Texto traduzido e enviado pelo leitor Jest depois de ter lido um artigo anti-semita no jornal Avante:
"O historiador Timothy D. Snyder que lecciona a historia na Universidade Yale (EUA), apresentou na Ucrânia o seu último trabalho académico, o livro “Bloodlands: Europe Between Hitler and Stalin”.
Publicado em Outubro de 2010, o livro se tornou best-seller, dez publicações de renome o consideraram “Livro do ano”, como Financial Times, The Economist e Daily Telegraph.
No livro com mais de 400 páginas o autor não descreve apenas os acontecimentos, mas também explica a razão da sua interligação. O livro já foi publicado na Ucrânia pela editora Grani-T, juntamente com um outro livro do autor – “The Red Prince: The Secret Lives of a Habsburg Archduke” (dedicado à vida do arquiduque Wilhelm da Áustria, que adaptou a identidade ucraniana e se tornou conhecido como poeta, militar e estadista ucraniano, Vasyl Vyshyvaniy).
Professor Timothy Snyder visitou Ucrânia para estar presente na apresentação da edição ucraniana do seu livro, aproveitando a ocasião para preferir algumas palestras sobre o tema. A agência ucraniana UNIAN publica o resumo autorizado das passagens mais interessantes.
“Bloodlands” é o livro sobre as pessoas concretas. Por exemplo, sobre ucraniano Petró Valdiy, que em 1933 cavou a sua própria sepultura, pois sabia que irá morrer de fome, como milhões de outros ucranianos. Ele queria evitar a desonra, não quis ser atirado por dentro de uma carroça e sepultado na vala comum. Quando sentiu que a hora chegou, se deitou na campa e morreu.
É sobre oficial polaco Adam Solski, prisioneiro dos soviéticos, ele mantinha o diário em 1939-1940, até a morte em Katyn. A sua última anotação diz: “Eles pediram a minha aliança, que eu...” Escrita foi interrompida e nós compreendemos, o mais provável que aliança foi levada pelos seus carrascos.
É sobre jovem judia Dabtsya Kagan, que em 1942 escreveu na parede da sinagoga de Kovel o bilhete de despedida para a sua mãe: “Tenho muita pena que eu não posso estar consigo. Te beijo muitas – muitas vezes”.
Entre 1939 e 1945, durante a dominação do Hitler e Stalin, foram assassinados cerca de 14.000.000 de civis que não participaram em combates militares, este número diz muito sobre o sistema político nazi e soviético. No mesmo período, na Europa foram assassinados 17 milhões de civis, mas 14 milhões foram exterminados no território da Rússia Ocidental, Ucrânia, Belarus, Estados Bálticos e da maior parte da Polónia, estas terras que eu chamo de Sangrentas. Nestas terras estava presente a administração nazi e soviética. Isso não acontecia na França, nem na maior parte da URSS, mas aqui, onde morreu a maioria das vítimas da II G.V., estes dois regimes estavam no poder.
“Terras sangrentas” é o território onde decorreu o Holocausto. Aqui morreram 5,5 milhões de judeus e 8,5 milhões de pessoas de outras nacionalidades. [...] É possível ler muito sobre a Alemanha nazi e sobre URSS comunista e não saber que eles executavam os assassinatos nos mesmos territórios. Ambos os regimes pretendiam dominar o mesmo espaço. É complicado responder como os regimes que cometiam estes crimes cooperavam entre si, eu tentei responder à essa questão:
1) Nada de metafísica, ou seja, nada de exclusões nacionais. Não se trata de que morreram 5,5 milhões de judeus ou 3,5 milhões de ucranianos. Se trata da morte dos 14 milhões de seres humanos. Uma parte deles foi exterminada exactamente por serem ucranianos ou judeus, mas o mais importante, eles eram pessoas.
