A Europa foi sempre uma das referências de desenvolvimento para a Rússia. Por isso, os problemas económicos, sociais e políticos que ocorrem nos países da União Europeia são acompanhados com atenção no país, até porque, mais tarde ou mais cedo, se podem refletir também nele.
Dmitri Danilov, analista do Instituto da Europa da Academia das Ciências da Rússia, vê a origem da crise no facto de “o modelo europeu de democracia não permitir rapidamente a solução dos problemas acumulados”.
Numerosos analistas russos vêem uma das principais causas da crise europeia no “fracasso do multiculturalismo” e da “política de migração”.
“Os britânicos, tal como, antes, os habitantes de Itália, França e Alemanha viram-se reféns da política do multiculturalismo, realizada desenfreadamente durante décadas. Graças a ela, o país viu-se inundado de migrantes. Não por aqueles que chegaram há muito à Grã-Bretanha em busca de melhor vida e estavam prontos a trabalhar de sol a sol em prol do futuro dos seus filhos. Mas os seus descendentes não souberam singrar na vida, receber instrução, não compreendem porque é que, sendo cidadãos locais, não podem ser tão prósperos como os locais”, considera o analista Evgueni Chestakov.
A crise afeta também os europeus, que procuram novas formas de luta pelos seus direitos.
Segundo Dmitri Danilov, “a população apenas pode exercer influência na situação por via democrática, mas muitos compreendem que isso é extremamente difícil, no mínimo trata-se de uma via muito longa, mas é preciso viver já, resolver rapidamente os problemas”.
“Os atuais protestos são uma forma de chamar a atenção das autoridades para os problemas sociais sérios na Europa”, frisa o analista.
O analista Dmitri Kondrachov não vê nestes processos o “declínio da Europa”, mas o regresso às origens.
“Não, não se trata do declínio da Europa, mas do regresso às fontes da civilização que deu ao mundo as sangrentas cruzadas, guerras religiosas fanáticas, a noite de S.Bartolomeu, a escravidão, a servidão da gleba, o nazismo, o holocausto. A civilização que não tolera nada de diferente e explora cruelmente todos os que não pertencem a ela”, defende.
Outro problema também é a falta de elites políticas competentes, capazes de encarar os desafios apresentados pela situação no continente.
“Para que haja vontade política, é preciso personalidades carismáticas: Churchill, de Gaule. Mas, no atual sistema político no Ocidente não há líderes deles, porque não os cria. O sistema produz managers políticos, muito controláveis, ligados a muitos grupos de interesse”, considera Danilov.
25 comentários:
José Milhazes
Vou fazer link para a 1H30 de cá. Obrigado
Concordo com todas as análises excepto a de Dmitri Kondrachov.
Não me parece que a Europa esteja a reverter para a barbárie. A evolução social verificada nos últimos séculos aponta para um aumento do espírito liberal e crítico o qual culminou na democracia. Democracia imperfeita, é certo, aliás, imperfeitíssima, como bem o apontam estes analistas e que eu já me fartei de apontar aqui neste blog, e não só.
Agora, o que poderá acontecer à Europa? Há várias hipóteses evolutivas, das quais destaco sucintamente duas:
1- a Europa torna-se cada vez mais uma sociedade individualista e multicultural. Devido a isto, instala-se em definitivo o relativismo cultural, renega-se a História europeia (pois esta não é politicamente correcta) e os elementos que caracterizam indelevelmente toda a cultura europeia, a saber, a herança greco-romana e o Cristianismo. Em tal sociedade, não haverá laços permanentes entre os cidadãos que o liguem ao Estado e ao “ethnos” (ninguém se sentirá “português” mas apenas “cidadão português”), o “cimento” social será apenas a obediência à Lei e a “cultura” comum será apenas a obediência a vagos princípios filosóficos tais como a “democracia”, o “livre mercado” ou, quem, sabe, a “tolerância”, princípios esses que não são civilizacionais (culturais) mas sim políticos ou jurídicos. Isso será o fim da Civilização Europeia;
2- a Europa regressa às suas raízes culturais, reafirmando o seu passado e o seu carácter único e impondo a sua cultura, hábitos, modos de vida e relacionamento com os outros. Isso implicará necessariamente um conflito com as comunidades que recusam a cultura europeia. Esse processo está a tomar forma nos dias de hoje, liderado pela “Extrema-Direita” ou por figuras “populistas” conotadas com a “Extrema-Direita” que criticam abertamente o Islão na Europa (Geert Wilders, Theo van Gogh, etc.), mas que também está a ser adoptado, por motivos eleitoralistas, por partidos ou figuras main-stream (Merkel, Medvedev, etc.);
Em qualquer um destes processos, poderemos assistir a um regresso do nacionalismo (aliás, já o assistimos, como bem analisou George Friedman no seu artigo "The Crisis of Europe and European Nationalism", na Stratfor) e até, quem sabe, ao regresso de algumas formas de comunitarismo, restabelecendo-se assim os núcleos de solidariedade fundamentais, básicos, das sociedades pré-modernas e modernas.
