O Partido Comunista da Federação da Rússia, segunda força política no Parlamento do país, proclamou ontem a criação de uma “Milícia Popular” para enfrentar a Frente Popular Unida do primeiro-ministro Vladimir Putin.
“Se o navio do Estado se afundar nas ondas do caos, da corrupção, do banditismo, da avareza e da traição, isso será mal para todos. A Milílicia Popular visa, antes de tudo, levar a palavra da verdade, da unidade, do coletivismo ao povo, visa salvar toda a nação”, declarou o líder comunista, Guennadi Ziuganov, num comício dedicado à criação da nova organização.
Os comunistas russos não escondem que esta organização, que visa unir grupos políticos de esquerda e nacionalistas, é criada com vista a neutralizar o impacto da criação da Frente Popular Unida, que, além do Partido Rússia Unida, reúne centenas de organizações profissionais, sociais, políticas.
A Frente Popular Unida não tenciona substituir a Rússia Unida nas eleições parlamentares de dezembro de 2011, mas apenas alargar a sua base eleitoral.
O Partido Comunista segue-lhe o exemplo e também não pretende alterar o nome da organização que irá aparecer no boletim de voto.
No comício de criação da “Milícia Popular” participaram cerca de duas mil pessoas que portavam, além das bandeiras vermelhas, estandartes imperiais russos. Alguns manifestantes envergavam fardas militares da época de Nicolau II, czar derrubado pelos comunistas russos em outubro de 1917.
O comício começou com o hino “A Deus do Céu, Misericordioso…” e com a bênção de um sacerdote ortodoxo, escreve o jornal Novaia Gazeta.
Valeri Rakchin, secretário do Comité Central do Partido Comunista, afirmou que na “Milícia Popular” se inscreveram cerca de 200 organizações sociais, com um número de membros superiores a 3,5 milhões de pessoas.
Ziuganov prometeu apresentar um programa para “salvar a Rússia”.
“Preparamos um programa de saída do país da crise, elaborado pelos melhores cientistas, industriais, financistas e agrários. Esse programa terá 11 setores e há um pacote de projetos-lei”, precisou.
O líder comunista declarou que irá recorrer ao serviço de “500 mil observadores” para controlar as eleições parlamentares de dezembro de 2011.
O líder estalinista acusou Vladimir Putin de ter copiado dos comunistas a ideia da criação da Frente Popular Unida, mas a Rússia Unida já veio fazer a mesma acusação na direção dos comunistas.
A miscelânea ideológica que reina no Partido Comunista, que o torna semelhante a um partido nacional-comunista, é muito cómoda para a atual direção russa, tanto mais que Ziuganov não "ultrapassa a risca" nas críticas ao poder, nem anseia a ele. "Oposição barulhenta", mas inofensiva.
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19 comentários:
"líder estalinista"?
Fm
Comunistas juntos com nacionalistas ?
Ó ponto que isto chegou, o mundo está mesmo perdido e é bem certo.
Leitor anónimo, este é estalinista assumido, não esconde a sua adoração pelo Zé dos Bigodes, ao contrário dos da nossa terra. Basta olhar para a foto do post.
Numa anedota da época do Yeltsin um responsável do governo russo liga para Ziuganov após uma onda de manifestações anti-Governo e diz: “Trabalhaste bem, venha receber na segunda”. Penso que é mais do mesmo, se calhar Medved quer aumentar o seu rating se retratando como “adversário temível do comunismo russo” lol
Cao Jest, Ziuganov trabalhou tão bem em 1996 que "obrigou" o Ocidente a aceitar as falsificações das presidenciais para que Ieltsin fosse reeleito. A situação continua a ser a mesma.
Bem lembrado, Milhazes.
Zyuganov venceu as eleições em 1996, e aceitou um acordão em que reconhecia a derrota.
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Esses Partido Comunista russo não sabe(ou não quer) fazer política.
2 Jose Milhazes 13:45
Claro, decerto se lembra das piadas sobre as perguntas que KPRF fazia ao “regime da ocupação”: “Onde podemos levantar a nossa caixa de xeros”?
2 Gilberto Mucio 14:42
Esse Partido Comunista sabe muito bem como fazer a política, simplesmente estão na política para ganhar o $$$ e até fazem bem, é preferível isso ao armamento dos regimes totalitários do 3º mundo...
Não está a inverter os papéis?
Por favor documente esta falsidade.
Não seria melhor admitir que conforme as urnas iam encerrando de Leste para Oeste e se iam sabendo os resultados, as falsificações aumentavam em beneficio de Yeltsin?
Era digno ver os países Ocidentais reconhecerem fraudes eleitorais na Rússia nessa época em prejuizo dos Comunistas.
