Não há dia em que os dirigentes russos não falem da situação na Síria, afastando-se cada vez mais do regime de Bashar Assad.
Serguei Lavrov, ministro russo dos Negócios Estrangeiros, afirmou hoje irrealista esperar o fim do regime de Bashar Assad quando a oposição armada ocupa um número cada vez maior de cidades.
“Como é que se pode esperar que nessa situação [quando a oposição armada ocupa cidades sírias, incluindo Alepo] o governo simplesmente se resigne e diga: chega, não tinha razão, derrubem-me, mudem o regime! Isso é simplesmente irrealista. Não porque queiramos a manutenção do regime, mas simplesmente porque isso não funciona assim”, acrescentou ele depois de um encontro com o homólogo nipónico, Kontiro Gemba.
“Para pôr imediatamente fim ao derrame de sangue é necessário o cumprimento honesto e completo dos acordos contidos no comunicado de Genebra de 30 de junho. Nós estamos prontos para isso”, frisou.
Segundo Lavrov, a Rússia continua a sua ação construtiva em torno da crise síria, “tentando convencer todos os jogadores externos a agir da mesma forma”.
O ministro russo lançou também um apelo às autoridades sírias para que dê os primeiros passos com vista a pôr fim aos combates, mas na condição de a oposição armada não utilizar isso para ocupar cidades.
“É preciso fazer presão sobre todos. Já falamos disso há muitos meses. Infelizmente, os nossos parceiros ocidentais preferem outras coisas um tanto diferentes e, no fundo, com vários vizinhos da Síria, incentivam, apoiam e apontam a luta armada contra o regime. O preço disso é ainda mais sangue”, considerou.
O ministro japonês assinalou, pelo seu lado, que “na Síria vive-se uma situação muito séria”.
“A posição do governo do Japão consiste em que, em primeiro lugar, é preciso pôr fim ao derrame de sangue na Síria. Tem grande importância a posição da parte russa e a voz da comunidade internacional. Nós esperamos ações construtivas da parte do governo da Rússia”, concluiu Gemba.
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A Rússia não irá autorizar a vistoria dos navios com pavilhão russo em cumprimento das sanções da UE contra a Síria, declarou hoje Alexandre Lukachevitch, porta-voz da diplomacia russa.
“Não tencionamos participar sob qualquer forma no cumprimento das resoluções da UE aprovadas contra a Síria, nomeadamente não iremos analisar apelos e permitir vistorias de navios que navegam com pavilhão russo, bem como não aceitamos o emprego de medidas restritivas em relação a eles”, considera o diplomata russo.
No passado 23 de julho, a União Europeia aprovou o 17º pacote de sanções contra o regime de Bashar Assad, que têm merecido fortes críticas de Moscovo.
A Rússia considera também que a realização das sanções viola a soberania deste país e as prerrogativas do CS da ONU na manutenção da paz mundial.
“Consideramos a sua realização como ações que violam a soberania dos Estados, o princípio da não ingerência nos assuntos internos, bem como as prerrogativas do CS da ONU no campo da manutenção da paz e segurança internacional”, conclui Lukachevitch.
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Os militares russos poderão ser evacuados da base de Tartus, na Síria, caso ela seja atacada, declarou hoje o vice-almirante Victor Tchirkov, comandante da Marinha de Guerra da Rússia, numa entrevista à rádio Eco de Moscovo.
Ao responder à pergunta do jornalista de que ordens ele irá dar aos militares caso a base de Tartus seja tacada, ele afirmou: “não sou eu que dou ordens, para isso existe o ministro da Defesa. Claro que seremos obrigados a retirar os militares que lá se encontram, iremos retirá-los de lá”.
Tchirkov sublinhou que a retirada só pode ser decidida pelo Presidente da Rússia, Vladimir Putin.
Tartus é uma das duas bases navais que a Rússia possui no estrangeiro. A outra encontra-se no porto de Sebastopol, na Ucrânia.
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A Rússia não tenciona dar asilo ao Presidente sírio Bashar Assad, todas as discussões sobre este tema são mal intencionadas, declarou o ministro russo dos Negócios Estrangeiros.
“Nem sequer pensamos nisso. Os que tentam meter essa ideia na cabeça da comunidade internacional são am-intencionados”, acrescentou Serguei Lavrov.
“Nós são somos, nem fomos amigos chegados do regime sírio, ele tem amigos chegados na Europa e, se alguém quer resolver o problema dessa forma, que pense nas possibilidades”, concluiu.
3 comentários:
Nesta notícia
http://www.publico.pt/Mundo/para-romney-o-sucesso-de-israel-devese-a-mao-da-providencia-1557003
Há uma nota de especial relevo que deve ser tida em atenção por todos os que lêem este blog:
"De Israel, Romney partiu para a Polónia, onde quer mostrar que será um aliado mais forte do que o Presidente Barack Obama contra a Rússia, que descreveu como o “inimigo geopolítico número um” dos Estados Unidos."
<< ...onde quer mostrar que será um aliado mais forte do que o Presidente Barack Obama contra a Rússia, que descreveu como o “inimigo geopolítico número um” dos Estados Unidos.">>
Cá está. E depois são os Russos os maus da fita.
Sempre, mas sempre sem qualquer excepção, são os Gringos a iniciarem hostilidades. Sempre assim foi ao longo da história.
Esse pateta do Romney é mais um alucinado, bronco, que diz que não é ele que gere a sua própria fortuna. Um gajo que só manda atoardas sem nexo, ignorante como deve ser um bom presidente Americano.
"Um gajo que só manda atoardas sem nexo, ignorante como deve ser um bom presidente Americano."
... e que, se calhar, vai mesmo ser o próximo presidente norte-americano!
Se assim for, auguram-se "tempos interessantes" na cena internacional.
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