segunda-feira, setembro 12, 2011

Rússia irá apoiar adesão da Palestina à ONU

A Rússia irá apoiar a adesão da Palestina à ONU, declarou hoje Vitali Tchurkin, embaixador russo nas Nações Unidas, numa entrevista ao canal televisivo Rossia-24.
« Claro que iremos votar a favor de qualquer uma das propostas dos palestinianos, mas devo dizer que nós não os empurramos a agir assim. Nós dissemos que os apoiaremos no que decidirem. Trata-se de uma questão da estratégia política e diplomática deles, eles decidem sozinhos se querem aderir à ONU », acrescentou.
O diplomata russo frisou que essa será « uma das intrigas mais interessantes da 66ª Sessão da Assembleia Geral da ONU, que deverá começar a 21 de setembro.
Segundo Tchurkin, a Palestina pode utilizar duas vias para conseguir a sua independência.
« A primeira via é apresentar o pedido de adesão à ONU. Aqui, o candidato tem de ter a respetiva recomendação do Conselho de Segurança », explicou.  
« Mas aqui a principal dificuldade reside em que os Estados Unidos não escondem que empregarão o direito de veto a essa resolução », precisou.
« Além disso, alguns países membros do CS, que ainda não reconheceram a Palestina, podem abster-se na votação », acrescentou.
Vitali Tchurkin recordou que « no que respeita à Rússia, não temos qualquer problema porque reconhecemos a Palestina em 1968 ».
A segunda possibilidade, segundo ele, consiste na aprovação pela Assembleia Geral da ONU uma resolução sobre o aumento do estatuto da Palestina nas Nações Unidas.
« Hoje, a Palestina é observadora na ONU, mas enquanto formação. Há a possibilidade de conseguir o estatuto de observadora como Estado que não é membro da ONU », assinalou.
« Semelhante desenvolvimento é bem possível e, caso a Palestina consiga esse estatuto, terá a possibilidade de aderir a uma série de importantes institutos internacionais, organizar de forma completamente as suas relações com o FMI e o Banco Mundial », frisou.
« Para que a Palestina percorra com êxito essa vida, ela precisa de receber 129 votos, ou seja, conseguir o apoio de 2/3 dos membros da Assembleia Geral. Hoje, 125 países reconheceram a Palestina e há mais países que simpatizam com ela », concluiu o representante russo.

4 comentários:

HAVOC disse...

A Rùssia tem que apoiar e armar a Palestina, pois todos os dias morrem palestinos vítimas de ataques israelenses na faixa da gaza!

O que Israel está fazendo com os palestinos não é muito diferente do que os nazistas fizeram com os israelenses na 2ª Guerra Mundial.

No meu ponto de vista, o que Israel fez contra a Turquia, assassinando seus cidadãos, foi um ato de guerra! A Turquia recentemente divulgou que seus navios de guerra irão escoltar navios de ajuda humanitária turcos para a Palestina, o que achei uma grande idéia!

Israel é um Regime tão perverso quanto foi o Regime Nazista, e é apoiado pelos falcões da América! Eu iria adorar assistir á uma guerra entre a Turquia e Israel. A casa iria cair para os israelenses. E eu espero que o Egito abandone o Tratado de Paz com os Israelenses, assim como também os jordanianos.

Uma coalizão envolvendo Turquia, Egito, Jordania, Siria ,Arábia Saudita e o Paquistão, cedendo umas 10 ogivas de seu arsenal nuclear, poderia virar o jogo no Oriente Médio.

Todos estes países possuem forças-aéreas poderosas, que iriam massacrar a Força-Aérea Israelense, abrindo caminho para as operações terrestres!!!

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Zhirinovsky, você começa a transformar-se num caso clínico. Tome banho e acalme-se, anda a ver filmes de guerra em demasia.

Pippo disse...

JM, eu sei que você é um Homem do Norte, mas daí a escrever que "Para que a Palestina percorra com êxito essa vida, ela precisa de receber 129 BOTOS", isso não, carago! :O)

Quanto ao assunto em questão, apesar de eu ser pro-israelita, reconheço que os árabes palestinianos têm o direito a reivindicar uma pátria. Se essa pátria corresponde ao território controlado pelo Egipto e pela Jordânia em 1967 é uma questão a analisar pois há importantes questões estratégicas, como o "estrangulamento" de Netanya ou o controlo da margem ocidental do rio Jordão, que são vitais para a segurança de Israel, que têm de ser salvaguardadas.

Em todo o caso, ao direito que os palestinianos têm de terem um Estado Palestino tem de corresponder o direito inalienável que os judeus têm de terem um Estado Judaico.

A negação deste direito aos judeus seria uma gravíssima violação do princípio da equidade pois não lhes reconheceria o mesmo direito que seria reconhecido aos palestinianos, ou seja, a criação de um Estado baseado na nacionalidade.

Portanto, sim, sou a favor do reconhecimento de um Estado Palestiniano, eventualmente formado com base nas fronteiras de 1967 (com alterações pontuais), DESDE QUE:
- Esse Estado Palestiniano seja totalmente responsável pela acções cometidas no seu território ou realizadas a partir do seu território (por exemplo, o lançamento de mísseis contra Israel, o qual passará a ser entendido, sob o ponte de vista do DI, como um acto de agressão de um Estado relativamente a outro;
- Aos judeus lhes seja reconhecido o direito de terem um Estado Judaico ao qual, e a cujos cidadãos, devem ser dadas todas as garantias de segurança.

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Caro Pippo, peço desculpa pelo lapso, acontece. Quanto à sua opinião sobre a Palestina e Israel, estou completamente de acordo.