Organizações dos mais variados setores políticos manifestaram-se ontem em várias cidades russas no Dia da Unidade Nacional.
Há 400 anos atrás, em novembro de 1611, destacamentos compostos por soldados e civis russos expulsaram tropas polacas de Moscovo, que tinham ocupado a Rússia.
Esta festa é celebrada desde 2005 e foi criada para desviar as atenções do 07 de novembro, dia da revolução comunista de 1917.
Num dos bairros periféricos de Moscovo, organizações nacionalistas juntaram mais de sete mil manifestantes,(os organizadores falam em 25 mil) entre os quais se viam principalmente jovens e menores.
Numerosos manifestantes apareceram com máscaras nos rostos para não serem reconhecidos.
Uma longa coluna começou a sua marcha ao som de palavras de ordem como “Rússia para os russos, Moscovo para os moscovitas!”, “Russos, em frente!”, “Chega de sustentar o Cáucaso!”, “Havemos de chegar ao Kremlin!”.
Os nacionalistas defendem que Moscovo deve deixar de “queimar meios financeiros” no Cáucaso do Norte e expulsar originários dessa região da capital e de outras cidades russas.
Os manifestantes levantavam os braços numa saudação semelhante à nazi, enquanto insultavam a polícia que mantinha a ordem no local: “Os bófias são a vergonha da Rússia!”.
Os nacionalistas também não simpatizaram com os numerosos jornalistas presentes, tendo agredido um fotógrafo quando este se aproximou da coluna.
Como medida preventiva, a polícia, ainda antes da manifestação, deteve Konstantin Krilov, um dos mais conhecidos líderes nacionalistas.
O Partido Rússia Unida e a Frente Popular Unida, organizações dirigidas pelo primeiro-ministro Vladimir Putin, organizaram, no centro da capital russa, manifestações de apoio à política da atual direção russa e para incentivar os russos a votarem no partido de Putin.
Os oradores fizeram um paralelo entre os destacamentos armados de Minin e Pojarski, que combateram contra os polacos, e a Frente Popular Unida.
“Minin e Pojarski dirigiram o movimento de libertação nacional. No fundo, é o mesmo que a Frente Popular Unida, mas no séc. XVII”, declarou Alena Archinova, dirigente juvenil, perante cerca de 10 mil pessoas.
Ela frisou que “hoje, existem na Rússia grupelhos que tentam dividir o nosso país, que não desprezam o apoio estrangeiro e que se comportam como os traidores que, há 400 anos atrás, entregaram Moscovo aos polacos”.
O Presidente russo, Dmitri Medvedev, e Vladimir Putin assinalaram o Dia da Unidade Nacional na cidade de Nijni-Novgorod, onde começou o levantamento contra as tropas polacas.
7 comentários:
Essa juventude assim que arranjar namorada isso passa-lhes... (para o bem da humanidade)
Isso é como aquela estória do bode na sala.
"Algo tá ruim? pegue um bode e deixe na sua sala, e volte daqui a um mês..."
É ótimo para desviar o foco.
Nada mais conveniente que isso. Enquanto bradam contra imigrantes(cidadãos russos ou não), o governo ele elevou a idade mínima para aposentadoria e quase ninguém percebeu.
E sim...
E esse feriado é uma baboseira que inventaram para ofuscar o aniversário da Revolução Russa.
A maioria dos russos não sabe nem o que é isso. Se perguntar que feriado é esse ninguém sabe dizer do que se trata. Antes diziam que era "Dia da Independência".
Isso não é uma mera tentativa de "mudar o foco da atenção" como querem fazer supor os russófilos. Esses grupos dominam mentalidade polito-cultural da Rússia. Esses tipos de menifestações recebem uma relativa tolerancia do Kremlin.
Mas recebem relativa tolerância exatamente para desviar o foto dos problemas.
O Kremlin os mantém sob controle e quando começam a causar perturbações demais, o Kremlin passa a navalha nos grupelhos e alguns líderes.
creio que chama-los de “nacionalistas” é ofender os nacionalistas, pois aqui temos neo-nazis e skinheads, se calhar os futuros representantes do país na NATO...
Não meu caro, esse tolerancia é dada por questões de afinidade. O movimento White Power apoia Putin. Ora, pq entã eles não permitem a pesseata gay?
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