A Rússia vai conceder à Bielorrúsia um crédito de 6 mil milhões de dólares para a construção da primeira central atómica nessa república, - informou o primeiro-ministro da Rússia Vladimir Putin.
Segundo ele, o respectivo acordo poderá ser assinado dentro de um mês.
A construção da central atómica neste país estará a cargo da companhia russa “Atomstroiproekt”.
Putin considera que as tecnologias modernas podem garantir o desenvolvimento seguro da energia atómica.
Numa conferência de imprensa na capital bielorrussa, Putin chamou a atenção para o fato de as centrais nucleares nipónicas terem sido construídas há 40 anos, frisando que, hoje, os reatores são bem mais perfeitos e seguros.
“A energia atómica só pode desenvolver-se , quero sublinhar, só pode, se ela for absolutamente segura. Isso será possível? Nas condições atuais, sim”, acrescentou.
Segundo ele, “os sistemas, os reatores e as centrais nucleares modernas estão equipados com meios de segurança que excluem cenários como o aquele que ocorre no Japão”.
A Rússia possui em funcionamento 11 centrais nucleares, com 32 reatores.
A Turquia não tenciona desistir do projeto de construção da primeira central nuclear, que será realizado com a participação da Rússia, declarou hoje Tyip Erdogan, primeiro-ministro turco.
A primeira central nuclear turca deverá ser construída na província de Mersin e custará cerca de 20 mil milhões de dólares.
Várias organizações sociais e ecológicas turcas apelaram às autoridades para abandonarem a ideia da construção da central nuclear em Mersin devido aos acontecimentos trágicos nom Japão.
Segundo elas, a central vai ser construída numa região onde podem ocorrer fortes sismos.
Dmitri Medvedev, Presidente da Rússia, apoiou a posição do primeiro-ministro turco, que se encontra de visita a Moscovo, sublinhando que os russos irão aplicar esquemas de controlo completamente novos.
“Acordámos com os nossos amigos turcos que na central nuclear em Mersin será utilizado um esquema completamente novo que encerra em si três possibilidades: a própria construção, o seu controlo e gestão. Claro que isso faz aumentar ainda mais a nossa responsabilidade e os nossos parceiros turcos estão muito interessados nisso”, declarou.
Segundo Medvedev, a construção de novas centrais atómicas é, hoje, alvo de especial atenção devido à situação extraordinária nas centrais nipónicas.
1 comentário:
Mesmo após a catástrofe no Japão, a Rússia continua, teimosamente, a desenvolver o seu sector nuclear e a construir centrais nucleares por esse mundo fora. Mais do que isso, continua a importar resíduos nucleares da Europa e a sepultá-los no país apenas porque isso lhe dá dinheiro. Os apologistas russos da energia atómica afirmam todos os dias que esta é segura, convencendo toda a sua população, que já se habituou a conviver com as inúmeras fontes de radiação. É uma pena que não tirem lições de tudo o que aconteceu nas últimas décadas.
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