2) Nada da dialéctica, que me perdoam este termo marxista. Stalin e Kaganovich afirmavam: “Sim, nós matamos alguns milhões de pessoas na década de 1930, mas nós ganhamos a II G.M.”. Mas ganharam não por se prepararem à guerra com Holodomor e as repressões.
Eu tentei evitar o estereótipo constantemente evocado do que o 3° Reich e a URSS eram opostos. Eles deferiam na ideologia, mas não eram opostos. Os soviéticos não corrigiram aquilo que faziam os nazis e os piores lugares no mundo em 1930-40 eram aqueles, onde estavam presentes quer os nazis, quer os estalinistas.
3) [...] Porque os nazis e comunistas mataram tanta gente? Quando pergunto isso no Ocidente, geralmente respondem: “Pela ideologia, pelas ideias erradas”. Ideias erradas existem nos dias de hoje, mas elas funcionam apenas em circunstâncias muito concretas – quando são realizadas pela administração estatal. Nazismo matou muita gente depois de os alemães começaram a guerra mundial. Marxismo é uma ideologia pacífica, mas se torna perigosa quando se transforma na ferramenta nas mãos das instituições estatais leninistas.
[...] Aquilo que aconteceu, tem a base não apenas na ideologia, mas em grande parte, na economia. O triunfo da raça ou da revolução mundial não eram os factores mais importantes que trouxeram ambas as ideologias à Ucrânia. Os alemães queriam as terras ucranianas para construir o império agrário no Leste. A URSS quis as terras ucranianas para as usar na industrialização, aquilo que Stalin uma vez chamou imprudentemente de “colonização interna”. [...] Nazis e bolcheviques podiam se entender quando aos polacos, mas não podiam se entender quando aos ucranianos. Por isso entraram em guerra por eles.
Existem três períodos dos assassinatos em massa na Terra Sangrenta. Em 1933-38 a URSS lidera, nazis matam centenas, Stalin – milhões. Em 1939-41, quando URSS e nazis eram aliados, eles matavam, sensivelmente, em quantidade e na velocidade igual. Em 1941-44 os nazis se tornam os líderes dos extermínios em massa.
[...] O meu livro descreve Holodomor, que eu vejo como a parte integral da campanha de colectivização. É possível não concordar que a fome era planeada, mas fome, de certeza, era propositada. [...] Stalin sabia que a execução da sua política irá trouxer a morte aos ucranianos. Ele sabia disso, pois dois anos antes a mesma política implementada no Kazaquistão levou à uma catástrofe. Entre Outubro e Dezembro de 1932 ele executava a política que transformou a fome de um acontecimento que poderia ceifar a vida de alguns milhares, naquele que levou alguns milhões.
O meu livro fala sobre o Grande Terror estalinista. O Grande Terror não era uma questão do partido ou dos militares, essas acções eram conduzidas contra os civis. São acções contra os kurkuls (proprietários rurais fortes), contra os camponeses “politicamente incertos” (que passaram pelos menos 5 anos no GULAG).
Os bolcheviques matavam não apenas pela pertença à classe, mas pela pertença nacional. Durante o Grande Terror, 200 mil pessoas morreram por causa da sua etnia, na sua maioria na Ucrânia e na Belarus. Em 1937-38, os 110 mil cidadãos soviéticos foram fuzilados por motivos nacionais, como espiões polacos.
[...] Eu não olho o 3° Reich e a URSS separadamente, eu olho os territórios e as pessoas tocadas por estes sistemas. A verdade reside no facto do que ambos sistemas coexistiam e colaboravam na mesma época, no mesmo local.
Um dos exemplos dessa cooperação – como Hitler chegou ao poder em 1933. Isso aconteceu porque Partido Comunista da Alemanha não podia cooperar com o Partido Socialista da Alemanha. Porque? Por causa do Holodomor. No Internacional Comunista controlado pelo Stalin, os acontecimentos de 1932-33 na Ucrânia eram encarados como a guerra de classes, por isso os comunistas não podiam denunciar essa fome, que teve a repercussão considerável na Alemanha. [...] Três milhões dos prisioneiros da guerra soviéticos morreram em 1941 da fome orquestrada pelos nazis. Eles morreram nos campos de concentração nazis, onde caíram porque Stalin não permitia ao exército recuar para fazer as manobras tácticas.