A Europa Ocidental é um continente que não tem nada mais á acrescentar á humanidade! Este continente teve o seu tempo de glórias á séculos atrás. Agora existe apenas para consumir os recursos naturais do planeta pra satisfazer sua população idosa e que não tem nada mais á produzir para o planeta!
A Europa é o passado... Não tem mais significancia no planeta. A Europa Ocidental se reergueu devido á ajuda americana, pois perdeu a segunda guerra mundial para os alemães, que ocuparam todo o continentem em questão de semanas!
É uma vergonha citar a Europa Ocidental como base de avanço para a humanidade atualmente.
O futuro está em outros países, e estes países estão do outro lado do planeta, com suas economias punjantes, grande população e abundancia em recursos naturais!
"Não, não se trata do declínio da Europa, mas do regresso às fontes da civilização que deu ao mundo as sangrentas cruzadas, guerras religiosas fanáticas, a noite de S.Bartolomeu, a escravidão, a servidão da gleba, o nazismo, o holocausto."
Demagogia e populismo barato com clichês absolutamente inacreditáveis...
Percebo que você tem dado muita atenção a baboseiras que Dugin escreve, Pippo... rsrs
Talvez devesse ler mais sobre isto, Gilberto :o)
A última vez que culparam outros povos meio à grave crise econômica foi na Alemanha, na década de 1920-30. A consequência: rápida ascensão do nazismo, e 2a Guerra Mundial - a maior tragédia da história da humanidade. É preocupante rever vozes culpando o multiculturalismo meio a uma nova grave crise mundial.
A culpa não é do multiculturalismo, como também a crise não é da Europa. A culpa e a crise é consequência do fracasso do neoliberalismo, que foi imposto a quase todos os países do mundo pelas potências imperialistas. Trata-se de mais uma crise cíclica de superprodução capitalista, que se tornam cada vez mais graves, tal como previu Karl Marx, decorrente da concentração de renda em virtude do aumento da mais-valia, conforme tento demonstrar a seguir.
Desde a década de 70, empresas americanas tem se instalado em países subdesenvolvidos (principalmente China) em busca de salários mais baixos para aumentarem seus lucros. Soma-se a isso a flexibilização da legislação trabalhista dos EUA e o enfraquecimento de seus sindicatos. Desde então, os salários dos trabalhadores norte-americanos encontram-se estagnados. O aumento do PIB per capita americano é basicamente remuneração de capital vinda do exterior (seja por remessa de lucros, ou compra de títulos da dívida americana), que está concentrada nas mãos de poucos. Pois bem, com o empobrecimento dos trabalhadores americanos e a abundância de capital ocioso disponível, têm-se crédito barato para alavancar o consumo. No início de 2000, o governo Bush incentiva programas de habitação. Ao mesmo tempo houveram desregulamentações no mercado financeiro, que permitiam que os credores (bancos) especulassem com as hipotecas "subprime" e as revendessem para o resto do mundo. Estava armada a bomba-relógio, que estorou em 2008, quebrando bancos e seguradoras gigantes com a inadimplência das hipotecas, como todos sabemos.
Bancos do mundo inteiro (principalmente da Europa) que embarcaram na onda de especulação do subprime quebraram juntos, colocando em cheque o sistema financeiro mundial (o coração do capitalismo). Os governos se viram "obrigados" a resgatar os bancos, transformando a crise financeira dos bancos (privada) em crise fiscal (pública). Esta crise fiscal fez com que a dívida pública dos Estados disparassem. Para fazer frente à dívida os governos aderiram à cartilha neoliberal: fizeram cortes no seu orçamento, diminuíram investimentos, cortaram gastos sociais, demitiram funcionários públicos, privatizaram empresas estatais, e aumentaram impostos. Resultado: recessão, desemprego, pobreza e fome, aliado à falta de amparo Estatal. Nada mais natural que a população européia (onde a crise causou mais impacto até agora) saia às ruas para protestar contra estas reformas. E o pior ainda está por vir. A próxima fase da crise será a provável quebra de algum Estado europeu. Se for somente a Grécia, Portugal ou Irlanda, talvez dê para o Banco Central Europeu segurar. Mas se for Itália ou Espanha, o impacto no resto do mundo será bem maior do que a quebra do Lehman Brothers.
