quarta-feira, junho 08, 2011

A Saga dos Portugueses na Rússia

Tenho recebido de vários leitores mails a perguntar onde se pode adquirir o meu novo livro "A Saga dos Portugueses na Rússia". Como já anunciei, a sessão de lançamento será no Porto, no próximo dia 17 de Junho. 
Mas como nem todos podem lá ir, informo que podem adquirir o livro ao preço de livraria, mas autografado pelo autor, no sítio electrónico  http://www.cornucopia.com.pt , sendo que esse preço inclui despesas de transporte.
Dentro em breve, o livro também, estará à venda nas livrarias.
Fico à espera das vossas críticas e opiniões sobre uma obra que visa fixar e analisar as relações entre Portugal e a Rússia durante muitos séculos. O livro contém também referências a antigas colónias portuguesas como Brasil, Cabo Verde e Macau, bem como às ilhas dos Açores e da Madeira.
Não fiquem espantados os leitores que descobrirem que entre os seus antepassados estão portugueses que passaram pela Rússia e deixaram marcas nesse país.

23 comentários:

Anónimo disse...

A direita voltou ao poder em Portugal?


Mas, Francisco Lucrécio, onde estão as "massas" querendo a "revolução socialista?"

rs.

Ainda faltam Espanha, Grécia, Eslovênia e Chipre...

Espanha em breve acordando do pesadelo.

Parabéns, portugueses!

Anónimo disse...

http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5179916-EI8142,00-Coronel+simbolo+das+atrocidades+na+Chechenia+e+morto+em+Moscou.html

Coronel símbolo das atrocidades na Chechênia é morto em Moscou

O coronel russo Yuri Budanov, condenado em 2003 pelo sequestro e assassinato de uma jovem chechena e que para os defensores dos direitos humanos simbolizava as atrocidades das tropas russas nesta república do Cáucaso, foi assassinado nesta sexta-feira em Moscou. Yuri Budanov, de 48 anos, foi morto com quatro balas na cabeça ao sair de um escritório. O assassino, que usou uma arma com um silenciador, fugiu num carro, que posteriormente foi encontrado queimado.

O coronel Budanov, oficialmente privado de sua patente, foi condenado em 2003 a dez anos de prisão pelo sequestro e assassinato em março de 2000 de Elza Kungaieva, uma chechena de 18 anos. Nessa época comandava uma unidade de blindados, durante a segunda guerra lançada por Vladimir Putin no final de 1999 na Chechênia. Esse processo - uma maratona judicial de três anos ao final do qual o coronel primeiro foi declarado inocente antes de ser condenado - teve uma grande repercussão na Rússia, pois os defensores dos direitos humanos o consideravam o símbolo das atrocidades das tropas russas na Chechênia.

Em 30 de março de 2000, Budanov foi preso pela promotoria militar acusado de ter sequestrado, estuprado e estrangulado a jovem Elza Kungaieva. Budanov também foi acusado pelo sequestro e desaparecimento de 18 civis chechenos, antes oficialmente absolvido em 2009 pela justiça.

HAVOC disse...

A saga dos portugueses no Brasil:

a) Devastação do Meio Ambiente;
b) Estupro de nativos
c) Doenças infecto-contagiosas
d) Extração de recursos naturais para a satisfação do rei

anónimo_russo disse...

"Anónimo Anónimo disse...

http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5179916-EI8142,00-Coronel+simbolo+das+atrocidades+na+Chechenia+e+morto+em+Moscou.html

Coronel símbolo das atrocidades na Chechênia é morto em Moscou

O coronel russo Yuri Budanov, condenado em 2003 pelo sequestro e assassinato de uma jovem chechena e que para os defensores dos direitos humanos simbolizava as atrocidades das tropas russas nesta república do Cáucaso..."


Antes de falar de Budanov e das "atrocidades das tropas russas no Caucaso" seria bom da sua parte estudar um pouco mais o tema. Porque aqueles que, como você, gostam de utilizar clichês habituais sobre "as tropas russas", nada dizem das "tropas tchetchenas" (provavelmente por falta de conhecimento), que cometiam atrocidades aínda maiores (como cortar cabeças aos refens e aos cativos etc).