Na Ucrânia foram executadas duas políticas de Holodomor, um soviético de 1932-33 e outro alemão de 1941. Mas a história não se esgota na morte. A história é a vida. Todos os 14.000.000 tiveram a sua vida. E tiveram os seus nomes próprios. Tiveram os nomes aqueles que eu recordei no início da palestra: ucraniano Petró Valdiy, polaco Adam Solski, judia Dabtsya Kagan...
Anotado por Pavlo Solodko, Verdade Ucraniana & Verdade Histórica:
25 comentários:
Mais um lançamento com sucesso, um foguetão Proton-M lançou 3 satélites GLONASS.
Estamos a um pequeno passo do sistema estar a 100%.
Relativamente à Ucrânia, a delegação do FMI já foi embora e a situação ficou na mesma, não há mais dinheiro enquanto as condições não forem implementadas. Uma deles é reflectir o preço do gás.
A Ucrânia precisa da ajuda da Rússia para obter valores mais baixos e vai ter que dar o que a Rússia quer por isso.
Ukraine fails to clinch IMF deal as mission leaves
Ukraine's central bank indicated on Friday that a visiting International Monetary Fund mission was leaving without a deal to re-start lending, saying only that it hoped an agreement would be reached soon...
...The IMF halted payouts under its $15 billion programme for Ukraine at the beginning of this year after the government delayed unpopular reforms such as raising the gas price for households...
...The IMF deadlock also highlights Ukraine's growing dependence on Russia at the time when its ties with the European Union are strained over the jailing of former prime minister Yulia Tymoshenko.
Analysts say a new gas deal with Russia would likely involve some concessions by Kiev, such as allowing Gazprom to buy into Ukrainian gas pipelines which deliver Russian gas to Europe.
http://finance.yahoo.com/news/UPDATE-1-Ukraine-fails-clinch-rc-2981813353.html
Caro PM, a Rússia vai baixar consideravelmente o preço do gás para a Ucrânia, pois o actual, tal como afirmei muitas vezes, está acima de tudo. E Kiev já deu a entender que em jogo estão as conversações com a Rússia no que diz respeito à adesão de Moscovo à OMC.
Olhe que as coisas não são tão simples.
Meu caro,
O valor não está acima de tudo. Ele está indexado a algo e esse algo existe. e sobre esse algo existe um desconto máximo de 100 dólares que é o que está a ser aplicado.
E tal como já disse a fórmula funcionou muito bem ENQUANTO o valor de mercado estivesse dentro dos parâmetros para a obtenção máxima do desconto.
Se agora querem alterar as regras, vão ter que dar o que a Rússia quer, ou então comprem gás noutro lado. E volto a INSISTIR, eles não conseguem arranjar um fornecedor como a Rússia.
Relativamente à OMC, quem anda a arrastar os pés para impedir a entrada da Rússia é a Geórgia e mesmo essa vai ter que engolir uns sapos mais tarde ou mais cedo, porque as grandes potências não querem um país como a Rússia fora do esquema.
P.S.
A Bielorússia para ter energia mais barata, vai ter que dar o controlo dos pipelines. E não falta muito para estar nas mãos dos russos.
2 PortugueseMan 13:49
Me perdoa, não é por mal, mas estas suas constants “estamos”, “nós”, “fizemos” me recordam as fábulas do russo Krylov, que V. Excia deve conhecer pela mão do poeta francês Jean de la Fontaine (1621 – 1695)…
Não, não conheço.
Mas está perdoado na mesma.
Os comunistas poderão ter muitos defeitos, dizer que o texto é anti-semita, enfim...
Podemos estar cobertos de razão mas quando o ódio e situações mal resolvidas nos toldam o julgamento...