A culpa, portanto, não é da população, e sim dos bancos. Estes que devem pagar pela crise. Mas o que vemos é os governantes atenderem aos interesses dos banqueiros. Essa é a "democracia" burguesa: o poder político (que é eleito) submetido ao poderio econômico (que não é eleito).
Enfim, a atual crise não tem nada a ver com raças, culturas ou nacionalidades. É uma crise econômica, decorrente do atual modelo econômico, que já se esgotou e tem que ser substituído.
A grande pergunta que fica no ar é: O modelo europeu é mesmo sustentável?
A culpa é dos mercados! Let's bomb it!
Pois eu gostaria de saber Zhirinovsky Flanker, quantos anos têm de recursos naturais para explorar futuramente, essas grandes civilizações como a China, a India e muitos outras, em franco crescimento populacional e qual o nível de qualidade de vida poderão ter também, nesse futuro longínquo. Poderá responder-me a esta questão que me intriga? Ou só os europeus é que não terão acesso a nada, porque já usufruiram? O erro dos europeus foi terem sido os pioneiros da tecnologia que hoje todo o mundo usa?
A base do avanço dos Direitos Humanos nasceu onde? Já não são precisos esses Direitos para se avançar? é isso que quer dizer com isto:- É uma vergonha citar a Europa Ocidental como base de avanço para a humanidade atualmente.?!
As economias pujantes, a que se refere baseiam-se na Economia de Mercado ? Obrigada.
Cumprimentos
"eu gostaria de saber quantos anos têm de recursos naturais para explorar futuramente, essas grandes civilizações como a China, a India e muitos outras"
Permita-me responder, pelo menos parcialmente, que a China está a adquirir todos esses recursos no exterior, nomeadamente em África, onde assina acordos com os governantes desses países (corrupção? Nem pensar!), e aproveita e ainda exporta:
1 - Trabalhadores chineses (os indígenas são empregues apenas em trabalhos menores e muito mal pagos)
2 - Produtos a baixo preço
3 - Influência política, o que lhe permite obter novos contratos.
Assim, é possível à China obter matérias-primas e recursos alimentares, ao mesmo tempo que lucra com contratos de construção, exploração mineira, exportação de armas, etc.
Pippo
Obrigada... :)
Eu sei a estratégia da China, muito similar à de outros "impérios" de caça... de recursos naturais. Avança é devagarinho, de fininho e "pacíficamente", pelo menos para já... e não é só em África, está por todo o Mundo, também com destaque para a América do Sul.
Um abraço.
A Europa Ocidental é coisa do passado. É difícil para pessoas que vivem naquele continente compreender, mais eles tem que se consolar... A Europa Ocidental, daqui á 20 anos, será um continente islâmico, porque as maiores taxas de fecundação na Europa ocidental é a muçulmana, acima dos 60%, enquanto os europeus cristãos estão crescendo na faixa de 5%. Façam os calculos, e verão que daqui á 20 anos haverá mais mesquitas que igrejas na Europa Ocidental!
Não irá demorar muito para países como França serem chamados de República Islâmica da França!!!
Países como Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Portugal Espanha entre outros, estão sendo diariamente ultrapassados por países da Àsia e América do Sul nos índices economicos.
a) O Reino Unido perdeu os Estados Unidos, o Canadá e a Austrália;
b) A Espanha perdeu toda a América do Sul;
c) Portugal perdeu o Brasil
E a Rússia ainda tem a Sibéria, as fronteiras russas vão da Finlândia até o Estreito de Bering, e é isso que irrita o Ocidente!
A Europa Ocidental foi o maior fracasso colonial da história da Humanidade!!!
A Europa Ocidental está caindo num buraco sem volta. Olha o que está ocorrendo com a Grécia. Alias, façam uma comparação com a Grécia e a Turquia...
Na França, a taxa de desemprego chegou á indices inimagináveis... Não irá demorar para ocorrer uma guerra civíl na França.
E eu estarei acompanhando tudo daqui do Sul do Brasil, pelo meu I-PHONE...
Vai ser divertido!