Naquela altura em que tudo isso aconteceu, as unidades sob comando do coronel sofriam baixas provocadas por franco-atiradores. Mas, quando algum dos tchetchenos era detido por suspeito de ser um franco-atirador, claro que não confessava e fingia um civil. Essa mulher tambem foi uma das detidas. È muito provavel que fosse mesmo uma das franco-atiradoras. E, como é sabido, devido a uma maneira muitas vezes desumana de abater os soldados, muitos dos franco-atiradores, sendo capturados uma vez, não saíam vivos. È a guerra com as suas leis.
Já não falo daquilo que foi feito com os russos que tiveram a desgraça de viver na tchetchènia no início dos anos 90 do século XX. Acho que, no fundo, os tchetchenos mereceram o que obtiveram um pouco mais tarde. Tanto mais que muitos deles queriam eles próprios uma guerra, especialmente os jovens. Pelo menos isto eu ouvi de uma mulher russa que foi raptada naquela altura pelos tchetchenos numa das regiões vizinhas, estêve durante algum tempo na tchetchenia mas conseguiu escapar quase por um milagre.

anónimo_russo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Jest nas Wielu disse...

/O coronel russo Yuri Budanov, condenado em 2003 pelo sequestro e assassinato de uma jovem chechena/

Além disso, Elza foi brutalmente estuprada, raptada, asfixiada, o seu corpo foi profanado (ver os documentos):
http://www.istpravda.com.ua/articles/2011/06/10/42281

O exército regular difere do bando dos assassinos pelo facto de os soldados e oficiais são obrigados a aceitar as regras do jogo, respeitar o inimigo, etc.

Bónus:
Rádio “Afrodita”: “A voz da Ucrânia livre”:
http://www.istpravda.com.ua/articles/2011/06/11/41933

Anónimo disse...

"A saga dos portugueses no Brasil:

a) Devastação do Meio Ambiente;
b) Estupro de nativos
c) Doenças infecto-contagiosas
d) Extração de recursos naturais para a satisfação do rei"


A saga dos brasileiros em Portugal:

Roubos de bancos, prostituição, trafico de drogas e bandidagens em geral.

Brasileirada sepa torta, não tem o que fazer por este blogue? Vão cuidar dos vossos problemas !

anónimo_russo disse...

Um material interessante sobre Budanov e a sua história:

http://www.youtube.com/watch?v=uJ2YE8YcHs8&playnext=1&list=PLF0D23B4ECBE1EFF2

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Leitores, tenham moderação nos comentários. Portugueses e brasileiros têm muito mais de comum do que alguns consideram. A História não deve ser desenhada a preto e branco, tem muitas mais cores.

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Quanto ao coronel Budanov, não duvido que se tratou de um criminoso de guerra. Porém, não considero que a forma como foi assassinado seja justa, até porque ainda não ficou provado haver ligação entre as duas coisas.

anónimo_russo disse...

Esta mensagem foi removida pelo autor.

10:44
Blogger Jest nas Wielu disse...



"O exército regular difere do bando dos assassinos pelo facto de os soldados e oficiais são obrigados a aceitar as regras do jogo, respeitar o inimigo, etc."


Foi exatamente isso: aceitaram as regras do jogo.
Segundo entendo, a unidade sob comando de Budanov nem tinha direito de atirar na aldeia que se julgava "pacífica" pelo comando. Nas condições de uma guerra com um inimigo externo, acho que teriam arrasado logo a casa suspeita, bastaria um par de tiros de um tanque.

Por sinal, Budanov foi do leste da Ucrânia, a mai dele aínda lá vive, segundo eu entendo. È provavel até que vai ser sepultado lá.

anónimo_russo disse...

As flores no local onde foi assassinado coronel Budanov:

http://www.livejournal.ru/themes/id/30355

Jest nas Wielu disse...

Desde 1994 não foi registado nenhum (!) caso da “vingança de sangue” contra os soldados & oficiais russos que cometeram as atrocidades na Chechénia:
http://www.novayagazeta.ru/data/2011/062/33.html

anónimo_russo disse...

Blogger Jest nas Wielu disse...

"Desde 1994 não foi registado nenhum (!) caso da “vingança de sangue” contra os soldados & oficiais russos que cometeram as atrocidades na Chechénia:
http://www.novayagazeta.ru/data/2011/062/33.html"


Uma afirmação um pouco estranha, tendo em conta que em 1994 tudo apenas tinha começado. Quase todos os atos terrorristas, capturas de refens etc. ocorreram já depois desta data.

Jest nas Wielu disse...

2 anónimo_russo 07:07

A primeira guerra chechena começou em 1994, dai a contagem desde o início do conflicto, além disso, estamos falar sobre a “vingança de sangue” e não sobre outros actos de resistência armada...

Jest nas Wielu disse...

