A direção do Teatro Bolshoi decidiu vender bilhetes para os seus espetáculos contra a apresentação de documento de identificação para combater os intermediários que especulam no mercado.
O bilhete passará a conter o nome da pessoa que pretende ir a um espetáculo e ela terá de apresentar o documento de identificação à entrada do edifício do teatro.
“Desse modo decidimos lutar contra os intermediários. Visto que na legislação russa não há artigos que castiguem os especuladores de bilhetes de teatro, não tivemos outra saída além de recorrer ao nosso próprio meio”, justificou Anatoli Iksanov.
“Se não conseguirmos pôr fim a esse fenómeno triste, iremos, no mínimo, reduzi-lo significativamente. Desse modo, liquidam-se as críticas infundadas feitas contra o Teatro Bolshoi por ter preços exagerados de bilhetes”, frisou ele, citado pela agência ITAR-TASS.
O problema do açambarcamento de bilhetes para o Teatro Bolshoi por parte dos intermediários tem mais de 200 anos. O magnata russo Mikhail Fridman começou os seus negócios nesse campo, durante a era comunista na URSS.
Mas a questão agudizou-se depois da restauração do edifício de um dos melhores teatros de ópera e bailado do mundo, que demorou seis anos e custou cerca de 500 milhões de euros.
Um ingresso que nas bilheteiras é oficialmente vendido a partir dos 3 mil rublos (75 euros), chega a atingir, no mercado negro, valores superiores a 500 euros, e os especuladores não se queixam da falta de clientes.
A direção do Teatro Bolshoi ordenou a venda de um máximo de dois bilhetes a cada pessoa, mas isso não impediu o desaparecimento dos ingressos logo após o início da venda nas bilheteiras.
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