Pippo,
"Mesmo as pressões exercidas pelas diversas potências, como os Estados Unidos, o Japão ou a Coreia do Sul, e até os europeus, para maior equilíbrio comercial com a valorização do seu câmbio, todos são cautelosos, pois desejam continuar com acesso ao seu mercado, bem como contar com seus investimentos e financiamentos. Tudo indica que, se algum ajustamento tiver que ser feito, será na dimensão e velocidade decidida pela China.
Os chineses sabem que o mundo sem eles não seria o mesmo. E nos organismos internacionais, tanto na ONU como na OMC, impõem as suas vontades, enfrentando eventuais oposições, simplesmente pela sua inércia. Não utilizam mais uma retórica agressiva, mas com pausada calma fazem o que desejam, sem que ninguém tenha poder para confrontá-los."
Assustador, não? basta seguir este blogue e mais umas notíciazinhas de activistas na web, para saber a força com que vão dominar!
http://www.asiacomentada.com.br/2010/05/a-politica-internacional-chinesa/
Zhirinovsky Flanker
Pena não ter respondido a uma única pergunta que lhe fiz...
Aliás tudo o que disse não me molesta mínimamente. Mas agora perder tempo a comentar o óbvio... Deixe que até lhe ofereço este vídeo que coloquei há uns anos no facebook, para que possa festejar com antecipação. Agora não me lixe... vai ficar agarrado ao I-phone?! E não vai participar da matança? Que pena! Pelos vistos é piloto de caças aos Domingos e feriados...
Flanker, os seus dados sobre taxas de fecundidade estão
"ligeiramente" errados. Aconselho-o a ler um livro sobre demografia chamado "Shall de religious inherit the earth?", do Eric Kaufmann, onde pode encontrar dados correctos.
Quanto à perda das colónias, é algo que é constante na História das nações. O Brasil, por exemplo, após muito derramamento de sangue, perdeu a Cisplatina (actual Uruguai)...
Quanto à comparação entre países, depende de muita coisa: recursos (uns têm, outros não); salários (uns são baixos, outros são altos); condições laborais (uns têm-nas, outros não); existência de mercado interno (quanto maior a população, maior o mercado interno); etc.
Mas olhe, antes de falar muito no que a Europa Ocidental vai ser face aos países em "crescimento", compare isto: apesar de em França haver banlieues e em Portugal haver bairros da lata, nenhum deles se compara aos "slums" da Índia ou às favelas do Brasil...
"Talvez devesse ler mais sobre isto, Gilberto :o)"
Já li muita coisa, por curiosidade. Baboseira. Mistura de falácias com truísmos.
Os europeus e alguns povos de suas ex-colonias nas Américas são os "únicos que aceitam" ou respeitam o multiculturalismo. Os árabes e os islâmicos em geral não aceitam a ideia do multiculturalismo, pelo menos em suas terras. Mas creio que não se pode generalizar ao pé da letra. Há gente de todo o tipo em qualquer lugar e cultura.
Creio que os líderes russos estão atentos à isto para agir/lidar melhor em relação a minorias na própria Rússia.
A crise economica na Europa Ocidental pode produzir resultados imprevistos. A Espanha por exemplo tem 22% de desemprego e outros mais de 30% no trabalho informal. É o povo que mais protesta na UE, ao lado dos gregos. Em 2007 havia 8% de desemprego. Na minha opinião são dados trágicos... Para se ter uma ideia, o Brasil com 190 milhões de habitantes tem 6% de desemprego e menos de 25% de informalidade. A Rússia deve estar com dados melhores, pois tem crescimento demográfico negativo e consequentemente absolve melhor a força de trabalho. Analisar e comparar PIB per capita por si só pode esconder outros dados não tão bons, como o desemprego, no caso de países estagnados ou em crise por muito tempo. Outros países fora do "primeiro mundo" também devem ter mercado de trabalho melhor.
A quebra grega é quase certa para Outubro. Não duvido da capacidade de os países da UE sairem da crise e dar volta por cima, pois já superaram outros momentos mais difíceis, mas agora está mais do que claro que as potências assistem a subida dos emergentes e vão precisar deles. Nos próximos dias os bric analisarão estratégia de comprar títulos dos países da UE. A Rússia é o segundo maior detentor de "Bunds" alemão e a UE vai precisar muito dela a longo prazo, pois a Rússia pode ser a maior economia da Europa antes mesmo de 2020.
Cumprimentos à todos !