Cumpts
Manuel Santos
Caro MS, o que é que os palestinianos têm a ver com os Protocolos? E qual o objectivo de se empregar documentos falsos?
E já agora, nas vossas inúmeras e infinitas narrações sobre este tema, que não se cansam de o explorar já todos sabemos porquê, poderiam também falar de todas as vítimas de Estaline, inclusivé os comunistas.
Ninguém matou mais comunistas e ninguém mais denegriu a causa comunista do que Estaline e vocês deviam lhe estar gratos por isso.
Cumpts
Manuel Santos
Ninguém matou mais comunistas e ninguém mais denegriu a causa comunista do que Estaline e vocês deviam lhe estar gratos por isso.[2]
2 MSantos 18:06
/Ninguém matou mais comunistas ... do que Estaline e vocês deviam lhe estar gratos por isso/
Eu estou!
Eu sei, Jest.
Você nem dá por ela mas é lamentável saudar a morte de seres humanos apenas porque pensam de determinada maneira e isso é o reflexo do ódio que está em si, por muito justificado que seja tira-lhe a razão toda e a lucidez.
Você só é melhor que os outros porque tem a coragem de o admitir e de o reconhecer. Eles nem disso são capazes.
Cumpts
Manuel Santos
Fico contente por saber que afinal o Jest fica contente pela morte bárbara de pessoas.
Para quem sempre se apresenta tão preocupado com as mortandades, pelos vistos há mortandades que sempre lhe agradam.
Hoje já admite estar grato pela morte de comunistas; amanhã admitirá finalmente quandos as vítimas são russas?
"Um povo que não conhece a própria história está fadado a repeti-la."
Este é um chavão do escritor e jornalista gaucho Eduardo Bueno. Infelizmente é uma verdade para o povo do meu país que initerruptamente demonstra não ter memória histórica. Não é o caso do povo russo, do ucraniano e muito menos dos diversos povos que viveram sob o regime comunista no leste europeu. O Georgiano Ioseb Besarionis Dze Djughashvili, conhecido como Josef Stalin ou Estaline conforme o falado e escrito em portugal, faleceu em 1953, sucedido no poder por Nikita Krushchov ou Krushchev conforme o queiram. Os historiadores não são unânimes quanto aos números dos mortos, presos, deportados etc... pela repressão Stalinista, tanto em relação ao período dos expurgos de 1934 a 1938, quanto ao período de 1941 a 1949, muito pelo contrário, existem enormes divergências, assim como cálculos estapafúrdios, que podem ser pacientemente verificados pesquisando-se o censo da população destes países antes, durante e após os acontecimentos. Bem podemos encontrar aqui argumentações como "os arquivos soviéticos não são confiáveis" como já expressou o Historiador "AntiSovietic" Robert Conquest, que é absolutamente ilibado por ter sido colaborador de Reagan e amigo pessoal de Thatcher "fala sério". o trabalho investigativo de Snyder é considerável, mas não deixa de ser passional e muito menos emocional. A União Soviética acabou fazem vinte anos, e Stalin está morto fazem 58 anos. As atrocidades cometidas sob o seu comando, hoje fazem parte da "História". e é de suma importância que os fatos continuem sendo divulgados e novas descobertas reveladas, para que os erros do passados não se repitam e que os seres humanos evoluam, mas não para alimentar o ódio contra nações ou governos que de forma indissolúvel são herdeiros do seu passado, pois se assim o fosse a Alemanha continuaria sendo pintada com as cores, a suástica e as cruzes gamadas do Nazismo e todos os seus cidadãos com os bigodinhos ridículos de Adolf Hitler e claro, toda a produção cinematográfica conduzida ou financiada por verba originada de judeus teria sempre o tema enfocando a Alemanha de hoje, e isso não acontece.
Aprendamos com a História, sim, mas deixemos o ódio no passado.
Mais do mesmo!
