quarta-feira, setembro 14, 2011

Autoridades prevêem redução da população activa em 10 milhões nos próximos quatro anos

Autoridades prevêem redução da população activa em 10 milhões nos próximos quatro anos. O número de população activa na Rússia sofrerá uma redução de pelo menos 10 milhões de pessoas entre 2011 e 2015, declarou hoje Nikolai Patruchev, secretário do Conselho de Segurança da Rússia.

“As reservas de aumento do nível da atividade económica nas idades jovem e adulta estão praticamente esgotadas. Isso exige novas soluções e medidas para atrair para o nosso país força de trabalho altamente qualificada”, precisou Patruchev, citado pela agência Interfax.

Ele frisou que o país “entra no período mais complicado do ponto de vista da situação demográfica”.

Nikolai Patruchev revelou que, por incumbência do Presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, está a ser elaborada a “conceção da política estatal de migração”.

O alto funcionário russo propõe a criação de “um corpo de engenharia que possa garantir a vinda de quadros qualificados, necessários à economia russa”.

Em junho passado, peritos da Academia das Ciências da Rússia publicaram o relatório “Estado do emprego e do mercado do trabalho na Rússia”, onde calculam que, até 2025, o número de população ocupada na economia diminuirá 12,9 por cento e o número de russos capazes de trabalhar descerá entre 18,5 e 21 por cento.

Nikita Mkrtchian, analista do Instituto de Demografia da Escola Superior de Economia de Moscovo defende que esse processo só pode ser combatido com um forte aumento do número de imigrantes, mas frisa que essa decisão esbarra com dificuldades sérias.

“Pode-se conseguir esses dez milhões à custa da migração laboral temporal. Se no nosso país já se encontram de 3 a 5 milhões de trabalhadores estrangeiros, isso significa que deverão trabalhar 15 milhões, o que é um número gigantesco, difícil de garantir mesmo que se abra completamente as portas”, precisou.

7 comentários:

HAVOC disse...

Tem que abrir as portas para a imigração! Vai ter uma fila de portugueses procurando emprego de pedreiro, carpinteiro,servente de obras e garçom na Rússia!

Gilberto disse...

Outra coisa preocupante, e que inexoravelmente vai fazer estourar uma ebulição social...

... é o fato da Rússia não possuir um sistema de previdência social de fato.

Quem trabalha ganhando 50 mil rublos,
se aposenta ganhando, por exemplo, 9 mil.

Essa geração que está ativa hoje, não tem ideia do que seja isso, acha que vão ganhar isso para sempre. Até porque eles não têm a memória histórica, o comparativo.

Até a classe média alta moscovita está fadada a uma velhice de privações.

O que se salvarão, são os que vão viver de aluguéis de apartamentos (muitos já vivem assim).

Diminuição de mão de obra, envelhecimento da mão de obra ativa... isso é um problema grave sim.

Pippo disse...

A única forma de resolver o problema é através de políticas económicas e sociais que favoreçam a natalidade no seio da "classe média" russa: incentivos fiscais (apenas para a classe média!), melhores escolas, melhores hospitais, etc.

Importar imigrantes é um erro colossal de consequências catastróficas.

Anónimo disse...

Seria interessante importar imigrantes com contratos de curto prazo mas sem residência fixa. A união européia com seu déficit previdênciario e sua baixa natalidade caminha para isso.

Eduardo disse...

Nas ex-repúblicas soviéticas há 28 milhões de russos étnicos. Creio que a Rússia poderá amenizar ou até mesmo reverter a crise demográfica, incentivando-os a voltar, além de prêmios à casais que tem 2 ou mais filhos etc Os imigrantes não-russos em sua maioria já dominam a língua russa.

sergio disse...

"Seria interessante importar imigrantes com contratos de curto prazo mas sem residência fixa."

solução "ótima". O último país que aplicou isso foi a Alemanha em relação aos turcos...e já sabem no que deu. Ninguém voltou...

Anónimo disse...

Isso se deve porque, segundo uma pesquisa recente, o homem russo é o que menos faz sexo entre os países pesquisados. Só pensa em beber e idolatrar o Putin.