Fada do Bosque,
O Henrique Raposo, que é um jovem que de vez em quando escreve umas coisas giras (outras vezes é meio tolinho, mas isso acontece a todos), escreveu recentemente sobre isso:
http://aeiou.expresso.pt/henrique-raposo-a-tempo-e-a-desmodo=s25269
Em suma, o que ele diz é que o liberalismo económico e a competição desleal que a China representa permitem ao Ocidente adquirir produtos baratos, que é o que a malta gosta. Por isso é difícil, politica e económicamente falando, contestar a China na arena internacional.
Este artigo do NY Times fala sobre isso:
http://www.nytimes.com/2011/09/15/business/global/china-ties-aiding-europe-to-its-own-trade-goals.html?ref=china&gwh=B65AEDEDD940E762A684382CD6218E37
Mas não conte com a passividade chinesa, ou melhor dizendo, o seu pacifismo, por muito mais tempo. O investimento militar pequinês cresce a olhos vistos e os objectivos do mesmo parecem ser cada vez menos defensivos, com a China a afirmar-se na sua "esfera de influência" exclusiva: Taiwan, Spratly, Birmânia, Paquistão, o "Colar de pérolas", etc.
Pippo,
"Quanto à comparação entre países, depende de muita coisa: recursos (uns têm, outros não); salários (uns são baixos, outros são altos); condições laborais (uns têm-nas, outros não); existência de mercado interno (quanto maior a população, maior o mercado interno); etc."
Há certas pessoas que estão em extase a "curtir" a derrota dos outros, logo não vêem o inimigo que vem pelas costas para o matar!... Eu no lugar da China, estaria muito mais interessada no Brasil do que na Europa!
Há alguns que têm mais a perder do que outros... ou não será verdade? Estratégias? será? ou constatar o evidente?
Caro Pippo, não veja críticas onde não há. Eu apenas constatei factos e deixei uma pergunta.
É neste actual momento que alguns líderes europeus iriam gostar de ter um povo feito o russo, que não protesta e vive num faz de contas que estamos bem...
"Caro Pippo, não veja críticas onde não há. Eu apenas constatei factos e deixei uma pergunta."
JM, acho que o seu comentário está deslocado. Será que não o queria dirigir ao meu comentário sobre os acordos de pipelines no Cáspio? :o)
Ab,
Na minha opinião se a Europa tivesse vontade própria e tivesse a vontade para seguir as suas conquistas civilizacionais, voltaria ao sistema social-democrata/socialista que foi um dos factores preponderantes do seu desenvolvimento desde o pós-guerra até à queda do muro. De notar que referi desenvolvimento e não crescimento. Países como a China, India e até africanos estão em crescimento.
Seria abandonar essa maligna organização chamada WTO e voltar a restablecer as barreiras comerciais que nunca impediram a livre concorrência mas sim o dumping desonesto que concentrou de uma forma tão criminosa, a riqueza na mão de uns poucos e favoreceu a ociosa especulação em detrimento da produção de valor acrescentado.
Abandonaria este sistema económico que o foi o responsável pelo maior crescimento de desemprego a nível mundial fazendo empalidecer de vergonha o advento da automatização industrial e que arrasta o mundo para a maior crise económica desde os tempos da Grande Depressão com a agravante de ter sido provocada numa época já com as ferramentas de estudos económicos para a precaver.
Com o papel do Estado (que se provou ser o impedimento para a barbárie) novamente como último garante dos valores e garantias, exercendo a devida regulamentação e regulação de modo a impedir resvales de roda livre aliado às barreiras anti-dumping, os verdadeiros empresários num país como Portugal teriam novamente as condições de criar indústrias de manufactura de bens e equipamentos, proporcionando o crescimento do emprego e estimulando as áreas técnicas do conhecimento sendo estes factores decisivos na agulhagem entre a riqueza ou a pobreza das nações.
Alguns dirão que o actual processo é irreversível. Eu penso que tudo seria uma questão de vontade. E com a Europa a virar, o mundo ocidental viria por arrasto.
E se isto não fôr feito a bem, será a mal.
Cumpts
Manuel Santos
hahaha como se a Rússia estivesse melhor. A pergunta é simples, porque a cada dia mais e mais russos e russas migram pra "decadende" UE? E o movimento reverso não existe, conhece uma onda migratória de europeus pra Rússia? Não existe e nem vai existir. Porque a vida de um russo é muito pior que o mais pobre dos europeus. Veja o IDH desse ano que mostra a qualidade de vida do Peru e Albania melhor que da Rússia. Fatos são fatos! O resto é falatório barato e podre.
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