Depois não venham com a ladainha de dizer que a finalidade do blogue é informar com imparcialidade. Mais parece um centro de conspiração anti-comunista na tentativa deliberada de suavizar o Nazi/fascismo. Nunca aqui foi colocada uma denuncia dos crimes praticados por essa ideologia e se o fazem é sempre no sentido de os subalternizar em relação ao comunismo.
Isto a propósito da referência feita ao artigo do jornal Avente. Desejo que alguém seja capaz de provar que o teor do artigo é de carater anti-semita . A polémica foi levantada por o jornal Publico sobre a uma citação do “Priorado dos Sábios do Sião” . Quanto ao resto todo o artigo se destina em denunciar o conluio entre o Vaticano a Maçonaria o Pentágono e a Wall Street para dominar o mundo.
A confusão das pessoas é que não compreendem (ou fazem) que se pode ser anti-sionista e criticar o comportamento de alguns judeus sem ser anti-semita.
Depois agarram-se à mentira rasteira para polemizar o ódio que nutrem por a esquerda e aos comunistas em particular.
O artigo está aqui: http://www.avante.pt/pt/1978/argumentos/116792/
Alguém consegue encontrar uma palavra de instigação ao anti-semitismo? Se encontrarem digam!
««««««««Jest nas Wielu disse...
2 MSantos 18:06
/Ninguém matou mais comunistas ... do que Estaline e vocês deviam lhe estar gratos por isso/
Eu estou!»»»»»».
Afinal também é um adepto das contabilidades macabras?
Para si existem matanças boas e matanças más?
Então admite que as de Hitler foram todas no sentido do bem?
Agora fico a compreender a sua satisfação quando costuma dar esses pinotes apalhaçados, justificando os crimes do Nazismo.
««««««Wandard disse...
"Um povo que não conhece a própria história está fadado a repeti-la."»»»»»»
Estou plenamente de acordo com o conteúdo do seu comentário. Reflete nitidamente o que se devia entender como a imparcialidade na percepção dos acontecimentos da história.
Se não existisse um outro senão devia ser assim mesmo. E citou-o muito bem não sei se intencionalmente?
É que os acontecimentos históricos devem ser analizados tal como aconteceram e não do ponto de vista de quem os escreve.
E ao citar Conquest lembrei-me disso mesmo. Esse homem não é um históriador propriamente dito, é um deturpador dos factos, um contador de estórias que só sabe historicizar.
Estou a lembrar-me de um exemplo contrário. Analtece-se a figura de Churchil ao mais alto patamar da grandeza histórica (tem o seu merecido valor)
No entanto omitem-se os crimes em que participou.
Desde as guerras do Hindustão em que como jornalista narrava a bravura dos soldados Britânicos dizimando os Pastuns, sempre acompanhado de um séquito de carregadores(escravos) que lhe transportavam as caixas das garrafas de uisque e de charutos.
Na guerra dos Boers como oficial em que deu ordens para o assassinio de milhares de mulheres e crianças reféns para que os revoltosos se rendessem.
Como primeiro ministro resposavel direto na fome de Bengala onde morreram milhões de pessoas e teve o desabafo de dizer que as causas eram devidas a reproduzirem-se como coelhos. Sabe-se que foi por motivo de uma rebelião.
Outro caso foi a destruição da cidade de Dresden que ainda hoje se ignora o numero de vitimas.
Estes acontecimentos vagamente aparecem publicados, no entanto sucederam mesmo e provocaram inumeras vitimas inocentes.
Quem tiver consciência do que é o drama humano jamais pode negar este tipo de crimes.
Assim como tentar esconder quem foi Estaline, na medida em que perseguiu impiedosamente os seus próprios camaradas, eliminando os melhores filhos da revolução.
No entanto mesmo face á monstruosidade dessa hecatombe os inimgos da revolução bolchevique não têm qualquer legitimidade moral para criticar Estaline nesse ponto. Se pretendem tecer criticas é pela perda dos seus não dos comunistas a esses é aos comunistas honestos que compete fazê-lo.
