Os dirigentes dos países-membros do G-8 pediram à Rússia para chamar a si o papel de intermediária na reguçarização da situação na Líbia, declarou Natália Timakova, porta-voz do Presidente Medvedev.
“Em todos os encontros bilaterais, todos agradeceram ao Presidente (Medvedev) pela sua posição construtiva sobre a Líbia. Mais, em praticamente todas as conversas soou o pedido da Rússia chamar a si a missão de intermediária na normalização da situação na Líbia”, disse ela aos jornalistas russos que acompanham Medvedev na cimeira de Deauville.
Em Moscovo, Serguei Lavrov, ministro russo dos Negócios Estrangeiros, revelou ter tido uma conversa telefónica com o Al-Bagdadi Ali al-Mahmudi, ministro do governo de Tripoli, em que este pediu a Moscovo ajuda para conseguir um cessar de fogo.
“O representante de Tripoli pediu apoio na consecução de um acordo de cessar de fogo e no início de conversações sem condições prévias”, precisou ele.
Lavrov, depois de confirmar a posição da Rússia da necessidade do cumprimento rigoroso por todas as partes fas resoluções do CS da ONU 1970 e 1973, antes de tudo a parte relativa à não permissão de ações capazes de provocar vítimas entre a população civil, comunicou ao primeiro-ministro líbio a posição da direção russa sobre as perspetivas da saída da crise Líbia “à luz das conversas realizadas por Dmitri Medvedev com os participantes da Cimeira de Deauville”.
Segundo o chefe da diplomacia russa, “tendo em conta todo o conjunto de fatores, desenham-se componentes do possível acordo sobre o cessar dos confrontos armados e da transição da situação para a via política, bem como do início de conversações sobre a construção de uma linha com a participação dos representantes de todas as forças políticas e tribos desse país, sem ingerência externa”.
Serguei Lavrov sublinhou que a opção a favor desse desenvolvimento dos acontecimentos tem o apoio da Rússia, sublinhando que “agora os líbios têm a palavra”.
No início da semana, quando Moscovo recebeu representantes do regime de Muammar Kadhafi e da oposição líbia, os dirigentes russos afirmaram não tencionar mediar o conflito.
Por enquanto, a Rússia não deu uma resposta clara ao pedido do G-8 e do regime de Kadhafi.
2 comentários:
Negociar com Lavrov, a Sr.ª Clinton ou Catherine Ashton é uma ponte de diálogo com objectivos devidamente traçados. A Rússia faz hoje parte do mundo global e com um poder muito próprio, não sendo a sua actuação questionada e mesmo essencial para a resolução dos problemas regionais e mundiais, sem recurso a batalhas regionais como no tempo da Guerra Fria e ás acesas discussões no seio do Conselho de Segurança.
O senhor Jose Milhazes há muito tempo que não nos diz nada sobre a Alexandra Zarubina.
Poderia dar-nos alguma notícia sobre ela?
Obrigado, desde já,e bem haja.
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