No dia 29 de Julho, o Senado norte-americano aprovou uma resolução onde se recorda a necessidade de respeito pela integridade territorial e independência da Geórgia e condena as ações da Rússia que incentivou e apoiou a proclamação da independência da Abkházia e Ossétia do Sul, regiões separatistas da Geórgia.
A pretexto de proteger os seus cidadãos, Moscovo enviou tropas para a Ossétia do Sul a 8 Agosto de 2008, entrando em guerra com a Geórgia. No dia 1 de Setembro, essa região e a Abkházia proclamaram a independência com o apoio de Moscovo, que foi reconhecida apenas pela Venezuela, Nicarágua e Nauru, minúsculo Estado do Pacífico.
“As afirmações de que a Abkházia e a Ossétia do Sul foram supostamente ocupadas pela Rússia não têm fundamento nem em factos, nem no direito”, declarou Alexandre Lukachevitch, porta-voz da diplomacia russa, num comunicado publicado.
Segundo ele, “as declarações dos senadores americanos a esse propósito mostram ou analfabetismo na esfera do Direito Internacional, ou total desrespeito pelos factos reais. Tudo isso mostra que essa resolução não passa de um exercício de propaganda, realizado para “marcar presença” no “caso georgiano””.
“Semelhantes declarações estão longe de ser inofensivas”, sublinhou, e acrescentou: “elas alimentam as disposições revanchistas que caraterizam a política de Tbiliss, justificam e incentivam a falta de vontade da parte georgiana de conversar em pé de igualdade com Sukhumi e Tzkhinval [capitais da Abkházia e Ossétia do Sul].
“O estabelecimento desse diálogo seria precisamente a chave para a paz, a estabilidade e o bem estar na região. Seria bom que também os senadores americanos se lembrassem disso”, frisou.
Lukachevitch considerou que a resolução aprovada “faz lembrar um disco gasto”.
“Ela contém um conjunto de repetições e lugares comuns como “a violação da integridade territorial e da soberania da Geórgia”, que, durante os últimos anos, soa de Washington”, continua.
“Claro que não podia falta o tema da “ocupação”.Já explicámos várias vezes o absurdo do emprego desse termo nesse contexto”, conclui.
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