segunda-feira, agosto 01, 2011

Moscovo condena emprego da força contra civis e estruturas estatais

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia considerou hoje que deve ser posto fim ao emprego da força contra civis e estruturas do Estado na Síria.
“Em Moscovo exprimem séria preocupação face às notícias sobre o grande número de vítimas. O emprego da força, tanto contra civis, como representantes de estruturas estatais, é inadmissível e deve terminar”, lê-se num comunicado difundido pela diplomacia russa.
“Apelamos ao governo da Síria e à oposição à máxima contenção, à renúncia a provocações e repressões, ao respeito pela lei e o Direito Internacional Humanitário”, sublinha-se no documento.
O MNE da Rússia assinala também que “tem particular importância o início, mais rápido possível, de um diálogo geral, responsável e concreto, para a solução dos problemas sociais, económicos e políticos nos interesses de todos os sírios, para o restabelecimento da concórdia civil, para garantir um desenvolvimento democrático estável do país”.
Mais de 100 pessoas foram mortas no domingo numa vasta ofensiva do exército sírio em Hama (centro), de acordo com ativistas dos direitos humanos.
Não obstante a diplomacia russa atirar as responsabilidades para cima das duas partes, esta posição é um sinal de mudança, pois Moscovo, finalmente, reconhece o carácter bárbaro e repressivo do regime sírio.
Isto não significa que a Rússia vá apoiar acções militares contra o regime de Damasco, tanto mais que ninguém tenciona dar início a elas.
A situação na Síria complica-se diariamente e é difícil prever como se irão desenvolver os acontecimentos. A NATO não tem meios para intervir em mais um conflito no mundo árabe e, por detrás dos levantamentos, há diferentes forças políticas, incluindo radicais islamistas.
É também preocupante o facto de o mundo árabe não conseguir servir de intermediário nos conflitos que se alastram no Médio Oriente e África do Norte.

2 comentários:

HAVOC disse...

A Rùssia não pode perder a sua base de ressuprimento da Marinha no porto de Tartus, no Mar Mediterrâneo, pois isso irá comprometer a eficiencia da Marinha Russa no Oriente Médio.

A Rùssia usa este porto para ressuprir seus navios de guerra com víveresm e este porto tem importancia estratégica para Moscow.

Estou acompanhando doentemente os desenrolares destes confrontos, no Oriente Médio, porque isso é muuuito importante! Desde o início das rebeliões na Tunísia, eu venho acompanhando, porque isso é trabalho da CIA!!!!

A verdade virá a tona!!!

Jest nas Wielu disse...

Creio que Moscovo pode dormir meio descançada, pois na América Latina tem um piloto do SU sempre pronto a intervir. Como em um romance do Lev Kassil: “Puti hatow!, - dizia o príncipe. Sigda hatow, - respondiam os ministros”.