Tribunal condena apoiantes de Putin por terem reunido manifestantes a mais

O Tribunal do Bairro Dorogomilovski condenou hoje os organizadores da “manifestação anti-laranja” ao pagamento de uma multa de mil rublos (25 euros) por terem juntado num comício de apoio a Vladimir Putin um número maior de pessoas do que o anunciado.

O comício de apoio ao primeiro-ministro e candidato a Presidente da Rússia decorreu no passado 04 de fevereiro na capital russa. Os organizadores tinham pedido autorização à polícia para juntar até 15 pessoas, mas, segundo declarou Putin, no comício estiveram cerca de 190 mil pessoas.

Vladimir Putin já se disponibilizou a pagar a multa.

“Claro que paga”, confirmou Dmitri Peskov, porta-voz do primeiro-ministro russo.

A fim de evitar o pagamento de novas multas, os apoiantes de Putin pediram autorização para a realização de um comício de apoio ao seu candidato com a participação de 200 mil pessoas no dia 23 de fevereiro.

A oposição também não deverá evitar ser multada, mas por outra razão. A polícia acusa-a de, no dia 04, ter dado início à marcha de milhares de pessoas, que exigiam a realização de eleições limpas e a demissão de Putin, meia-hora antes do tempo combinado.

Ela poderá ter de pagar também 1000 rublos.

As eleições presidenciais estão marcadas para 04 de março.

Entretanto, o nível de popularidade do primeiro-ministro e candidato a Presidente da Rússia, Vladimir Putin, continua a subir e permite uma vitória à primeira volta, segundo uma sondagem do Centro de Estudo da Opinião Pública hoje publicada.

“A popularidade eleitoral de Vladimir Putin continua a aumentar: na primeira semana de fevereiro, ela atingiu os 53,3 por cento (na semana anterior – 51,5 por cento, há um mês atrás: 48 por cento)”, constata o estudo.

O nível de popularidade de Guennadi Ziuganov, dirigente do Partido Comunista, voltou a subir para 10,3 por cento, depois de ter descido até aos 8 por cento na semana anterior.

Os sociólogos chamam a atenção para o aumento gradual das intenções de voto no magnata russo Mikhail Prokhorov: de 2,3 em meados de janeiro para 4,6 por cento no início de fevereiro, bem como para a queda de idêntico indicador de Serguei Mironov, líder do Partido Rússia Justa: de 5,5 para 3,3 por cento.

O ultranacionalista Vladimir Jirinovski vê a sua popularidade aumentar de 7,5 para 8,2 por cento.

9,8 por cento dos inquiridos declararam que não irão participar no escrutínio, marcado para 04 de março.