2 anónimo_russo 19:04

Sim, fala-se que Budanov tinha raízes ucranianas (o seu apelido me parece tártaro, ou seja Budan, que mais tarde foi russificado para BudanOV), isso não o torna mais simpático, ele cometeu o crime ao serviço do exército da Federação Russa, foi julgado e condenado por um tribunal da FR, por isso a sua morte em Moscovo é mais uma “bota a descalçar” para a FR.

anónimo_russo disse...

"Blogger Jest nas Wielu disse...

2 anónimo_russo 07:07

A primeira guerra chechena começou em 1994, dai a contagem desde o início do conflicto, além disso, estamos falar sobre a “vingança de sangue” e não sobre outros actos de resistência armada..."


A primeira guerra começou em 1994, mas a discriminação da população não tchetchena na tchetchenia (quando os russos e não só eram expulsos das suas casas, as mulheres violadas, os homens esfaqueados etc.) começou antes. Até um dos primeiros atos terroristas - a captura de refens, de um grupo de alunos de uma escola - ocorreu na minha cidade muito antes do início da guerra. Não sei o que eles (os terroristas) queriam e porque o cometeram, seria interessante procurar alguns materiais.

Jest nas Wielu disse...

2 anónimo_russo 12:26

Bom, não sei se isso vai ajudar, mas sempre poderá ler o livro da Anna Politkovskaya, se calhar poderá encontrar lá algumas respostas, se calhar não…
http://www.bibliotekar.ru/rusPolitkovskaya/index.htm

anónimo_russo disse...

"Blogger Jest nas Wielu disse...

2 anónimo_russo 12:26

Bom, não sei se isso vai ajudar, mas sempre poderá ler o livro da Anna Politkovskaya, se calhar poderá encontrar lá algumas respostas, se calhar não…
http://www.bibliotekar.ru/rusPolitkovskaya/index.htm"



Não considero Politkovskaya a fonte mais isenta, mas não é isso o mais importante: o livro dela se chama " A segunda guerra tchetchena". E mais um pormenor, que pode ser muito interessante: os suspeitos principais no caso do assassinato de Politkovskaya são... exato! - de origem tchetchena. Lá eu já nem quero saber porque obtêve inimigos entre essa etnía que defendia nas suas publicações.

Mas, por enquanto, devo dizer, que estou farto com todos esses tchetcehnos, não merecem tanta atenção. Pelo menos hoje me parece assim.

Jest nas Wielu disse...

2 anónimo_russo 22:12

Bem, Anna defendia as pessoas e denunciava os abusos, incluíndo os abusos do Kadyrov jr.,
este livro também poderá ser útil:
http://bookz.ru/authors/anna-politkovskaa/putinska_426.html

anónimo_russo disse...

Blogger Jest nas Wielu disse...

"2 anónimo_russo 22:12

Bem, Anna defendia as pessoas e denunciava os abusos, incluíndo os abusos do Kadyrov jr.,
este livro também poderá ser útil:
http://bookz.ru/authors/anna-politkovskaa/putinska_426.html"



Se algum desses grandes defensores dos direitos humanos tivesse pronunciado uma palavra sequer em defesa da populaçao não-tchetchena da tchetchenia, que sofreu tanto no início dos anos 90 do sec XX, eu os levava mais a sério. Mas eles preferiam ficar calados. A Rússia é grande. Há pessoas que estavam do lado daqueles que combatiam contra as tropas russas na Tcehtchenia, há pessoas que pensam que seria melhor se o Hitler tivesse vencido na Grande Guerra Pátria... Mas, graças a deus, todos esses originais constituem uma minoria na Rússia. E eu acho isso justo.

Jest nas Wielu disse...

2 anónimo_russo 21:44

Vamos pensar assim, se um grande país como FR não consegue defender os seus próprios cidadãos contra alegada limpeza étnica no seu próprio território, não é possível esperar que os defensores dos direitos humanos façam o trabalho que o estado se recusa a fazer.

anónimo_russo disse...

Jest nas Wielu disse...
2 anónimo_russo 21:44

"Vamos pensar assim, se um grande país como FR não consegue defender os seus próprios cidadãos contra alegada limpeza étnica no seu próprio território, não é possível esperar que os defensores dos direitos humanos façam o trabalho que o estado se recusa a fazer."




Não entendo muito bem o que queria dizer com isso, visto que todos sabem o estado em que os países recem-nascidos do espaço pôs-sovietico se encontravam no início dos anos 90 do sec XX. A URSS acabou de morrer, estava a nascer um estado novo (a Rússia) e mais alguns estados e semi-estados (ou недо-estados, eu diria). Todos sabem que a situação muitas vezes era catastrófica naqueles anos.