segunda-feira, dezembro 19, 2011

"O importante é não permitir revolução colorida" – deputado russo

O deputado e vice-chefe da Comissão de Relações Internacionais da Duma Estatal, câmara baixa do Parlamento Russo considera que após a morte de Kim Jon-Il o importante é não permitir a realização de uma "revolução colorida" e a queda do regime.
"Esse país é muito fechado. Por isso, até os mais fortes serviços de espionagem do mundo compreendem com dificuldade o que lá poderá acontecer. A nossa posição consistiu e consiste em que qualquer tensão deve ser anulada só por via diplomática", acrescentou, em declarações à agência Ria-Novosti.
"É evidente que irá ter lugar uma mudança no poder e, tendo isso como pano de fundo, ninguém deve tentar especular e tentar realizar mais revoluções coloridas, porque isso irá ter consequências catastróficas", afirmou.
Por "revolução colorida" os dirigentes russos compreendem os movimentos políticos e sociais que ocorreram em países vizinhos: Geórgia, Ucrânia e Quirguistão, e que levaram à queda de regimes políticos.
O deputado russo recorda que a Coreia do Norte possui armas nucleares e mísseis, bem como o quinto mais numerosos exército do mundo.
"Claro que isso preocupa muito os países da região: Rússia, China e Japão. Isso preocupa também seriamente os Estados Unidos pois são fortes aliados da Coreia do Sul. A tensão está a aumentar nessa região. Segundo informações existentes, todas as forças, tanto da parte da Coreia do Norte, como da Coreia do Sul, foram postas em estado de alerta", frisou.
Por isso, o deputado considera que "não deve haver qualquer tentativa de pressão externa, pois isso poderá ter consequências catastróficas".
Klimov recordou também que o sucessor de Kim Jong-il, o seu filho mais novo, tem "instrução ocidental e, nesse sentido, há esperança de que, depois de chegar ao poder, compreenda que é impossível governar sem mudanças e as mudanças devem ser graduais".
"O sentido de auto-sobrevivência obriga-lo-á a fazer reformas no país", sublinhou, acrescentando, porém, que, neste momento, "não há todas as condições para a queda do regime comunista".

2 comentários:

HAVOC disse...

A Coréia do Norte é um regime que, se for integrado á Coréia do Sul, Seul irá pagar por décadas o preço da reunificação.

A solução é manter o regime e fornecer ajuda humanitária. E a diplomacia é a principal ferramenta para se dar com Pyongyang, já que milhares de foguetes estão apontados para Seoul, que fica á 40 quilometros da fronteira com o vizinho do norte.

E não se esqueçam que a Coréia do Norte tem a BOMBA!

PEDRO disse...

Só há uma solução para as Coreias.
A Solução é a Coreia do Sul mandar encerrar as bases americanas no seu território e diminuir a influência Americana.

Com esta medida Rússia e China vão apoiar incondicionalmente a reunificação. A Coreia do Norte quer a reunificação.

A Coreia unificada, sem influência americana e sem o Comunismo medieval do Norte será certamente uma potência económica, capaz de ombrear com o Japão.