Já esqueceu as imposições e constrangimentos à liberdade politica que vigoravam nesse tempo com o objetivo de bloquear a atividade do Partido Comunista e as demais forças de Esquerda.
É fácil saber porquê. Esta coisa do Partido Comunista ver aumentar o apoio por parte da população assusta muita gente.
Francisco Lucrécio, você deve ter problemas com o português. Esta lá escrito que as falsificações foram a favor de Ieltsin e contra Ziuganov. Isso é do conhecimento público!
O comunismo é uma forma impagável e abominável de ideologia.
A Ideologia Putin, sempre comprometida com a Política de Estado Russa, com a liberdade de expressãom com a Liberdade de Imprensa e a democracia, é o caminho á ser trilhado por Moscow.
Compreendi perfeitamente bem o que está escrito.
Só não compreendo onde pretende chegar com a seguinte insinuação. “Obrigou” ? Pode prova-lo com documentos?
««««««Caro Jest, Ziuganov trabalhou tão bem em 1996 que "obrigou" o Ocidente a aceitar as falsificações das presidenciais para que Ieltsin fosse reeleito»»»»».
«««««http://www.ng.ru/regions/2011-07-18/1_ono.html?insidedoc»»»».
Depois o seu comentário é uma cópia quase perfeita do que este jornal de direita escreve. Na minha terra costuma dizer-se; “diz-me com quem andas que eu dir-te-ei quem és”.
«««««««««O líder estalinista acusou Vladimir Putin de ter copiado dos comunistas a ideia da criação da Frente Popular Unida»»»»».
Surpreende-o as preferências de Ziuganov? E com as de Durão Barroso atual presidente da Comissão Europeia? Esse nos intervalos de tempo em que proferia estridentes discursos a elogiar Estaline, escorraçava professores da Universidade, ou carregava mobílias da Faculdade de Direito para a sede do MRPP/PCTP (Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado/ Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses) é assim que ainda hoje se chama. O seu adorável amigo José Pacheco Pereira em extremismo ideológico pouco ou nada ficou a dever ao camarada Abel (JMDBarroso entenda-se).
Costuma dizer-se que o peso na consciência do individuo tende a libertá-lo do passado. Nada mais certo.
«««Jest nas Wielu; Esse Partido Comunista sabe muito bem como fazer a política, simplesmente estão na política para ganhar o $$$ e até fazem bem, é preferível isso ao armamento dos regimes totalitários do 3º mundo»»».
Indique um partido do arco politico em qualquer país do mundo que não receba apoios do Estado?
Por outro lado esclareça melhor essa treta da venda de armas a países do Terceiro Mundo.
Mas o Partido Comunista Russo já alguma vez vendeu armas a alguém? Outra das suas "celebres" invenções, ou está a fazer confusão com o navio Ucraniano Faina?
2 Francisco Lucrécio 01:16 / 01:26
Não havia necexxxidade, como dizia Herman, eu sou da direita, pois nasci na grande zona (URSS), para mim é impossível ser da esquerda.
Acho que a lista dos partidos politicos que não recebem os apoios do estado seria demasiadamente grande para ser publicada neste blogue, no entanto, Sr. José Milhazes tem toda a razão quando diz que V. Excia tem mesmo “problemas com o português”, pois se recusa perceber conceitos mais elemantares.
Venda de armas aos países do 3º mundo: entre 1917 e 1991 a URSS (à mando do VKP(b)/ PCUS) fornecia o armamento ao terceiro mundo, casos mais flagrantes são da Síria, Etiópia, Yemen, mas também países do PALOP, etc. Maior parte deste armamento nunca foi pago, à título de exemplo, Síria devia cerca de 20 biliões de USD à URSS.
Quer alguma estatística ou finalmente entendeu o assunto?
««««eu sou da direita, para mim é impossível ser da esquerda.»»»»»»»
Congratulo-me por lhe ter conseguido arrancar esta confissão. Também entendo a sua impossibilidade em ser de esquerda.
Quem assente a sua base ideológica em pressupostos falsos, recheados na mecânica da mentira, no encobrimento da verdade e na falsificação histórica, jamais pode ser de esquerda. Como foi que Mussolini e Hitler conseguiram mobilizar voluntariamente milhões de pessoas em gigantescos comicios se não tivessem feito uso da mentira pura e dura?
«««««««Acho que a lista dos partidos politicos que não recebem os apoios do estado seria demasiadamente grande para ser publicada neste blogue»»»»».
E conhece muitos? Não lhe exijo tanto , apresente um único país do mundo onde os partidos com representação parlamentar não recebam apoios do Estado? Como de costume continua avesso à verdade reproduzindo mentiras em altas doses de “generosidade”.
