leste europeu que ingressaram na Otan, foram moeda de troca no jogo das potências européias antes e voltarão a ser de novo, só que o jogador líder, é um vizinho do outro lado do atlântico que joga com o tabuleiro europeu e não o seu próprio, quando este tabuleiro estiver queimando ele vai estar bem guardado pelos seus 7.500 tanques, sua formidável marinha e aviação.
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