De resto se o fazem é com más intenções ou por pura hopocrisia.
"Mais um lançamento com sucesso, um foguetão Proton-M lançou 3 satélites GLONASS.
Estamos a um pequeno passo do sistema estar a 100%."
Estamos?
Só há uma solução para a Ucrânia: fazer com ela o que fizeram com a Alemanha no final da 2 guerra mundial. Dividi-la em dois países: um, no Oeste, pró-europa, membro da UE e da Nato; outro a Leste, na esfera de influencia de Moscou. É a única saída para o país.
2 MSantos 20:27
Eu dou (claro, que não falei à sério), mas se um Gilberto Mucio disse que nós deviamos estar gratos ao Stalin, quem sou eu para o contradizer? estou apenas obedecendo...
2 Francisco Lucrécio 03:14 / 03:30
Se alguém esteja aqui “na tentativa deliberada de suavizar o Nazi/fascismo” é o jornal “Avanate!” (e os seus apoiantes), pois reabilita uma obra forjada e anti-semita.
Gilberto Múcio mandou me estar grato ao Stalin, eu disse que estou (é uma espécie da auto-crítica, errei anteriormente, camaradas, pfr não me mandem para GULAG) e Francisco Lucrécio imediatamente “consegue” decifrar “que as de Hitler foram todas no sentido do bem” e depois vamos falar aqui sobre as teorias de conspiração, francamente...
2 Anónimo 05:29
Só falta consultar os ucranianos e bora ai a dividir...
Li o trabalho da Annie Lacroix-Riz e concordo plenamente com Selon Stéphane Courtois (coordenador do Livro Negro do Comunismo): «Mme Lacroix-Riz ignore les témoignages de base (...) elle ne tient aucun compte des règles de travail élémentaires de l'historien (...) À aucun moment elle ne s'interroge (...) De surcroît, Mme Lacroix-Riz ignore tout autant les nombreux travaux tirés des archives soviétiques synthétisés par Nicolas Werth (...) elle ignore tout autant les nombreux ouvrages en anglais».
No artigo em causa (sobre Holodomor), ela faz várias declarações sem NENHUMA referência à fonte documental (e nenhum historiador sério faz isso), por exemplo, ela diz que “o Sul da URSS (a Ucrânia ..., o Norte do Cáucaso e do Cazaquistão) foi atingido por uma considerável baixa de colheitas” e não apresenta nenhuma prova documental desta afirmação.
Diz que “Monsenhor Szepticky, que abençoou as matanças da divisão ucraniana SS Galicia saída dos grupos do uniata nazi Stefan Bandera” e a realidade era completamente diferente: a) Durante a ocupação nazi de Lviv, Metropolitano Andrey Sheptyckiy escondia os judeus na Igreja Grego – Católica de São Jorge em Lviv; b) Onde esta a prova documental da sua “benção das matanças”? c) Divizão Galiza foi criada com apoio da OUN-M e a oposição da OUN-R do Stepan Bandera, que entre Setembro de 1941 e Setembro de 1944 foi prisioneiros dos nazis em campo de concentração de Sachsenhausen, dois dos seus irmãos morreram em Auschwitz-Birkenau. Além disso, não esquecer que Stefan Bandera foi assassinado em 15 de Outubro de 1959 em Munique, pelo agente do KGB Bohdan Stashynsky (que mais tarde fugiu para Ocidente).
Pfr, leiam a intervenção do judeu ucraniano Moses Fishbein no encontro solene dedicado à memória das vítimas do Holodomor:
http://ucrania-mozambique.blogspot.com
/2009/11/visao-judaica-do-holodomor-ucraniano.html
Jest,
Não te pareces óbvio que seja assim? Os uranianos do Leste se sentem russos.
2 Anónimo 23:33
Quantos ucranianos do Leste lhe disseram que “se sentem russos”?