««««««no entanto, Sr. José Milhazes tem toda a razão quando diz que V. Excia tem mesmo “problemas com o português”»»».
Vamos separar as águas para clarificar quem realmente tem “problemas com o português”. Ou melhor; quem não entende aquilo que escreve.
O Senhor Milhazes escreveu isto que está a seguir.
( Cao Jest, Ziuganov trabalhou tão bem em 1996 que "obrigou" o Ocidente a aceitar as falsificações das presidenciais para que Ieltsin fosse reeleito).
Em Português “obrigar” ; é impor, sujeitar, dominar. Constranger, forçar.
Por favor se não o fez, leia com atenção a minha resposta a este comentário.
O Senhor Milhazes esquivou-se a responder-me dirigindo-me uma provocação. Mas a sua cretinice sabuja levou-o a aplaudir, porque é um ignorante, e mostra ter grande orgulho em ser ignorante. Na medida em que o seu Português é pífio.
Também agradeço que apresente uma lista dos países que (deviam) e devem ou não vender armas a outros. Consegue?
Mas a URSS não era um Estado reconhecido internacionalmente como os demais? Não gozava do mesmos estatutos como país? Era o único país que vendia armas? Não seja demagogo!
E à Ucrânia já é permitido vender armas mesmo para países onde existem resoluções da ONU a interditá-lo? Lembro-me por exemplo da UNITA e do escândalo do navio Faina?
Caríssimo; vou dar-lhe agora resposta a um seu comentário anterior. Quando diz que no massacre de Babi Yar também foram mortos elementos da OUN-M, digo-lhe frontalmente sem quaisquer rodeios que é falso (melhor é mentira) isto porque esse massacre teve inicio no dia 29 de Setembro de 1941 e a OUN_M continuou a colaborar com as tropas nazis até ao Outono de 1943, depois de terem compreendido que os Alemães estavam vencidos no Leste (batalha de Kursk).
Mais; esse bando de criminosos afirmaram ter abatido o chefe do Estado Maior das SA, Victor Lunze, quando ele morreu num acidente de viação perto de Berlim.
Depois disseram ter enfrentado dez mil Alemães na batalha de Volnia no verão de 1943, quando foi precisamente o contrário, cinco mil Ucranianos do Exercito Insurreicional “bandeirista” participaram ao lado de dez mil soldados Alemães numa operação de cerco e aniquilamento dos resistentes “guerrilheiros” comandados por Aleksei Fiódorov.
Leia por favor o historiador judeu Reuben Ainsztein. Deixe-se de proferir mais aldrabices.
Por outro lado quando afirma que foram assassinadas 33 771 pessoas em Babi Yar é mais outra das suas técnicas de politica escabrosa e manipulatória de apresentar o “nazismo às avessas” "ou nazismo branco” de que é um adepto fervoroso.
Sobre este assunto já lhe mencionei aquilo que escreveu Anatoly Kuznetsov um dissidente Soviético “alguém insuspeito com simpatias pelo comunismo”. Agora aconselho-o a ler aquilo que escreveu Simon Winsental sobre estes crimes hediondos.
Por isso não lhe permito que pretenda minimizar as atrocidades praticadas por os nazis com a ajuda dos sátrapas colaboracionistas Ucranianos. Isto porque o numero de mortos foi muito superior àquele que refere. Por outro lado não devemos esquecer os horrores que antecederam o massacre e os vexames a que as vitimas foram submetidas. Por isso mesmo em respeito pela memória dessas vitimas inocentes saiba comportar-se com dignidade.
«««««««Quer alguma estatística ou finalmente entendeu o assunto?»»»»».
Não obrigado! Basta de aldrabices. Rogo-lhe "finalmente" apenas que aprenda a ser honesto.
2 Francisco 02:13 / 05:55
“arrancar confissão”, Francisco sofre de algum complexo de torturador do NKVD?
Por exemplo, em Moçambique os partidos da oposição não recebem os apoios do estado, mesmo tendo a representação parlamentar.
A diferença entre URSS e Ucrânia: URSS oferecia as armas para a condução das revoluções terceiro-mundistas e anti-Ocidentais e Ucrânia vende as armas na lógica de comprador – vendedor.
Tem alguma coisa concreta sobre alegadas vendas em África, do tipo quem vendeu para quem e pelo que preço?
Babi Yar: não é por acaso lhe dei o nome concreto da poetisa Olena Teliha (http://pt.wikipedia.org/wiki/Olena_Teliha), membro da OUN-M, ela foi executada pelo Gestapo em Babi Yar em 21 de Fevereiro de 1942.
