Um tribunal da capital georgiana condenou hoje a penas de prisão com execução suspensa quatro fotógrafos que tinham sido acusados de trabalhar para os serviços secretos militares russos (GRU).
Zurab Kurktsilidzé, correspondente da Agência Europeia EPA, foi condenado a três anos de prisão com execução suspensa, Irakli Guedenidzé (fotógrafo do Presidente Saakachvili), Gueorgui Abdaladzé (fotógrafo do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Geórgia), foram condenados a quatro anos de prisão com execução suspensa e Natia Guedenidzé, esposa de Irakli, a dois anos de prisão com execução suspensa.
A Procuradoria Geral da Geórgia declarou que ficou provado que os fotógrafos trabalhavam para os serviços secretos russos, sublinhando que eles “reconheceram isso”.
Ela publicou hoje no seu “site” uma declaração em que se afirma que a Procuradoria pediu ao tribunal que reconhecesse um “acordo processual com os culpados”.
Segundo a Procuradoria, “durante a investigação, os acusados, na presença de advogados, revelaram informação que tem particular importância para a segurança da Geórgia”.
Por isso, os procuradores não pediram penas de prisão efetiva para os alegados espiões.
Os serviços de contra-espionagem georgianos detiveram, durante a noite de 06 para 07 de julho, quatro fotógrafos, entre os quais estava o fotógrafo pessoal do Presidente da Geórgia, Mikhail Saakachvili.
Zurab Kurktsilidzé, correspondente da Agência Europeia EPA, Irakli Guedenidzé (fotógrafo do Presidente Saakachvili), Natia Guedenidzé, esposa de Irakli, e Gueorgui Abdaladzé (fotógrafo do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Geórgia), foram acusados de espionagem “a favor de um país estrangeiro”, informou o Ministério do Interior.
As organizações de defesa dos direitos humanos acusaram as autoridades georgianas de “mania de espionagem”, exigindo a libertação dos fotógrafos.
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