O Supremo Tribunal da Ossétia do Sul, região separatista da Geórgia, anulou os resultados das eleições presidenciais de domingo, que deram a vitória à líder da oposição, Alla Djioeva.
Segundo dados anunciados pela Comissão Eleitoral da Ossétia do Sul, Djioeva conseguiu 56,7 por cento dos votos, enquanto que Anatoli Bibilov conseguiu 40 por cento na segunda volta das presidenciais.
Os juízes deram razão ao Partido Unidade, que apoiou o candidato derrotado Anatoli Bibilov, considerando que os partidários de Djioeva “cometeram numerosas violações da lei eleitoral”.
Bibilov era apoiado pelo Kremlin e a sua derrota foi considerada pelos analistas como mais um fiasco das autoridades russas no Cáucaso.
A dirigente da oposição declarou que não aceita a decisão desse tribunal.
“Alla Djioeva não poderá participar nas próximas eleições presidenciais. Segundo a ela, ela fica privada desse direito porque o tribunal reconheceu que houve violações por parte dela durante as eleições anteriores”, explicou Atzamas Bitchenov.
Segundo ele, novas eleições terão a 25 de Março.
Valentina Matvienko, dirigente do Conselho da Federação da Rússia, declarou que “a Rússia irá respeitar a escolha da população da Ossétia do Sul”.
A Ossétia do Sul é uma região separatista da Geórgia que proclamou a sua independência em 2008 com o apoio das tropas russas. Esse território vive fundamentalmente a meios financeiros concedidos por Moscovo.
Segundo analistas políticos, a vitória de Djioeva é um sinal de que a maioria da população da Ossétia do Sul está cansada do domínio do clã do actual Presidente, Eduard Kokoiti, e da corrupção reinante no território.
A Ossétia do Sul vive à custa de meios financeiros transferidos por Moscovo, mas grande parte não chega à população, que tem um baixo nível de vida.
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