Os presidentes da Rússia, Bielorrússia e Cazaquistão proclamaram hoje a transição para uma nova etapa de integração: o Espaço Económico Comum, e acordaram criar um órgão supranacional de direção desse processo: a Comissão Económica Eurasiática.
Essas decisões ficaram fixadas numa declaração hoje assinada no Kremlin de Moscovo pelos presidentes russo, bielorrusso e cazaque: Dmitri Medvedev, Alexandre Lukachenko e Nursultan Nazarbaev.
Este encontro realizou-se na véspera da entrada em vigor do pacote de acordos internacionais que cria o Espaço Económico Comum, no quadro do qual, a partir de janeiro de 2012, será garantida a liberdade de circulação de mercadorias, serviços, capitais e força de trabalho entre os três países, já ligados pela União Alfandegária.
A declaração sobre a integração económica eurasiática não só constata a passagem para um Espaço Económico Comum, mas aponta a via da posterior aproximação deste “trio”, cujo objetivo é a criação da União Económica Eurasiática, “baseada nas normas e princípios da Organização Mundial do Comércio e aberta, em qualquer etapa da sua formação, à adesão de outros Estados”.
Segundo o documento assinado, o “quartel-general” da integração: a Comissão Económica Eurasiática, que irá ter poderes supranacionais cada vez maiores, começará a funcionar no dia 01 de janeiro de 2012.
Essa comissão irá ser dirigida pelo Conselho Económico Supremo Eurasiático, constituída pelos primeiros-ministros dos três países e que terá poder para assinar acordos internacionais, criar representações em terceiros países e em organizações internacionais.
O Presidente russo, Dmitri Medvedev, mostrou-se convencido de que a União Económica Eurasiática, criada pela Rússia, Bielorrússia e Cazaquistão, evitará os problemas que enfrenta a zona euro, porque os países participantes partem de um plano económico mais ou menos igual.
“Durante a nossa integração, nós podemos evitar os problemas que enfrenta a UE, porque, primeiro, avançamos para isso conscientemente e, segundo, compreendemos quem se integra na nossa União Eurasiática”, declarou ele hoje, numa conferência de imprensa com os seus homólogos da Bielorrússia e Cazaquistão.
Segundo ele, a União Eurasiática “não é um conglomerado de países diferentes”, mas, “por enquanto, são três países com história e passado comuns”.
Além disso, Medvedev sublinhou que “todos os três países são economias em rápido crescimento”.
O dirigente russo revelou que há outros países que pretendem aderir à nova união.
8 comentários:
Eu não entendo pq a Rússia insiste em virar as coisas ta para a Europa e se voltar para Ásia. A Rússia é uma país Europeu mas quer ser asiático. Será que a população russa branca e ortodoxa vai querer um projeto asiático? E a Ucrânia? Vai querer voltar seus interesses para Ásia e não para a Europa como se um país asiático fosse?
Europeísta,
Como sabe, a heráldica da Rússia ostenta uma águia bicéfala. Historicamente, esse elemento heráldico é uma herança dos Paleólogos, a última família imperial romana (de Constantinopla).
Contudo, tal como os castelos das nossas armas nacionais (que são uma herança castelhana da mãe de D. Afonso III, D. Urraca de Castela), a águia bicéfala dos Paleólogos foi convertida em símbolo "mitológico", neste caso, representando a posição de Moscóvia como Estado simultâneamente europeu e asiático.
A História da Rússia deriva directamente da sua geografia. Ao contrário dos restantes países europeus, que por norma apenas se combatiam entre eles, isto é, tinham adversários europeus, a Rússia, tal como o Império Otomano (outra potência eurasiática), sempre teve inimigos provenientes dos dois pontos cardeais (três, se contarmos com o seu "ventre mole" a sul).
Mas a par das guerras, as oportunidades provinham de duas frentes. A maior parte da Rússia é asiático: a Sibéria é um imenso território cheio de riquezas ainda por explorar. Ainda na Ásia existem enormes oportunidades nos negócios com a China e com a Ásia Central, espaço esse que a Rússia também irá dominar, agora que o Cáucaso está assegurado (tal como o "lunático fascista" Aleksander Duguin havia previsto :o).
Portanto, dada a geografia do país, faz todo o sentido que a Rússia tenha uma política verdadeiramente euroasiática, sem se prender definitivamente a um dos continentes. Tomar essa opção seria a negação da geografia e, como tal, um erro estratégico de consequências incalculáveis.
Pippo,
Recebeu o repase do meu e-mail para o seu?
Abraço,
Wandard, não, não recebi. O JM ainda não mo reenviou.
Ab
FM
Ó Pipinho,com que então os castelos da bandeira Portuguesa são uma herança castelhana. Bem, deves ser um traidor iberista do piorio, atentar mascara a história Portuguesa. A minha versão da história de Portugal diz que os 7 castelos representam as 7 conquistas de D. Afonso III aos Mouros no Algarve.
Em relação á Rússia, os Russos simplemnete não confiam na europa central, e por um lado tem razão, em 130 anos foram invadidos duas vezes, por Napoleão e depois por Hitler.
O Pippo é que é patriota, porque sabe a História real, e näo as invençöes revisionistas propagadas pelo Estado Novo.
A bordadura de Castela servia para demonstrar que Afonso III tinha pretensöes ao trono castelhano, por parte da mäe. O número de castelos foi variando, de uns 13 até se fixar em 7. Depois reciclaram os castelos em "conquistas"---há quem saiba até a que castelos algarvios eles correspondem!!!
Como depois reciclaram as cores da Carbonária em "esperança" e "sacrifícios".
@Anónimo:
Não tenho tempo nem paciência para aturar putos cretinos, mal-educados e analfabetos.
Saber a História do nosso país, a verdadeira, e não a inventada ou camuflada por interesses políticos de "esquerda" ou de "direita", é o primeiro passo para se ter orgulho, verdadeiro e justificado, da nossa herança. Manter-se na ignorância e dar crédito a mitos parvos, como esse dos "castelos conquistados aos mouros" ou o dos "trinta dinheiros por que Cristo foi vendido" (os besantes nas quinas), isso sim, é que é trair a herança dos nossos avós.
Se soubesse heráldica Europeia Ocidental saberia que as armas, sejam elas pessoais ou reais, não aparecem por acaso. D. Afonso III, por ser filho segundo, nunca poderia ter utilizado as armas iguais às do irmão. Poderia ter adoptado, por exemplo, uma banda (um filete preto na diagonal) por cima das armas reais, mas isso, em heráldica, é sinal de menoridade (o que até era o caso, pois D. Afonso não era primogénito, mas tal seria inadmissível para um Rei). Assim, ao adoptar uma bordadura com as armas da mãe, não menorizou as armas do pai e diferenciou-se do seu irmão (o qual havia sido destituído), que era exactamente o pretendido.
Já agora, já que pelos vistos é tããão patriota (ao contrários dos reles traidores iberistas como eu), certamente sabe dizer-me porque é que, com D. João II, as quinas passaram a estar todas na vertical quando, até então, havia três na vertical e duas deitadas?
@Pippo certo disse
1 - O nickname está registado ;o);
2 - as cores do sacrifício e da esperança foram adoptadas "porque ficavam bem" :o/
outra CEI...fadada ao fracasso total...talvez os portugas daqui mandem uma carta pro Putin pedindo a integração à União Euroasiática...ou melhor , talvez Portugal deva se chamar no futuro de Rússia Ocidental. O que acham???
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