As abordagens diferentes da Rússia e da Grã-Bretanha face a alguns problemas não deve reflectir-se de forma negativa nas relações entre os dois países, declarou hoje o Presidente russo, Dmitri Medvedev, depois de um encontro com David Cameron, primeiro-ministro britânico.
“Partimos do princípio de que entre os nossos países há muita coisa comum e muito mais o que nos une do que nos dividiu ou divide”, frisou ele numa conferência de imprensa no Kremlin.
Segundo Medvedev, “mesmo que as nossas abordagens face a esta ou àquela questão nem sempre coincidam, isso não é motivo para dramatismo. O principal é não permitir que isso se manifeste de forma negativa em todo o leque das nossas relações”.
A situação na Síria é um dos motivos de divergência entre os dois países.
“A parte russa considera que, em relação à Síria, é necessário aprovar uma resolução que seja dura, mas, ao mesmo tempo, equilibrada e dirigida aos dois participantes do conflito, tanto às autoridades dirigidas por Bashar Assad, como à oposição. Só nesse caso a resolução pode ter êxito”, defendeu Medvedev.
“Não vemos futuro para o Presidente Assad e o seu regime na Síria. Penso que eles perderam a sua legitimidade e devem renunciar ao poder”, respondeu Cameron.
Dmitri Medevedev defendeu o reatamento do trabalho conjunto dos serviços de segurança russos e britânicos, congelado depois da morte de Alexandre Litvinenko, antigo agente do Serviço Federal de Segurança (FSB/KGB), em Londres. As autoridades britânicas consideram que os serviços secretos russos estão por detrás dessa morte.
Antes da conferência de imprensa, Medvedev e Cameron assinaram a declaração “Parceria na base dos conhecimentos para a modernização”.
“As partes consideram que a cooperação no campo do desenvolvimento inovador, a criação de tecnologias de ponta, amigas do meio ambiente e que contribuem para o melhoramento da qualidade de vida das pessoas e para a realização do seu potencial criador, são parte inseparável da modernização”, lê-se no documento.
A Rússia e a Grã-Bretanha prometem desenvolver esforços para melhorar o clima no campo do comércio e dos investimentos.
Representantes russos e britânicos assinaram outros documentos no campo das relações económicas bilaterais, tendo Londres prometido apoio com vista a fazer de Moscovo um centro financeiro internacional.
2 comentários:
A Rússia é um país que não pode ser conduzida politicamente sobre pressões estrangeiras. As colocações do Primeiro-Ministro britânico James Cameron á imprensa russa foram ridículas. Era como se a Rússia fosse uma colônia britânica!
O Kremlim deve defender a sua constituição á todo custo. Estas pessoas envolvidas no suposto assassinato de Sergei Magnitsky, se cometeram mesmo este crime, devem cumprir sua pena em solo russo, e não deverão em hipótese nenhuma serem deportados!
Recentemente um piloto de avião russo foi sequestrado na Africa por agentes da CIA e está sendo julgado na América, numa violação ás normas internacionais.
Os Estados Unidos sequestraram um cidadão russo em solo estrangeiro, não fazendo diferente do que é feito no Irã ou Coréia do Norte!
A situação dos Direitos Humanos na russa é estável. O governo russo dá liberdade de expressão para estes movimentos. Estes Movimentos de direitos humanos na Rússia não são perseguidos politicamente, como diz a imprensa americana. Não se pode ter uma visão sobre a Rússia lendo jornais americanos.
Como se não houvesse tortura no Reino Unido, como ocorreu nas recentes rebeliões deste ano em Londres. E não se esqueçam do assassinato de Jean Charles de Menezes, cidadão brasileiro que foi assassinado pela Scotland Yard á sangue frio, e completamente desarmado, apenas por ser estrangeiro. Isso nunca ocorreu na Rússia!
E a Rússia não deve ceder nas suas reinvidicações sobre a Síria. Porque o objetivo da América e da Europa Ocidental é acabar com as vendas de armamentos russa, para desestabilizar a economia russa.
Isto é apenas jogo político e nada mais. As relações entre Rússia e Inglaterra nunca foram relações de amizade em toda a história. Antes era a potência europeia querendo manter seu império colonial afim de suprir a deficiência de recursos do território britânico e sua posição hegemônica na Europa. Após a segunda guerra a Inglaterra passou a bancar o buldogue de companhia da Águia Careca, o todo poderoso colonizador, virou o capacho subserviente da colonia e do advento da guerra fria aos tempos atuais o boneco de ventríloquo dos interêsses americanos no conselho de Segurança da Onu. Assinatura de documentos, acordos, tratados etc... Fazem parte da cultura humana, é a justificativa documentada para aplacar os corações desesperados e prometer segurança, são tão frágeis e descartáveis como foram todos os acordos e documentos assinados durante a derrocada soviética nos anos 1990. O que se viu foi o descumprimento de praticamente tudo, orquestrado pelas nações integrantes da Otan, principalmente a citada no tópico juntamente com único aliado que faz com que esta instituição possa se garantir, os EUA.
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