Conheço muitos e lhe asseguro que não é assim: eles gostam da cultura kitsh em língua russa (livros, música, TV), tem um gosto especial pela branquinha, foram acostumados de se sentirem anti-EUA/NATO, mas não sentem russos e até os acham toscos (moscovitas).
Essa a versão que tem para apresentar dos factos?
Meu Caro se perguntar a qualquer membro da extrema direita, usa os mesmos argumentos, e apresenta as mesmas fontes de informação.
Portanto coincidem nos mesmos pontos.
««««««concordo plenamente com Selon Stéphane Courtois (coordenador do Livro Negro do Comunismo):»»»»».
Se leu o "Livro Negro do Comunismo"
Agora devia ler o "Livro Negro do Capitalismo" de vários autores.
"Fascismo y Revisionismo Historico" Só disponivel em Castelhano.
Quanto á sua opinião sobre a Investigadora de História Contemporanea
Annie Lacroix-Riz, quando diz isto
««««««No artigo em causa (sobre Holodomor), ela faz várias declarações sem NENHUMA referência à fonte documental»»»»»».
Está a mentir como é seu habito. Se ler lá no fundo do artigo, estão disponiveis as várias fontes onde foram obtido esse documento. Havard, Toronto, Oxoford e mais, muitas mais referencias. Também contém muitos nomes de autores de artigos sobre o assunto, estão lá ainda alguns linkes.
Está tudo devidamente documentado e a origem dessa informação.
Não sabe ler Francês e Inglês?
Ao contrário das reterências que apresenta, retiradas avulso do manicómio da Inforpédia sem o minimo de credibilidade. Trata-se da opinião de quem diretamente participou nessas ações criminosas.
Como se costuma dizer "juizes em causa própria".
As suas fontes de informação são daqueles que colaboraram com os Nazis. Todos os nomes que cita no seu comentário de uma maneira ou de outra foram colaboracionistas.
O Stefan Bandera virou-se contra os Nazis depois da operação Bragation quando compreendeu que estavam vencidos.
Mas no dia 30 de Junho de 1941 para dar as boas vindas aos Alemães, assassinou mais de 5 mil judeus em Lvov, numa orgia de sangue e de horror, reunia-os por familias na praça publica e fuzilava-os impiedosamente.
Com que interesse está você a defender criminosos da pior índole?
Andou aqui com aquela retórica sobre as grandiosidades da Ucrânia. Espetei-lhe com os relatórios da CIA e da OIT na cara, enrolou o rabinho entre as pernas, não disse mais nada.
2 Francisco “Bragation” Lucrécio 02:36
1) Francisco, eu exemplifiquei onde Dona Annie Lacroix-Riz não cita NENHUMA fonte documental, nomeadamente sobre: a) baixa de colheitas, b) Andrey Sheptycky vs matanças; c) Divisão Galicia vs Stepan Bandera, etc.
2) Não consulto nenhum “manicómio da Inforpédia”, nem sei onde este se encontra, pelos vistos é uma especialidade de V. Excia.
3) Duvido que Nikos Lygeros (http://www.lygeros.org) ou Luis Matos Ribeiro (www.mfa.gov.ua/portugal/port/19677.htm) são os “colaboraram com os Nazis /.../ de uma maneira ou de outra foram colaboracionistas”.
4) A operação Bagration e NÃO “Bragation” lol (http://en.wikipedia.org/wiki/Operation_Bagration) começou em 22 de Junho de 1944; Stepan Bandera, entre Setembro de 1941 e Setembro de 1944 foi preso no campo de concentração nazi de Sachsenhausen.
5) Gostaria de ver alguma prova documental (foto, ordem escrita, documentos, etc) sobre o caso dos “mais de 5 mil judeus” em Lviv, sff.
6) Creio que um cidadão que vive graças ao empréstimo do IMF não deve espetar nada na cara dos outros, IMHO, claro.
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