domingo, abril 10, 2011

Primeiro aniversário de catástrofe aérea que vitimou PR da Polónia marcada por escândalo


O Presidente da Polónia, Bronislaw Komorowski, não irá depositar flores no complexo memorial erguido em memória do seu antecessor e de outros polacos vítimas de uma catástrofe aérea em Smolensk, escreve hoje a imprensa polaca.
Há precisamente um ano atrás, o avião que transportava Lech Kaczinski, chefe de Estado da Polónia, e mais 95 passageiros, a maioria dos quais altos funcionários polacos, despenhou-se ao aterrar no aeroporto da cidade russa de Smolensk.
A delegação tencionava prestar homenagem aos mais de 20 mil soldados e oficiais polacos que foram assassinados na floresta de Katin em 1941, a mando do ditador comunista soviética José Estaline.
Komarowskii recusou-se a depositar as flores depois de as autoridades polacas constatarem que a lápide que tinha sido erigida no local da tragédia ter sido substituída pelas autoridades russas.
A nova lápide, escrita em russo e polaco, retirou do texto anterior que “as vítimas dirigiam-se para as cerimónias dedicadas ao 70º aniversário do genocídio soviético na Floresta de Katin contra oficiais prisioneiros polacos”.
O porta-voz do governador de Smolensk declarou que a substituição da lápide foi feita com o consentimento das autoridades polacas.
“A lápide inicial tinha sido instalada sem o acordo da parte russa. Vieram três representantes das famílias das vítimas e, sem nos consultar, instalaram a sua lápide na língua polaca. Nós manifestámos imediatamente discórdia face a isso. Eles foram prevenidos de que, na véspera do aniversário da catástrofe, a lápide seria instalada em duas línguas. O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Polónia foi informado disso”, precisou Andrei Evseenkov.
Porém, a diplomacia polaca desmente essa afirmação, sublinhando que “semelhantes passos dados sem o acordo da parte polaca estragam a atomosfera das cerimónias fúnebres, importantes para ambos os povos”.
Entretanto, as investigações sobre a queda do avião presidencial continuam. As autoridades russas já tentaram várias vezes pôr um ponto final neste processo, mas a parte polaca não aceita as conclusões dos peritos russos.

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