Volnia? Talvez queria dizer Volyn? Aleksei Fiódorov (mais tarde major general do NKVD), de facto travou os combates contra UPA. Sobre os combates do UPA contra os nazis poderá ler aqui (http://www.infoukes.com/upa).
O número de 33.771 judeus mortos em Babiy Yar (em primeira operação que durou 2 dias) é dado pela Wikipédia (http://en.wikipedia.org/wiki/Babi_Yar), de certeza que houve mais. Anatoly Kuznetsov (http://en.wikipedia.org/wiki/Anatoly_Kuznetsov), que chegou colaborar com KGB e depois com a “Rádio Liberdade” também menciona o número de 33 771 judeus assassinados em Babi Yar, por isso não vejo onde Francisco achou o “nazismo às avessas”.
Apesar do seu discurso anti-ucraniano, Francisco ainda não apontou nenhum único ucraniano que colaborou nestes acontecimentos... Além disso, será que Francisco se sente responsável pelos massacres que o colonialismo português perpetuou em Moçambique ou em Angola?
Ignora que foi um governo fascista o responsável por os crimes praticados nas colónia Portuguesas? E que os Comunistas lutaram, foram perseguidos e assassinados por esse regime, que muito contribuiram para a queda desse regime? Comece a ter mais cuidado com aquilo que escreve.
Portanto esses crimes que refere, foram da responsabilidade de um regime que se identifica inteiramente com a ideologia que defende, a direita retrograda admiradora do Nazi/fascismo.
Ao resto não lhe respondo porque tratasse de invencionices suas, tiradas de um ideário que defende o sistema politico mais cruel, criminoso e nefasto que a humanidade jamais conheceu, baseado na superioridade racial e na intolerancia.
Já lhe disse mais que uma vez as suas versões não merecem qualquer crebilidade. Tem que começar a habituar-se a disponibilizar os nomes de quem escreve essas patranhas que aqui coloca. Porque se continua a insistir com este tipo de mixordias retiradas da Inforpédia vejo-me no direito de lhe chamar aldrabão.
Aconselho-o também a estudar melhor a História do seu país, porque até nisso mostra ser um pobre diabo analfabeto.
É mesmo Volnia que se diz. Se tem dúvidas leia o prestigiado historiador (não era comunista)Reuben Ainsztein para ficar a conhecer esse acontecimento e muitos outros crimes que o bando do Exército Inssurreicinal Ucraniano de Stefan Bandera cometeu.
Se dispõe de informação que contrarie este ou os outros historiadores que lhe indiquei diga, porque estou interessado em conhecer a versão do outro lado também.
2 Francisco Lucrécio 19:18
Ignora que aos olhos dos africanos um comunista português por vezes não era tão diferente do fascista vindo da mesma metrópole?
Também já lhe disse mais que uma vez que neste blogue escrevo de acordo com as minhas convicções e as regras de casa e V. Excia não pode se sentir o dono da verdade, muito menos apelidar as opiniões de outros de “patranhas”, “mixordias” e por ai fora.
É mesmo Volnia que se diz? Em que língua se diz isso? Em russo não é. Em ucraniano não é. Em polaco não é...
E já que quer conhecer a “versão do outro lado”, eis os livros sobre UPA que sugiro para a sua leitura:
Myroslav Yurkevich, Canadian Institute of Ukrainian Studies, Organization of Ukrainian Nationalists (Orhanizatsiia ukrainskykh natsionalistiv), Encyclopedia of Ukraine, vol. 3 (1993).
Institute of Ukrainian History, Academy of Sciences of Ukraine, Organization of Ukrainian Nationalists and the Ukrainian Insurgent Army Chapter 4 pp. 193–199 Chapter 5
Norman Davies. (1996). Europe: a History. Oxford: Oxford University Press
James K. Anderson, Unknown Soldiers of an Unknown Army, Army Magazine, May 1968, p. 63
Subtelny, Orest (1988). Ukraine: A History. Toronto: University of Toronto Press. ISBN 0-8020-5808-6.
Davies, Norman (2005). God's playground: a history of Poland: in two volumes, Vol. 2, Chapter 19. Oxford, New York: Oxford University Press. ISBN 0-19-925340-4.
Jeffrey Burds (1997). "Agentura: Soviet Informants' Networks & the Ukrainian Underground in Galicia, 1944-48", East European Politics and Societies v.11
Yuri M. Zhukov (2007). "Examining the Authoritarian Model of Counter-insurgency: The Soviet Campaign Against the Ukrainian Insurgent Army", Small Wars and Insurgencies, v.18, no.3
A única maneira de trazer o comunismo novamente é através das força das armas. Eleições é perda de de tempo.
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