segunda-feira, dezembro 05, 2011

Observadores internacionais constatam grande número de violações no escrutínio

Os observadores da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa e da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa assinalam uma grande quantidade de violações durante as eleições parlamentares, bem como a ingerência das autoridades durante a votação.
“Não obstante o facto dos cidadãos russos terem tomadas todas as medidas para manifestar livremente a sua vontade, as eleições ficaram marcadas pela ingerência dos órgãos de Estado”, declarou Petros Efitimiu, dirigente desse grupo de observadores.
Os observadores internacionais denunciaram violações como “o lançamento de boletins em algumas mesas de votos” e “a dificultação do trabalho dos observadores”.
Heidi Tagliavini, observadora do Bureau para Instituições Democráticas e Direitos Humanos da OCSE, chamou a atenção para o facto de alguns partidos não terem podido participar nas eleições.
“Notou-se um desvio a favor de um dos participantes”, precisou, acrescentando que “houve falta de imparcialidade da parte do Estado e dos poderes locais”, precisou.
Porém, a observadora frisou a “boa organização das eleições”.

Os observadores da Comunidade de Estados Independentes, organização que reúne 12 das quinze antigas repúblicas da URSS, consideraram que as eleições parlamentares decorreram sem violações significativas, foram transparentes e garantiram a livre vontade dos eleitores.
“As eleições corresponderam à lei eleitoral da Rússia e às normas democráticas internacionais”, declarou Vladimir Garkun, dirigente desse grupo de observadores.
“Foram cometidas algumas violações na propaganda… mas, em geral, houve ampla possibilidade para a propaganda e apresentação dos seus programas por parte de cada partido. A cultura da propaganda e dos debates esteve a bom nível”, concluiu.
O Partido Rússia Unida, dirigido pelo primeiro-ministro Vladimir Putin e pelo Presidente russo Dmitri Medvedev, perdeu 77 mandatos na Duma Estatal em relação às eleições parlamentares de 2007.
Segundo dados revelados pela Comissão Eleitoral Central da Rússia, o Rússia Unida conquistou 238 dos 450 deputados da câmara baixa do Parlamento Russo. Em 2007, conseguiu 315.
O Partido Comunista fica em segundo lugar com 92 mandatos (57 em 2007); o Partido Rússia Justa terá 64 deputados (38 em 2007) e Partido Liberal-Democrático 56 (40 em 2007).
Deste modo, o Partido Rússia Unida perde a maioria constitucional, mas mantém o número de deputados suficiente para formar governo sozinho.

9 comentários:

HAVOC disse...

Os "Observadores Internacionais" membros da CIA (os mesmos infiltrados no Iraque )mais uma vez tentando desestabilizar o processo eleitoral transparente e democrático da Federação Russa...

Isso é derrota garantida. Nenhuma máquina á serviço do Ocidente irá conseguir parar o retorno do "Lider" ao trono!

Anónimo disse...

Pode vir aí uma primavera russa, há muita contestação social nas ruas de moscou. Parece que o mundo vai ver uma nova revolução.

João M. disse...

Após a detenção de Navalny, há muita gente disposta a sair às ruas. As redes sociais estão indignadas com as falsificações nas eleições. Segundo uma jornalista russa, há autocarros da Polícia de choque (OMON) a irem para o centro da cidade. Não sei se será uma revolução, ou uma tentativa reprimida, mas podem acontecer coisas importantes nos próximos dias.

PEDRO disse...

Mas então e a primavera Americana?Ninguém fala na Perestroika Americana?

Todos os dias há detenções de manifestantes do movimento "Occupy Wall Street" em várias cidades. Pois, não dá jeito falar muito nisso. Não encaixa nalgumas cabecinhas, pois a América é ....... "Democrática".

Em Moscovo, uma cidade com 10 Milhões, aparecem uma centena de manifestantes, ai jasus que vem ai a primavara Russa, a revolução colorida, e a consequente idade de ouro á la Boris Ieltsin e os loucos anos 90.

Anónimo disse...

Pedro,

se o seu vizinho bate na esposa dele vc vai bater na sua tb? Que argumento fraco e desonesto. Vc só critica o que lhe convém! É um relativismo barato!

PEDRO disse...

"Pedro,

se o seu vizinho bate na esposa dele vc vai bater na sua tb? Que argumento fraco e desonesto. Vc só critica o que lhe convém! É um relativismo barato!"

E isto é uma analogia rosqueira sem qualquer nexo.

Anónimo disse...

Pedro,

é aquele velho argumento de um culpado externo. Nunca a Rússia é culpada por seus problemas. A culpa é sempre de um agente externo: ou a Cia, ou os illuminati, ou a UE.... enfim, eu conheço esse argumento, pois no Brasil sempre se culpa Portugal e a colonização pelos problemas do país. Vc tb concorda com isso?

Anónimo disse...

Pedro,

é aquele velho argumento de um culpado externo. Nunca a Rússia é culpada por seus problemas. A culpa é sempre de um agente externo: ou a Cia, ou os illuminati, ou a UE.... enfim, eu conheço esse argumento, pois no Brasil sempre se culpa Portugal e a colonização pelos problemas do país. Vc tb concorda com isso?

PEDRO disse...

"Nunca a Rússia é culpada por seus problemas. A culpa é sempre de um agente externo: ou a Cia, ou os illuminati, ou a UE"

É mentira que os USA mais a NATO vão colocar um sistema Anti-missil ás portas da Rússia?
É mentira que a CIA tem programas de subversão para derrubar governos e apoiar insurreições? Já muitos veternaos da CIA admitiram isso, mas claro voçê filtra essa informação porque não encaixa no seu team.

"pois no Brasil sempre se culpa Portugal e a colonização pelos problemas do país. Vc tb concorda com isso?
"
Que disparate sem nexo. A descolonização foi há mais de 200 anos. Por essa lógica podemos ainda culpar o império Romano pelos problemas Europeus, ou as dinastias do antigo Egipto pelos problemas no médio oriente.