Bruno Alves é um dos "três mosqueteiros" portugueses do Zenith de São Petersburgo e já deu provas que está bem integrado nessa equipa. Com Danny e Fernando Meira, já venceu o Campeonato russo de Futebol e a Supertaça.
Hoje, o sítio electrónico do Zenith de São Petersburgo publica uma longa entrevista com o defesa português, onde deste futebolista luso-brasileiro revela as suas origens poveiras, evidentes mesmo sem ter pronunciado o nome da Póvoa de Varzim.
Bruno Alves gosta de jogar futebol de praia e o seu prato preferido é o bacalhau à "Gomes de Sá". Mas a costela poveira revela-se noutra declaração:
"P. Já alguma vez participou no Carnaval (do Brasil)?
R. Não, nunca participei.
P. Qual é a sua festa preferida?
R. É o dia de São Pedro. Trata-se de uma festa tradicional na minha cidade natal. Todas as pessoas juntam-se e saiem para as ruas centrais. Ela tem lugar no Verão. Bom tempo, a cidade é muito bem enfeitada. E é bom quando estamos todos juntos. A disposição melhora imediatamente". "
No Domingo passado, telefonei-lhe, por razões profissionais, depois do jogo em que o Zenith venceu a Supertaça da Rússia. Bruno Alves ficou surpreendido ao saber que a Póvoa também é a minha terra natal, mas recordei o tempo em que o pai dele, Washington, jogou na equipa do meu coração: o Varzim Sport Clube.
Se a memória não me atraiçoa, Bruno e o seu irmão começaram também no Varzim e sinto pena ao ver que, há já uns tempos, o meu clube anda pelas ruas da amargura.
Mas o principal são as Festas de São Pedro, das quais também tenho enormes saudades. Fogueiras, danças , vinho e muita folia com as rusgas.
5 comentários:
Caro JM,
A respeito do sector automóvel, saiu este artigo:
Foreign carmakers go into high gear in Russia
...Several alliances to produce cars in Russia have been announced by foreign and Russian enterprises in the space of just a few weeks.
In early February, US giant General Motors said it had signed an agreement with Russia's GAZ, controlled by oligarch Oleg Deripaska, to assemble the new model Chevrolet Aveo at the Russian group's factory in Nizhny Novgorod.
On February 18, Russia's Sollers announced the creation of a joint venture with Ford to produce Ford vehicles at two jointly-owned factories in Russia's Leningrad and Tatarstan regions.
And GAZ said it inked a deal with Germany's Volkswagen to manufacture at its plant at least 100,000 Volkswagen and Skoda cars per year.
Renault-Nissan said in November it could take control of Russia's AvtoVAZ, in which Renault currently holds 25 percent of the capital...
http://news.yahoo.com/s/afp/20110306/bs_afp/russiatransportautoindustry_20110306230350
Isto mostra na minha opinião uma vez mais uma estratégia de modernização, captação de tecnologias e criação de postos de trabalho.
O mercado russo é enorme, o maior da Europa. A Rússia ao introduzir um agravamento de impostos nos carros importados, vai forçar as empresas a reagir dado o tamanho e potencial de vendas que é a Rússia.
Isto está a obrigar os construtores a construir novas fábricas na Rússia ou a juntarem-se a construtores de automóveis russos.
Portanto quando um russo está a comprar um carro estrangeiro, caso ele esteja a ser construido na Rússia, está a contribuir para a criação de postos de trabalho na Rússia e na modernização do tecido industrial russo.
Um russo não está a comprar um renault apenas feito numa em França por trabalhadores franceses, está a comprar um renault feito na Rússia por trabalhadores russos em linhas de montagem novas ou modernizadas na Rússia.
É isto que está a acontecer hoje a quem compra Renaults, Toyotas, Fords, Chevrolets, Volkswagen, Nissan, etc.
... Para complementar o artigo, vou deixar aqui um outro de 2010:
Putin Pledges to Keep Tax Breaks for Foreign Carmakers
...The proposals would extend current agreements signed with foreign automakers between 2005 and 2008 granting preferential duties on imported components for eight years in return for sourcing 30 percent of parts locally, the Trade and Industry Ministry said. Once those arrangements expire, the carmakers would need to commit to buying 60 percent of components in Russia within six years to get more tax breaks...
...The Russian government is seeking to develop the domestic manufacturing base by ensuring local production of car components.
“The intention is to promote localization, to bring more jobs, more experience of production and more technology,”...
..The new framework would extend the reduced import duties for another eight years in return for a series of obligations in addition to the 60 percent local-sourcing rule, Alyona Shipilina, a trade and industry ministry official, said by phone. These include annual production of at least 300,000 cars within four years and investment of $500 million in expanding existing facilities, or $750 million in new assembly lines...
http://www.bloomberg.com/news/2010-09-21/putin-courts-foreign-carmakers-with-tax-breaks-after-touring-hyundai-plant.html
Repare, os fabricantes são obrigados a usar 30% das peças fabricadas na Rússia. E vão passar a 60%. 60% de um carro estrangeiro terá mais de metade de componentes fabricados na Rússia. Isto vai obrigar a muita modernização de fábricas russas e mesmo que estas fábricas não consigam vender componentes para carros russos, vão vender para o fabrico de carros estrangeiros.
Um russo compra um carro estrangeiro e 60% do carro é russo, onde o fabricante tem que modernizar ou construir novas linhas de produção e tem que produzir um mínimo de 300.000 carros/ano.
É agressivo. É ambicioso. Mas a Rússia tem a noção de que é um mercado apetecível e está a impôr as condições aos fabricantes. E se eles estão lá, é porque dá dinheiro para todos.
Mais um reparo, veja o número de anos referidos aqui:
Acordos celebrados entre 2005 e 2008, têm validade de oito anos e depois de expirar, para manter os descontos têm que passar para 60% de peças de fabrico local e têm 6 anos para implementar isso.
Meu caro, um fabricante que tenha entrado na Rússia em 2005, estará em 2019 a fabricar um carro 60% russo, com empregados russos e fábricas novas/modernizadas. E só não estará se não fôr rentável.
2005 - 2019. Não se faz modernização num dia ou dois. E para mim isto é modernização.
Sente sempre uma lágrima no canto do olho quando recorda as origens, não é? :0)
Já aora, JM, seria divertido se fizesse aqui uma peça sobre o jogo entre a Selecção do Veteranos Brasileira e a Selecção "Presidencial" Chechena, no qual até o jovem Kadirov deu uns pontapés na bola!
Isso passou na TV.
O «Zenith de Moscovo»?? É certo que mais adiante o devolve a S. Petersburgo, mas convinha retificar.
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